Fanfic: Mundos Opostos - Portiñon. ♥ + ☮ | Tema: Anahi e Dulce Maria

Depois de alguns minutos, terminamos de comer e decidimos deitar para ver o céu ensolarado. Definitivamente havia poucas sensações da vida como observar os pássaros voando... ou isso era o que eu pensava, porque quando senti o corpo de Anahi deitando ao meu lado, encostando a cabeça no meu peito eu entendi que qualquer sentimento que antes me parecia bom... ao lado dela era absolutamente perfeito.

-  Você já esteve aqui com alguém? - Ela de repente me perguntou, me confundindo.

- Porque você está me perguntando isso?

- Curiosidade.

- Não. Eu nunca estive aqui com outra garota, se você quer saber.

- Por que? - Ela perguntou ajeitando seu corpo,  apoiando-se em seus próprios cotovelos para olhar para mim diretamente.

- Porque não deixo que ninguém  entre no meu mundo Anahí. - Encolhi os ombros. - Sempre foi assim...

- Apesar de todas as mulheres lá fora apaixonadas por você?

- Isso não é verdade... - Corrigi sorrindo - Nenhuma dessa todas mulheres que você diz sabem realmente quem eu sou. Estão apaixonada por uma ideia e não por mim. Se iludiram com um mistério, com uma menina que não podem nunca ter.  Nenhuma delas sabe os meus sonhos, as minhas preocupações ou até mesmo os meus medos.

- Teu sonho é correr o mundo em uma van hippie.

- Isso foi há muitos anos. .

- Sim... mas  mesmo que  insista pensar que você não é mais a mesma, eu sei que no fundo você ainda sonha viajar pelas estradas com música alta, compartilhando essa viagem com alguém que você ama tanto e que seja capaz de te acompanhar em qualquer lugar. E só não reconhece porque isso te assusta. Você prefere ser misteriosa, solitária e até mesmo namoradeira, para que nenhuma mulher possa chegar até você.

- Por que você faz isso? - Perguntei levando a mão a cabeça, fechando os olhos com força - Por que eu tenho a sensação de que você sabe tudo sobre mim, mesmo quando eu não digo nada?

- Não sei... - Respondeu sorrindo. - Eu simplesmente te olho, não é necessário que me diga. Sei o que sente. 

- Creio é por isso que me senti tão estranha quando eu te conheci. - Franzi o cenho sorrindo. 

- Qual foi seu primeiro pensamento quando você me viu?

- Não pensei em nada... Quando eu te vi de pé naquele escritório meu cérebro desligou, eu podia apenas olhar para você. E quando o meu corpo decidiu voltar para a terra, eu pensei que você era a mulher mais linda que eu já tinha visto na minha vida. Mas isso foi só até você abrir a boca e  começar a parecer insuportável.

-  Nossa... - Se queixou me dando um leve tapa para continuar acariciando minhas bochechas.

- E você? Certamente o seu primeiro pensamento ao me ver foi: " Mas o que essa selvagem está pensando? "

- Não. Quando eu percebi que você estava no escritório e quando se virou para olhar para mim foi estranho, tudo o que eu pensava era que ninguém nunca tinha me olhado como você me olhava e de alguma forma eu gostei disso.

- Você é linda ... existem milhares de homens e mulheres ao redor do mundo que comeriam você com os olhos.

- Não estou me referindo a isso. - Se defendeu franzindo o cenho - Foi um olhar diferente e você não é a pessoa mais indicada pra dizer isso... Não sou eu quem tenho uma legião de amantes ao meu redor.

Minha risada naquele momento foi ouvida ecoando na montanha.

- Está com ciúmes? - Perguntei com um sorriso.

Ela apertou ainda mais o cenho, chegando a fazer um grande esforço para resistir à vontade de rir.

- Não.

- Tem certeza?

- Sim.

- Sim? Ah.

E então por causa de sua birra, sua teimosia e meu desejo de irritá-la eu coloquei minhas mãos em volta de sua cintura e comecei a fazer cócegas nela de modo que todo o seu corpo retorceu, ela ria me implorando para parar.

- Tem certeza mesmo que você não está com ciúmes? - Continuei a tortura.

- Por favor para. - Suplicava com aquela risada gostosa.

- Não vou parar até que você reconheça que está com ciúmes. 

Mas eu parei de repente, olhando com o ela sorria, como tentava recuperar o fôlego e olhava para mim meio sorridente e meio com raiva.

- Não estou com ciúmes Dulce. Mas são tantas, eu tenho certeza que até Maite tem sentimentos por você... Enfim elas...

- Vem aqui. - Sentenciei interrompendo a agarrando a mão dela. - Sentenciei levantando e agarrando a mão dela para fazer o mesmo.

- O que está fazendo?