Fanfics Brasil - capitulo58♡ Losing It (adaptada)

Fanfic: Losing It (adaptada) | Tema: AyA Ponny


Capítulo: capitulo58♡

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Por volta das quatro da tarde eu acordei em uma piscina de suor, meu corpo preso nos lençóis e meu rosto grudado na cama. Eu acho que a febre definitivamente acabou. Eu coloquei minhas mãos na cama e me empurrei para cima, mas meu equilíbrio deve ter sido desligado. Minha cama parecia irregular. Eu estendi a mão para trás, tateando pelo abajur e acendi a luz. Em seguida porque eu achei que talvez estivesse vendo coisas, eu a desliguei novamente. Eu me belisquei. Eu me belisquei realmente forte. Mas nada mudou. Alfonso definitivamente estava dormindo na minha cama. Merda. Merda. Quanto do meu sonho induzido pela febre foi real? Eu me senti segura assumindo que meu tempo como uma abelha era ficção, assim como também alguns animais mitológicos que eu jurei ter visto. Depois eu vivi no sol com alienígenas. Mas Alfonso estava na minha cama. Ele definitivamente esteve nos meus sonhos, mas não poderia ser tudo real. Algumas vezes ele voou, a maior parte do tempo ele estava nu. E houve uma dúzia de momentos a mais, alguns nebulosos, outros muito evidentes. Onde era o limite? O que tinha realmente acontecido? Inferno, isso era sequer normal? Talvez eu apenas estivesse sonhando que minha febre cessou. Eu estava me apavorando, e antes que eu tivesse a presença de espírito de formular um plano, eu já o estava sacudindo e acordando-o. Ele estava com olhos turvos e lindo como vinha a ser. Eu fui atingida por um momento pelo fato que ele estava dormindo no meu travesseiro. Ele estava na minha cama. Comigo. Nós estávamos dormindo juntos! 

— Você está acordada. —Deus, desde quando grogue e lindo ficavam tão bem juntos? De olhos escancarados, eu assenti, não tendo pensado no que eu diria a ele quando eu realmente o tivesse acordado. 

— Como você se sente? Isso eu podia responder. 

— Como uma merda. Tudo dói. Minha garganta o pior.

Ele estendeu a mão e a colocou na minha coxa. Como se isso fosse normal. Como se nós apenas colocássemos nossas mãos nas coisas um do outro todo o tempo. 

— Isso é normal, eu acho —, Ele disse. A coisa da coxa? Não, não... minha garganta. Ele continuou —, Você precisa de algo? Eu neguei com minha cabeça. Mas que diabos aconteceu enquanto eu estava tão fora de si? Ele se sentou, e o lençol caiu ao redor da sua cintura, revelando toda parte superior do seu corpo aos meus olhos. O lençol caído ao redor dos seus quadris, arrastando meus olhos para os músculos que desapareciam abaixo do seu short. Deus. Sua mão foi para o meu cabelo, meu cabelo que estava escorrido e oleoso contra o meu rosto, um forte contraste de quanto bom ele parecia nesse momento. Ele não pareceu se importar. De novo, o que diabos estava acontecendo? 

— Eu estou contente que você está bem —, ele disse. Eu assenti. Acenar era tudo o que eu sabia como fazer, tudo o que eu entendia. Acenar, ao menos, ainda fazia sentido.— Você deveria voltar a dormir. Você ainda precisa de descanso. Ao menos que você esteja com fome? Eu neguei com minha cabeça.— Então durma. Ele me cutucou levemente, e eu abaixei meu corpo lentamente, certa de que no minuto em que minha cabeça atingisse o travesseiro esse universo alternativo pararia de existir. Não parou. Ele empurrou de volta as cobertas, e depois escorregou para fora da cama. 

— Você está partindo? — eu perguntei. Ele parou, e em uma rápida sucessão eu o vi perceber onde nós estávamos e quão pouco ele estava usando. Ele hesitou, incerto. Era uma emoção tão estranha, uma que eu raramente tinha visto nele. 

— Você quer que eu parta? — Eu queria pausar o momento, estudá-lo, desmembrar o segundo onde esse menino corajoso tinha sido preenchido com dúvida. Claro que eu não queria que ele partisse! Eu nunca quis que ele partisse! Eu neguei com a minha cabeça. Contente que a fadiga me manteve calma, de alguma forma. Ele sorriu tão amplamente que eu me esqueci que a dúvida sequer existiu. 

— Então eu não estou partindo. Eu só estou indo pegar alguma água. Vá dormir. Ele saiu, e eu me virei de lado, inquieta. Eu podia ouvir a torneira abrir e fechar. Eu tentei imaginar o que ele estava fazendo. O piso não estava rangendo, então ele não estava voltando. Ele estava apenas em pé na pia bebendo? Ou não havia rangido porque minha ilusão tinha terminado e ele não estava voltando? O piso tinha rangido no seu caminho até a pia? Eu não conseguia me lembrar. Eu comecei a entrar em pânico. Talvez eu precisasse me levantar, ir atrás dele. Me certificar que ele fosse real. Depois minha cama se afundou, e eu senti calor atrás de mim, e um braço enrolou-se na minha cintura. Eu enrijeci ao início, e depois eu relaxei tão subitamente que eu praticamente me dissolvi nele. Ele estava tão quente, eu me sentia como se estivesse febril mais uma vez. Ele empurrou meu cabelo para cima e sobre o travesseiro, até que meu pescoço estivesse descoberto. Depois eu senti algo, a ponta do seu nariz talvez, passando suavemente contra minha pele e o sopro do seu hálito. 

— Alfonso? Seu braço se apertou, seu corpo se dobrou no meu, até mesmo nossas coxas se pressionaram unidas. 

— Amanhã, Anahí. Durma agora. Dormir? A ideia pareceu impossível, mas conforme sua respiração se estabilizou e eu fiquei acostumada com o seu toque, eu percebi que eu ainda estava cansada. Eu queria analisar o que tinha acontecido, o que eu me lembrava e o que eu não lembrava, mas dormir pareceu mais importante. Alfonso estava certo. Isso poderia esperar até amanhã. Ele estaria aqui. Ele disse que não estava partindo. Mas apenas por precaução, eu coloquei uma das minhas mãos sobre a sua que descansava contra meu estômago. Eu tive a impressão que ele já estava dormindo, mas ele estava acordado o bastante para responder, entrelaçando nossos dedos. Quando eu estava certa, tanto que ele era real e que não estava indo embora... e quando minha dúvida se foi, eu dormi. Eu acordei várias horas mais tarde. Luz estava derramando pelas minhas janelas superiores, e minha pele estava pegajosa com suor. Por um momento, eu achei que tivesse com febre novamente. Eu me sentei, e o braço de Alfonso caiu da minha cintura. Ele gemeu. Suas sobrancelhas estavam franzidas com gotas de suor pontilhando seu rosto. Eu pressionei minha mão contra sua testa, e com certeza, ele estava queimando. Ele pareceu horrível, mas eu imaginei que eu parecia até mesmo pior. Minha pele e roupas estavam úmidas com suor, tanto de mim quanto dele. Eu sentia que a sujeira e a doença estavam se acumulando sobre a superfície da minha pele. Cuidadosamente, eu me desloquei para fora do alcance de Alfonso e plantei meus pés no frio piso de madeira de lei. Levantar doeu por todo o caminho até meus ossos, como se eles tivessem sido quebrados e dispostos da maneira errada, e agora eu tinha que requebrá-los para colocá-los no lugar certo. Cada passo parecia como se uma máquina de grampos estivesse perfurando os meus calços, meus joelhos, meus quadris. Precisou de uma mão na parede apenas para me manter erguida. E minha jornada ao banheiro compreendeu a trinta passos lentos e embaralhados ao invés dos dez normais. Quando eu cheguei lá, eu estava meio que sem fôlego e pronta para outro cochilo. Na minha mente confusa pela dor, pareceu muito importante estar limpa primeiro. Eu abri o chuveiro, deixando-o na posição frio do espectro ao invés de automaticamente colocá-lo no quente como sempre. Eu tirei minhas roupas em etapas, lamentando cada vez que eu tirava um pedaço para apenas descobrir outra camada por baixo. Quando eu cheguei ao meu sutiã, eu quase desisti completamente. Finalmente, eu estava livre, porém não tinha mais a energia para ficar de pé no chuveiro como eu queria. Como uma criança quase aprendendo a andar, eu me arrastei para dentro da banheira, deitando de costas e deixando a água bombardear a minha pele. Meu estômago, especialmente, parecia tão sensível que cada gota ardia com o impacto, como se alguém estivesse gotejando minúsculos mísseis de cima. Mas mesmo assim, estava fresco e adorável e eu me derreti na sensação. Por um longo momento eu fiquei deitada ali, entrando e saindo do sono. Quando minha respiração se estabeleceu e a dor em meus músculos passou, eu me empurrei para cima, deixando a água ensopar meu cabelo e correr pelo meu rosto. Shampoo se tornou o vilão da minha estória, ardendo meus olhos e me esgotando enquanto eu me cansava de esfregá-los e enxaguá-los. Pareceu horas antes da água correr limpa o bastante para eu abrir meus olhos sem que eles ardessem. E em seguida eu não conseguia me convencer a fazer isso novamente com condicionador. Eu fechei a água, e me recostei, sentindo a água ser drenada embaixo de mim. Quanto mais tempo meus olhos permaneciam fechados, mais pesado o meu corpo se tornou. As pequenas poças de água na minha pele secaram lentamente, e era bom estar vazia, estar imóvel por um momento. Então eu me lembrei do Alfonso, e soube que eu tinha sido egoísta por bastante tempo. A parede da banheira poderia muito bem ser uma muralha. Precisou de toda a minha força para escalá-la. Roupas estavam completamente fora de questão. Eu envolvi o meu cabelo em uma toalha e meu corpo em um roupão. Eu apanhei algumas toalhas de mão, encharcando-as com água fria, torcendo-as para que elas não pingassem. Eu me sentia mais viva agora, e eu consegui andar sem tatear a parede. A dor estava ali, no fundo da minha mente com cada passo, mas era manejável. Mesmo assim, foi um alívio afundar ao lado de Alfonso na minha cama. Eu retirei os cobertores, e ele se mexeu, mas não acordou. Eu coloquei um dos panos sobre a sua testa, e outro eu desdobrei e coloquei sobre seu peito. Eu usei o último para aninhar seus braços e pernas. Mesmo isso se tornou muito difícil embora, então eu rolei o último pano para cima e o escorreguei embaixo do seu pescoço. Depois eu me deitei ao lado dele e dormi. Da próxima vez nós acordamos juntos. Sua febre ainda estava acontecendo, mas eu o convenci a beber um pouco de água. Não foi até que eu mesma tomasse um gole que eu percebi o quanto sedenta eu estava. Eu o ajudei a beber um copo cheio, depois eu engoli dois. Eu tive energia o bastante para tirar meu grosso roupão e substituí-lo com pijamas frouxos. Eu coloquei um novo pano úmido na testa de Alfonso e ele suspirou. 

— Obrigado —, ele murmurou. Eu não tinha certeza o quanto coerente ele estava. Ele definitivamente sabia que eu estava aqui, por ele ter chamado o meu nome algumas vezes desde quando ele acordou. E ele sabia que ele estava doente, mas eu não sei o quanto ele sabia além disso. 

— De nada. Mas para ser justa, você cuidou de mim primeiro. Seus olhos estavam fechados, mas ele sorriu. 

— Você é melhor com isso. 

— Não importa —, eu disse. — É apenas bom não estar sozinha. Ele tentou se deslocar de lado para me encarar, mas terminou apenas estendendo seu braço, seu corpo ainda flácido. Eu envolvi um braço ao redor do seu peito, e puxei, seus braços foram ao meu redor e puxaram, também, até que ele terminou de lado e muito perto de mim. Quando ele estava firme, ele expirou, exausto pelo pequeno movimento. Ele disse .

—, Sinto muito. 

— Pelo que? Por precisar de ajuda? Ele pareceu muito mais forte e melhor do que eu estava. 

— Por deixar você completamente sozinha. Por ficar entre você e Christopher. Por ser teimoso e dizer que eu senti a sua falta. Me desculpe. Eu estava confusa, os pedaços do quebra-cabeça não muito se encaixando. Mas eu ouvi o que importava, ele sentia muito e eu sentia, também. E meu cérebro estava muito nebuloso para se lembrar de todos os detalhes do por que isso não deveria estar acontecendo. Eu o arrastei para mim e sua cabeça caiu na curva do meu pescoço. Eu respirei profundamente pelo que pareceu a primeira vez em meses. Eu queria perguntar sobre a ligação telefônica, sobre a nossa briga, sobre tudo. Mas ele ainda estava murmurando “desculpa”, repetidamente no meu pescoço, e realmente isso não importava. Eu o segurei firme, e juntos, nós nos encharcamos na doença e no sono.


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Autor(a): Erika Herrera

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 53



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  • franmarmentini♥♥ Postado em 11/04/2015 - 17:00:57

    lindoooooooooooo amei essa fic*

  • franmarmentini♥♥ Postado em 11/04/2015 - 16:42:08

    até que enfim urulllllllll

  • franmarmentini♥♥ Postado em 11/04/2015 - 11:23:38

    haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa eles se amammmmmmmmmmm

  • franmarmentini♥♥ Postado em 11/04/2015 - 10:20:15

    chegueiiiiiiiiiiiiiiiiiii de viajemmmmmmm

  • Mila Puente Herrera Postado em 07/04/2015 - 14:16:59

    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI Q PFTOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO Só acho q devia ter outro livro u.u KKKKKKKK

  • Mila Puente Herrera Postado em 05/04/2015 - 17:17:42

    Aaaaaaaaain pftooooos *-* Reta final? :o Nooooo Postaaaaaa <3

  • Mila Puente Herrera Postado em 02/04/2015 - 20:53:56

    EITAAAAAAAAAAAAAAAAAA HOOOOOOOOOOOOOOT PONNYYYYYYYYYYYYYYY *-* PFTOOOOOOOOOOOOS Postaaaaaaaaaaaaaa <3

  • franmarmentini♥♥ Postado em 02/04/2015 - 17:41:46

    ..AMORESSSSSSSSS IREI VIAJAR E JÁ TO COM VÁRIAS FICS EM ATRASO MINHA VIDA TA UMA LOUCURA MAS NUNCA NUNCA VOU DEIXAR DE LER...VOU IR VISITAR A CIDADE ONDE MINHA MÃE ESTÁ INTERRADA QUE FICA PERTO DE PITANGA PARANÁ E É NO SITIO ENTÃO PROVAVELMENTE EU NÃO TENHA COMO LER PQ TENHO MUITOS TIOS LÁ E QUERO VER SE CONSIGO VISITAR TODOS...VOLTO NA TERÇA FEIRA E PROMETO TENTAR COLOCAR EM DIA TODAS AS FICS O QUANTO ANTES BJUSSSSSSSSSSSSSSSS A TODAS AMO VCS!!!!!!!!! FUI...

  • Mila Puente Herrera Postado em 02/04/2015 - 00:17:57

    AI JESOOOOOOOOOOOOOOOOS Continuaaaaaaaaaa Racheeeeeeeeeel o/ Postaaaaaaaaaa <3

  • Mila Puente Herrera Postado em 30/03/2015 - 01:38:24

    AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH PODE INFARTAR???????? PFTOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS Postaaaaaaa *-*


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