... se a sensação de queimação no meu peito tinha a ver com o olhar semicerrado que Alfonso estava me dando ou o restante do meu primeiro Jack e Coca que eu tinha acabado de engolir como se fosse água. Um garçom chegou com o aceno de Alfonso e eu levei um momento para me dar uma silenciosa conversa estimulante enquanto ele pedia para si um drinque.
— Anahi? — Alfonso solicitou. Sua voz provocou arrepios em mim. Eu olhei para cima para ele, então para o garçom, que veio a ser o Garoto Garçom de antes. Eu abri minha boca para pedir por outro Jack e Coca, mas o Garoto Garçom me impediu com uma mão em meu ombro.
— Eu me lembro – Jack e Coca, certo? Eu assenti, e ele me lançou uma piscadela e um sorriso. Eu parei me perguntando por um segundo como ele sabia o meu pedido. Eu estava bastante certa que a garota garçonete me serviu por último. Ele ainda estava sorrindo para mim, então eu me forcei a falar.
— Obrigada, hum...
— Brandon — ele forneceu.
— Obrigada, Brandon. Ele olhou para Alfonso e depois se focou de volta em mim.
— Eu devo dizer à sua amiga lá na frente que você estaria bem aqui atrás?
— Oh, hum, certo, eu imagino. Ele sorriu em resposta, e permaneceu ali olhando para mim por alguns segundos antes dele se virar para seguir de volta ao bar. Eu sabia que eu tinha que olhar para Alfonso novamente, mas eu estava apavorada que eu fosse derreter em uma poça de excitação e embaraço se eu encontrasse seus exuberantes olhos novamente.
Ele disse: — Sabe, algumas vezes eu me pergunto se Desdemona era tão inocente quanto ela demonstrava. Talvez ela soubesse o efeito que ela tinha nos caras, e gostava de fazê-los sentir ciúmes. Eu encontrei seus olhos em seguida, e eles estavam estreitos, me estudando. Eu engoli meu nervoso e o estudei de volta. — Ou talvez ela estivesse apenas intimidada pela intensidade de Othello e não sabia como falar com ele. Comunicação é a chave, afinal de contas.
— Comunicação, hein?
— Poderia ter resolvido muito dos problemas deles.
— Nesse caso, eu irei me esforçar a ser tão claro quanto possível. — Ele ergueu sua cadeira e a colocou a meros centímetros da minha. Ele se afundou ao meu lado e disse:
— Eu gostaria que você não voltasse para sua amiga. Fique aqui comigo. Engula, Anahi Eu disse a mim mesma, você tem que engolir ou você pode começar a babar.
— Bem, minha amiga está esperando. O que nós faremos se eu ficar? Ele estendeu uma mão e empurrou meu cabelo do meu ombro. Sua mão roçou sobre meu pescoço, pausando no meu ponto pulsante, o qual deveria estar enlouquecendo.
— Nós podemos conversar sobre Shakespeare. Nós podemos conversar sobre qualquer coisa que você queira. Embora eu não possa prometer não ficar distraído pelo seu adorável pescoço. — Seus dedos viajaram sobre minha mandíbula, até eles alcançarem meu queixo, o qual ele puxou para frente levemente com a pressão do seu dedo indicador. — Ou seus lábios. Ou esses olhos. Eu podia cortejar você com estórias sobre minha vida, como Othello faz com Desdemona. Eu já estava suficientemente cortejada. Minha resposta foi vergonhosamente sem fôlego:
— Eu prefiro não comparar nossa noite com um casal que terminou com um assassinato/suicídio. Ele sorriu, e seus dedos caíram do meu queixo. Minha pele queimava onde ele tinha me tocado, e eu tive que me impedir de me inclinar para frente e seguir seu toque.
— Touché. Eu não me importo com o que nós façamos contanto que você fique.
— Tudo bem. Eu estava imensamente orgulhosa por ter conseguido uma resposta calma ao invés de Querido Deus, sim, eu farei qualquer coisa que você peça que estava, no momento presente, correndo pela minha mente.
— Talvez eu deva me trancar do lado de fora do apartamento com mais frequência. Eu prefiro que nós nos tranquemos no lado de dentro, na verdade. Meu bolso começou a vibrar, e eu corri para atender meu celular antes que soasse o meu vergonhoso toque de uma boyband.
— Sim? — Você caiu ou o que? Era Maite. — Não, Maite eu não. Escute, porque você apenas não segue para casa sem mim. Os olhos de Alfonso escureceram, e minha respiração acelerou enquanto seu olhar caia para meus lábios.
— Você não vai se safar disso, Anahi. Você vai transar essa noite nem que eu mesma tenha que fazer isso. Deus, ela não podia falar mais alto? Eu achei que Alfonso tinha que ter ouvido, mas seus olhos nunca deixaram meus lábios.
— Isso não será necessário, Mai. Eu tentei pensar em um jeito secreto de contar a ela que eu já tinha encontrado meu cara, quando eu ouvi um consumo de respiração seguido por
— OH. MEU. DEUS. Eu olhei sobre o ombro de Alfonso em tempo de ver o sorriso amplo de Maite, e o impuro gesto de mão que seguiu.
— Tá, tudo bem, então eu falarei com você mais tarde, Mai?
— Você muito certamente que vai. Você irá me ligar e me contar cada detalhe maravilhoso de cair morta.
— Nós veremos.
— É melhor você fazer mais do que ver essa noite, querida. Eu espero que seus olhos estejam completamente abertos depois do encontro dessa noite. Eu desliguei sem dar uma resposta.
— Sua amiga? — ele perguntou. Eu assenti, porque seu olhar atual fazia meu sangue ferver. Nunca na minha vida eu me senti tão excitada por alguém que nem sequer estava me tocando. Sexo saía do homem em ondas, e eu estava surpresa em encontrar o quanto interessado eu estava em aprender como nadar.
— Você vai ficar? Eu assenti novamente, cada músculo no meu corpo tenso. Se ele não me beijasse logo, eu ia explodir. Apenas quando eu pensei que ele fosse, o Garoto Garçom retornou com nossos drinques. Ele apareceu com um sorriso, o qual despencou em ver o quanto perto Alfonso e eu estávamos.
— Desculpe ter demorado tanto. Nós nos atolamos lá na frente. Eu me agarrei à distração.