Fanfics Brasil - O brilho do teu olhar AyA [terminada]

Fanfic: O brilho do teu olhar AyA [terminada]


Capítulo: 1? Capítulo

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CAPÍTULO I


Quarta-feira, 22 de março.


Prova do vestido. Eu, com rendas e laços, como dama de honra. É um pesadelo. O curso de autovalorização foi um total fracasso. Não consegui me recusar ante os rogos meigos de Dulce. Entretanto, primeiro vou almoçar com Alfonso. A ado­rável e esperta Janine lhe deu o fora e, como sempre, sou o ombro amigo para essas horas. Chorarei lágrimas de croco­dilo, é claro... mas será interessante ver como ele se sente no papel de desprezado.


 


- Veludo amarelo? O que há de errado com veludo amarelo?


Ante a pergunta, Anahí Puente olhou para o próprio busto, pequeno demais. Nada de errado, quando se tem as medidas certas, pensou consigo mesma..


Alfonso seguiu a direção de seu olhar, imaginando a au­sência de curvas com expressão pensativa.


- Nada de errado - respondeu Anahí -, se não me importar de ficar ao lado da noiva mais linda do século e de suas primas também muito bonitas que estarão deslum­brantes vestidas de amarelo.


Estaria sendo rabugenta? Sem dúvida.


- Talvez esteja errada e fique linda com essa cor - redargüiu Alfonso.


Não parecia convincente, mas Anahí preferia aquela conversa a ouvi-lo falar de como Janine era maravilhosa. Se era assim tão especial, por que Alfonso não se casara com ela?


- Vou ficar parecida com uma pata - comentou.


Mas isso não importava, porque o dia seria exclusivo de Dulce, a noiva de seu irmão Christopher.


Anahí respirou fundo. Bem, Alfonso fizera o convite para o almoço a fim de ser confortado e não para animá-la.


Os homens não tinham problemas para se vestir, pensou com irritação. O máximo que Alfonso tinha a fazer era escolher se, como padrinho do casamento, iria de paletó cinzento ou preto. E talvez nem isso, porque a mãe de Dulce coordenava tudo como se fosse um diretor de cena, e até mesmo as cores dos botões das roupas tinham sido planejadas.


Tudo que Alfonso precisava fazer era se assegurar de que Christopher chegasse a tempo para o casamento e trouxesse as alianças e dizer um breve discurso na recepção. Anahí já vira aquilo antes. Alfonso era muito bom em casamentos... das outras pessoas, é claro.


Providenciaria uma despedida de solteiro monumental para Christopher e, mesmo assim, faria com que o noivo che­gasse sóbrio, elegante e pontualmente à igreja.


Anahí tinha certeza de que Alfonso seria a sensação do casamento, e todas as mulheres que lá estivessem sentiriam o coração bater mais forte com sua presença, menos, talvez a noiva e sua mãe.


Anahí voltou a suspirar. Por que haviam escolhido ama­relo para as damas de honra?


Desejou que Alfonso sorrisse em sua direção, para que pudesse se sentir mais animada. Em vez disso, ele falou, acariciando-lhe os cabelos:


- Está errada. Não parece nada com uma pata. Patos bamboleiam, e você não.


Anahí esforçou-se para ver um elogio naquelas palavras. - Verdade?


Alfonso riu.


- Sim. Não precisa se comparar com uma pata.


- Exato. Fofa e amarela. E não acrescente "bonitinha", Alfonso, por favor.


Os olhos castanhos brilhavam com malícia.


- Nem pensaria nisso, Anahí. Seu nariz é muito grande para ser bonitinho.


- Obrigada.


- E sua boca também.


- Certo. Já entendi.


- Com sinceridade, não sei por que está criando tantos problemas. Vai ficar bem.


- Não tenho silhueta adequada para usar veludo e tule - respondeu Anahí de modo frio. - Sou magra. Vou parecer um espanador de penas.


Conjuntos bem talhados, vestidos severos e camisões de seda bem compridos faziam mais seu gênero. Acreditava que disfarçavam os ombros largos em contraste com o corpo esguio. Continuou:


- Não quero calçar sapatos boneca e ter botões de rosas entrelaçados nos cabelos. Vou parecer uma menina de seis anos.


- O que são sapatos boneca?


- Aqueles das meninas pequenas, com uma pulseira que se fecha no tornozelo. - Já odiava aquele tipo de calçado quando era criança, imagine como adulta.


Alfonso tomou-lhe a mão.


- Tem razão. Vai parecer uma menina de seis anos.


Anahí pensou que ele poderia continuar zombando, con­tanto que segurasse sempre sua mão. Alfonso não soube interpretar o que se passava e disse:


- Nossa! Você está tremendo. Nunca a vi em tal estado. Não é obrigada a fazer o que não deseja, querida. Diga à Dulce. Ela poderá se arranjar apenas com três damas de honra...


O tremor de Anahí nada tinha a ver com a contrariedade a respeito do vestido, mas sim com o contato da pele de Alfonso na sua. Entretanto, não podia estragar os planos de um casamento perfeito de sua futura cunhada.


Alfonso não conseguiria entender certas coisas. Durante toda sua vida as pessoas sempre estiveram dispostas a fazer o que ele queria.


Homens que se sentissem tão mimados seriam verdadei­ros monstros, mas Alfonso tinha um temperamento adorável.


Isso, fora o fato de ser o rapaz mais bonito, generoso e bem-humorado que conhecia. Legiões de ex-namoradas con­tinuavam a beijar o chão que pisava.


Anahí pensou na mãe, Margaret Puente. Ela já tinha uma filha casada, e o filho estava se encaminhando para o altar. Agora só restava Anahí solteira, com vinte e quatro anos, e sem pretendentes.


A primeira parte do plano de Margaret era mudar a ima­gem de Anahí. Desejava que a filha fosse feminina e bonita. Já passara semanas tentando fazer Anahí se interessar por roupas, antes daquele casamento, porque haveria muitos rapazes disponíveis na festa.


Quando uma das damas de honra escolhidas quebrara a perna, Margaret vira a grande chance para a filha.


As partes dois e três do plano, envolviam a maquiagem e o cabeleireiro para que seus cabelos louros e rebeldes ficassem no lugar, pelo menos uma vez na vida. A própria Anahí tinha pena do cabeleireiro por ter que enfrentar tarefa tão dificil.


Olhou para a mão de Alfonso que ainda cobria a sua, e viu dedos longos e finos. Uma cicatriz ainda a deixava mais más­cula. Aquela marca fora conseqüência da mordida de um ca­chorro que tentara atacar Anahí quando tinha seis anos.


Desde então, ela amava Alfonso.


Por um momento deixou-se entregar ao prazer do toque. Então, afastou a mão, ergueu o copo e bebeu o vinho que restava.


- Minha mãe acha que me fará bem ser o centro das atenções, uma vez na vida, como dama de honra.


Alfonso continuava a sorrir de modo fraternal.


- Lamento, mas acho que vai ter de agüentar até o fim.


- Você faria isso?


- Qualquer coisa para manter a paz. Usarei um paletó ama­relo em solidariedade. Farei tudo para você se sentir melhor.


- Um paletó amarelo?


- Se for preciso.


Era fácil dizer. Ambos sabiam que a mãe de Dulce vetaria qualquer coisa que fosse contra seus planos. Alfonso continuou:


- Você pode tingir os cabelos de preto para combinar com as outras garotas.


- Não está levando a conversa a sério - repreendeu. Mas, afinal, quando fora que Alfonso levara alguma coisa a sério? Sua mais recente namorada o abandonara, ao perceber que tinha aversão a compromissos sólidos, porém isso não devia preocupá-lo. Havia uma fila interminável de ga­rotas prontas para substituí-la.


Anahí bebericou o vinho, fazendo um brinde, em silêncio, para a ex-namorada de Alfonso que fora inteligente.


- Ou pode usar uma peruca - sugeriu Alfonso, após um momento.


Anahí deu uma reposta malcriada, fazendo-o soltar uma gargalhada.


- Não fique tão ofendida! Está fazendo uma tempestade em copo de água. Afinal, quem irá reparar? Todos os olhares estarão sobre a noiva.


Anahí pensou que, para um rapaz tão galanteador, da­quela vez Alfonso não tivera tato. Porém, afinal, sempre a tratara como a uma irmã caçula, e quem era galante com a própria irmã? Christopher, seu irmão de verdade, nunca fora, portanto, por que o melhor amigo deveria ser diferente?


O grande amor que sentia só era compartilhado com seu diário, e Anahí sempre tomava cuidado para não assustar Alfonso, evitando qualquer forma de flerte.


Alfonso Herrera não era homem de compromissos afetivos.


Anahí levantou-se da mesa, dizendo:


- Da próxima vez que precisar de um ombro amigo para chorar suas mágoas, procure nas Páginas Amarelas, já que gosta tanto dessa cor.



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Autor(a): theangelanni

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- Deixe disso, garota! - Alfonso também se levantou. - É a única mulher que conheço com quem posso falar sem rodeios porque tem bom senso. - Examinou Anahí de alto abaixo. - Exceto quando se trata de roupas. Você se veste como sua avó. Bem... como dama de honra, não vai ter que mostrar as pernas. - E o que há de ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 154



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  • 50 tons de grey Postado em 30/03/2016 - 13:55:30

    ola, eu poderia adaptar essa fanfic para Larry e posta-la no Watpad?

  • amandabcruz Postado em 06/11/2009 - 08:54:49

    AMEI...
    PERFEITO

  • pattybarcelos Postado em 05/11/2009 - 23:48:21

    chorei
    foi lindo]muito bom mesmo

  • kikaherrera Postado em 05/11/2009 - 23:38:20

    AMEI O FINAL DA WEB.
    PARABÉNSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
    FOI TUDO DO JEITO QUE A ANNIE GOSTAVA.

  • jucirbd Postado em 05/11/2009 - 17:43:56

    Muito linda...
    faz uma segunda temporada????
    *--*...Plis...

  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:55:38

    foi muito linda até chorei.
    aaaaaaaaaaaaamei a web.
    linda msm

  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:55:19

    foi muito linda até chorei.
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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:51

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