Fanfic: Mundos Opostos - Portiñon. ♥ + ☮ | Tema: Anahi e Dulce Maria

Caminhei apressadamente em direção ao carro, sentindo como o meu coração batia forte no meu peito. Eu não sei o que está acontecendo comigo... Eu não sei. Mas eu sinto que minha mente se desconecta quando ela está por perto. Meu corpo reage de uma maneira que eu não controlo, meu coração se desespera quando eu a tenho ao meu lado e quando eu a olho simplesmente sinto vontade de protegê-la, abraçá-la e prometer a aquela frágil menina que nada de ruim vai acontecer com ela enquanto ela estiver ao meu lado. Como pode isso? Como assim não a suporto e desejo que ela vá embora o mais rápido possível e ao mesmo tempo preciso abraçá-la, cuidá-la e até mesmo beijá-la. 

Entro no carro desesperada e com raiva de mim mesma. Peguei o que eu havia esquecido e decidi voltar para a cabine.  Eu tento relaxar e me acalmar no caminho. No final percebi que ela não tinha culpa do que acontecia comigo e que desta vez éera melhor eu controlar o meu temperamento.

Eu abro a porta da minha cabine, depois de tomar um ar e a encontro na mesma posição de quando eu havia saído, comendo o que eu havia trago. Ela sorriu para mim, e sim, isso me desarmou totalmente.

- Isto está ótimo. - Informou sem saber tudo o que se passava dentro de mim.

- Estou feliz que tenha gostado. - Me aproximando - Eu não sabia muito bem o que você iria querer.

- Pois acertou em cheio. - Sorriu. - O que é isso?

- Oh ... Antes que você acordasse fui até a cidade para ver se havia algo que poderia te entreter. A verdade é que eu não tinha ideia do que trazer. Então eu acabei comprando essas revistas... - Mostrando a ela - Você aparece na primeira página.

Ela aceitou o conjunto de revistas observando suas capas por um instante.

-  "A popular empresária de moda Anahí Puente está a poucos meses de se casar com o bonitão mais cobiçado do momento Christopher Uckermann. " - Leu suspirando no final.

- Acho que estou um pouco longe da realidade. - Sorri admitindo tímida. - Nunca havia te visto em uma revista. 

- Então eu acho que você não perdeu nada.

- Não foi uma boa ideia trazer estas revista não é verdade? Desculpe se...

Ela olhou para mim e sorriu para a minha insegurança.

- Não é sua culpa interrompido. É só que... De qualquer forma, você não vai acreditar em mim.

-  O quê? - Insisti sentando ao lado dela.

- Quando eu me vejo nas capas de revista eu sinto que... eu não sei como explicar. É como se não fosse eu entende? Eu vejo uma princesa, uma mulher delicada, importante, bem vestida, uma mulher de elite. Eu não vou negar que as fotos são lindas e que qualquer mulher adoraria ser assim, vestir esses vestidos, enfim. Mas eu sinto que o mundo me vê como apenas isso, uma boneca de porcelana sempre perfeita. Se eles me vissem agora, com certeza me apagariam automaticamente dessa lista de elite. - Sorriu ironicamente. 

- Você quer saber o que eu acho? - Eu perguntei olhando para ela que estava com seu olhar cabisbaixo.

Ela me olhou com curiosidade e assentiu com expectativa.

- Acho que sem os seus saltos, suas roupas caras, suas jóias ou o cabelo conto inatingível você continua sendo linda... e se você consegue ser linda assim dessa forma, como você está agora... Aí sim você é uma princesa de verdade. 

Seu olhar permaneceu em mim alguns segundos, tive medo que ela pudesse ler minha mente e descobrisse o que eu sentia.

- Você realmente acha isso?

- Quantas coisas desse tipo eu te disse desde que nos conhecemos Anahi?

- Eu acho que nenhuma - Ela sorriu.

- Então, acredite em mim quando eu disser. - Me levantei correspondendo seu sorriso. - E agora... como ter trago essas revistas não foi uma boa ideia. Melhor esquecer por um tempo a que mundo você pertence. Agora você está aqui certo?

Ela assentiu com a cabeça observando enquanto eu caminhava até a cômoda:

- O que você vai fazer?

- Já que você precisa descansar e minha tentativa de te distrair foi um fracasso... Eu vou te mostrar o meu mundo.

Eu puxei da gaveta enorme álbuns sob seu olhar atento e fui para o outro lado da cama para me juntar a ela.

- Você vai ficar aqui comigo? - Ela perguntou incrédula.

- Até que você resolva me expulsar. - Respondi sorrindo.  Ela sorriu e o silêncio ressurgiu.