Fanfics Brasil - O brilho do teu olhar AyA [terminada]

Fanfic: O brilho do teu olhar AyA [terminada]


Capítulo: 17? Capítulo

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CAPÍTULO VI


Terça-feira, 28 de março.


A viagem de trem foi terrível. Não havia cenários bonitos para apreciar, e chovia muito.


George tinha razão, é claro. A tigela Imari não era japonesa. Entretanto, existe outra coisa que desejo adquirir para Jenni­fer, mas as chances são mínimas. Por certo não sou a única pessoa no leilão a xeretear em todas as caixas e cantos procurando por pechinchas. Deveria ter falado com um dos empregados do hotel. Pode se quebrar... Oh, que confusão!


 


Anahí arrancou as botas, sacudiu a capa de chuva e a pendurou no banheiro, junto com o guarda-chuva, antes de tirar toda a roupa. Nunca vira uma tempestade como aquela!


Colocou a calça e o suéter no porta-toalhas para secar. O hotel era bom, mas não luxuoso, e lá não havia regalias como em outros que forneciam roupões de banho. Então, vestindo seu roupão de seda chinesa e sentando-se, começou a enxugar os cabelos com uma toalha de mão.


Sentira-se culpada por ocupar um quarto duplo, mas fora o único decente que sobrara e, depois de um dia inteiro, pesquisando tesouros e bugigangas, colecionadas por gera­ções da família Warbury, merecia um pouco de conforto.


Agora sabia que o primeiro dia de liquidação em um grande estabelecimento de modas era brincadeira compa­rado ao que estava fazendo. Esfregou os pés doloridos e resolveu fazer um chá.


Relanceou o olhar para o minibar a um canto do quarto. Será que haveria conhaque?


Imaginou como seria boa a sensação de calor descendo pela garganta. Mas primeiro queria fechar os olhos e repousar.


 


O Warbury Arms era, na verdade, uma estalagem cam­pestre, forrada de madeira, com muitas lareiras, panelas e jarras de cobre, enfim a imagem da Velha Inglaterra, tão amada pelos turistas. Nesse caso, pensou Alfonso, tratava-se de um cenário autêntico.


E a chuva era autêntica também. Precisou se acotovelar em meio a uma multidão de negociantes e colecionadores que se reuniam para a venda, até alcançar o balcão da recepção.


- A srta. Puente já se registrou? - perguntou, er­guendo a voz para ser ouvido em meio à balbúrdia.


- A srta. Puente?


Alfonso imaginara que Anahí ficaria perto da mansão dos Warbury mas, naquele instante, olhando ao redor, pensou que talvez pudesse ter escolhido um lugar mais tranqüilo onde se hospedar. Explicou à recepcionista:


- É a representante da Galeria de Arte Latimer.


- Sim, é claro. Chegou há poucos minutos. Irão jantar juntos? Pedirei para reservarem uma mesa. Estamos lota­dos, o senhor sabe.


- Verei o que a srta. Puente quer fazer e avisarei.


Era muito provável que Anahí tivesse outros planos e que não ficasse nada satisfeita em vê-lo ali.


Aquele pensamento foi tão deprimente que, por um ins­tante, Alfonso considerou se não deveria dar meia-volta e ir embora. Mas a incerteza foi breve. Christopher podia evitar o problema, mas ele não.


- Qual o número do quarto da srta. Puente?


Alfonso levou menos de dez minutos para deixar a mala em seu próprio quarto, trocar de roupa e procurar por Anahí. Seus aposentos ficavam na parte da frente do hotel, e Alfonso se deteve um momento antes de bater na porta.


Já tinha uma boa desculpa preparada, mas ainda hesi­tava, sentindo-se como um detetive particular em um filme de segunda classe, esperando por um flagrante.


Não desejava confrontar Anahí daquele modo. A recep­cionista do hotel não mencionara mais ninguém com a srta. Puente, mas isso não queria dizer que estivesse sozinha. Alfonso não desejava deixá-la embaraçada. Só queria ajudar.


Talvez fosse melhor descer e esperar que Anahí apare­cesse no saguão do hotel. Seria mais gentil. Exceto que, talvez, ela não descesse. Quem sabe iria pedir serviço de quarto com champanhe. Sentia-se um perfeito covarde.


Não parara para pensar no que faria se Anahí estivesse acompanhada. Eram os melhores amigos do mundo, e sua preocupação era sincera.


Então, lembrou-se do olhar de Anahí logo após o beijo que lhe dera. Desejara muito mais que apenas um beijo e, naquele instante, de repente, percebeu que não queria ser gentil mas apenas saber a verdade.


Bateu na porta. Não houve resposta.


Talvez Anahí estivesse no banho ou estudando o catálogo de ofertas e não desejasse ser perturbada. Uma semana atrás, Alfonso teria certeza daquilo, mas no momento, depois de todos os indícios que tivera, sabia que poderia estar nos braços do amante... Bateu com mais força.


 


Anahí acordou alarmada. Por um instante não teve cer­teza de onde se encontrava, e então ergueu a cabeça, afastou os cabelos do rosto, e olhou para o relógio, imaginando se teria dormido toda a noite, sentada na poltrona. Não. Só dormira meia hora. Estremeceu e bocejou.


Ouviu uma batida muito forte e impaciente na porta do quarto, que sugeria não ter sido a primeira. Suspirou, le­vantou-se da poltrona e, imaginando que seria a camareira trazendo toalhas, abriu a porta.


- Como vai, Anahí?


- Alfonso!


Em geral costumava ter tempo para se preparar, mas naquele momento deu um passo atrás, surpresa com a visão a sua frente. Entendendo o gesto como um convite, Alfonso entrou.


Não sabia o que esperar, mas, ao vê-la com ar de sono, envolta no roupão de seda, só desejou tomá-la nos braços e continuar a beijá-la como fizera no domingo à noite.


Será que a história de protegê-la de algum mau caráter era apenas uma desculpa para si mesmo? Seria possível que, desde a festa em que Anahí flertara com Nick Gregson, sentisse um ciúme insuportável? Tratou de recuperar o au­tocontrole e comentou:


-Apose.ntos confortáveis. Muito grandes para uma só pessoa


- Não havia escolha - respondeu Anahí na defensiva. - Era isto ou um quarto no sótão, sem banheiro. Alfonso, o que está fazendo aqui?


- Estou em missão.


Assim falando, olhou em volta, procurando por indícios de outra pessoa: um paletó de homem sobre uma cadeira, um par de sapatos masculinos... Nada.


Olhou para Anahí e pensou que talvez não estivesse cho­cada, mas aborrecida com sua presença.


- Seria possível tomarmos um chá? - perguntou.


- Antes de adormecer, estava decidindo se tomava chá ou conhaque - respondeu ela, passado as mãos nos cabelos e bocejando. - Que tipo de missão?


Alfonso desconversou:


- É muito cedo para bebermos conhaque.


- Pode ser, mas foi um dia terrível. - Anahí pegou a chaleira para encher com água no banheiro e ferver no pe­queno fogareiro que trouxera de casa. - Que tipo de missão?


- Talvez a palavra seja muito forte. É mais uma incumbência que recebi. Estou aqui para levá-la para jantar, fazer companhia...


Anahí surgiu na porta do banheiro, um tanto despenteada, o roupão curto revelando pernas longas e torneadas. Alfonso recordou a menina desengonçada de pernas com­pridas, correndo atrás de Christopher. O pensamento o fez sorrir.



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Autor(a): theangelanni

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- Por que está rindo? As pernas haviam se tornado muito bonitas, pensou Alfonso. Tratou de afastar aquela idéia da mente e respondeu: - Nada, Anahí. - Tentou distraí-la. - Mudou o penteado? - Disse a você que iria ao cabeleireiro fazer uma prova. Ele não fez muita coisa, apenas aparou as pontas. Por certo achou que eu não va ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 154



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  • 50 tons de grey Postado em 30/03/2016 - 13:55:30

    ola, eu poderia adaptar essa fanfic para Larry e posta-la no Watpad?

  • amandabcruz Postado em 06/11/2009 - 08:54:49

    AMEI...
    PERFEITO

  • pattybarcelos Postado em 05/11/2009 - 23:48:21

    chorei
    foi lindo]muito bom mesmo

  • kikaherrera Postado em 05/11/2009 - 23:38:20

    AMEI O FINAL DA WEB.
    PARABÉNSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
    FOI TUDO DO JEITO QUE A ANNIE GOSTAVA.

  • jucirbd Postado em 05/11/2009 - 17:43:56

    Muito linda...
    faz uma segunda temporada????
    *--*...Plis...

  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:55:38

    foi muito linda até chorei.
    aaaaaaaaaaaaamei a web.
    linda msm

  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:55:19

    foi muito linda até chorei.
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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:51

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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:44

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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:38

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