Fanfics Brasil - O brilho do teu olhar AyA [terminada]

Fanfic: O brilho do teu olhar AyA [terminada]


Capítulo: 25? Capítulo

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CAPÍTULO X


Sábado, 8 de abril.


Dia do casamento de Dulce e Christopher. Ainda é muito cedo. Alfonso passou por aqui há pouco, e ele e Chris levaram os cachorros para passear. Em geral Alfonso joga uma pedrinha na vidraça de minha janela para saber se quero ir junto com eles, mas hoje não fez isso. Talvez os dois precisem de uma conversa entre homens.


De qualquer modo, não os teria acompanhado. Não tenho tempo para passeios. Depois do beijo no pomar, nada mais voltará a ser como antes. Mas não cederei, mesmo que tenha que sair do país para evitar a tentação.


Tudo que preciso fazer é reunir forças para suportar este dia. Com sorte, Alfonso esquecerá que me convidou para almoçar e só descobrirá que não voltei para Londres quando for muito tarde.


 


A igreja estava linda, enfeitada com uma pro­fusão de flores amarelas e brancas, entrelaçadas com ramagens. Cada banco estava decorado com laços e folhagens, e Dulce era uma noiva linda.


Anahí sabia que era apropriado chorar em casamentos, mas o nó na garganta e o bloco de granito que sentia no coração eram mais do que se poderia esperar em matéria de emoção.


Se ao menos Alfonso não estivesse usando aquele tolo colete de veludo amarelo... Anahí tinha se preparado para tudo, menos para aquilo. Alfonso fizera a brincadeira para demonstrar solidariedade e, do modo como sorria em sua direção, sabia que esperava um sinal de agradecimento pelo esforço em agradá-la.


Anahí fez força para sorrir, demonstrando que apreciara a brincadeira e o trabalho que Alfonso tivera para alegrá-la.


Dominou-se para não chorar e estragar a meticulosa ma­quiagem feita por uma profissional que viera de Londres. Se o rímel escorresse, seria um desastre:


Japão. Anahí tentou se apegar à idéia de ir para o Oriente. Comprara a passagem e fizera as malas.


George Latimer não reclamara quando ela pedira demis­são, deixando-o de improviso. Ao contrário, contatara alguns amigos, e organizara uma série de coisas para sua viagem. Anahí sabia que George ainda não se recuperara por ter perdido a travessa autêntica para Jennifer. Ele se enganara ao pensar que Anahí não tinha instinto de compradora.


Não conseguia esquecer o beijo de Alfonso, e também se lembrava das palavras de sua mãe. "tal pai tal filho" e "pobre Jennifer". Imaginava-se dali a trinta anos, as pessoas dizendo a suas costas: "Pobre Anahí... Apaixonou-se por Alfonso Herrera, mas ele era igual ao pai..."


Na segunda-feira após o aniversário de Jennifer, Anahí en­trara na galeria e George a surpreendera, dizendo que haviam ganho dez libras com o bilhete de loteria que dividiam sempre.


Cinco libras para cada um, e com o dinheiro que o avô lhe deixara, Anahí sabia que tinha uma escolha. Ou guar­dava o dinheiro para quando se casasse, ou viajava.


Então, prorrompera em lágrimas e, durante uma hora seguida, George tudo ouvira sobre seu amor reprimido. De­pois, fizera-lhe chá, telefonara para os amigos e a mandara para casa, a fim de organizar sua viagem.


No dia seguinte, estaria a caminho de Tóquio, para uma nova vida, descobrindo os mistérios e a beleza de outra cultura. Era hora de despertar do sonho e viver a realidade.


E então, Alfonso tivera que estragar tudo, usando o colete de veludo amarelo, destruindo o pouco de animação que Anahí sentia.


Através de uma nuvem de lágrimas, viu Christopher beijar Dulce e então, como em um sonho, Alfonso estava ao seu lado, segurando-a pelo braço e seguindo o novo casal para a sacristia, onde assinariam o registro de casamento.


Alfonso foi a primeira testemunha a assinar e depois pas­sou a caneta para Anahí.


Ela sussurrou, fungando:


- Minha mão está trêmula.


Alfonso pegou um lenço do bolso, ergueu-lhe o queixo e en­xugou-lhe os olhos com cuidado para não danificar a maquiagem.


Por um longo instante seus olhares se encontraram, e, depois, ele voltou a entregar-lhe a caneta, como se soubesse muito bem como é por que Anahí estava tão triste.


Ridículo.


Quando a cerimônia terminou, Alfonso enlaçou os dedos nos seus e assim saíram da sacristia, acompanhando os noivos para fora da igreja e para sua nova vida.


Confusa, Anahí relanceou o olhar para as outras damas de honra. Não era assim que as coisas deveriam estar acon­tecendo. Entretanto, Alfonso parecia indiferente às três lin­das morenas que seguiam logo atrás no cortejo.


Quando chegaram à recepção, as três tentaram de todos os jeitos atrair a atenção de Alfonso, mas foi em vão. Ele fora polido e simpático com as moças, do mesmo modo que era com as tias e avós para quem era apresentado.


Anahí ficou nervosa. Pela primeira vez na vida, não o via flertar com nenhuma bela garota.


 


Os discursos tinham acabado, e os noivos haviam se re­tirado para trocar de roupa. Alfonso desaparecera.


Anahí aproveitou a oportunidade para escapulir até o ter­raço e se afastar do barulho e das risadas. Mais alguns minutos e estaria livre. Assim que Dulce e Christopher fossem embora para a lua-de-mel, partiria também.


E então, sentiu os dedos de Alfonso ajeitando o colete amarelo em seus ombros.


- Aposto que está com frio, por baixo desse vestido.


O colete trazia o calor de seu corpo, e Anahí o ajeitou de encontro ao peito.


- Obrigada. Está muito barulho lá dentro. Alfonso debruçou-se na balaustrada.


- Foi um belo casamento, para quem gosta de grandes festas.


- Sim.


- Você não está muito falante hoje, Anahí.


- Desculpe, mas não sou fã de casamentos. Chame-me de pouco romântica, mas acho que não é preciso tanto apa­rato para unir duas pessoas que se amam.


- Pode ser que esteja certa. O que fará?


- Sobre o quê?


- Quando se casar.


Anahí voltou-se e o encarou, desviando logo o olhar.


- Jamais me casarei. Irei me transformar em uma es­pecialista em arte oriental e viajarei pelo mundo. Começando pelo Japão.


Por um breve momento, Anahí pensou que Alfonso des­cobrira seu segredo, mas ele continuou:


- Vamos brincar. Se resolvesse se casar, quem convidaria? Anahí sentiu-se aliviada.


- Acho que duas testemunhas seriam o suficiente.


- Então, nada de damas de honra. Nada de veludo amarelo.


- Nem mesmo padrinhos.


- Ótimo! Quer casar comigo?


Anahí soltou uma risada trêmula, e respondeu:


- Não tem nada de melhor para fazer, Alfonso? Que tal amarrar balões e sapatos velhos no pára-choque do carro de Christopher?


- Já fizeram isso.


- Bem. Então que tal seduzir uma das damas de honra? Alfonso a encarou:


- Você é voluntária?


- Alfonso! Anahí! Aí estão vocês.


A voz de Sarah os interrompeu. Estava descabelada de tanto dançar, e trazia um sorriso no rosto bonito. Olhou de um para o outro, e pressentiu que interrompera algo importante.


- Desculpem, mas Dulce e Chris estão indo embora.


- Já vamos - respondeu Anahí, retirando o colete e devolvendo-o para Alfonso.


Sentindo um arrepio, caminhou apressada para o salão, postando-se ao pé da escadaria enfeitada, junto aos demais convidados.


Dulce estava no alto, segurando o buquê e, ao ver Anahí, sorriu e virou-se de costas, antes de atirar as flores.


Alguém atrás de Anahí pegou o buquê e, quando as ca­beças se voltaram, houve um murmúrio de surpresa.


Fora Alfonso quem o pegara. Postara-se atrás de Anahí, e as flores que Dulce desejara que ela pegasse, tinham caído em suas mãos.


Era hora de fazer uma piada e provocar o riso de todos. Entretanto, Anahí não se sentia disposta a brincadeiras. Alfonso fez uma mesura, e entregou-lhe o buquê, provocando mais um sussurro geral.


Tudo não levou mais de alguns segundos, mas para Anahí pareceram horas, até todos voltarem a se concentrar no novo casal, espoucando flashes e acenando.


- Não compreendo que problema pode existir. Minha passagem foi confirmada na semana passada.


A atendente do balcão de embarque sorriu para Anahí. Sem dúvida estava acostumada a lidar com passageiros en­raivecidos, e aprendera a manter a voz baixa e firme.


- Tentamos contatar a senhorita ontem, mas não obtive­mos resposta. E, na verdade, não existe um problema. Con­seguimos outro assento no vôo que sai daqui a meia hora.


Sim, pensou Anahí com azedume. O vôo via Nova Delhi, Índia, com uma escala de vinte e quatro horas. Estava muito aborrecida. Reservara uma passagem para o vôo direto, a fim de evitar desembarques e cansaço.


A atendente continuou:


- A senhorita voará de primeira classe, e haverá uma excursão grátis...


Era bobagem ficar zangada, pensou Anahí. Não era culpa da moça se houvera um erro no computador. Tratou de tele­fonar para a mãe e comunicar sobre a mudança de planos.


- Avise George, mamãe. Ele precisará falar com os ami­gos que estão me aguardando em Tóquio.


- Claro! Mande um cartão-postal do Taj Mahal.


- O quê?


- E, querida... seja feliz.


Antes que pudesse responder, Margaret já desligara. Sua voz parecera muito emocionada. Anahí achou que ainda es­tava muito impressionada com o casamento, sabia que a mãe estivera chorando.


Taj Mahal? Não sabia que a mãe conhecia tanto sobre a Índia. Ela não mencionara qual seria o itinerário, apenas dissera que... Ora! Fora uma coincidência. O Taj Mahal era um símbolo indiano, e talvez as pessoas costumassem men­cioná-lo quando alguém ia para aquele país.


Anahí sentiu-se mais animada. Se a excursão estava incluída como oferta no novo vôo, então iria aproveitar ao máximo.


Acomodou-se na poltrona da primeira classe e pegou o livro que pretendia ler. Detestava os minutos que antece­diam a decolagem.


- Senhores passageiros, queiram se assegurar de que os assentos estão na posição vertical...


Anahí tentou se acalmar. As estatísticas provavam que as pessoas morriam mais em suas camas que... Fechou os olhos e apoiou as mãos nos braços da poltrona, cerrando os olhos.


Alguém sentou-se a seu lado.



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Autor(a): theangelanni

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Anahí ouviu o barulho do cinto de segurança sendo afi­velado. Sabia que deveria estar parecendo uma idiota, mas nada a faria abrir os olhos até terem decolado. Nada... a não ser uma mão cobrindo a sua, e a voz de Alfonso dizendo: - Então é verdade. O espanto foi maior que o medo, e Anahí abriu os olhos. - Alfons ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 154



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  • 50 tons de grey Postado em 30/03/2016 - 13:55:30

    ola, eu poderia adaptar essa fanfic para Larry e posta-la no Watpad?

  • amandabcruz Postado em 06/11/2009 - 08:54:49

    AMEI...
    PERFEITO

  • pattybarcelos Postado em 05/11/2009 - 23:48:21

    chorei
    foi lindo]muito bom mesmo

  • kikaherrera Postado em 05/11/2009 - 23:38:20

    AMEI O FINAL DA WEB.
    PARABÉNSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
    FOI TUDO DO JEITO QUE A ANNIE GOSTAVA.

  • jucirbd Postado em 05/11/2009 - 17:43:56

    Muito linda...
    faz uma segunda temporada????
    *--*...Plis...

  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:55:38

    foi muito linda até chorei.
    aaaaaaaaaaaaamei a web.
    linda msm

  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:55:19

    foi muito linda até chorei.
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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:51

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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:44

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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:38

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