Quase gemendo, ela levou a boca ao doce, passando a língua pela massa folheada, roçando no dedo dele quando o fez. Ele se remexeu um pouco em reposta, como se não mais estivesse confortável com o jeito como havia se sentado. Pelo jeito como ambos haviam se sentado, ela rapidamente percebeu o porquê.
Ele estava duro como uma rocha, a ereção densa e longa de encontro à perna dela. Ela quase encolheu as duas pernas, a pressão em seu sexo exigindo alívio.
Anahi mal conseguia pensar ou respirar. Incapaz de resistir, ela mexeu a perna um pouco, roçando de encontro a ele, e recebeu um gemido baixinho em resposta.
– Prove, Anahi.
Ela provou. Imaginando que era ele que ela estava experimentando, mordiscou o recheio, roçando os lábios nele.
Não precisou convidar Alfonso para compartilhar um pedaço. Ele já estava lá, beijando-lhe o canto da boca, a língua passando rapidamente para limpar um pouco da doçura dos lábios dela.
– Gostoso – sussurrou ele. Ah, muito gostoso.
Ela lambeu outra vez, mergulhando a língua dentro
da concha de massa para sentir mais o sabor. Alfonso também foi mais além. Ele cobriu os lábios dela com os dele, roubando um pouco do creme da boca de Anahi, as línguas se enredando por um instante longo e delicioso.
– Pegue o seu – sussurrou ela, com uma risada delicada quando ele se afastou para lhe oferecer mais uma lambida.
– Eu prefiro o seu – murmurou ele, levando a boca ao rosto dela, e então mais abaixo. Ele mordiscou o maxilar dela, raspando os lábios ao longo dele até encostar o nariz no ponto sensível logo abaixo da orelha dela. – Na verdade, eu prefiro você.
As palavras dele a invadiram, ecoando na cabeça de Anahi. Com o hálito quente dele ao seu pescoço, a boca dele em sua pele, o corpo rijo irradiando calor a apenas centímetros de distância do dela, Anahi não conseguia se lembrar de um único motivo pelo qual não deveria possuí-lo.
– Eu percebi. – Ela recuou o suficiente para descruzar as pernas. Sem pensar ou ponderar, ela as jogou sobre as coxas dele, chegando mais perto, tão perto que aquele cume denso no jeans dele pressionou a costura úmida do dela.
Ele arqueou para frente reflexivamente, roçando contra ela, e Anahi gemeu. A umidade a inundou e o sexo inflou quase dolorosamente de encontro às roupas. Os clitóris pareceu dobrar de tamanho e ela pulou em cima dele, necessitando tanto chegar ao êxtase que quase podia sentir o gosto de tal sensação.
– Mais? – perguntou ele.
Ela arqueou com mais intensidade. Definitivamente queria mais.
Ele ergueu a bomba folheada de creme. Ela balançou a cabeça, então a jogou para trás. Queria ser a sobremesa agora. Sendo certo ou errado, estúpido ou não, ela desejava Alfonso Herrera demais para resistir a ele outra vez.
Quando eles saíssem da van, o mundo real retornaria. Ele ainda seria o ótimo cara da vizinhança que ela não podia namorar publicamente. Mas, por enquanto, ah, por enquanto, ela o desejava desesperadamente, com um desejo que crescera dentro dela por mais de uma década.
– Possua-me, Alfonso – sussurrou ela, dizendo “sim” à pergunta que ele não havia feito de fato.
Ele emitiu um som baixinho que podia ter sido involuntário: desejo ou até mesmo em triunfo.
Sinceramente, Anahi não se importava. Especialmente quando ele mordiscou o lóbulo dela, e então foi descendo pelo pescoço.
– Hum, você tem gostinho de açúcar e amêndoas. – Ele foi beijando até chegar à clavícula, mordendo levemente a nuca, e ela estremeceu.
Sem nunca tirar a boca do corpo dela, Alfonso esticou a mão e tirou o elástico que prendia o rabo de cavalo dela. Os cabelos densos caíram nas mãos dele e ele enredou os fios entre os dedos. Abarcando-lhe a cabeça e lhe dando apoio, ele empurrou as costas dela um pouco para, assim, ter melhor acesso ao pescoço.
Quando ela sentiu a umidade fria tocar a cavidade de sua garganta, arfou. Foi gostoso sentir o recheio de ricota na pele aquecida. Quando Alfonso o lambeu, foi maravilhoso.
Jogando-se para trás para se apoiar nos cotovelos, ela ficou observando através de suas pálpebras pesadas quando Alfonso começou a abrir os botões da blusa sem mangas dela. Depois que todos os botões foram abertos e mais um pedaço de pele foi revelado, ele esfregou o recheio em cima dela. Logo havia uma trilha de pontos do pescoço até o peito, no meio do decote e até a barriga.
Ele não os estava provando. Ainda não. Ela se contorceu e arqueou mais o corpo, desesperada para tê- lo, mas ele ignorou o apelo silencioso.
Quando ele soltou a blusa de dentro da calça dela, ela se abriu totalmente. Contorcendo-se, ela deixou que caísse pelos ombros, e então o observou devorá-la com os olhos. A respiração dele ficou audivelmente agitada quando ele viu o modo como os seios dela transbordavam no sutiã sumário. Arqueada para trás como estava, ela mal conseguia manter a peça no lugar, e um mamilo estava de fato espiando livremente acima da renda.
– Lindos – murmurou ele, num tom rouco. Ele ergueu o doce e passou um pouco do recheio sobre o mamilo.
Desta vez, ele não continuou. Parou para dar uma provadinha.
– Ai, Deus – gemeu ela, quando Alfonso se abaixou e cobriu seu mamilo com a boca, lambendo e sugando o recheio. Ele envolveu cada pedacinho, puxando o sutiã completamente para baixo, para ter acesso completo ao seio.
– Você é maravilhosa – disse ele, quando levantou uma das mãos para abarcá-la. Os dedos eram escuros e
fortes de encontro à pele clara, e ela literalmente trasbordava na mão dele. – Você esconde muita coisa atrás daquele avental que usa normalmente.
Ela escondia muito mais atrás da máscara que usava de vez em quando. O pensamento lampejou na cabeça dela, mas ela o deixou de lado. Não era hora de pensar em seu alter ego… ou no que Alfonso poderia fazer se um dia descobrisse que elas eram a mesma pessoa.
Agora era hora de saborear. De se entregar.
Buscando o fecho do sutiã, ele o abriu e tirou a peça, segurando o outro seio quando foi libertado do tecido. Varrendo uma enorme quantidade de recheio com o dedo, com gotinhas de chocolate e tudo, ele lambuzou a ponta rija, então a devorou por completo, exatamente como havia feito do outro lado.
Ela apertou as pernas em volta dele, o calor irradiando dos mamilos úmidos até abaixo, indo diretamente para o meio das pernas. Ela aprumou o corpo, louca para ser libertada da calça jeans.
– Eu preciso…
– Eu sei – sussurrou ele. Ele levou a boca à de Anahi para um beijo intenso que a fez se calar e lhe eletrocutou o cérebro. Ele tinha um sabor doce, quente
e decadente.
Anahi repuxava a camisa de Alfonso enquanto eles se beijavam, afastando-a para pudesse tirá-la dele. Então ela ficou perplexa, encarando com descrença a perfeição que era o corpo dele.
De roupa, ele era um homem incrivelmente em forma.
Sem roupa, ele era quase indescritível.
Tinha o corpo rijo, sem um grama de excesso, com um peito imenso e ombros abundantemente musculosos. Os braços enormes ondulavam quando ele se mexia, destacando uma tatuagem significativa: um logotipo dos fuzileiros navais. A quantidade perfeita de pelos encaracolados e escuros destacava o tamanho dele antes de rarear cintura e quadris abaixo, região na qual ele era incrivelmente esbelto.
– Ainda não terminei minha sobremesa – murmurou ele, quando ela segurou o cós de sua calça.
Ele jogou longe o pedacinho de bomba de creme e pegou mais uma na caixa. Tomando a mão de Anahi,colocou os braços dela acima da cabeça até ela ter de se deitar no chão liso. Então foi acariciando o corpo dela até embaixo, beijando, mordiscando, lambendo todos aqueles pontos onde ele havia colocado creme do
doce instantes antes.
– O sabor é mais doce agora – disse ele, quando mergulhou a língua no umbigo dela e a rodopiou ali. – Só precisava de mais um ingrediente para ficar absolutamente viciante.
Ela. O ingrediente do qual precisava era ela. E ela precisava dele.
Das mãos dele. Da boca dele. Ai, céus, a boca dele. O corpo fantástico. E aquela ereção imensa e dura que ela era capaz de sentir de encontro à sua perna enquanto ele deslizava descendo pelo corpo dela.
Ele nem mesmo tirou a boca do corpo de Anahi quando desabotoou a própria calça e a tirou quadris abaixo. Anahi se levantou para ajudá-lo… e, sem querer, se ofereceu para ele de forma muito mais íntima.
Ele ficou bem em cima dela imediatamente.
– Alfonso! – arfou ela, e ofegou quando ele cobriu a fronte da calcinha minúscula com a boca, respirando contra o tecido, enviando espirais de prazer tépido bem ali onde ela mais precisava. – Por favor.
– Aposto que isto aqui vai ter um sabor ainda mais doce – sussurrou ele, quando afastou o cetim.
Anahi mal conseguiu respirar quando ele baixou e retirou as roupas dela, até ela estar deitada nua debaixo
dele. E ela ficou completamente fora de si quando ele pegou um novo doce e passou uma extremidade cremosa nos caracóis do sexo dela.
– Ah – gemeu ela.
Ele empurrou a parte interna das coxas dela e ela abriu as pernas, dando a ele o acesso que ele exigira silenciosamente. Quando ele deu uma primeira lambida suave no recheio, espesso e abundante nos cachos dela, ela se ergueu do chão.
– Ah, definitivamente mais doce – disse ele. Ele desceu mais, passando a língua em cada centímetro dela, comendo cada gota de creme melado como se fosse a melhor coisa que ele já tivesse experimentado.
Anahi estava descontrolada, tremendo, arfando, dando pinotes. Desesperada por mais, ela não sabia se era melhor implorar ou permanecer quieta por temer que ele se distraísse de sua função.
Ele não se distraiu. E, antes que ela pudesse ter noção do que ele estava prestes a fazer, sentiu a massa folheada roçando em seu clitóris. Ela gemeu outra vez, sentindo o clímax crescer dentro de si. Quando ele a lambeu outra vez, estimulando o clitóris com a língua e os lábios, contornando e então sugando, ela finalmente ganhou o que estava esperando. O prazer irrompeu
dentro dela, contraindo os quadris, enviando uma pulsação de calor pelo corpo.