Fanfics Brasil - O brilho do teu olhar AyA [terminada]

Fanfic: O brilho do teu olhar AyA [terminada]


Capítulo: 11? Capítulo

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CAPÍTULO IV


Domingo, 26 de março.


Jamais vi Christopher tão feliz. Chegou à igreja com um sorriso enorme, tentando disfarçar a felicidade que sentia, e foi tão ridículo que tive vontade de lhe dar um tapa. Qualquer um pensaria que era o primeiro homem no mundo a se apaixonar. Se apenas o ensaio do casamento o deixou daquele modo, imagine como se sentirá quando se casar de verdade. Dulce é uma garota de sorte.


Alfonso está agindo de maneira muito estranha. Quase não tira os olhos de mim. Engraçado...


 


- Que horas quer sair? perguntou Anahí.


Christopher e Dulce haviam ido embora logo depois do al­moço, e todos os demais haviam seguido seu exemplo, dis­persando-se com pressa.


A mãe de Alfonso recebera um convite para almoçar com amigos, e naquele instante, Alfonso se espreguiçava de modo lânguido em frente à lareira, conversando com o pai de Anahí.


- Não há pressa - respondeu, mas em seguida encarou Anahí com atenção. - Há?


- Não. Só estava pensando em levar Flossie para dar um passeio e tomar um pouco de ar fresco, antes de voltar para Londres.


O cão spaniel de sua mãe ergueu as orelhas ao ouvir o próprio nome, e Anahí, que trocara as roupas mais finas por jeans, assim que voltara da igreja, bateu na coxa, de modo animado.


- Vamos lá! Farei chá quando voltarmos.


- Está bem. Vou com você.


Anahí tentou ignorar as batidas apressadas do coração. Sempre procurava não aparentar muita ansiedade ante a perspectiva de ficar a sós com Alfonso, mas não era fácil.


- Não precisa se não quer...


- Ao contrário. Vamos lá, Anahí.


Alfonso parecia não se lembrar de que não estava vestido de modo adequado para passear no solo enlameado.


Era difícil para Anahí apreciar aqueles breves encontros abençoados, pois, mais tarde, a solidão se tornava insuportável.


- Preciso fazer um pouco de exercício, depois de tudo que comi aqui em sua casa - Alfonso afirmou.


Anahí examinou os, ombros largos, os quadris estreitos e o tórax rijo e sem um grama de gordura. Teve vontade de rir. Alfonso tinha um físico invejável. Ele percebeu o olhar avaliativo e disse:


- Acha que perderei a forma se comer torta de maçã todos os dias?


- Bem, mesmo se vai passear comigo apenas para perder algumas calorias, é bem-vindo. Use um par de botas do papai.


Anahí falou de modo despreocupado e sem emoção, mas aquela encenação estava se tornando muito penosa. Talvez fosse por causa da proximidade do casamento de Dulce e Christopher e da alegria transparente que os dois sentiam.


Por sua vez, ela jamais poderia se casar com alguém além de Alfonso.


Margaret Puente passou a cabeça pela porta da cozinha. - Alguém quer chá? Já vão embora?


- Não, mãe. Vamos apenas dar uma volta com Flossie.


- Vá descansar que eu preparo o chá quando voltar. Alfonso me ajuda.


- Ajudo? - perguntou Alfonso com surpresa.


- Precisa queimar as calorias, lembra-se?


- Bem, admito que preciso repousar. - Margaret sen­tou-se no sofá. - Irão muito longe? Parece que vai chover.


- Cuidarei dela, Margaret. - Alfonso colocou a mão no ombro de Anahí, de modo inesperado, fazendo-a estremecer.


- Venha, Flossie.


Caminharam em silêncio por algum tempo, seguindo em di­reção ao rio, Flossie trotando feliz. De repente, Alfonso perguntou:


- Ainda está aborrecida por eu ter interrompido seu flerte com Nick Gregson?


- Não seja bobo.


- Eu? Bobo? Você me evitou o dia inteiro.


- Estive muito ocupada. E, se quer saber, só flertei com Nick porque esperava que viesse ao casamento, como meu acom­panhante. Mas ele vai voltar para a Austrália na terça-feira.


- Em três dias se conhece bem uma pessoa.


- Não precisei de três horas para saber que Nick não é meu tipo, mas esse é o problema de se fazer convites aos homens. Sempre acham que a moça está interessada.


- A igualdade dos sexos tem seus prós e contras.


Assim dizendo, Alfonso parou de andar, e Anahí o encarou, esperando vê-lo sorrir, com seu olhar zombeteiro. Mas en­controu um rosto sério com expressão intensa.


- Sirvo para seu acompanhante? - perguntou Alfonso.


Anahí sentiu o coração aos pulos, o pulso acelerado, e pressentiu que começava a ficar vulnerável, prestes a de­monstrar seus sentimentos.


- Não, Alfonso. Você não serve. Minha mãe não o levaria a sério.


- Sua mãe!? - Alfonso soltou uma risada, mas logo parou de rir.


- Sim. Jamais poderia convencê-la de que você possa ser um marido em potencial.


Alfonso não replicou, e continuaram a caminhar em um silêncio opressivo, cheio de palavras não pronunciadas e de pensamentos ocultos.


- Estava pensando - disse Alfonso afinal- que não há motivo para não passarmos a noite aqui e vol­tarmos bem cedo a Londres. Poderíamos ir tomar uma cerveja à noite.


Um passeio à noite e a chance de ficar uma hora junto ao fogo de uma lareira, apenas os dois... Tivera toda a aten­ção de Alfonso durante o dia, e agora... Era demais. Era provável que não conseguisse vencer a tentação.


- Lamento, Alfonso, mas preciso voltar esta noite.


- Bem, foi só uma sugestão. Vai a algum lugar mais tarde? Anahí o encarou. Em geral não se interessava muito pelo que ela fazia. Alfonso evitou seu olhar.


- Não. É que preciso levantar muito cedo amanhã, é apenas isso.


- Longe de mim afirmar que George Latimer é um feitor de escravos, mas primeiro a faz trabalhar na noite de sá­bado, e agora a quer na galeria bem cedo na segunda-feira. Talvez fosse interessante conversar com ele sobre as leis trabalhistas.


- Não se trata de trabalho - tratou de responder Anahí, temerosa de que Alfonso interrogasse George sobre o sábado anterior. - Vou ao cabeleireiro, amanhã às oito horas. Foi o único horário livre que encontrei. E tenho a prova final do vestido, também. Nada de almoço.


- Entendi. - Alfonso sorriu. - Vai se embelezar para o grande dia.


- Deus é quem sabe! O cabeleireiro tentará arrumar meus cabelos para que combinem com o vestido. Pobre ho­mem! Trabalho difícil para começar a semana!


- Seus cabelos estavam bonitos no sábado. Deveria dei­xá-los soltos com mais freqüência.


Anahí viu-se sem palavras, e, quando Flossie saiu cor­rendo, perseguindo um pato, aproveitou a oportunidade e correu também, evitando responder.


Quando conseguiu agarrar a coleira da cadela e afastar o pobre pato assustado, seus cabelos se soltaram das tran­ças, e emolduravam-lhe o rosto de modo encantador.


Anahí sentiu alívio por ter quebrado o constrangimento que as palavras de Alfonso haviam provocado.


 


Anahí sempre procurava ocultar a própria beleza, pensou Alfonso. Como se tentasse evitar as comparações com a irmã mais velha, Sarah, que, apesar de muito bonita, era impessoal, falava demais e não sabia ouvir como a caçula.


Porém, as críticas tinham o efeito de água batendo na pedra. Tanto se repetiam que influenciavam uma pessoa, e tiravam-lhe a autoconfiança.


Anahí era tão sensível... Se tivesse se apaixonado por algum mau caráter sofreria muito. Viu-a regressar para seu lado, dizendo:


- Importa-se de voltarmos hoje à noite?


- De jeito nenhum - respondeu Alfonso, imaginando se ela pretendia se encontrar naquela noite com o homem mis­terioso. - É que hoje percebi quanto sinto falta dos passeios à beira do rio. Lembra-se daquele dia em que Christopher cu­tucou um vespeiro, e as vespas voaram sobre você?


- Muito divertido! Em especial quando você me jogou dentro do rio para que as vespas não me picassem.


- Mas também tirei você de lá, Anahí.


- Sim. E tirou as vespas molhadas de meus cabelos e foi mordido por elas. - Em um gesto impulsivo, tomou-lhe a mão. - Ficou com os dedos vermelhos e inchados. - Acariciou de leve uma cicatriz no pulso de Alfonso. - E esta você conseguiu quando impediu que o cachorro de Billy Pemberton me mordesse. - Encarou-o. - Eu era uma ga­rotinha bem inconveniente, não era?


- Um estorvo. Só a agüentávamos porque nos trazia comida.


- Sabia que me aceitariam se trouxesse sanduíches.


Apenas com seis anos de idade, Anahí já compreendera como conquistar o coração de um homem, pensou Alfonso. Disse em voz alta:


- Talvez possamos voltar no fim de semana. Você traz os sanduíches e eu trago as iscas para pescar.


- Talvez. Estarei muito ocupada essa semana. Vou viajar alguns dias a trabalho. Posso confirmar depois?



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Autor(a): theangelanni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 154



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  • 50 tons de grey Postado em 30/03/2016 - 13:55:30

    ola, eu poderia adaptar essa fanfic para Larry e posta-la no Watpad?

  • amandabcruz Postado em 06/11/2009 - 08:54:49

    AMEI...
    PERFEITO

  • pattybarcelos Postado em 05/11/2009 - 23:48:21

    chorei
    foi lindo]muito bom mesmo

  • kikaherrera Postado em 05/11/2009 - 23:38:20

    AMEI O FINAL DA WEB.
    PARABÉNSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
    FOI TUDO DO JEITO QUE A ANNIE GOSTAVA.

  • jucirbd Postado em 05/11/2009 - 17:43:56

    Muito linda...
    faz uma segunda temporada????
    *--*...Plis...

  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:55:38

    foi muito linda até chorei.
    aaaaaaaaaaaaamei a web.
    linda msm

  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:55:19

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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:51

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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:44

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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:38

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