Fanfic: O brilho do teu olhar AyA [terminada]
- Aquele rato! - murmurou Anahí por entre os dentes. - "Não apenas as bonitas!" Ora essa!
A caixa continha uma série de guloseimas delicadas.
George leu o bilhete.
- Lanche da noite? - perguntou com malícia, servindo-se de um salgadinho de salmão.
- Apenas alguns sanduíches e chocolate quente.
- Verdade? Acho que a última mulher que ofereceu isso a Alfonso foi sua própria mãe.
Anahí sentia um nó na boca do estômago, como se sua vida calma e organizada estivesse ameaçada. Alfonso planejava algo.
Maldita Janine por ter sido esperta e o abandonado, deixando-o desarvorado quanto a sua vida social. Agora tinha que se divertir de alguma forma.
Houvera um tempo em que gostaria disso, aproveitando o prazer de estar com Alfonso, armazenando recordações como um esquilo armazena nozes para o inverno.
Mas naquele instante, sentia que não poderia viver mais duas semanas suportando aquele bombardeio de atenções. Não depois daquele beijo.
Empurrou a caixa com guloseimas mais para perto de George, a fim de que se servisse à vontade. Sentia-se indisposta para comer.
- Bem? Não vai telefonar para o rapaz e agradecê-lo, como sua mãe a ensinou, Anahí? Tenho certeza de que Alfonso está sentado perto do telefone, esperando sua chamada.
Anahí ansiava para que George deixasse a sala de modo que pudesse telefonar.
Percebeu, com um choque, que estava enfraquecendo. Um beijo fora o suficiente para fazer desmoronar a muralha que erguera como proteção. Um beijo.
E então Anahí percebeu a verdade. Alfonso sentia-se desnorteado e aborrecido sem uma namorada, e o flerte era um remédio natural. Por duas vezes ela recusara seus convites para sair e, de repente, tornara-se um desafio que afastava a monotonia.
Fora por isso que a beijara, percebeu com raiva.
Mas não seria mais uma de suas garotas a se atirar ao chão para adorá-lo. Que esperasse pelo telefonema!
Afastando a mão do telefone, Anahí pegou um salgadinho, e ignorando a sugestão de George, perguntou:
- Quer o sanduíche com aspargos ou vai terminar o de salmão?
George a encarou e disse:
- O lanche é seu presente. Você escolhe.
Anahí comeu em silêncio, descobrindo que, na verdade, estava faminta. Disse, mudando de assunto:
- Dei mais uma lida no catálogo do leilão e marquei alguns itens. É melhor você dar seu parecer.
- Vejamos. - George correu o olhar pela lista. - Poderá subir a oferta por duas ou três peças. E o que é isso?
- Algo que Jennifer Herrera deseja. Não se importa que faça um lance por ela, certo?
- Claro que não. Mas, por mais que Jennifer o queira, não pague mais do que isso. - Escreveu um valor em um papel. - Ao contrário de você, ela se deixa levar quando deseja muito alguma coisa.
- Daqui a cinco anos poderá valer muito.
- É o risco que se corre, querida. Ninguém jamais conquistou o mundo sem correr riscos.
Anahí tinha impressão de que George falava de maneira metafórica. Porém, ele deu de ombros, continuando:
- Por outro lado, talvez por isso sejamos negociantes e não colecionadores. É melhor ser prático.
- Ainda estamos falando sobre porcelana, George?
O sorriso do patrão foi tão inocente que Anahí quase acreditou no que disse:
- E sobre o que mais falaríamos, querida?
- Alfonso quer dar um presente de aniversário para Jennifer.
- Contanto que traga as peças que selecionei, pode fazer o que quiser. Até comprar o que desejar. Conseguiu um quarto no Warbury Arms?
- Alguma mensagem para mim? - perguntou Alfonso Herrera ao regressar ao escritório.
A reunião fora interminável e, em vez de se concentrar no projeto da fusão, como todos os demais, só conseguira pensar em Anahí e se apreciara a caixa com guloseimas para o almoço.
Mary, a secretária, entregou-lhe um maço de recados, além de uma elegante caixa preta e dourada e explicou:
- Uma jovem, a srta. Dulce Layton, trouxe para você. Ela é muito bonita...
- E veio muito cedo. - Alfonso olhou para o relógio. - Ou melhor, eu cheguei muito tarde. Queria ter falado com ela..
- A srta. Layton disse que tinha um problema sobre o bufê para resolver e que telefonaria mais tarde.
Vendo o olhar curioso de Mary, Alfonso explicou:
- Dulce pode ser bonita, mas você deve saber que vai se casar em breve com meu melhor amigo. - Passou depressa a vista pelos recados. - Só isso? Ninguém mais telefonou?
- Acho que você está perdendo o encanto, Alfonso. Quem esperava que ligasse?
- Anahí Puente, uma velha amiga. Tente ligar para minha mãe, por favor.
O olhar divertido da secretária o fez pensar que estava sendo motivo de troça. Resolveu mudar de assunto:
- Mary, por favor, mande esta caixa a meu alfaiate. Ele a está aguardando.
- Veludo amarelo?
- Você andou bisbilhotando!
Mary apenas esperou pela resposta, encarando-o com ar inocente.
- É para fazer um colete, para o casamento da linda Dulce Layton. Sou padrinho e achei que seria engraçado combinar com a roupa das damas de honra.
Mary deu uma risada.
- As damas vão adorar! Veludo é tão agradável de se acariciar...
Alfonso ficou um pouco irritado.
- E minha mãe? Quer ligar para ela, por gentileza? Assim que terminar de se divertir.
Jennifer Herrera não estava em casa. Alfonso ficou pensando que, se Mary entendera que estava interessado por Anahí, qualquer outra pessoa poderia pensar o mesmo. Não estava disposto a ser rotulado de molestador de crianças.
Porém, Anahí não era mais uma criança. Christopher revelara que já tinha vinte e quatro anos, era uma mulher-feita. Entretanto, ele tinha muito mais experiência, e pretendia afastá-la de confusões e relacionamentos errados. Como amigo, essa era sua obrigação.
Anahí por certo iria ficar no hotel Warbury Arms, para o leilão de arte. Sem dúvida o amante misterioso iria encontrá-la, disfarçado de comprador.
Bem, pensou Alfonso, iria ficar no hotel também.
Tratou de ligar e fazer uma reserva. O hotel estava superlotado, e havia apenas um quarto disponível, sem banheiro.
- É por causa do leilão - informou a recepcionista em tom de desculpa.
- Então ficarei com esse, já que é o único disponível.
Passou o resto da tarde e grande parte da noite pondo o trabalho em ordem para o período em que se ausentaria.
Apenas quando voltou para casa, deu-se conta de que Anahí não telefonara para agradecer o almoço que mandara. Devia estar muito ocupada para esquecer as boas maneiras, ou tentava evitá-lo de propósito. Mas, por quê?
Autor(a): theangelanni
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Afrouxou o nó da gravata, e ligou a secretária eletrônica, servindo-se de uma bebida. - Alfonso? - A voz macia de Janine ecoou na sala. - Desculpe por incomodá-lo, querido, mas encontrou algum lenço meu? É cinzento, de seda. Preciso dele. Telefone quando o achar. Alfonso não encontrara nada, nem procurara. Janine es ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 154
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50 tons de grey Postado em 30/03/2016 - 13:55:30
ola, eu poderia adaptar essa fanfic para Larry e posta-la no Watpad?
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amandabcruz Postado em 06/11/2009 - 08:54:49
AMEI...
PERFEITO -
pattybarcelos Postado em 05/11/2009 - 23:48:21
chorei
foi lindo]muito bom mesmo -
kikaherrera Postado em 05/11/2009 - 23:38:20
AMEI O FINAL DA WEB.
PARABÉNSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
FOI TUDO DO JEITO QUE A ANNIE GOSTAVA. -
jucirbd Postado em 05/11/2009 - 17:43:56
Muito linda...
faz uma segunda temporada????
*--*...Plis... -
rss Postado em 05/11/2009 - 14:55:38
foi muito linda até chorei.
aaaaaaaaaaaaamei a web.
linda msm -
rss Postado em 05/11/2009 - 14:55:19
foi muito linda até chorei.
aaaaaaaaaaaaamei a web.
linda msm -
rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:51
foi muito linda até chorei.
aaaaaaaaaaaaamei a web.
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rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:44
foi muito linda até chorei.
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rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:38
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