Fanfics Brasil - O brilho do teu olhar AyA [terminada]

Fanfic: O brilho do teu olhar AyA [terminada]


Capítulo: 22? Capítulo

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- Tenho certeza de que sim, Anahí. - Alfonso, por que não vai tomar seu café? Não me demorarei.


- Prefiro esperar por você:


- Então, por favor, pare de sacudir sua cartela com o número, senão acabará comprando uma caixa de frigideiras. Dê para mim!


Alfonso obedeceu e ficou observando Anahí, lote após lote, de todos os tipos de quinquilharias para cozinha, sem com­prar nada. Por fim, perguntou, impaciente:


- O que está fazendo, afinal? Quer comprar ou não?


- Ao preço justo.


Uma caixa de porcelana antiga surgiu. Anahí fez um lan­ce, depois outro. Seu concorrente, sentado algumas fileiras atrás, do lado oposto, insistiu.


Anahí pareceu perder o interesse mas, no momento em que o leiloeiro ia bater o martelo, ergueu sua cartela e cruzou as pernas, devagar, voltando-se de modo sensual para o homem que também competia.


Antes que o pobre concorrente se recuperasse da surpre­sa, Anahí vencera.


- Vamos lá - disse para Alfonso. - Temos de preencher a papelada.


- Estou chocado! Foi o maior golpe de astúcia feminina que já vi em minha vida!


- Não acredito. Mas o sujeito mereceu. Estivera me lan­çando olhares a manhã toda.


- E o que esperava, usando minissaia e meias pretas? O que pretende?


- Eu? A pobre e inocente Anahí? Você deve pagar a conta, Alfonso. Esse último lote foi para você.


Alfonso ia replicar mas, pressentindo alguma novidade, sacou o talão de cheques do bolso, e pagou por uma caixa de papelão velho, recheada de objetos de cozinha.


- E agora o que fazemos, Anahí?


- Vá pegar seu carro e coloque a caixa no banco de trás, com muito cuidado. Acabei de resolver seu problema sobre o presente de aniversário para sua mãe.


 


Alfonso carregara a caixa até o apartamento de Anahí e olhava para a peça de porcelana que ela segurava.


- O que é?


- Uma travessa Kakiemon do século dezessete. É do Japão.


- Está brincando!


- Não. Só tive certeza absoluta quando a examinei. Mas é autêntica, sem dúvida.


- E será que George Latimer não a quer?


- Dei-lhe essa oportunidade, mas me chamou de boba. Além disso, foi você quem fez o lance, o recibo está em seu nome. Fez uma oferta e pagou por ela.


- Poderia ter me contado antes.


- Mas talvez estivesse errada e, nesse caso, eu o reem­bolsaria e venderia a louça para uma amiga que tem uma barraca em uma feira de antiguidades.


Alfonso se lembrou.


- Já que estamos falando de contas, preciso dividir as despesas do hotel com você.


- Não é preciso. Latimer pagará. E não cobraram ne­nhuma taxa adicional por você ter ficando em meu quarto. Não entendi o motivo. A moça na recepção disse que, sob as circunstâncias, nada havia a cobrar Que circunstâncias?


Alfonso colocou o dedo sobre a testa de Anahí.


Com gesto impulsivo, inclinou-se e beijou-a na testa.


Os grandes olhos cinzentos de Anahí se abriram, muito escuros, e, por um instante, Alfonso pensou que tudo poderia mudar se, de repente, pronunciasse as três palavras mais importantes do mundo.


Entretanto, Anahí jamais acreditaria. Então, sorriu e disse:


- Tudo dará certo.


Anahí soltou uma risada trêmula, esquecendo a conta do hotel.


- Tenho que ir - disse Alfonso, quebrando o encanto do momento. - Pode embrulhar isso para mim?


- Deixe comigo. Vou limpá-la e fazer um embrulho de presente para você. Homens não sabem fazer pacotes bonitos.


- Para isso servem as sessões de embalagem das lojas. Tem certeza de que não quer ficar com a travessa, Anahí?


- Sim. Gostei muito dela, mas prefiro que Jennifer a tenha.


- Então será um presente de nós dois. O aniversário será no domingo. Quer ir para casa comigo? A menos que tenha algum outro compromisso...


Anahí o encarava.


- O que foi, garota?


- Nada. É que foi a primeira vez que perguntou se tenho outro compromisso. Em geral sempre acha que estou disponível.


Alfonso pensou se sempre fora assim tão insensível, como ela dizia. Bem, não seria mais. Não voltaria a fazer pouco caso de Anahí Puente. Não compreendia como ela nunca se rebelara antes. Disse:


- Não acho nada. Só a estou convidando porque desejo que venha comigo. Virá?


Após um breve instante de hesitação, Anahí respondeu:


- Admito que adoraria ver Jennifer abrir o presente. Mas não venha tocar a campainha às sete e meia da manhã. Sábado haverá o chá-de-cozinha de Dulce.


- A despedida de solteiro de Christopher será na sexta-feira.


- Bem, não vão acabar na cadeia. Dulce mataria vocês dois.


- Não se preocupe. Jamais perdi um noivo nas outras vezes em que fui padrinho. Quanto a você... bem, divirta-se.


Parou à porta do apartamento, lembrando-se da última vez que lá havia se despedido, e do beijo suave. Mas fora sem premeditação. Dessa vez seria diferente.


Voltou-se e, no segundo em que hesitou, Anahí beijou-o no rosto, e fechou a porta.


 


Aquilo estava virando um hábito. Despedir-se de Alfonso e ficar com as pernas bambas. Com dedos trêmulos, Anahí afagou a testa que ele beijara.


Tinha certeza de que Alfonso se lembrara do beijo na boca que haviam trocado antes. Censurou-se. Que ridículo! Por que lembraria?


Fechou os olhos e gemeu sem querer. E quanto a ela? Como poderia esquecer?


O telefone tocou. Não queria falar com ninguém, mas forçou-se a caminhar e levantar o fone do gancho, notando que havia meia dúzia de mensagens na secretária eletrônica. Três delas sabia muito bem de quem eram: de sua mãe, sua irmã, e George.


- Anahí, já telefonei uma centena de vezes.


- Desculpe, mamãe. Acabei de voltar do leilão de Warbury.


- Fez boa viagem?


- Consegui tudo que queria. Tem algo para me dizer? Estou louca para tomar um banho.


- Nada de especial. Sarah queria lhe falar, e eu lhe dei o número do telefone do hotel. Ela a encontrou?


A tentativa da mãe em ser sutil era patética. - Recebi o recado. Sabe o que Sarah queria?


- Uma babá para -sexta-feira à noite. - Telefonou para Warbury para pedir isso?


- Parece que está desesperada. O sucesso de seu jantar de caridade depende disso. Tenho uma reunião do clube, caso contrário eu mesma seria a babá. - Anahí riu.


- Sem duvida é uma crise. Não se preocupe, não deixarei Sarah na mão.


- Como foi a ida ao cabeleireiro para o teste?


- Fácil demais. Ele parece não acreditar que irei estragar as fotografias.


- Ora, Anahí!


- E só isso, mamãe?


Sabia que estava sendo cruel. A mãe estava louca para saber o que acontecera em Warbury, mas não encontrava um jeito de abordar o assunto. Bastaria perguntar: "pas­sou a noite com Alfonso Herrera?" E a resposta seria: "sim e não". A voz da sra. Puente interrompeu seus pensamentos:


- Virá aqui no fim de semana?


- Bem, eu e Alfonso vamos visitar Jennifer no domingo...


- Verdade? Alguma razão especial?


Qualquer um com tendências sadistas estaria adorando aquela conversa, mas Anahí sentia-se cansada.


- É seu aniversário. Encontrei algo especial no lei­lão, e Alfonso quer que esteja presente quando entregar a Jennifer.


- Oh! Estive tão ocupada com os preparativos do casa­mento que havia me esquecido! Levarei flores.


- Tenho certeza de que Jennifer ficará contente em vê-la, mamãe. Passarei em casa no domingo. Levarei o vestido de dama de honra, mas não sei a que horas chegarei.


- Ótimo!


Ao desligar, por fim, Anahí apertou o botão das mensagens e ouviu a voz de Sarah.


- Anahí, fiquei tão surpresa ao ouvir Alfonso responder em seu quarto, hoje de manhã, que esqueci o motivo de ter telefonado. Espero que saiba o que está fazendo. Ele não é do tipo casadouro e sempre pensei que você fosse uma garota de um só amor. De qualquer modo, mudando de assunto, pode tomar conta das crianças nesta sexta-feira? Andy vai comparecer à despedida de solteiro de Christopher, tenho um jantar importante e e a moça que costuma servir de babá está gripada.


Isso era tudo? Sua mãe estivera muito constrangida, e Sarah parecera bastante inibida também. Anahí procurou o recado de George Latimer, muito lacônico:


- Anahí, era mesmo Kakiemon?


As outras mensagens não eram importantes.


 


Alfonso atirou o paletó sobre a cadeira mais próxima e dirigiu-se ao telefone. Estava ficando louco. Não conseguia tirar Anahí dos pensamentos.


- Christopher? Precisa me contar quem é o namorado de Anahí!


- Calma! O que aconteceu? - perguntou Christopher do outro lado da linha.


- O problema é sua irmã. Está usando- saltos de dez centímetros, saias que mostram as coxas, e lingerie preta. Está me deixando maluco!


- Lingerie preta?! Como sabe disso?


- Como sei que ela está namorando, Chris?


- Pelo que ouvi, você é quem a viu de lingerie preta. Além disso, não me lembro de ter dito que ela estava namorando.


- Mas...


- Disse que estava amando alguém. É claro que a di­ferença deve ser mínima para um homem que acha que amor é a mesma coisa que sexo...


- E é.


- Existe uma diferença.


- Percebo. Que dizer que estou andando em círculos como um idiota? Anahí não está tendo um caso amoroso?


Alfonso sentia a cabeça girar. Não havia amante algum, mas Anahí estava apaixonada.


- De quem se trata, Chris? Quem ela ama? Eu conheço? Houve uma longa pausa, e depois Christopher respondeu apenas:


- Sim.


- Então, pelo amor de Deus, conte-me quem é.


- Não posso. Mas vou dar uma pista: Elinor James. Vejo-o na sexta-feira.


Alfonso largou o telefone e se deixou cair sentado em uma cadeira, passando a mão no rosto.


Anahí amava tanto uma pessoa que, embora não assu­mindo o romance, não conseguia se envolver com outro. Alfonso não sabia se isso era bom ou mau. Um amante que era quase um fantasma não era concorrência para um ho­mem de carne e osso.


Elinor James. Fora sua fantasia e a de Christopher havia muitos anos. A garota que enlouquecia todos os meninos na escola. Dezesseis anos, cabelos loiros e sedosos, e uma pele de porcelana. O sonho impossível, pelo menos para os adolescentes. Mas... e se alguém tivesse continuado a amá-la por toda a vida? Chris apenas dera um exemplo.



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Autor(a): theangelanni

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CAPÍTULO IX Domingo, 2 de abril. Um certo momento entre o remorso e a hora do almoço. A irmã de Dulce realmente sabe dar uma festa. E ninguém mencionou Alfonso, nem mesmo Sarah. As palavras `discri­ção" e`bom senso" não combinam com ela, mas, seja como for, evitou tocar no assunto durante o chá-de-cozinha. Talvez ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 154



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  • 50 tons de grey Postado em 30/03/2016 - 13:55:30

    ola, eu poderia adaptar essa fanfic para Larry e posta-la no Watpad?

  • amandabcruz Postado em 06/11/2009 - 08:54:49

    AMEI...
    PERFEITO

  • pattybarcelos Postado em 05/11/2009 - 23:48:21

    chorei
    foi lindo]muito bom mesmo

  • kikaherrera Postado em 05/11/2009 - 23:38:20

    AMEI O FINAL DA WEB.
    PARABÉNSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
    FOI TUDO DO JEITO QUE A ANNIE GOSTAVA.

  • jucirbd Postado em 05/11/2009 - 17:43:56

    Muito linda...
    faz uma segunda temporada????
    *--*...Plis...

  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:55:38

    foi muito linda até chorei.
    aaaaaaaaaaaaamei a web.
    linda msm

  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:55:19

    foi muito linda até chorei.
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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:51

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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:44

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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:38

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