Fanfic: Steal Me (Vondy) | Tema: Rebelde, Vondy

O soar repetitivo de meu despertador tonou-se mais distinto à medida que eu gradativamente deixava o mundo dos sonhos, esfreguei os olhos com força e me levantei cambaleando para fora do quarto. Entrei na simplória cozinha deparando-me com a minha cafeteira quebrada, em seguida ouvindo uma voz rouca me chamar, fazendo com que por impulso eu desse um pulo para trás. 

– Pensei que era menos pretensiosa... Não sabia que as mulheres faziam listinhas dos caras que já haviam dormido. – Christopher disse enquanto observava atentamente o moleskine azul em suas mãos. Senti minhas pernas fraquejarem e todo o meu sangue se concentrar em minha face. 

– Isso não é o que está pensando! Ai minha nossa senhora das carochinhas, como eu posso te explicar? – Ambas as minhas mãos estavam em minha cabeça, minha voz havia saído esganiçada e meus olhos clamavam por uma solução plausível naquele momento. 

– Calma aí, ruivinha! – Ele riu divertido. Suspirei pesadamente e andei em direção ao moreno, retirando a agenda de suas mãos, em seguida lançando um olhar suplicante. 

– É uma coisa super feminina, você não iria entender. 

– Cresci ao lado da minha mãe e irmã, tenho um lado feminino aflorado. – Ele sentou-se preguiçosamente em minha poltrona enquanto eu gargalhava sobre sua frase. 

– Está louco se acha que eu vou te contar. 

Voltei para dentro de meu quarto indo em direção ao closet, retirei as roupas logo em seguida vestindo meu habitual terninho, somente no momento em que estava terminando de calcar meus sapatos de salto alto que reparei que o moreno me encarava encostado na porta. 

– Até você não é tão ruim, hein. 

– Christopher! – Arqueei as sobrancelhas na esperança de que o garoto percebesse o quão inconveniente estava sendo, mas pelo jeito ele havia perdido todo o semancol na noite anterior quando havia sido atingido pelo abajur. 

– Você estava muito melhor antes. – Ele sorriu malicioso. 

– Na verdade, estava melhor antes de você entrar desesperado no meu apartamento. – Respondi divertida, enquanto o garoto ia seguindo me enclaustro pelo apartamento.

– Você ficou gorda nessas roupas. Tira isso já! – O ignorei enquanto terminava de fechar minha bolsa. – Espera, não vai ainda, me explica o lance da listinha. 

– Estou indo trabalhar, espero que não roube nada por aqui. – Caminhei em direção da porta logo em seguida fechando a mesma atrás de mim. 

Enquanto descia as escadas – já que o elevador nunca havia sido concertado – pensei no quanto isso era infantil “Dulce Maria, a mulher mais confiante da cidade do México com medo dessas histórias de revista feminina? Que bobagem.” Pensei comigo mesma, mas de repente outro pensamento atingiu-me rapidamente “E se eu ficar sozinha pelo resto da vida?” não, isso não poderia acontecer, ainda haviam duas vagas disponíveis na minha lista – chacoalhei a cabeça negativamente na tentativa frustrada de retirar esses pensamentos de minha mente. 

Ao empurrar as portas de vidro, saí do prédio percebendo que o calor estava infernal naquela manhã ao ponto de me fazer retirar o blazer, permanecendo somente com a camisa social a mostra. 

* * * 

O dia havia se passado demasiadamente rápido, ao invés de ter sido mandada para ir correr atrás de novos “talentos” fui designada a preencher as fichas dos novos clientes e acertar as planilhas de faturamento total da empresa, função da qual não me pertencia, causando-me grande dor de cabeça ao notar que eu não fazia a mínima ideia de como executar aquelas tarefas. 

Estava desembarcando na estação de Riverwood quando notei que havia pouco tempo para encontrar um par para ir ao casamento da minha irmã, era totalmente inaceitável para a minha família que uma moça jovem estivesse completamente sozinha – “Ai, se eles soubessem do meu passado” enchi meus pulmões com o odor inebriante que surgiu assim que as portas do metro foram abertas. Esquivando-me rapidamente da multidão e mantendo um ritmo acelerado finalmente eu havia chego em casa. Despejei meus pertences em qualquer lugar e deitei-me no sofá, apenas observando o teto de gesso. 

– Dulce Maria, o que irá fazer agora? – sussurrei sozinha. 

Senti todo o cansaço do dia me pesar os ombros, como se repentinamente um peso incomum pairasse por toda a extensão do meu corpo. Estava começando a relaxar os músculos quando o toque do telefone fixo começou a soar ao fundo, dei um suspiro profundo e finalmente criei coragem para conseguir levantar, corri até a bancada americana na cozinha onde encontrava-se o aparelho e o atendi: 

– Alô? 

– Docinho? – Uma voz masculina indagou do outro lado da linha, e eu já sabia quem estava falando. 

– Daddy! – Comecei a sorrir assim que escutei sua voz. – Está me devendo uma visita, não acha? 

– A senhorita que deveria experimentar vir até a minha casa, eu e a Phoebe iriamos adorar tê-la aqui... – Ambos ficamos em silêncio. Papai e Mamãe haviam se separado há seis anos, mas eu ainda não havia superado o fato de meu pai ter se casado novamente com uma mulher poucos anos mais nova do que eu. – Me desculpe, docinho... Isso é tão natural, muitas vezes me esqueço do quanto isso é difícil pra você e para Serena. 

– Se esquece, é? – Ri sem humor, afagando minha mão disponível em meus ombros. 

– Dulce, sabe que não era isso o que eu queria dizer... 

– Mas disse! – Interrompi enquanto escutei o mesmo suspirar do outro lado da linha. – Será que dá para mudarmos de assunto? – Perguntei deixando o cansaço se sobrecarregar em minha voz. 

– Seu namorado médico irá te acompanhar no noivado da Serena? – Papai perguntou meio sem graça, tentando desfocar rapidamente do assunto.

– Péssimo assunto daddy, péssimo assunto! – Esfreguei as ventas lentamente. – E você e a sua namorada modelo 30 anos mais nova, irão comparecer ao noivado da sua filha mais velha? 

– Não são 30 anos de diferença. 

– São 40 então? – Perguntei debochada. 

– São 25. – Ele respondeu paciente como sempre. – Queremos muito comparecer, mas não sei qual será a reação de sua mãe quanto a essa situação. 

– Ela irá reagir tão bem quanto eu. – Ironizei. 

O silêncio havia pairado por entre nossa conversa novamente, me fazendo viajar mentalmente ao ponto de relembrar a conversa que eu havia tido com Christopher Uckermann nesta mesma manhã. Arregalei os olhos sentindo um frio me percorrer o estômago. 

– Papai, não posso falar agora, me lembrei de algo muito importante. Te amo, beijos, tchau... Aliás, use camisinha, não necessito de mais irmãos. 

Ao desligar o aparelho saí correndo porta a fora, atravessando a plataforma que separava o meu apartamento do de Christopher, senti o vento gélido bater em meu corpo fazendo meus pelos se eriçarem automaticamente ao entrar em contato com a baixa temperatura. Parei em frente à porta do moreno tentando tomar coragem, deixei minha mão posicionada com o punho cerrado em frente a madeira e quando finalmente tive coragem de bater uma movimentação incomum surgiu de dentro do estabelecimento, poucos segundos depois a feição do garoto surgiu por uma fresta, possibilitando somente a visibilidade de algumas gotas de suor escorrendo por entre os cantos de seu rosto. 

– Preciso falar com você. – Ele permaneceu me olhando confuso. – É urgente! – Ressaltei séria, deixando meus ombros curvados em sua direção. Ele suspirou fundo e me olhou pela última vez antes de fechar a porta. 

– Grosso. – Gritei enquanto esmurrava a porta. Girei nos calcanhares para voltar para o meu apartamento quando a porta de Christopher se abriu e uma garota loira havia saído, tentando se vestir descoordenadamente. Parei para observar a cena, a garota estava emburrada e tentava cobrir o corpo seminu e segurar as roupas ao mesmo tempo, voltei meus olhos à procura do moreno quando finalmente seu olhar se chocou com o meu senti meu coração palpitar de leve. 

– Vêm logo. – Ele ordenou, e eu obedeci sem nem ao menos questionar.

Oi, oi gente. Estão gostando? Me contem tudo nos comentários.

melissa_takahashioutlook.com: oooi anjo, seja super bem-vinda!Obrigada mesmo, tu não tem noção do quanto fico feliz em ler isso. *-* <3

crlvondy: como assim existe uma pessoa tão fofa e querida como você? OMGAH, me dê um hug :3 HAHAHA estou feliz por ter você como leitora, muito obrigada por tudo.Postei esse novo capítulo, espero que goste. <3

jack_: oooi, oi seja super bem-vindaaaa *-* UHAUSHAUSH SÓ ME RECONHECEU DEPOIS? XD oooooi amor, eu volteeeeei :3 estou testando todos os sites de fanfics para ver qual está flopado e quais não estão D: Simmmm anjinho, pretendo repostar mas somente depois de reescrever ela. Espero que esteja gostando dessa web também. <3