Fanfics Brasil - O brilho do teu olhar AyA [terminada]

Fanfic: O brilho do teu olhar AyA [terminada]


Capítulo: 13? Capítulo

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- É isso que recomendaria?


- Longe de mim quebrar a tradição, Alfonso. Dulce vai ter seu chá-de-cozinha na semana que vem, e será conforme o figurino, com bolo, bebidas leves e brincadeiras com a noiva. - Vai me contar tudo depois, Anahí?


- Está brincando?! A menos que me conte o que acon­teceu na despedida de Christopher. - Riu. - Às vezes é melhor deixar tudo por conta da imaginação. - Dirigiu-se à porta. - É hora de ir embora, Alfonso. Só lhe prometi meia hora.


- O tempo voa quando se está em boa companhia.


Assim dizendo, Alfonso inclinou-se para beijá-la no rosto mas, em um impulso, seus lábios roçaram os de Anahí, na mais leve das carícias.


Anahí nada disse, apenas o encarou, com um olhar cheio de mistério.


De modo irracional, Alfonso desejou tomá-la nos braços e bei­já-la do modo como uma mulher de verdade deveria ser beijada. Então, de novo, deu um passo atrás.


 


Anahí fechou a porta e se encostou nela. Tremia da cabeça aos pés, enquanto murmurava:


- Não significou nada... nada...


Ficou repetindo aquelas palavras como um mantra. Era apenas o gentil Alfonso. Beijar uma garota como ela era como apertar a mão de um homem. Nem fora um beijo de verdade, apenas um carinho entre amigos.


Não significara nada. Certa vez já a beijara daquele modo, e ela fizera mil conjecturas fantásticas. Bem, é verdade que naquela época não passava de uma criança.


Anahí se afastou da porta e foi juntar as canecas e pratos, colocando-os em uma bandeja. Mas as mãos ainda tremiam muito. Talvez fosse melhor tomar um banho quente.


Foi só quando se deitou na banheira com água perfumada que parou de tremer e pôs as idéias no lugar. Prometeu que, daquele dia em diante, Alfonso teria que preencher os momen­tos de tédio em sua vida com outra pessoa. Não desejava vê-lo de novo até o dia do casamento de Christopher e Dulce.


Mas ainda sentia os lábios ardendo com o beijo sem im­portância. Água quente ou água fria, nada iria adiantar.


 


Em sua casa, Alfonso colocou o disquete no computador, e começou a imprimir. Então, fechou-se no banheiro e entrou no chuveiro.


Em seguida, passou uma toalha pela cintura e se olhou no espelho. Estava fazendo aquilo por Anahí, tentou con­vencer a si mesmo, mas a afirmação não foi muito convin­cente. Tratou de passar creme de barbear no rosto, porém decidiu se barbear mais tarde, quando a mão estivesse mais firme para segurar o barbeador.


O apartamento estava muito silencioso. Janine sempre dera vida ao ambiente quando estava lá, ouvindo música e falando ao telefone. Na verdade, Alfonso bendizia a calma e o silêncio.


A impressora parou de funcionar. Era hora de dissecar a vida íntima de Anahí.


Primeiro, Alfonso serviu-se de um drinque, depois reuniu as folhas de papel impressas e sentou-se no sofá, espalhan­do-as na mesinha em frente.


Anahí conhecia muita gente, mas era difícil saber quem era quem apenas pelos nomes, a começar pelas mulheres.


De repente, Alfonso teve uma idéia. Eliminaria, para co­meçar, o nome de todas as mulheres da lista, e depois abor­daria os dos homens, membros da família. Alguns outros também conhecia muito bem, e os eliminou. Seu próprio nome lá se encontrava, e foi riscado também.


Dos que restaram, três tinham nomes com sete letras, e Alfonso passou um círculo em volta deles.


Samuell Jaycobs tinha sete letras em cada nome. Alfonso decidiu pesquisar mais tarde.


Connrad Peterson. Soava familiar, mas esse sujeito vivia na Nova Zelândia, o que parecia um romance pouco prová­vel. Fora de questão.


O terceiro nome era do padre Chavier O`Connell. Alfonso sentiu um grande desânimo. Anahí não se apaixonaria por um membro do clero. Aquela não era a resposta que esperava.


Olhou o relógio. Faltava um pouco para as onze horas. Não era tarde para telefonar para um padre. Digitou o número.


- Santa Catarina. Posso ajudá-lo?


Alfonso não esperava ouvir uma voz feminina.


- Poderia falar com o padre O`Connell por favor?


- É tarde. Talvez o padre já tenha ido dormir. Pode retornar a ligação amanhã de manhã?


- Lamento. Preciso falar com ele hoje.


- Verei o que posso fazer - respondeu a voz, um tanto aborrecida.


Instantes depois, uma voz masculina com sotaque irlan­dês disse:


- Aqui é o padre O`Connell. O que deseja?


Alfonso segurou o fone com tanta força que sentiu dor na mão. - Padre, meu nome é Alfonso Herrera. Sou amigo de Anahí Puente.


- Alfonso Herrera? - o padre repetiu, pensativo. - O filho de Jennifer?


Alfonso não esperava por aquilo. - Conhece minha mãe?


- Sim. Nós nos, conhecemos em Hong Kong há vinte anos ou mais, e procuramos raridades em cerâmica juntos. Como vai a querida Jennifer?


- Bem... está ótima.


- E Anahí? Há algum problema com ela?


- Não. Está tudo bem.


- Então, talvez tenha telefonado por causa da tradução? Estou trabalhando o mais rápido que posso. Sabe como é, estou com oitenta anos, e minha vista já não é tão boa como antigamente.


Alfonso engoliu em seco.


- Tenho certeza de que Anahí não está com pressa.


E, pela primeira vei na vida, Alfonso ficou sem palavras.


- E você, meu filho? - A voz do padre O`Connell soou compreensiva. - Algum problema?


- Sim, padre. Mas creio que o senhor não poderá me ajudar. Lamento muito tê-lo incomodado tão tarde da noite.


- Não tem importância, rapaz. E diga à Anahí para me visitar logo.-Venha também. Este lugar é maravilhoso, mas cheio de homens velhos e aborrecidos. - Deu uma risada. - Fico sempre contente com a companhia de gente jovem.


Alfonso percebeu, ao desligar, que Santa Catarina não era uma igreja, mas um lar para padres aposentados.


Com o coração um tanto aliviado, riscou da lista o nome de Chavier O`Connel.



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Autor(a): theangelanni

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CAPÍTULO V Segunda-feira, 27 de março. Por quê, afinal, Christopher e Dulce resolveram se casar? Nin­guém mais se casa hoje em dia. Por que não resolvi ir esquiar? Poderia ter quebrado um braço ou uma perna, e estaria imobilizada... quem sabe, quebraria só o nariz. Quem iria querer uma dama de honra com ataduras no nariz? ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 154



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  • 50 tons de grey Postado em 30/03/2016 - 13:55:30

    ola, eu poderia adaptar essa fanfic para Larry e posta-la no Watpad?

  • amandabcruz Postado em 06/11/2009 - 08:54:49

    AMEI...
    PERFEITO

  • pattybarcelos Postado em 05/11/2009 - 23:48:21

    chorei
    foi lindo]muito bom mesmo

  • kikaherrera Postado em 05/11/2009 - 23:38:20

    AMEI O FINAL DA WEB.
    PARABÉNSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
    FOI TUDO DO JEITO QUE A ANNIE GOSTAVA.

  • jucirbd Postado em 05/11/2009 - 17:43:56

    Muito linda...
    faz uma segunda temporada????
    *--*...Plis...

  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:55:38

    foi muito linda até chorei.
    aaaaaaaaaaaaamei a web.
    linda msm

  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:55:19

    foi muito linda até chorei.
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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:51

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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:44

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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:38

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