Fanfics Brasil - O brilho do teu olhar AyA [terminada]

Fanfic: O brilho do teu olhar AyA [terminada]


Capítulo: 21? Capítulo

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CAPÍTULO VIII


Quarta-feira, 29 de março.


Não dormi nada esta noite. Talvez tenha cochilado. Estava fingindo que dormia quando Alfonso, afinal, deitou-se. Mas então ele disse meu nome e quase traquejei. Depois acariciou meu rosto, como se fosse uma pluma. Se não houvesse afastado a mão logo...


 


Alfonso dormia quando, por fim, Anahí se levantou.


Estava de costas, um braço pendendo da cama, os lençóis até a cintura. Parecia muito jovem, como se o tempo não houvesse passado e continuasse um menino travesso. Anahí desejou tocar-lhe o rosto.


Por um momento, estendeu a mão a poucos milímetros da face de Alfonso. Era melhor deixá-lo dormir, para que não a visse com o rosto sem maquiagem e inchado de sono.


Alfonso já a vira assim, entretanto havia um oceano de diferença entre se encontrarem bem cedo na cozinha, e acor­darem juntos em um quarto, embora de modo platônico.


Anahí levou as roupas para o banheiro e tomou banho do modo mais rápido e silencioso que conseguiu. Depois preparou uma xícara de chá, esquentando a água, e a colocou na mesinha-de-cabeceira junto a Alfonso.


Por um instante ficou ali parada, permitindo-se o prazer daquela intimidade. Talvez nunca mais tivesse essa chance. Observou os ombros largos, o tórax rijo, que sempre via cobertos pelas camisas caras.


- Adeus...


A palavra saiu como um sussurro de seus lábios, e uma lágrima rolou em sua face. Então, inclinou-se e beijou-o no rosto.


- Adeus.


Alfonso continuou imóvel, não havia razão para acordá-lo. Anahí virou-se e saiu do quarto sem fazer barulho.


 


O ruído do telefone despertou Alfonso. Alcançou o aparelho e derrubou uma xícara cheia de chá. Irritado, resmungou e atendeu.


- Herrera.


 


No restaurante do hotel, o clima era de expectativa entre os negociantes e os colecionadores que tomavam o café da manhã.


Só em pensar em comida, Anahí sentia o estômago revirar, mas precisava se alimentar, tomar um suco ou um café, ou não sobreviveria até o almoço.


Monty se aproximou.


- Deixe-me servi-la de suco. Alfonso ainda está dormindo? Apesar do esforço em soar tranqüila, Anahí enrubesceu. - Não se preocupe, menina. Não vou fazer mexericos.


- Não há nada sobre o que mexericar, Monty.


- Não? Alfonso disse o mesmo. Mas estava pronto para me subornar.


Suborno? Quanto valeria uma reputação nos dias atuais? E na reputação de quem Alfonso pensara? Afinal, o boato de que dormira com Anahí Puente não iria depor muito bem por sua imagem de grande conquistador. Por outro lado, pensou Anahí, sua reputação de moça bem-comportada poderia ficar muito comprometida. A mãe ficaria arrasada. Tratou de dizer:


- Não espera que acredite nisso, Monty! Sabe muito bem que Alfonso e eu somos apenas bons amigos.


- Verdade? Sério assim?


As mãos de Anahí começaram a tremer, enquanto se justificava:


- Ninguém mandaria nem mesmo um cão sair naquela chuva... Nem você, Monty. Pode tentar me convencer de que é um vilão impiedoso e sem coração, mas sei que não é verdade.


Monty sorriu como um garoto travesso.


- Tudo bem - disse em tom de brincadeira. - Alfonso prometeu que cuidaria de meu Imposto de Renda.


Bem, pensou Anahí, isso respondia à pergunta. Um bom nome em troca de um contador. Riu e balançou a cabeça, de modo condescendente.


- Temos um acordo, Monty.


 


Antes de o telefone tocar, Alfonso estivera sonhando com Anahí. Ao acordar, sobressaltado, procurara por ela, na cama ao lado, esperando vê-la sob as cobertas, como uma colega de quarto evitando enfrentar o dia cinzento e frio. Mas a chuva parara, e o sol se infiltrava pelas cortinas.


A cama de Anahí estava vazia.


Sem querer, tocou o rosto e, ao retirar a mão, viu os dedos manchados de vermelho, da cor do batom que Anahí usara na noite anterior. Então, lembrou-se de que sonhara com os lábios dela sobre sua face. Não fora um sonho, afinal.


- Anahí?


A porta do banheiro estava semi-aberta, a mala feita, perto da saída do quarto, e seu casaco desaparecera.


- Ora bolas!


Com um repelão, Alfonso afastou as cobertas e caminhou até o banheiro. Só então se lembrou de olhar o relógio. Quase nove horas!


Custara muito a dormir, ouvindo a respiração compas­sada de Anahí ao lado, enquanto tentava descobrir o mistério de seus sentimentos.


E ela o deixara dormir. Passou a mão no rosto. Conti­nuaria dormindo; se pudesse.


Olhou-se no espelho e viu a leve marca de batom, sentindo a face úmida. Tocou-a com o dedo e levou-o à boca, sentindo o gosto inconfundível e salgado de lágrimas.


 


Anahí sentiu um nó no estômago. Tinha medo de fazer papel de boba. Parara de chover. O sol brilhava e, como Monty se prontificara a levá-la até a mansão, não precisara sujar os sapatos na lama.


Monty fora visitar as cercanias, e Anahí correra a se registrar no leilão, pegara seu número e lançara um último olhar para as peças que desejava adquirir. Quando foi se sentar sob o toldo armado, viu Alfonso que acabara de chegar e não parecia nada contente.


Ele a viu assim que entrou no enorme salão provisório, em frente à mansão. Dezenas de pessoas chegavam para reivindicar os melhores lugares e dar seus lances, mas era impossível deixar de ver Anahí, entre tanta gente preparada para apenas mais um dia de trabalho, com rostos duros e acostumadas àquele tipo de evento.


Até uma semana atrás, poderia jurar que sabia tudo a respeito de Anahí Puente. Estivera errado: Era óbvio que, na verdade, nada sabia sobre ela. Aquela linda mulher era uma estranha que, sob outras circunstâncias, ele estaria impaciente para conquistar.


Não era apenas a cabeleira loira e cacheada circundando seu rosto. Era tudo. O conjunto vermelho e elegante, a saia justa mostrando que nada havia de errado com seus joelhos ou suas pernas.


O que deixava Alfonso confuso é que nunca notara tudo aquilo. E doía muito saber que outro homem notara.


Aproximou-se e foi dizendo, sem preâmbulos:


- Deveria ter me acordado.


Anahí mal o olhou, preocupada em examinar os prováveis compradores que chegavam. Ou então, pensou Alfonso, pro­curava por algum comprador em especial...


- Dormia tão bem que não quis acordá-lo. Qual o pro­blema? Perdeu a hora do café?


A atitude emproada de Anahí o irritou. Assim como sua aparência sexy, ainda mais evidente à luz do dia. Alfonso não estava gostando nada daquilo. Preferia a jovem doce e suave que observara, dormindo, na noite anterior. Uma ga­rota que jamais teria usado aquele tom de batom.


A idéia de Anahí inclinando-se e beijando-o na face en­quanto dormia provocou-lhe uma onda de calor que acabou com a irritação.


- Não estou nem um pouco preocupado com o café. Sua irmã telefonou.


- Sarah? - Anahí franziu a testa, e Alfonso desejou aca­riciá-la e beijá-la. - Por que telefonou?


Alfonso piscou, afastando as fantasias da mente.


- Não faço a menor idéia. Ela estava muito apressada para desligar e espalhar a notícia que passamos a noite juntos.


- Foi isso que disse à Sarah? Que passamos a noite juntos?


Meu Deus, pensou Alfonso, Anahí podia ser fria como aço. Quando ficara daquele jeito?


- Não - respondeu. - Foi ela que tirou essa conclusão quando atendi o telefone em seu quarto. Estava meio ador­mecido quando o telefone tocou, caso contrário poderia ter disfarçado. Por isso digo que você deveria ter me acordado antes de sair.


Observou a expressão-de Anahí, e teve a impressão de que sufocava um sorriso.


- Sinto muito, meu caro.


- Por que está se desculpando?


- Bem, você parece tão perturbado... Esse boato poderá prejudicar sua imagem.


- Minha imagem? E que tal a sua?


- Oh! Não tenho nenhuma, Alfonso. Bem, pelo menos não desse tipo. - Anahí pareceu meditar um pouco. - En­tretanto, acho que esses comentários irão me dar um certa reputação. Olhe, que tal encontrarmos bons lugares? Ali está bem.


Por um instante Anahí sentiu uma estranha euforia. O mundo iria pensar que Alfonso Herrera era seu amante. O tipo de sonho que confiara apenas para seu diário, quando ainda era adolescente.


Jamais tivera artistas de cinema ou de rock como ídolos. Alfonso sempre fora seu herói e, pensara, um dia a olharia de modo especial, como se fosse a única mulher no mundo, e todos saberiam que era seu amor.


Mas os diários das adolescentes e a vida real nada tinham em comum. Portanto, era melhor encarar tudo como uma grande brincadeira.


Anahí era mestra em transformar tudo em piada, pois fizera isso a vida toda. Será que Monty pensava que ela ficaria mortificada e iria se afastar de todos?


- Não se preocupe - acabou por dizer, passando o braço pelo de Alfonso. - Telefonarei para Sarah assim que chegar a casa e explicarei o que aconteceu.


- Acha que ela vai acreditar?


- Por que não? Minha irmã faria o mesmo se um amigo batesse a sua porta em uma noite de tempestade. Não tenho motivos para mentir.


E, acrescentou para si mesma, bastaria Sarah pensar no assunto para admitir que a idéia de a irmã caçula estar tendo um caso com Alfonso Herrera era hilariante.


Por seu lado, Alfonso imaginou como se sentiria o verda­deiro namorado de Anahí ao tomar conhecimento da história. Se fosse com ele, ficaria furioso.


- Se tivesse que escolher entre o dilúvio e Sarah, preferiria ficar na chuva - comentou.


- Tem razão. Minha irmã fala muito.


- Bem... hoje, ao telefone, não pareceu muito loquaz. Ambos sentaram-se na fila central, Anahí na ponta. Duas horas mais tarde, ao final do leilão, Alfonso perguntou: - Terminou? Podemos ir tomar café?


- Ainda não...


- Mas pensei que isso fosse tudo.


- Ainda quero uma caixa que contém porcelana de co­zinha. É para alguém que conheço. Quem seria?


- Entendi. E como planeja carregar isso no trem? Anahí o encarou.


- Não pretende me dar uma carona?


- E se eu não estivesse aqui?


- Bem, daria um jeito, Alfonso.


Isso resolvia o mistério sobre para quem telefonara na noite anterior. Alfonso pretendera descobrir para quem dera o telefo­nema, ao fechar a conta no hotel, mas Anahí já fechara a sua.



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Autor(a): theangelanni

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- Tenho certeza de que sim, Anahí. - Alfonso, por que não vai tomar seu café? Não me demorarei. - Prefiro esperar por você: - Então, por favor, pare de sacudir sua cartela com o número, senão acabará comprando uma caixa de frigideiras. Dê para mim! Alfonso obedeceu e ficou observando Anahí, lote ap ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 154



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  • 50 tons de grey Postado em 30/03/2016 - 13:55:30

    ola, eu poderia adaptar essa fanfic para Larry e posta-la no Watpad?

  • amandabcruz Postado em 06/11/2009 - 08:54:49

    AMEI...
    PERFEITO

  • pattybarcelos Postado em 05/11/2009 - 23:48:21

    chorei
    foi lindo]muito bom mesmo

  • kikaherrera Postado em 05/11/2009 - 23:38:20

    AMEI O FINAL DA WEB.
    PARABÉNSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
    FOI TUDO DO JEITO QUE A ANNIE GOSTAVA.

  • jucirbd Postado em 05/11/2009 - 17:43:56

    Muito linda...
    faz uma segunda temporada????
    *--*...Plis...

  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:55:38

    foi muito linda até chorei.
    aaaaaaaaaaaaamei a web.
    linda msm

  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:55:19

    foi muito linda até chorei.
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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:51

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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:44

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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:38

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