Fanfic: Mundos Opostos - Portiñon. ♥ + ☮ | Tema: Anahi e Dulce Maria

Ao entrar, eu encontrei minha amiga acordada e procurando algo em seu armário.

- Que sorriso é esse? - Ela perguntou assim que me viu.

- Que sorriso?

- Esse que você tem aí. 

- Sei lá. - Deitei na cama - Eu sempre sorrio. - Ela me olhou estranha.

- Não, nem sempre você sorri como agora. - Revirando os olhos. - Mas bom, não diz nada. Deixa pra lá.

Logo após essa frase ela entrou no banheiro, eu revirei os olhos e me dirigi para a pequena mochila que havia trago e peguei uma roupa para vestir. Minutos depois Maite saiu e nós caminhamos juntas para a sala de jantar onde o café seria servido, após isso levaríamos as crianças para o passeio.

Quando chegamos percebi que Anahí estava sentada em uma mesa ao lado de outros colegas. Maite se juntou a eles e me deixou encarregada da sua bandeja de café. Então eu fui até um dos voluntários e para minha surpresa, não era alguém que eu esperava ver:

- Bom dia Sônia - Cumprimentei gentilmente.

- Dulce... Como você está?

- Bem - Sorri. - E você? Eu pensei que este ano você viria mais no final.

- Sim, essa era a ideia. Mas eu terminei todos os exames e tive férias. Então você sabe... o verão está aí e no próximo ano vai ter competição.

- Me parece ótimo... Se você precisar de ajuda com o projeto, me diga ok?

- Obrigada. Sem dúvida eu digo.

- Você poderia me dá o meu café antes que Maite venha e comece a me acusar de coisas estranhas?

- Café e pão para os dois? - Ela perguntou sorrindo.

- Exato. Não abandonamos esse costume.

- Falando em costumes... - Disse olhando em direção a mesa onde Maite, Anahi e os outros estavam. - Essa outra garota é nova?

- Quem? Anahí? Não é apenas a filha do Sr. Puente, o homem que a cada ano nos dá uma enorme doação.

- Oh sim. Eu me lembro dele. E o que ela está fazendo aqui?

- Seu pai não pôde vir, por isso este ano ela será responsável pela entrega.

- Entendo. - A observando cuidadosamente -  É muito bonita.

- Você acha? - Perguntei também a olhando.

De repente, houve um silêncio estranho que me fez voltar a olhar para Sonia e encontrá-la arqueando uma sobrancelha e me olhando de forma estranha.

- Claro que eu acho. É linda! E sem ofender Dul, mas estou muito surpresa que você não esteja tentando levá-la para a cama.

- Eu hein, que bom conceito você tem de mim.

- Sabe que sou sincera linda.

- Eu sei... - Reconheci franzindo o nariz. - Mas mesmo que te surpreenda Anahi não me interessa.

- Será um sinal de que Dulce María tem cura?

- Eu não estou doente. Além do mais você não costumava se queixar tanto assim de mim.

- E o que posso fazer? Sou um dos muitos corações que você quebrou.

- Isso não é verdade...

Ela sorriu ao me mostrar a língua. Ela adorava me encher assim, mas basicamente eu nunca soube se a machuquei ou não. Para mim o nosso lance era apenas uma aventura de verão que nunca mais aconteceu. Embora seja verdade que eu gostava muito e nos divertimos muito juntas.

- Melhor você ir. - Ela disse fazendo um leve movimento com a cabeça apontando para a mesa - Creio que você está fazendo falta lá.

O seu comentário me fez virar novamente e descobri que Anahí olhava em nossa direção. Então meu coração, como na parte da manhã, decidiu por si só começar a bater mais rápido do que o normal.

- Nos falamos. - Finalizei vendo que Sonia me observava.

Fui até a mesa, observando que Anahi já tinha desviado o olhar e desta vez foi Maite quem franziu o cenho querendo me matar.

- Finalmente não?

- Me desculpe. Eu estava conversando com Sonia.

- Oh e não é você finalmente assumiu que sabe que demorou.

-Bom... não fique com raiva. Aqui está o seu café quentinho e gostoso.

- Hum. - Exclamou sentindo o cheiro dele. - Sabe como me agradar.

- Tenho os meus truques.

Nós duas sorrimos e por um segundo eu senti necessidade de buscar Anahí com o olhar. Mas para minha surpresa eu a encontrei conversando animadamente com Jesus, o professor de educação física das crianças. Eu parei de olhá-los e absorvi um pouco do meu café. Parecia completamente atenta, mas meu cérebro que ainda não tinha sido desligado de todo esperava que ninguém fosse notar a pequena força de vontade que eu tinha de fazer neste momento para não olhar pra ela.

O tempo passou muito rápido e antes que eu percebesse todo mundo estava pronto para começar a jornada de trabalho do dia. Minutos depois, as crianças pegaram suas mochilas com um pouco de comida e principalmente com água e já estavam prontas para a partida.

Todos aguardavam ansiosamente. Eles amavam este tipo de atividade: a descoberta de novas paisagens, novas "aventuras", como eles mesmos dizem.

- Crianças! - Gritei para captar a sua atenção - Já sabem quais são as regras: De dois a dois, de mãos dadas, formando uma fila. Não saiam para outro lado e se por acaso se perderem do grupo, parem de andar, fiquem aonde estão até os encontrarmos. Entendido?

- Sim Dulce - Gritaram em uma só voz.

Fiz um gesto para Maite e começamos a nos mover em direção a nossa aventura.