Fanfics Brasil - O brilho do teu olhar AyA [terminada]

Fanfic: O brilho do teu olhar AyA [terminada]


Capítulo: 5? Capítulo

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Porém, naquela noite, tinha um brilho no olhar e um rubor nas faces que Alfonso conhecia e compreendia em outras mulheres. Mas, em Anahí, aquilo o deixava pouco con­fortável, quase como se houvesse erguido um véu e desco­berto um segredo.


Anahí voltou a cabeça e o encarou. Por um instante seu olhar revelou sentimentos muito mais profundos. Mas, em seguida, fez uma careta engraçada e perguntou:


- O que houve, Alfonso? Ainda com saudade da linda Janine?


Alfonso relaxou. Anahí não mudara. Era ele quem es­tava tenso.


- Amor-próprio ferido, só isso - admitiu.


- Está ficando mole, Alfonso. Se não tomar cuidado, um dia desses vai se ver caminhando pela igreja, e não para ficar sentado nos bancos, flertando com as damas de honra. Vai ficar bem na frente, com uma aliança pendurada no nariz.


- Isso mesmo! Pise em um homem quando ele está caído.


- Dou meia hora de prazo para, na festa, já estar alegre de novo. Diga-me, que rapaz maravilhoso vai escolher para me levar para casa hoje à noite?


- Quem disse que pretendo mandar alguém levá-la para casa?


- Sempre faz isso. As vezes penso que tem um punhado de clones preparados em caso de emergência.


- Que emergências?


- Sabe como é... Uma ruiva fabulosa que aparece de repente... "Vamos para outro lugar?"... "Raios! O que faço com a Anahí?"... É isso que chamo de emergência.


- Você é injusta! Só por isso vou levá-la para casa pes­soalmente, mais tarde. E não espere gentilezas sem retri­buição. Terá de me convidar para entrar, servir café e me fazer um sanduíche. Não pense que aceitarei só um aperto de mão e um sorriso de boa-noite, como os outros.


- Como sabe que é só isso que os outros recebem? Fazem um relatório para você?


- Claro - mentiu Alfonso, sabendo que os rapazes sem­pre se desapontavam com as despedidas de Anahí. - Exijo que me digam se você chegou sã e salva em casa.


Anahí sorriu de modo provocador.


- E nunca lhe ocorreu que às vezes podem estar mentindo?


- Não ousariam.


- Sério? - Anahí o provocava de modo evidente. - Mas, tudo bem, Alfonso. Se conseguir resistir à primeira ruiva linda que sorrir para você, ou uma loura ou morena, então poderá tomar quanto café desejar e comer quantos sanduí­ches agüentar.


Alfonso resolveu entrar na brincadeira.


- Na verdade, estou me guardando para as lindas da­mas de honra do casamento. Você disse que eram bonitas, não disse?


- De tirar o fôlego. Farei um resumo de suas qualidades na festa. Trate de me lembrar.


Chegaram ao local da festa, desceram do táxi e, antes que Anahí se desse conta, foram sufocados pelos abraços e saudações dos amigos.


Alfonso sabia que Anahí era sempre muito querida e bem­-vinda. Também gostava muito, dela e sabia que se viam menos do que desejaria.


Alguém colocou um copo com bebida em sua mão, um amigo o arrastou para um canto a fim de pedir um conselho sobre investimentos, e uma garota se aproximou, alegre e sorridente, conversando animadamente, embora Alfonso nem se lembrasse de seu nome.


Foi então que viu Anahí conversando com um desconhe­cido loiro e alto. O sujeito tinha um olhar de predador.


- Desculpe-me - murmurou Alfonso para a garota ao lado, abandonando a idéia de tentar se lembrar de seu nome.


Pelo sotaque, o homem era australiano, e Anahí ria de algo que dissera. Parecia estar se divertindo muito, e aquilo deixou Alfonso irritado. Afinal, Anahí viera à festa com ele.


Passou a mão por sua cintura e perguntou:


- Quer uma bebida, meu bem?


Anahí o encarou com uma certa surpresa. Alfonso nunca cos­tumava prestar atenção nela, depois que chegavam a uma festa.


- Não, obrigada. Nick está sendo muito gentil. Já se conhecem? Nick Gregson, Alfonso Herrera.


Alfonso lançou um olhar de desafio para o australiano. Nick sustentou o olhar por alguns segundos, e depois, deu de ombros e foi embora.


Anahí voltou-se para Alfonso.


- O que houve? Aquela garota não o interessou? Ou sua conversa de praxe não a entusiasmou?


Alfonso teve o pressentimento de que sua interrupção não fora bem-vinda.


- Qual conversa de praxe?


- Não faço idéia, mas você deve ter um repertório básico de assuntos para conversar com as garotas que encontra, não é?


- Está muito melindrosa hoje. Ou é uma vingança por eu ter concordado que vai parecer com uma pata no casamento?


Anahí ficou vermelha como um pimentão.


- Muito obrigada, Alfonso. Você foi muito franco.


Virou as costas e sumiu na pequena multidão de convidados.


Anahí estava furiosa. Não se lembrava de alguma vez ter se aborrecido com Alfonso, e a sensação era revigorante, mais embriagadora que um copo de vinho.


Por isso, quando voltou a se ver frente a frente com o australiano, foi mais simpática que o usual.


Principalmente porque, do outro lado da sala, Alfonso lan­çava olhares furiosos sobre os dois, esquecido da morena que parecia devorá-lo com os olhos. Anahí tentou concen­trar-se em Nick.


- Alfonso e eu? - Forçou uma risada. - Ora! Somos apenas bons amigos. Eu o conheço desde que era bebê. É como um irmão.


- Verdade? - Nick sorriu e, com tristeza, Anahí percebeu que os dentes não eram muito bonitos. - Então, deve se preocupar com você de modo fraternal. Mas já que seu amigo insiste em me olhar de longe, como se quisesse me matar, que tal irmos para outro lugar? Uma danceteria, talvez?


E por que não?, pensou Anahí. A morena parecia disposta a não perder Alfonso de vista. Mais cinco minutos, e ele teria esquecido por completo o sanduíche e o café no final da noite.


Esqueceria de Anahí para só voltar a se lembrar no mo­mento em que precisasse de uma acompanhante para outra festa ou de alguém para enfiar as iscas no anzol de pesca. Bem, assim eram as coisas e assim deveriam permanecer.


Nesse meio tempo, era bom ver o australiano tão interessado.


Encarando-o, Anahí percebeu que Nick iria impressionar muito sua mãe. E por que não? De súbito, perguntou:


- Tem planos para as próximas duas semanas?


Nick pareceu muito surpreso e sorriu para Anahí como a morena sorria para Alfonso.


- O que tem em mente?


- Nada muito importante. Pensei que gostaria de ir ao casamento de meu irmão.


- Irmão de verdade? - Nick relanceou o olhar em di­reção de Alfonso. - Ou outro "bom amigo fraterno"?


- Meu irmão Christopher vai se casar. Alfonso vai ser o padrinho.


- Lamento. Devo ir para Perth. - Perth, na Austrália?


Nick sorriu de novo, e Anahí começou a imaginar se pre­tendia fazer publicidade para pasta de dente.


- Sim. Mas gostei do convite. Você poderia vir comigo para a Austrália, e aí haveria nosso casamento.


Anahí, que começara a achar a conversa maçante, voltou a se interessar. Não havia como ficar indiferente a um ho­mem que fazia uma proposta tão bizarra. Talvez estivesse bêbado, mas era pouco provável.


- Gostaria muito, mas não posso. Vou ser a quarta dama de honra.


Anahí pensou que a mãe nunca lhe perdoaria se voasse para o outro lado do mundo e não comparecesse ao casa­mento de Christopher.


Mas, é claro, se fosse por uma boa causa, como essa de se casar, talvez pudesse ser perdoada. Entretanto, aquela aventura fora do comum incluía Nick e seus dentes não muito bonitos.


- Não vão sentir falta de uma dama de honra se existem mais três, não é verdade, Anahí?


- Acho que sentiriam. Além disso, não costumo aceitar propostas de casamento de homens que mal conheço.


Nick não se deu por vencido.


- Temos mais três dias antes de minha viagem. Tempo de sobra para nos conhecermos bem. Por que não começamos agora?


- Três dias? - repetiu Anahí.


Nick a segurou pela cintura, encostando-se muito. Era mais musculoso que Alfonso, por certo devido às muitas horas de surf nas praias da Austrália.


- Não gosta de perder tempo, não é, Nick?


- A vida é curta - disse ele, tentando dançar ao ritmo da música.


- Você é louco! - Anahí riu.


Nick pareceu magoado.


- Por quê? Só porque desejo conhecê-la bem? É um risco que preciso correr.


Anahí tinha a impressão de que Nick desejava conhecê-la "muito bem" no sentido sexual e não espiritual. Na verdade, achava que toda aquela franqueza era apenas encenação. Queria apenas encontrar uma garota para ter com quem se ocupar nos poucos dias que faltavam para a viagem, e não era muito exigente.


Tudo bem, costumava preencher o vazio na vida de Alfonso, mas era diferente porque o amava. E tinha vontade de dizer-lhe para ser esperto e que, se não tomasse cuidado, acabaria velho e só.


Suspirou. Era mais provável que ela terminasse velha e sozinha, como uma avó universal.


Mesmo velho, Alfonso flertaria com as enfermeiras, e Anahí figuraria entre elas, empurrando sua cadeira de rodas...


Nick interrompeu seus pensamentos.


- Gostaria de descobrir?


Anahí não estivera prestando muita atenção no que o outro dizia.


- Descobrir o quê?


As luzes eram fracas, estavam a um canto do salão, e bastaria que Nick baixasse a cabeça para beijá-la.


Foi um beijo agradável, mas nada mais do que isso. Anahí ergueu o olhar para o jovem de pele bronzeada e pensou, de novo, que a mãe adoraria Nick.


- Desculpe-me - murmurou. - Teremos que deixar as coisas do jeito que estão.


Sabia, desde a época de criança, que havia apenas um homem em sua vida.


Por um momento, Nick pareceu intrigado, mas depois riu.


- Acho que gosto de você.


- Vê? Tomei a decisão certa.


Assim dizendo, Anahí desvencilhou-se dos braços de Nick e viu-se frente a frente com Alfonso que perguntou, sem rodeios:


- Não se esqueceu do que combinamos, certo?


Será que ainda pretendia levá-la para casa? Anahí ficou atônita.


- Pelo amor de Deus, Alfonso! Vá procurar alguém para namorar.


- Mais tarde. Vamos dançar.


Não esperou pela resposta. Segurou-a pela cintura, mas de modo diferente de Nick, que a apertara tanto até perder o fôlego, demonstrando de modo claro suas intenções.


Era evidente que Alfonso não a via desse modo. Mas, em geral, àquela altura da festa, já deveria ter se esquecido de sua presença. Estaria assim tão magoado com Janine? Não haveria garotas interessantes no salão?


- Perguntaria se está se divertindo, mas acho a resposta óbvia - resmungou Alfonso.


- Estou me divertindo...


Acompanhavam o ritmo da música. A face de Anahí en­costou-se no peito de Alfonso, e pôde ouvir as batidas do coração. Cada vez que dançavam juntos era algo especial. A oportunidade de tocá-lo, abraçá-lo, sentir os músculos for­tes de encontro ao peito, aspirar seu perfume de almíscar...



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Autor(a): theangelanni

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O braço de Alfonso a apertou mais e, por um instante, Anahí se entregou ao prazer daquela proximidade. Então, com medo de se magoar, disse: - Recebi uma proposta de casamento hoje... As palavras causaram o efeito esperado. Alfonso parou de dançar e a encarou, a testa franzida. - Você me parece um tanto nervoso, Alfonso. Está tudo b ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 154



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  • 50 tons de grey Postado em 30/03/2016 - 13:55:30

    ola, eu poderia adaptar essa fanfic para Larry e posta-la no Watpad?

  • amandabcruz Postado em 06/11/2009 - 08:54:49

    AMEI...
    PERFEITO

  • pattybarcelos Postado em 05/11/2009 - 23:48:21

    chorei
    foi lindo]muito bom mesmo

  • kikaherrera Postado em 05/11/2009 - 23:38:20

    AMEI O FINAL DA WEB.
    PARABÉNSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
    FOI TUDO DO JEITO QUE A ANNIE GOSTAVA.

  • jucirbd Postado em 05/11/2009 - 17:43:56

    Muito linda...
    faz uma segunda temporada????
    *--*...Plis...

  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:55:38

    foi muito linda até chorei.
    aaaaaaaaaaaaamei a web.
    linda msm

  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:55:19

    foi muito linda até chorei.
    aaaaaaaaaaaaamei a web.
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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:51

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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:44

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  • rss Postado em 05/11/2009 - 14:54:38

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