Fanfic: Steal Me (Vondy) | Tema: Rebelde, Vondy

Estávamos dentro do táxi, seguindo em direção à empresa Pearls of Orchestra enquanto eu tentava a todo custo fazer com que Christopher aceitasse definitivamente a proposta para ser garoto propaganda da aclamada revista Puzzle. Sei que estava me precipitando ao ir encontrá-lo sem ter o feito assinar o contrato, mas eu tentaria ao máximo persuadi-lo para conseguir o que eu queria.

– Olha, dá para ver que você tem talento no que você faz... – Falei observando as fotos que estavam anexadas na fixa dele, que por puro descuido e falta de prática havia me esquecido de checar antes de ir ao seu encontro. – Por que não se dedica mais a sua carreira?

– Eu sou de uma cidade pequena, curto espaço aberto e liberdade, não esse tumulto da Cidado do México. – Ele deu de ombros, parecendo estar mais interessado na vista que tinha pela janela do que em minha conversa.

– Isso é coisa de gazela. – Respondi desafiadora, fazendo com que ele me olhasse com o cenho franzido.

– Quer que eu te mostre quem é gazela?

– O que te aflige, Christopher Uckermann? – Fugi do assunto e respirei fundo para que minhas bochechas não ruborizassem ao mergulhar naqueles olhos castanhos.

– Eu sei lá, talvez eu não queira ser o cara que aceitou um cargo importante e estragou tudo.

– Sabia que você está tentado estragar tudo nesse exato momento? Para com isso, é só não estragar tudo. Eu estou falando sério, você tem que aproveitar a chance que está tendo... – Falei vendo uma expressão de fragilidade sendo criada em seu rosto. Se ele perdesse a coragem eu perderia o contrato, tinha que tranquilizá-lo. – Vai dar tudo certo, precisa se acalmar Christopher Uckermann.

– Gostou de falar meu nome, não é? – Ele sorriu divertido.

– Não, só estou tentando te deixar mais calmo.

– Isso não me deixa mais calmo, me chamar de “Christopher Uckermann” me lembra a quando meu pai brigava comigo na infância.

– Poxa, então você precisa mesmo se acalmar. – Sorri com os lábios cerrados. – Acho que você precisa tomar um bom café antes da entrevista, vai te ajudar. – Ele permaneceu em silêncio me olhando com apatia. É óbvio, ele devia ser estilo naturalista, como boa parte das pessoas de L.A. – Ops, café não, eu estou brincado... Imagina se entupir com toda aquela cafeína? – Sorri descontraída. – Tome um chá de ervas ou leite de soja, faz bem para a saúde. Olha essas bochechas, são bochechas de uma pessoa saudável. – Dei dois tapinhas no rosto do garoto e olhei para frente observando o carro avançar cada vez mais rápido no trajeto, pela visão periférica podia vê-lo claramente e ele estava sorrindo.

* * *

Após chegarmos ao nosso destino e pagarmos a corrida do táxi caminhávamos mantendo uma proximidade relativa, indo em direção ao enorme edifício cinza que continha várias janelas e um letreiro com o nome “Pearls of Orchestra” em dourado, deixando a desejar um ar de graça e luxúria.

– Você viu que será lançado um novo Star Wars? – Christopher perguntou descontraído tentando puxar assunto.

– Não gosto de ficção. – Respondi frígida.

– Qual gênero prefere então?

– Eu não gosto muito de filmes. Nunca os vejo até o final. – Dei de ombros enquanto o moreno abria a boca para enfatizar sua indignação.

– Mas o final é a melhor parte, você precisa de educação cinéfila desesperadamente! Meu sonho é ser ator ou músico. Sabe, eu não gosto só de ficção, mas na verdade todas as categorias de filme se entrelaçam de alguma forma, porque assim o espectador... – Eu o interrompi antes que aquelas teorias comparativas fossem prolongadas.

– Fofinho, essa conversa sobre cinema está muito interessante, mas pra minha sorte... – Dei uma longa pausa, suspirando entremeio para deixar meu sarcasmo bem aparente. - Chegamos. Aproveite que seu único neurônio teve filhotinhos e convença o chefe lá em cima!

– O que tiver que ser será... – Ele respondeu pensativo olhando para cima para tentar enxergar toda a extensão do prédio e em seguida voltando a pousar seus olhos sobre mim. – Eu já disse que isso não é o que eu quero?

– Olha, me faz um favorzinho? Finja que quer.

– Tá, eu vou fingir.

– Valeu, agora vai lá e capricha. Não se esqueça de atuar. – Gesticulei a direção da porta com a cabeça e logo Christopher entendeu que eu estava pedindo para que ele entrasse logo, então ele o fez, mas não antes de me entregar a caixa de donuts e em seguida passar pela porta rotatória, olhando-me de dentro do edifício com um sorriso encantador, o moreno me deu as costas e sumiu de meu campo de vista. Olhei para a caixa que havia ficado em minhas mãos e decidi experimentar apenas um, ao sentir o toque do bolinho nos meus lábios uma repulsa iminente passou por meu estômago, fazendo com que eu cuspisse para longe o conteúdo que estava na minha boca quase o acertando na perna de uma senhora gordinha que passava tranquilamente na minha frente, fazendo-a se esquivar rapidamente e gritar:

– “Cuidado, sua louca”.            

* * *

Já havia escurecido e eu ainda me encontrava em frente ao prédio a espera de Christopher. Eu e o tédio acabamos virando amigos próximos; já havia conhecido as lojas que beiravam a rua da empresa, já havia ligado e/ou mandado mensagem para quase todos os contatos da minha lista telefônica, porém minhas tentativas de distração haviam sido em vão, pois todas acabaram falhando. Após longos vinte minutos de crise existencial, pude avistar o moreno de corpo torneado vestido de maneira casual com um toque de elegância sair da empresa e vir ao meu encontro.

– Uau, ainda está aqui?

– Ah, estou. – Respondi irônica.

– Está encantada com meu charme ou o quê? – Um sorriso malicioso cresceu em seus lábios, mas eu teria o prazer de desmanchá-lo.

– Nesse caso seria “o quê”.

– Então por que me esperou?

– Ossos do ofício.

– Interessante... – Ele respondeu dando de ombros, sem me olhar.

– E aí? Me conte, como é que foi?

– Deu para enganar, você vai ficar bem com eles.

– Ai, valeu, te devo essa. – Respondi eufórica, fazendo reverências para o homem diante de mim, que apenas se fazia rir das minhas brincadeiras. – Bem que você disse que curtia esse lance de atuar.

Logo ouvi o soar da notificação de mensagem tocar no celular de Christopher, que ao segurar o aparelho nas mãos perguntou confuso.

– Uma mensagem... Sua?

– É a proposta.

– Que proposta?

– Você deu sorte e passou na entrevista, a secretária me ligou há uns cinco minutos atrás e me passou seu número. Meus parabéns, senhor “eu amo cinema e quero ser ator, mas fui aceito como modelo para uma revista maravilhosa”! – Respondi sorridente, dando uma olhadela rápida para a empresa novamente. – Mas a proposta só vale até meia-noite, agora é jogo rápido. – Cruzei os braços de forma desafiadora vendo-o recuar um pouco.

– Por que não falou logo ao invés de mandar mensagem? – Ele perguntou confuso, fazendo seu rosto se transformar em uma careta engraçada.

– Assim dá mais emoção! Adoro um drama. – Falei como se fosse óbvio, vendo um sorriso tímido crescer nos lábios dele. – Christopher Uckermann, não está pensando em estragar tudo, né? Eu já vi o seu trabalho e é maravilhoso.

– É uma grande mudança. Nem ao menos isso é o que eu quero pra a minha vida!

– Que droga, e o que você quer?

– Eu quero ser ator ou músico, quero comover as pessoas com o meu trabalho, fazê-las rir ou arrancar-lhes lágrimas. Sei que esse emprego pode me abrir portas para isso, mas as coisas serão menos complicadas na minha cidade natal. – Ele rebateu, deixando escapar um suspiro no final de seus argumentos, infelizmente, para ele, agora eu sabia exatamente como convencê-lo.

– Mas aqui é a Cidade do México. Eu não posso te convencer a ficar aqui, mas a Cidade do México pode. Dê uma chance para a cidade, não seja tão mal. – Fiz minha melhor cara de coitadinha para tentar comovê-lo, e pelo visto havia dado certo.

– Cara de cachorrinho que caiu do caminhão da mudança. – Ele gargalhou, apontando com o dedo indicador em minha direção. – Começou bem!

– Aí, gostei disso! – Comemorei erguendo os braços e indo em direção à faixa de pedestres. – Vamos lá, vamos começar com as bebidas.

– Mas eu tomei antibiótico antes de sair de casa.

– Bebidas alcoólicas e remédios? – Indaguei pensativa.

– Acho que não é uma boa combinação, eu ficarei indefeso.

– Você leu meus pensamentos – Sorri maliciosa semicerrando os olhos. Já havia quase atravessado quase toda a faixa quando me dei conta de que Christopher não havia seguido meu enclaustro, o que me vez voltar para perto do moreno me indagando qual seria o problema. – Está esperando o quê?

– O sinal fechar.

– As pessoas de Los Angeles são tão fofas. – Afinei minha voz e falei com ele da mesma forma que falaria com uma criança de cinco anos. Segurei a manga de sua jaqueta o arrastando para o outro lado da rua. – Vêm logo. – Um carro havia passado demasiadamente perto de ambos, fazendo com que o som da buzina penetrasse em meus ouvidos, o som havia se tornado ecoando dentro de minha cabeça, automaticamente Christopher começou a especular coisas como: “Você é maluca” “Viu? Nós quase morremos” “O correto é esperar o sinal fechar”.
Fingi não estar o escutando e continuei mantendo meu foco no caminho, caminhando firmemente nos meus saltos – que a estas horas já estavam machucando grandiosamente meus pés. Não demorou muito mais do que poucos minutos silenciosos de caminhada para que chegássemos onde eu queria.

– Primeira parada, a nossa esquerda o famoso Centro histórico, pode tirar uma selfie se quiser. – Disse ironicamente enquanto Christopher rolava os olhos. – A nossa direita o centro desta belíssima cidade, mas espere, isso não é o mais importante... Logo a nossa frente um bar ao ar livre. – Sorri entusiasmada tentando fazer com que meu humor se sobrepujasse a decisão corriqueira e mal pensada que ele estava tendo quanto ao emprego.

– Ahh, álcool. Agora sim está falando na minha língua! – Ele respondeu animado, fitando cuidadosamente o lugar onde estávamos entrando.
Eu sabia que iria convencê-lo, nunca havia perdido um contrato e ele não seria uma exceção. Pobre Christopher Uckermann, mal sabia onde acabara de se meter.

EEEEEEEE AIIII, GATINHAS! O que acharam? Tudo bem, eu também não gosto MUITO desse começo, mas prometo que vou fazer ao máximo para sempre deixar a história o mais apresentável que eu puder. 
Espero que tenham gostado, e se gostaram comentem, e se comentar favoritem, e se favoritar me coloca na lista de observação ;D HAHAHAHA 
Nos vemos no próximo capítulo. Bye <3 

P.S.: Críticas, dicas e ideas e tudo mais que vocês queiram me dar é bem vindo ;9 HAHAHHA

P.S: Obrigada por comentar cristieli, fiquei extremamente feliz por receber seu carinho. Espero que continue acompanhando. <3