Fanfic: Steal Me (Vondy) | Tema: Rebelde, Vondy

Adentrei rapidamente no apartamento do moreno do qual vestia apenas de cueca boxer, aproveitei para olhar ao redor, assim como era esperado de um jovem solteiro que vivia sozinho (com exceção das suas visitas noturnas), em seu apartamento haviam peças sofisticadas e havia um pequeno ar de luxúria pairando no ar, porém haviam tantas peças de roupa e uma desorganização eminente deixando com que a aparência grã-fina ficasse encoberta sobre a massa incomoda da bagunça. 

– Espero que o assunto seja realmente sério. – Espera aí, ele dispensou aquela garota só para falar comigo? Isso é tão doce.

– Ahn, é que... Eu estava pensando que... – Me embolei nas palavras e Ucker havia percebido meu nervosismo, o garoto apenas espichou os olhos na minha direção, me encorajando a continuar falando. – Queria esclarecer sobre a lista.

– Que lista? – Ele perguntou enquanto passava uma das mãos bagunçando os cabelos da nuca.

– Aquela que você encontrou nesta manhã... A do moleskine azul...

– Ah... Sim, sim eu me lembro!

– É que eu preciso encontrar os caras daquela lista. – Respondi timidamente.

– E pra que? – Ele sorriu de leve, sentando-se numa poltrona que encontrava-se ao canto da sala. – Acerto de contas?

– É um assunto pessoal.

Ambos permanecemos quietos, seus olhos penetravam violentamente nos meus. Me joguei em seu sofá acinzentado e suspirei alto, tinha uma proposta a fazer, mas a ideia inicial havia sido alterada devido as complicações que haviam surgido com o último telefonema.

– Tenho uma proposta! – Exclamei confiante enquanto fitava minuciosamente aqueles olhos castanhos envoltos por uma grossa camada de cílios negros.

– Prossiga, ruivinha.

– Inicialmente iria te pedir ajuda para encontrar os homens daquela lista, afinal você é o único que sabe da existência dela... – Parei à procura das palavras certas, Christopher me olhava cada vez mais curioso. – Mas tenho um problema maior do que a lista...

– E qual seria? – Ele me interrompeu rapidamente, sentando-se com a postura curvada em minha direção.

– Você deverá me acompanhar na festa de noivado de minha irmã.

– E o que eu ganharia como recompensa? – Ele falou provocativo, um sorriso maléfico surgiu em seus lábios.

– Eu poderia te ajudar em algo? – Corei violentamente, tentei disfarçar mudando a direção de meu olhar para meus pés, observando que eu estava descalça, mas creio que esta atitude tenha sido totalmente em vão.

– Lembra quando entrei de supetão no seu apartamento? – Concordei positivamente com a cabeça. – Minha recompensa seria a sua disponibilidade de deixar seu apartamento como meu esconderijo.

– E do que você se esconde, Christopher Uckermann?

– Das pegajosas e possessivas. – Ele falou com sinceridade, enchendo seus pulmões com ar e depositando a cabeça nas duas mãos, mas eu realmente não havia o entendido.

– Como assim? Me desculpe, creio não ter te compreendido...

– Das garotas que muitas vezes teimam em ir embora após o sexo! – Ucker disse franco e convicto de suas palavras.

– Entendi. – Me levantei pondo-me de pé, ficando na frente do moreno, estendendo uma das mãos na direção do garoto. – Temos um trato?

Ainda sentado ele apertou minha mão, deixando lhe escapar um sorriso encantador. Girei nos calcanhares e saí rapidamente do local, precisava ir descansar, pois o dia seguinte seria ainda mais cansativo e por tal razão deveria economizar minhas energias ao máximo.

* * *

Estava numa das mesas da cafeteria Coffee Express, já que Christopher havia feito o favor de quebrar minha cafeteira. Esperava impaciente pelo meu pedido batucando os dedos na mesa de vidro enquanto escutava duas garotas conversarem histericamente na mesa ao lado.

– Ai amiga, não acredito, me conta tudo! – A garota de cabelos castanhos e exclamou para a garota loira de olhos extremamente azuis.

– Ele me ligou. Amiga, ele me ligou, mal consigo acreditar. – A loira parecia estar sentada num formigueiro, pois não conseguia parar quieta na cadeira, ambas sorriam de lado a lado.

– Ai que lindo, o que ele disse? – A castanha perguntou curiosa, a loira tateou os bolsos da calça jeans e retirou o iPhone dourado de suas calças, logo em seguida abrindo o Voicemail e deixando no alto falante, mostrando as mensagens da secretária eletrônica. Uma voz masculina se propagou do aparelho dizendo:

“Ahn oi... gata. Eu estive pensando sobre nós nesses últimos dias e fiquei tentando juntar coragem pra te ligar. Aquela noite que passamos juntos foi ótima. Que tal repetirmos a dose? Me liga. Beijos, Augustus.”

– Ai amiga, ele está tão apaixonado por você. – A morena fez cócegas na loira que apenas gargalhou ainda mais alto. Que irritante!

– Ele até pode estar apaixonado... – Comentei de forma intrometida, ambas me olharam sorrindo por ter concordado com elas, até que decidi prosseguir. – Mas com certeza não seria por você! – O garçom se aproximou me entregando meu Cappuccino com creme, olhei para o copo térmico em sua mão e saltei a vista até seus olhos. – Colega, é pra viagem, têm que ter a tampinha.

– Ah, me desculpe... – Ele arregalou os olhos e voltou para perto do balcão.

– O que disse? – A morena perguntou num tom de voz esganiçado, olhando cuidadosamente para a feição da amiga ao seu lado.

– Você me ouviu, oras. É lógico que ele não está apaixonado! – O garçom se aproximou novamente me entregando o pedido corretamente dessa vez. A loira havia aberto a boca para me retrucar, mas eu havia sido mais rápida. – Será que não percebeu? Ele te chamou de “gata”provavelmente nem deve lembrar de seu nome. Também disse que estava juntando coragem pra te ligar, mas sua voz parecia tão confiante que duvido muito que isso seja verdade. Ele não foi nenhum pouco especifico sobre a noite que passaram juntos, o que significa que ele poderia estar generalizando sabendo que você ao menos iria perceber! Sem falar que pediu para que você ligasse de volta, mas se ele tivesse tão interessado em conversar contigo iria insistir um pouco mais, não acha? – Arqueei as sobrancelhas enquanto percebia os olhos da loira marejarem gradativamente. – E por último, ele se despediu dizendo: “Beijos, Augustus” ao invés de: “Beijos, Gus” ou qualquer outro apelido, ou seja, ele não está interessado em uma relação consistente o bastante para que você o chame mais intimamente.

– Por que está fazendo isso? – A garota dos olhos azuis perguntou com a voz embargada afundando o rosto nas mãos enquanto manchava sua pele com o rímel que escorria entre as lágrimas.

– Estou fazendo minha boa ação do dia. – Dei um gole em meu Cappuccino e me dirigi para fora do estabelecimento, mas não antes de escutar a morena tentando consolar a amiga que chorava escandalosamente atraindo a atenção de todos os que estavam naquele local.

– Viu o que você fez? Sua bruxa. – Uma das garotas gritou pelas minhas costas, mas decidi não levar isso em consideração, afinal, o que adiantaria? Comecei a ir em direção do meu trabalho, sem nem ao menos olhar para trás. Vai saber se uma das meninas não decide jogar um muffin na minha cabeça.

O caminho até o prédio escurecido devido à película nos vidros pela parte de fora do edifício havia sido um tanto quanto rápido levando em consideração o tempo aproximado entre a cafeteria e a empresa. Adentrei pela porta da frente e fiz o mesmo trajeto de todos os dias: passar pela recepção, entrar no elevador, chegar ao 10° andar, atravessar metade do corredor e encontrar minha mesa entre tantas outras que estavam despejadas pelo local. Mas nesta manhã seria um tanto quanto diferente dos outros, ao invés de ficar pela minha mesa ou pegar a fixa de um dos candidatos inscritos para ir encontrá-los, havia sido convocada para uma reunião com a diretoria da empresa, já que o chefe que deveria substituir meu cargo ainda não havia chego do Canadá “Opa, talvez seja minha chance de conseguir minha colocação novamente.” – Pensei sozinha.

Dirigi-me até a sala de reuniões onde já estavam todos os empresários colocados em seus distintos lugares, me sentei ao lado de Adams, que disfarçadamente passou uma das mãos na minha coxa e levou um pisão no pé como recompensa.

– Ai! – Ele exclamou alto atraindo a atenção de todos os que estavam presentes na sala. – Ai... Que ideia brilhante eu tive agora. – Ele falou receoso pela mentira.

– Mr. Adams, vamos logo ao assunto. O percentual da faturação em média devia estar alcançando um limite de 4,5 ao mês... – Um senhor rechonchudo falava de maneira esnobe, estava concentrada no assunto até que senti meu iPhone vibrar no bolso de meu blazer, o alcancei e li a mensagem discretamente:

“Preciso da sua ajuda. É urgente”

Passei os olhos rapidamente pelo remetente e vi o nome “Christopher Uckermann”. Empurrei a cadeira que estava sentada para trás e me coloquei de pé, em seguida pronunciando alto o suficiente para todos da sala ouvirem.

– Me desculpem senhores, meu pai está no hospital... Tenho que ir vê-lo. – Falei hesitante já abrindo a porta quando um dos empresários indagou inocentemente.

– Sinto muito senhorita Barden. O que houve com o seu pai?

– Ele... Ele foi... Ele foi separar uma briga de cachorros... – Os que não arregalaram os olhos simplesmente me olharam confusos. – Eu tenho que ir, sinto muito!

Corri para fora da empresa já me dirigindo em direção da estação de metro. O que quer que tivesse acontecido deveria ser sério, e isto me deixou um tanto quanto receosa e amedrontada. O que havia acontecido com Christopher Uckermann?

Heeeyyyy acho que vocês vão me matar por demorar tanto a postar um novo capítulo e-e perdão meus amores. Prometo fazer uma maratona em breve!