Fanfic: Mundos Opostos - Portiñon. ♥ + ☮ | Tema: Anahi e Dulce Maria

- Não posso acreditar que ela vai conduzir todo o caminho sem me dirigir uma única palavra - Pensava Anahí observando a paisagem e a garota selvagem - É visível  também a intenção de me matar dirigindo a esta velocidade tão exagerada. E por que diabos ela demorou tanto?Isso sim é preocupante. Ainda não acredito que meu pai está me enviando para os confins da terra apenas para entregar um cheque. Relaxa, acalme-se são apenas alguns dias, apenas um esforço e quando você menos espera estará em alguma ilha paradisíaca desfrutando sua lua de mel. Com águas cristalinas, areia branca, coquetéis, garçons servindo você no mar... isso sim é vida . Ah sim, essa é a minha vida.

De repente, o carro parou brutalmente querendo dizer que chegamos aos nosso destino. O pensamento de Anahí foi interrompido quando ela percebeu que sua companhia havia deixado o carro sem dizer nenhuma palavra.

- Aonde você vai agora? - Perguntava mais para si mesma. Mas a garota misteriosa, continuou a ignorá-la exatamente como ela tinha feito durante todo o trajeto. Anahí assistiu ela retirar sua mala e se afastar. Dulce, continuou seu caminho sem sequer olhar para ela. Anahí não estava entendendo nada. 

- Como se atreve a me deixar aqui sozinha? - Quando ela estava pronta para sair do carro observou que Dulce foi parada por outra mulher. Uma mulher morena, com cabelos compridos e um sorriso enfeitando seus lábios. Estavam conversando mas de onde ela estava era impossível ouvir. De repente esta mulher virou o rosto séria e deu um pequeno golpe no ombro de Dulce. Isso realmente me causou um pouco de riso em Anahí - Gostei dela. - Disse a si mesma.

A morena após a garota selvagem seguir o seu caminho, foi sorrindo até o carro oferecendo Anahí um sorriso doce de longe.

- Bem vinda a nossa aldeia Senhorita Puente. - Disse alegre abrindo a porta do carro e apertar sua mão.

- Obrigada. Mas por favor me chame de Anahí.

- Encantada Anahí! Sou Maite! Como foi a viagem?

- Longa e cansativa.

- Sim, infelizmente nossa aldeia é muito distante da civilização e da Cidade do México, a viajem é sim muito desgastante. 

-  Sim é. E se alguém no último trecho decidir dirigir em alta velocidade, como se o mundo fosse acabar e você sentir o carro trepidar em cada pedra é ainda mais desgastante.

- Te peço desculpas em nome da Dulce, Anahi. Minha amiga amiga é meio...

- Selvagem. - Interrompeu Anahí. - Louca essa sua amiga, surpreendente. - Maite sorriu de um modo peculiar e misterioso.

- Te surpreendeu como ela pode ser selvagem?

A menina apertou os olhos tentando entender o significado dessa última frase. Mas Maite sorriu e caminhou casualmente mudando o assunto a deixando intrigada.

- Aqui! - Informou entrando em um lugar feito por um monte de palha e madeira.

- O que tem aqui? 

- É sua cabine. Você vai dormir aqui.

- Minha cabine? Você seriamente está me dizendo que eu irei dormir aqui? Com um pouco de vento tudo isso aqui pode ir ao chão.

- Não se preocupe, é mais forte do parece. - Sorriu abrindo a porta. - Oh, eu me esqueci. Essas coisas aqui são da Dulce espero que você não se importe, agora eu tenho aula, mais tarde eu passo aqui.

- As coisas da Dulce? Por que elas estão aqui?

- É que este é quarto dela. Mas não se preocupe, ela vai dormir comigo enquanto você permanecer aqui. Só que como eu a mandei ir buscá-la ela não teve tempo de pegar suas coisas... Ali você tem o banheiro, eu espero que tenha tudo o que você precisa para relaxar. Vou dar-lhe tempo para que você descanse um pouco. Assim que estiver pronta me encontre para lhe mostrar o acampamento.

Anahí concordou com tudo o que Maite disse sem realmente ouvir o que ela estava dizendo. A viagem tinha sido longa e cansativa e ela só queria um banho quente e um descanso de uma ou duas horas.

Quando ela percebeu que a morena havia saído da cabine viu que estava finalmente sozinha. Ela observou um minuto ao redor, a verdade é que a cabine era muito aconchegante, não chegou a entender como poderia aquilo ser feito com um monte de palha. Talvez tenha sido a maneira que Dulce tinha decorado, simples demais para o seu gosto, até mesmo meio hippie, totalmente diferente. Mas ainda assim o ambiente transmitia paz. Havia inúmeras pinturas sobre o espaço. - Isso quer dizer que ela pintava? Se perguntou se aproximando de um. A tinta sobre a tela a surpreendeu, era um cenário que ela não tinha certeza do que era, parecia uma caverna em que a água descia. Uma água mais azul do que os seus próprios olhos,  o contraste do azul com plantas verdes frutíferas era muito bonito. - Existiria este lugar? - A verdade é que a menina da cidade nunca se viu tão fascinada por uma pintura simples antes. Talvez fosse o fato de que a mulher selvagem e desagradável, poderia ser tão sensível no momento da captura da tela que chamou a sua atenção.

Ou isso ou precisava urgentemente de um banho e de descontração. Ela foi até onde foi definido por Maite como um banheiro e claro, foi uma decepção instantânea quando ela descobriu que não havia uma jacuzzi e nem mesmo uma banheira simples, nada. Havia um vaso sanitário acompanhado por uma pia para lavagem de mãos, um pequeno espelho e o que parecia ser um chuveiro muito pequeno. - Ótimo - disse ironicamente - Pelo menos está tudo limpo.- Ficava imaginando como uma pessoa pode viver em um lugar como este.

Despiu-se antes que seu cérebro fosse colocado no lugar e decidisse fugir daquele lugar para retornar ao seu mundo fantástico e perfeito, entrou no chuveiro voltando-se a torneira para deixar a água correr alguns minutos até aquecer. Mas isso não aconteceu, o tempo passou e a água ainda estava gelada e a pior parte é que a água parecia estar acabando.

- Não, eu não posso acreditar. Nem mesmo água quente há neste lugar? Droga! Eu vou matar o meu pai e todos que vivem aqui! Ok Anahí... respire fundo. Conte até três e vá para baixo do chuveiro, com certeza é frio só no início, depois você se acostuma. E serão apenas alguns dias, só até você entregar o cheque e fazer uma foto. Sim, isso, 1,  2 , 2 e 3.