Fanfic: *-* Simplesmente Aconteceu *-* | Tema: Vondy

Dul o olhou e ele estava sorrindo. O sorriso mais perfeito que Dul já tinha visto, e que com certeza nunca mais esqueceria. Ficaram em silêncio por alguns míseros minutos, um observando o outro.

Ucker: (quebrou o silêncio) Que foi?

Dul: (sorriu) Nada... É que, seu sorriso é muito lindo!

Ucker: (sorriu mais ainda) Obrigado, não mais que o seu. Aliás, você é muito linda. Aposto que você ouve isso por onde passa, então eu falando é muito comum, né?

Dul: Não que isso! Você falando soa diferente dos outros, não sei... Mas obrigada!

Ucker: (sorriu) Por nada!

Ficaram em um silêncio constrangedor novamente. Dul sentiu que agora era a vez dela puxar assunto, já que ele já tinha feito isso.

Dul: Ucker, você tem 25 anos né? (ok, pergunta inútil, mas foi só pra puxar assunto.)

Ucker: Isso, 25!

Dul: Quando entrou na policia?

Ucker: Fui pro exército com 18 anos, fiquei lá ate os 21. Com 23 anos virei Capitão.

Dul: Com 23? Nunca vi um Capitão tão novinho! (riu)

Ucker: (sorriu) É verdade. Na história da policia militar eu sou o Capitão mais novo. Eles me elegeram pela minha “capacidade fora do normal” como disse o antigo Capitão.

Dul: Uau! Parabéns!

Ucker: (riu) Obrigado... Mas e você com apenas 24 aninhos já se tornou uma excelente médica!

Dul: Pois é... Com 21 anos terminei a faculdade, aí entrei nesse hospital e to aí até hoje.

Ucker: Você sempre morou aqui?

Dul: Não na capital... Eu morava na área rural aqui do México. Vim pra DF pra fazer a faculdade.

Ucker: Nossa, com 18 anos veio morar sozinha?

Dul: Pois é... Digamos que eu meio que “fugi” de casa!

Ucker: Wow... Problemas?

Dul assentiu mudando totalmente a feição, que antes exibia um sorriso, agora estava séria.

Ucker: Se não quiser falar eu respeito! (tocou o braço dela)

Dul: (deu um sorriso triste) Não... Não me importo, é que esses assuntos sempre mexem comigo!

Ucker: Então, vamos falar de outra coisa!

Dul o olhou, sentiu confiança em Ucker. Estava com vontade de contar do seu passado horroroso a ele e assim fez...

Dul: Eu morava com meus pais lá na zona rural... Minha mãe sempre foi uma boa pessoa, mas muito influenciada pelo meu pai... Pai... (maneou a cabeça negativamente.) Eu nunca tive um pai realmente... (olhou pra Christopher com os olhos marejados.) Ele me batia! Muitas vezes chegou em casa bêbado e batia em mim e na minha mãe... Mas batia mesmo, de chegar a me espancar, arrancar sangue! (Christopher a olhava nitidamente abalado!) Quando eu estava pra completar 18 anos ele... Ele queria me vender, entende? (o olhou e Ucker apenas assentiu pasmo.) Foi aí que eu resolvi fugir... Com toda a certeza, eu não iria me prostituir para velhos nojentos, então eu fugi, apenas deixei uma carta pra minha mãe, fiz uma mala com minhas roupas e vim pra cidade, e cá estou agora! (Dul contou tudo sem deixar cair uma lágrima, já havia prometido a si mesma esquecer esse assunto.)

Ucker: (estava abalado) Nossa! Eu... Eu nem sei... Dul... (pegou nas mãos dela e acariciou de leve.) Como... Como fizeram isso com você?! (Christopher via Dul tão frágil que tinha vontade de abraçá-la e protege-la)

Dul: Até hoje eu não sei onde errei Christopher... Eu juro!

Ucker: Não! O único culpado nessa história toda é seu pai... Ele não tinha esse direito (acariciou o rosto dela.) E sua mãe?

Dul: Minha mãe tinha medo dele, não o enfrentava...

Ucker: Faz muito tempo que não a vê?

Dul: Na verdade minha mãe morreu ano retrasado... Fui ao velório dela, mas voltei no mesmo dia...

Ucker: E... E seu pai?

Dul: (deu de ombros) Nunca mais o vi, e nem desejo vê-lo! Ele nunca foi meu pai! Sempre me tratou como um objeto, que ele queria vender para ganhar dinheiro! Só pensa em dinheiro esse homem!

Ucker: Nossa Dul, eu estou assustado!

Dul: (sorriu de leve) Não se assuste...

Ucker: Você sofreu demais! Não entendo como alguém pôde fazer mal a você... (ficaram em silêncio, mas logo Dul se manifestou.)

Dul: Maaaaaaas, isso tudo é passado! (disse respirando fundo.) Hoje vivo bem, sem essas pessoas que querem meu mal... Tenho Anahí pra me apoiar e agora tenho você! (sorriu)

Ucker: (sorriu mais ainda) Pode contar comigo Dul! Sempre estarei com você! (sorriu e a abraçou. Dul aconchegou-se nos braços de Christopher, passando os braços em volta da cintura dele, o abraçando também. Ultimamente, os abraços de Ucker estavam sendo muito reconfortante pra Dul, e ela estava adorando ficar nos braços dele. Christopher pôde sentir o perfume dos cabelos de Dul, estava ficando embriagado com o doce cheiro que o corpo de Dul emanava, até que ela se afastou dele.)

Dul: Obrigada Christopher! (sorriu e deu um beijinho na bochecha dele. Viu Ucker ficar todo tonto com um único beijo na bochecha e riu)

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