– Você, mulher. Mim, homem – disse ele, deslizando as mãos para baixo e abrindo mais o roupão dela. Ele aninhou o nariz no pescoço dela, inalando sua essência, percebendo que 24 horas tinha sido tempo demais para ficar sem fazer amor com ela. – Eu ter monte de apetite.
Ela deu um tapinha no ombro dele. Mas não recuou.
– Você é um bobão.
Alfonso nunca havia sido chamado assim, ou de coisa parecida, em toda sua vida. Idiota talvez. Babaca.
Porco sem coração, em uma ocasião. Mas nunca bobão. E aquilo o fez gargalhar de surpresa.
Ela o encantava. Simplesmente trazia à tona todos os sentimentos bons que existiam dentro dele.
– Deus, eu adoro estar com você – murmurou ele, incapaz de evitar revelar um pouquinho do que estava sentindo.
– Eu sei, eu também me sinto assim.
Ela não admitiu assim tão facilmente; as palavras saíram de forma hesitante de sua boca. E isso fez Alfonso valorizá-las ainda mais.
Ele baixou os lábios, provando o colo dela.
– Foi você mesmo quem colocou aquela tranca na minha porta? – sussurrou ela, enquanto inclinava mais a cabeça, implorando silenciosamente por mais.
Ele assentiu e continuou a beijar e a lamber, mais para baixo agora, rumo às curvas dos seios lindamente desnudos sob o roupão.
– Vamos usá-la.
– Pensei a mesma coisa – murmurou ele.
Ele não a soltou, simplesmente se virou para trás e girou a tranca, então baixou a cabeça para lamber até chegar ao mamilo atrevido. Passando a língua rapidamente, ele esperou até ela sentir calafrios para
cobri-lo com a boca e sugá-lo.
– Hum… mais.
Alfonso lhe acariciou as laterais do corpo, os polegares se encontrando próximos ao umbigo e baixando para brincar nos limites do cós da calcinha cor-de-rosa. Com uma última sugada nos seios, ele baixou, seguindo o caminho que as mãos haviam tomado.
Anahi gemeu baixinho, oscilando. Alfonso a manteve firme quando beijou toda a fronte de seu corpo. O roupão delicado roçava o rosto dele. A pele macia dela também.
– Sabe o que eu quis fazer com você na primeira vez em que entrei nesse camarim?
Ela enredou as mãos nos cabelos dele assim que ele baixou mais ainda, ajoelhando-se no chão, diante dela.
– Acho que faço alguma ideia.
Ele pressionou o rosto de encontro à barriga dela, lambendo aquele pedacinho macio de pele logo acima do osso pélvico, tirando a calcinha dela enquanto baixava ainda mais.
– O que você queria fazer envolvia aquela superfície imensa e plana diante do espelho? – perguntou ela.
Garota esperta.
– Ahã. – Segurando os quadris dela delicadamente,
Alfonso puxou a calcinha, observando de maneira apreciativa enquanto Anahi a retirava totalmente. O roupão caiu também. Sob as lâmpadas brilhantes que contornavam o espelho, ele era capaz de enxergar cada centímetro glorioso do corpo dela. Mas queria ver mais… não queria que aquela visão fosse bloqueada nem mesmo pelos lindos cachos castanhos dela. Então ele a virou e a sentou na beiradinha da bancada.
– Espere – disse ele, lembrando-se de repente do acidente. Firmando a mão sobre a bancada, ele a pressionou com força, testando a resistência do tampo. Permaneceu firme, bem presa à parede.
– Ótimo – murmurou ela. Ficando na ponta dos pés, ela deslizou por sobre a bancada, entreabrindo as pernas exatamente do jeito que ele queria que ela fizesse.
Alguém havia trazido outra cadeira, e Alfonso a pegou, sentando-se diretamente de frente para Anahi. Tocando os joelhos dela, ele os separou gentilmente, observando o corpo inteiro dela assumir uma tonalidade ruborizada.
Ela não se esforçou para resistir. Confiante. Sensual. Incrivelmente sedutora. Ela sabia o que ele desejava, e ela desejava a mesma coisa.
Alfonso abriu mais as pernas dela, até ser capaz de ver
o brilho da umidade na fenda sensível entre suas pernas.
– Você faz alguma ideia do quanto é linda? –
perguntou ele.
Foi uma pergunta retórica. Ela não tinha como saber o quanto estava linda para ele, libertina e excitada, oferecendo-se de modo que ele pudesse dar prazer a ambos.
Ele não conseguia esperar mais. Com um gemido baixinho de desejo, Alfonso baixou o rosto até aquele ponto doce e quente. Ele lhe deu uma lambida demorada e lenta, sentindo as coxas estremecerem em contato com seu rosto.
Anahi se inclinou para ele, convidando-o a ir além, e ele a provou de novo.
– Você é igualmente gostosa sem a bomba de creme, doçura – murmurou ele.
Ela deu uma risada ofegante.
– Não me chame de doçura.
– Não consigo evitar. – Ele seguiu mordiscando até tomar o clitóris rijo entre os lábios. Brincou com ele enquanto roçava os dedos pelo sexo intumescido. Ela estava encharcada e pronta para receber o que quer que ele quisesse lhe oferecer. Desejando sentir aquela
carne quente e úmida em volta dele enquanto continuava a saboreá-la, Alfonso deslizou um dedo para dentro dela.
– Hum – gemeu ela. – Mais. Mais de tudo.
Ele obedeceu. Lambendo e sugando com mais intensidade, deslizou outro dedo, então fez movimentos para dentro e para fora, lentamente, combinando às investidas aos gemidos inevitáveis de Anahi.
Com mais um rodopio da língua no ponto mais sensível, Anahi gritou e chegou ao clímax. Ele queria fazer parte daquele clímax, experimentar os espasmos do corpo dela enquanto ela se contraía e estremecia. Ficando de pé, Alfonso tirou a camisa e então abriu o cinto e a calça, retirando-as por completo.
Quando voltou a olhar para cima outra vez, Anahi havia descido para ficar diante dele. Ele franziu a testa.
– Eu ainda não terminei. Os olhos dela brilharam.
– Nem eu. – Então, com um sorriso malicioso, ela se virou, ficando de costas para ele, até ambos estarem olhando para o espelho. Ela se abaixou para frente vagarosamente, colocando as mãos espalmadas sobre a bancada, empinando aquele belo traseiro em um convite sincero, silencioso.
A pulsação de Alfonso rugiu.
– Tem certeza…?
– Ah, tenho muito certeza – prometeu ela a ele. Anahi ainda estava sorrindo, os olhos ainda brilhavam de cobiça e avidez. – É a sua vez de me possuir, Alfonso.
Lembrando-se do modo como ele havia implorado para que ela o possuísse na outra noite, na casa dele, ele assentiu lentamente.
– Ah, querida, você não pode imaginar o quanto desejo possuir você assim.
Fazer amor com ela cara a cara, vendo os olhos incríveis dela se arregalarem de prazer e a boca doce se entreabrir em um longo suspiro, era fantástico. Ele sabia que nunca iria se cansar de fazê-lo.
Mas a ideia de possuía-la daquele jeito, com uma paixão crua e quente, excitava-o além da razão. Ele seria capaz de ver a expressão dela no espelho, seria capaz de investir mais fundo do que nunca até deixar sua marca em algum lugar dentro dela. Fundo o suficiente para, talvez, ela nunca mais querer deixá-lo sair.
– Alfonso – implorou ela –, por favor. – Ela arqueou outra vez, aquelas pernas longas de bailarina colocando os quadris diretamente alinhados ao membro dele. Ela
se movimentou para trás quando ele se adiantou em direção a ela.
Ele segurou os quadris fartos com as mãos, abaixando-se um pouco de modo que pudesse ver a abertura delicada dela e adentrar mais facilmente. Ela sibilou e arqueou o corpo, tentando levá-lo mais fundo, porém se mostrou impotente. As mãos dele a seguraram firmemente; ele estava acertando o ritmo.
E ele planejava ir devagar, desejando saborear todos os segundos da experiência.
– Dê tudo para mim – implorou ela, observando-o com desespero.
Ele sorriu para ela no espelho e impulsionou para frente um pouquinho mais. Recompensado pelo arfar dela e pela chama em seus olhos, ele recuou outra vez. Desta vez, ela não implorou por mais, simplesmente lambeu os lábios e observou, confiando nele para fazer de um jeito bom.
Ele não fez de um jeito bom. Fez de um jeito fantástico. E, quando ele finalmente mergulhou até o fundo no calor apertado dela, Anahi estava gemendo. E, quando começou a perder a cabeça e a investir furiosamente, entrando e saindo, sem parar, ela estava praticamente soluçando.
Ele achava que estivessem a sós no prédio. Mas não tinha certeza.
– Anahi... – disse Alfonso, desacelerando para sair de dentro dela, para acalmar a ambos um pouco – … espere.
– Não pare.
– Não estou parando, meu bem – disse ele. Então parou. Ela choramingou, observando, então percebeu que ele a estava virando. – Preciso beijar você, Any – murmurou ele.
Ela girou nos braços dele para encará-lo, enlaçando os braços em torno do pescoço dele e uma das pernas em volta da cintura. Mergulhando a língua na boca de Anahi, ele a enredou com a dela, mantendo os olhos abertos de modo que pudesse olhar seu lindo rosto. Carregando-a para a bancada outra vez, ele a penetrou novamente, profunda e rapidamente, sabendo que aquela última seria rápida, pulsante.
– Deus do céu, você me surpreende – sussurrou ela de encontro à boca dele, enquanto ele a preenchia outra vez.
– Surpreendente. Sim.
Aquelas foram as únicas palavras que ele conseguiu dizer. Desejando estar conectado a ela em todos os
pontos, Alfonso a beijou outra vez, abraçou-a apertadamente e a puxou contra si.
Acariciando e impulsionando, ele a abalou com todas as suas forças, os gemidos de prazer ecoando docemente aos ouvidos dela. E, quando Alfonso finalmente ouviu aqueles gemidos se transformarem em arquejos desesperados quando ela chegou ao ápice, ele se soltou também, entrando em erupção dentro dela até ficar completamente vazio.