Fanfic: Mundos Opostos - Portiñon. ♥ + ☮ | Tema: Anahi e Dulce Maria

Rapidamente, Anahí virou para a sua direita e encontrou uma mulher completamente diferente da que tinha visto naqueles dias. Uma mulher bem-vestida, nada exuberante, mas muito... muito sexy.  Seu cabelo estava penteado de uma maneira especial e seus olhos expressavam uma confiança que quase a fez tremer. Dulce parecia perceber a forma que Anahi a olhava e sorriu.

- Por Deus Dulce, onde é que você estava? - Perguntou Maite.

- Fui buscar a Andrea, estava estacionando o carro.

- Dulce. - Cerrou os olhos. -  Eu não acredito nisso.

- Mai, sério hoje não! Inês, me prepare duas cervejas?

- Claro linda, aqui está.                   

Dulce pegou as duas cervejas e depois de piscar o olho para Maite com arrogância, seu olhar parou em Anahí seus olhos pareciam atravessá-la. Foram poucos segundos mas o suficiente para lhe provocar sensações estranhas e inexplicáveis.

- Até mais meninas. 

Depois de dizer isso, ela saiu. Aparentemente indo em direção a porta. Mas Anahí nem sequer ousou olhar. Seus olhos voltaram para a frente onde uma cerveja espumosa a esperava. Ela estava acostumada a tomar outra bebida quando saía, mas agora tudo o que ela queria era que um líquido bem gelado para esfriar seu corpo e manter em ordem seus pensamentos.

- Está tudo bem? - Perguntou a voz de Maite

- Quê? Oh sim, está sim eu só não esperava.

- Dulce? - Perguntou recebendo uma afirmação com a cabeça. - Ela é assim aparece quando menos se espera.

- Ultimamente tudo o que eu ouço é: "ela é assim."

- É que Dulce é uma mulher difícil de entender, difícil interpretar... até mesmo pra mim que sou a sua melhor amiga, as vezes também tenho dificuldade para entendê-la.

- E mesmo assim você a adora certo?

- Claro - Sorriu - Eu lhe disse ontem, ela pode ser muito complicada. Mas tem o maior coração que eu já conheci.

Anahi assentiu, não muito segura do argumento de Maite, levou a garrafa de cerveja aos lábios. Sentindo um impulso ela se virou para a sua direita e passou a olhar Dulce no meio da multidão.

Ela estava em uma mesa a poucos metros sentada com outra garota, ambos rindo de algo aparentemente muito engraçado. Observou apenas alguns segundos, Dulce ao notar seu olhar o correspondeu e acabou ficando presa novamente naqueles azuis, Dulce lhe dei um sorriso e voltou sua atenção para sua companhia. Mas então algo inesperado aconteceu. Anahí ainda chegou a pensar que a cerveja subiu rápido demais para seu cérebro. Mas não, era real o que ela estava vendo... Dulce estava beijando aquela garota. Não podia ser... Será que era lésbica?

- Quem é lésbica?

Anahi pensou que a pergunta havia sido formulada apenas em sua cabeça, mas ao ouvir a voz de Maite ela percebeu que falou alto e rapidamente desviou o olhar das duas mulheres.

- Ah! Está se referindo a Dulce?

- Sim...- respondeu confusa.

- Pois sim... - Confirmou Maite olhando as duas se beijarem. - Dulce deve ser a mulher mais lésbica do mundo.

- Eu não sabia... E nem parece.

- Creio que faz parte do charme dela.

- Você... ela. vocês?

- Somos amigas. - Sorrindo para seu nervosismo. - Mas eu não vou negar que algumas vezes fiquei confusa.

- Confusa por que? Você também é? 

- Não. Mas como eu disse foi apenas uma confusão. Dulce é... como posso explicar? Impossível de amar! Seu coração é selado ninguém entra e isso a  torna ainda mais desejável. Ela faz o que quer, com quem quer. É livre. Vai e vem... nunca dá explicações, enfim, todas as mulheres que dormem com ela sabem que nunca vai ser nada mais que isso.

- Oh... E tem todas esse mulheres caindo aos seus pés? Como assim?

- Eu não diria caindo aos seus pés... Mas eu devo admitir que ela sempre tem quem ela quer.

- Então eu estou segura... - Sorriu tentando minimizar o efeito das informações. - A questão é que ela não me suporta. E quem é essa garota?

- Andrea. Trabalha com a gente no escritório da cidade e ... Dulce vai ter que me explicar  por que está saindo com ela novamente.

- Você parece a mãe dela. - Sorriu divertida.

- Isso é o que ela vive me dizendo. - Franziu o cenho - Mas as vezes suas atitudes me preocupam, no fundo ela é só uma menina... sinto-me obrigada a cuidar dela.

- Não que eu queira discutir Maite. Mas não acho que a garota quer alguém para cuidar dela.

- Concordo. Mas há momentos em que nós nos recusamos coisas que no fundo precisamos.