Fanfics Brasil - 47 Provocante(Adaptada)

Fanfic: Provocante(Adaptada) | Tema: AyA Ponny


Capítulo: 47

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Alfonso NÃO estava na plateia. Anahi  buscou pela multidão durante sua performance, perguntando-se se ele estaria à espreita nas sombras, cuidando dela.

Não estava. Era o fim.

De  algum modo,  ela  deu  um jeito  de  não  chorar enquanto girava ao som da música. Deu um jeito de não demonstrar aos homens ávidos na plateia que seu coração estava despedaçado.

Não deveria estar assim; afinal, ela sabia que entrar naquela relação louca e selvagem com Alfonso  acabaria mal. Desde o primeiro dia, eles desejavam um ao outro em condições opostas. Ele desejava a irmã caçula bonitinha de sua cunhada que trabalhava na confeitaria todos os dias. Ela queria o guarda-costas sensual e atraente que cuidava do corpo nu dela todas as noites.

O  fato  de  ele  ter  tentado  brecá-la  e  proibi-la  de dançar   na primeira  oportunidade  em  que  tivera  um pretexto conveniente enfatizava aquilo ainda mais.

Enquanto ela dançava até o chão, rebolava, dava impulsos e saltos no palco, quatro palavras seguiam o ritmo da música. Elas tocavam sem parar, seguindo o compasso quaternário.

Isso não vai funcionar.

Assim que Anahi  finalizou a dança, estava tão furiosa quanto  magoada.  Independentemente  de  ser  amante dela, Alfonso   deveria  ser  o  guarda-costas  da  boate.  E, mesmo quando ela estava mais vulnerável, exposta, ele não estava à vista.

No segundo em que o encontrasse, ela teria algo a dizer a respeito. Mas aquele instante chegou quase imediatamente… Ele estava sendo o guarda-costas dela de fato. Literalmente. Estava parado nos bastidores do

palco, sombrio e predatório. Ele ficou observando enquanto ela saía… de uma linha reta com visão para o centro do placo. Então ele não a tinha visto dançar. E certamente não tinha passado pela experiência de vê-la junto ao restante da imensa plateia masculina.

Nada havia mudado.

– Vou acompanhar você até o camarim – disse ele, o maxilar tão tenso quanto os ombros –, Rosa.

Ela nem mesmo respondeu quando deslizou o roupão por sobre  o corpo seminu, então passou por ele  em direção à escadaria. Ela não precisava da ajuda dele, não precisava da aprovação dele.

Sim, ela precisava dele. Mas havia aprendido a se virar sem ele, exatamente do jeito que fizera durante todos aqueles longos e solitários anos de sua adolescência, quando ela ansiava por ele.

É claro, nunca tê-lo para si poderia ter ajudado até então. Mas e agora que ela o tinha?

Anahi  temia nunca ser capaz de superar Alfonso.

– Ahã. – Assim que chegaram ao pé das escadas, Harry saiu do camarim coletivo.

– Está tudo bem? – perguntou Alfonso, em alerta instantaneamente.

– Tudo bem – respondeu o sujeito mais velho, mas

ele  não  soava  convencido.  Na  verdade,  a  voz  dele estava fraca; o rosto, um pouco pálido.

Anahi  colocou uma das mãos no ombro dele.

– Harry, o que houve? Leah está bem? Ele cobriu a mão dela com a sua.

– Sim. Jackie telefonou mais cedo. Leah está bem. – Ele   olhou   por   cima   do   ombro   para   o   camarim silencioso. Saiu do cômodo e fechou a porta. – Mas preciso conversar com vocês dois. Podem vir comigo, por favor?

Ao ouvir a urgência na voz dele e ver a preocupação óbvia, Anahi  entrou em alerta imediatamente. Algo mais havia acontecido… talvez mais alguém estivesse machucado.

– O que foi? – perguntou Alfonso em voz baixa, obviamente percebendo a mesma coisa.

O homem apenas meneou a cabeça, indicando para que subissem as escadas rumo ao pequeno escritório do outro lado do saguão. Eles tomaram um corredor particular,  nos  fundos,  o  que  foi  bom;  afinal,  Anahi  estava usando apenas seu roupão longo de seda. O que quer que estivesse perturbando Harry devia ser sério, pois ele nem mesmo oferecera para aguardar enquanto ela vestia algumas roupas.

O escritório de Harry era despretensioso e simples. Confortável. Muito parecido com o sujeito autodepreciativo que o ocupava.

No entanto, Harry Black não parecia confortável agora. Quando ele gesticulou em direção às duas poltronas diante de sua mesa, sua mão estava trêmula.

Anahi  quase prendeu a respiração, observando-o se sentar atrás da mesa. Antes de ele dizer qualquer palavra, baixou a cabeça e a repousou entre as mãos.

–   Não   consigo   nem  mesmo   olhar   para   vocês enquanto digo isso.

Anahi  não fazia ideia do que o sujeito poderia estar falando, mas ao lado dela Alfonso  inalou profundamente.

– Você…

O chefe deles olhou para cima imediatamente, balançando a cabeça.

–  Não.  Não  fui  eu.  –  Com os  olhos  úmidos, ele continuou: – Foi Delilah.

Anahi  compreendeu subitamente. Delilah era a pessoa atrás dela. Ela havia envenenado os chocolates… e talvez as rosas.

Alfonso  murmurou um palavrão, mas Harry não veio em defesa da esposa. Ela merecia o desprezo deles. Não, ela não havia sido bem-sucedida em ferir Anahi,

seu alvo, mas certamente havia machucado Leah.

– Conte-nos – pediu Alfonso, recostando-se na cadeira e cruzando os braços.

Ele semicerrou os olhos, a expressão ameaçadora. Anahi  reconheceu  aquela  tensão  em seu  corpo musculoso. Que bom que Delilah Black não estava ali confessando pessoalmente. Muito bom. Porque, se Anahi  não a partisse em duas, Alfonso  o teria feito.

–  Pensei  que  ela quisesse  se  aposentar  –  disse Harry. A expressão dele estava aturdida, a mesma que muitos homens exibiam quando estavam tentando compreender suas esposas. Anahi  certamente a vira no rosto do pai. – Ela parecia feliz me ajudando na administração da boate.

– Há quanto tempo ela parou de dançar? – perguntou Anahi, sentindo enorme pena pelo sujeito. Ela sentia que Harry necessitava se recompor para contar a pior parte.

– Há alguns anos, quando ela chegou à casa dos 40 anos. Logo depois de nos casarmos. – Abrindo a gaveta da escrivaninha, Harry pegou uma garrafinha prateada e um copo de dose. Serviu-se de uma bebida, erguendo uma sobrancelha em direção a Alfonso  e Anahi  para saber se eles também queriam.

Nenhum dos dois o acompanhou. Anahi  já estava se

sentindo enjoada com aquela história que Harry estava lhes contado. Alfonso..... bem, provavelmente já estava em ponto  de  fervura  sentado  na  poltrona  ao  lado  dela. Jogar álcool em uma brasa poderia fazê-la explodir.

– E ela pensou que, se conseguisse se livrar de sua atração principal, você de repente a colocaria de volta no palco? Isso não faz sentido – disse Alfonso, o desgosto pingando das palavras dele.

– Não faz sentido para você. Nem para mim – falou Harry, com um suspiro. – Mas para ela faz. – Ficando ligeiramente corado, ele acrescentou: – Eu, bem… acho que posso ter influenciado um pouco nisso, no entanto. Creio   que   falo   muito   de   você,   Rosa…   Anahi   – esclareceu ele, chamando-a pelo nome verdadeiro pela primeira vez desde que a havia contratado. – E acho que Dee ficou com um pouco de ciúme, pensando que meu interesse ia além do profissional. – Quase enrubescendo até a careca agora, ele acrescentou rapidamente: – De jeito nenhum que isso era verdade. Tenho orgulho de você como se fosse minha filha… mas Dee não entendeu isso.

O sujeito nunca nem mesmo olhara para ela de um jeito diferente. Anahi não duvidava de que ele estivesse sendo sincero.

– Ela foi responsável pelas rosas?

Harry  assentiu,  dando  um  grande  gole  em  sua bebida.

– Ela colocou algum tipo de inseticida nela. E, antes que   você   pergunte,   sim,   ela   danificou   a   cadeira também. Eu a fiz confessar os dois atos, assim como a adulteração dos chocolates com xarope de ipeca.

Desta vez, foi Anahi  quem xingou a mulher baixinho. Ela simplesmente não conseguiu evitar. Mais uma vez, Harry não fez qualquer esforço para defender a esposa.

– Por que ela abriu o jogo? – perguntou Anahi.

– Eu suspeitei assim que vi a caixa de chocolates. Dee ama aquele tipo. E ela chegou em casa com o tal xarope há alguns dias, dizendo que queria deixá-lo à mão  caso  algum  dos  sobrinhos  se  intoxicasse  com algum produto de limpeza ou algo assim.

Alfonso    se   remexeu   um  pouco,   os   braços   ainda cruzados, o corpo ainda rígido.

– Então você a confrontou? Harry assentiu.

– E ela confessou. Quando viu o quanto Leah ficou mal, sentiu-se péssima.

– Pergunto-me se ela teria se sentido assim se fosse

Anahi deitada no chão – rebateu Alfonso.

Ele  soou muito protetor, o que  fez Anahi se  sentir querida e acolhida por dentro, embora ela tivesse dito a si mesma que era estúpido sentir aquilo.

– Sei lá – admitiu Harry. – Talvez não. Uau, era bom ser apreciada por alguém.

Alfonso  finalmente se aprumou e se inclinou em direção à mesa. Fixando um olhar firme sobre Harry, ele questionou:

– Você chamou a polícia?

O homem balançou a cabeça lentamente. Mas, antes que Alfonso  pudesse confrontá-lo, ele acrescentou:

– Procurei Leah primeiro e contei tudo. Ela e Jackie resolveram prestar queixa e telefonaram para a polícia pessoalmente.

Alfonso  relaxou. Um pouco.

– Compreendo o motivo de isso precisar acontecer.

– Lágrimas rolavam dos olhos acinzentados de Harry, escorrendo um pouco pelas bochechas redondas. – Mas eu não podia entregar minha esposa.

Anahi colocou a mão sobre a perna de Alfonso, sentindo que  ele  estava  prestes  a  fazer  mais  um  comentário sobre Delilah.  Ela  apertou a  coxa  dele, advertindo-o para não fazê-lo. Harry já estava sofrendo o suficiente. Ele  não  precisava  ouvir  que  era  um  tolo  por  amar

alguém tão detestável.

– Eu compreendo – murmurou ela.

– Espero que entenda. E espero que compreenda que vou acompanhá-la nessa empreitada. Ela estará enfrentando acusações de agressão.

– No mínimo – murmurou Alfonso.

– Eu sei que isso pode fazer com que você queria ir embora, Ro… Anahí. Mas eu gostaria que você ficasse.

–  O  homem sorriu  ligeiramente.  –  Você  é  parte  da família.

Hum. Se Delilah dava veneno aos membros da família,  Anahí    detestaria   ver  o   que   ela   fazia   aos inimigos.

– Eu sei disso também – falou Anahí  tirando a mão da coxa cálida de Alfonso  lentamente, já sentindo falta do contato. Já sentindo falta dele. – Você a ama. É isso que as pessoas que se amam fazem… Elas se apoiam, mesmo  quando  tomam  decisões  ruins  ou  tolas  aos olhos de terceiros. – Ouvindo um tremor na própria voz quando o assunto lhe atingiu em cheio, Anahí  ofereceu um sorriso tiritante.

E ela nem mesmo olhou para Alfonso 

– Obrigada por me contar, Harry. Vou me arrumar para  minha  próxima  apresentação.  –  Sem  dar  mais

nenhuma  palavra  para  nenhum dos  dois, Anahí   saiu e voltou ao trabalho.

E Alfonso  não se aproximou dela pelo restante da noite.


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Autor(a): Erika Herrera

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 30



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  • franmarmentini♥♥ Postado em 14/06/2015 - 18:46:17

    Foi muito legal essa fic pena q acabou sem eles casarem e terem filhos....

  • franmarmentini♥♥ Postado em 12/06/2015 - 23:01:26

    Eles tem q ficar logo juntos.....

  • franmarmentini♥♥ Postado em 12/06/2015 - 18:41:45

    meu deus o que foi esse primeiro hot uallllllllllllllllllll

  • franmarmentini♥♥ Postado em 11/06/2015 - 09:20:58

    nossa...não sabia dessa sua fic* vou começar a ler...

  • danny_portilla Postado em 14/03/2015 - 00:31:07

    holaaaa vou comecar a ler u.u

  • edlacamila Postado em 13/03/2015 - 15:33:22

    KKKKKKKKKKKKK Ainnnnnnnnnnn q pfto ponny juntos *-* , Ain naaaaaaaaaaaaao quero mais nn aceito o fim u.u KKKKKKKKKKK

  • edlacamila Postado em 03/03/2015 - 20:01:04

    Ainnnnnnn ponny tem q se resolver :/ Camila se deu bem Dean policial *_* postaaaaaaaaa <3

  • edlacamila Postado em 19/02/2015 - 23:42:06

    Lay KKKKKKKKKKKKKKKKKKK, Pelo menos ajudou ela a abrir os olhos, Tadinho do Pon Anny já ta obcecada com essa ideia de fugir, Ixiiiiiiiiiiiii a cadeira e agr os chocolates :/ será q é essa delilah? Postaaaaaaaaaaaaaa <3

  • edlacamila Postado em 18/02/2015 - 22:48:47

    JESOOOOOOOOOOOOOOOS Q Hooooooooooooooooooooooot :3 , Eita Camila ARRASOU Dean BABANDO KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK , Anny cochina fazendo coisas q nn deve embaixo da mesa :3 , Essa da cadeira ARMAÇÃO , Ainnnnn Poncho é mto fofoooo, Aveeeee coitada da camila :/ td isso pro Dean e o cara agarra ela e o dean ainda por cima diz isso ¬¬ Postaaaaaaaaaaaa <3

  • layaneponny Postado em 18/02/2015 - 20:17:57

    <333333333333333333333333


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