Fanfic: papel & tinta | Tema: vondy/magia/romance

Algumas semanas se passaram, eu sabia que Poncho estava prestes as chegar e isso me deixava apavorada. Ele era o único que sabia das minhas idas a Ônix, ele foi quem por fim me explicou o que estava acontecendo, me explicou entre aspas, apenas me confirmou que eu tinha poderes, que eu era uma bruxa e o blábláblá todo.

  Minha vida ficara muito monótona sem as idas a cidade,  por alguns momentos eu sentia falta dela, sentia falta das pessoas e dos cheiros que apenas Ônix possuía. Outra coisa que me deixou entediada e com raiva foram as raras visitas feitas por Christian a minha casa. Ele estava ocupado demais com esse tal baile e disse que me preparava uma surpresa. O que estava me dando nos nervos, eu estava aflita de tanta curiosidade mais ele se matinha firme em sua decisão, ainda tinha meu aniversário e os“sonhos” com Christopher, que se formavam mais intensos, porém com uma certa frivolidade e raiva de sua parte.

“Dulce, minha filha” – escutei mamãe gritar desde a cozinha

“Diga mamãe” – fui ao encontro dela correndo
 
“Eu vou ter que sair minha filha!” – franzi o cenho, estava perplexa!
 
“Mais a essa hora mamãe? Já é noite!” – escorrei na parede, estava curiosa com essa saída, sem contar a saídas matinais de papai – “Pra onde a senhora vai?” – indaguei

“Tenho que ir Dulce!” – ela olhou o pulso nu, como se olhasse um relógio – “estou atrasada! Não me faça perguntas, quando voltar eu te respondo. Agora já vou minha filha! Muito cuidado, não abra a porta para ninguém!” – foi o que ela disse antes de passar pela mesma

 Eu estava assustada, minha vida deu um giro de 360 graus, mudou tanto em tão pouco tempo! Minha vida sempre foi estranha, cheia de mistérios e sem nenhuma explicação pelas mudanças repentinas, mas ultimamente coisas demais aconteceram e agora isso, eu juro que nunca poderia imaginar que nesses 16 anos de vida eu iria ver minha mãe sair de casa à uma hora dessas e me deixar sozinha!
 
  O que se faz quando se está sozinha em casa? Sempre quis saber e agora que tenho essa oportunidade, não tenho a menor idéia! Fui até a cozinha e preparei algo pra comer, creio eu que se morasse sozinha minha alimentação seria sanduíches, no café da manhã, no almoço e na janta! Ri comigo mesma, a casa parecia enorme fui à sala liguei a TV, mas nada de muito interessante passava. Sanduíche de queijo e presunto era sua cara, ai Christian... Isso, Christian!

“Alô!” – escutei a voz do outro lado da linha soar meio sonolenta

“Christian?” – como se eu não soubesse quem era

“Sim..” – ele não havia reconhecido minha voz

“Sou eu Dulce!” – ouvi um murmuro baixo – “Queria saber se você não queria vir até a minha casa, agora a noite. Para conversarmos faz tempo que não o vejo!” – falei animada

“Desculpa me por não te reconhecer, mas é que quase não falo contigo no telefone, e bom vou sim!” – um sorriso se plantou em meus lábios – “faz um bom tempo que não nos vemos, me espere logo estarei ai”

“Ta certo então, tchau Christian... até mais!” – eu falava sorridente

“Tchau Dulce, até já!” - mal esperei ele se despedir e fui pondo o telefone na base, o desligando

  Agora o momento mais torturante da noite seriam os minutos em que eu teria que esperá-lo, nossa Dulce você esta muito exagerada! Terminei de comer o sanduíche e lavei a pequena louça que eu havia sujado. Voltei à sala a TV, a qual continuava sem me despertar interesse. Eu já havia perdido as contas de quantas vezes já havia olhado o relógio desde o momento que desliguei o telefone. Haviam se passado 20 minutos quando escutei as pedrinhas baterem na janela do andar de cima, me levantei correndo depois de me olhar no espelho, é claro... não é todo dia que o homem da sua vida vai a sua casa e os dois estão ficaram a sós! Fui até a janela da cozinha, pus a cabeça para fora, ele me viu e veio até a porta da cozinha...

“Oi Chris” – o abracei, percebi sua falta de reação, nunca o havia chamado de Chris e muito menos lhe havia recebido tão calorosamente como agora – “entre, está muito frio..” – já não havia neve, mas ventava muito

“Oi Dulce” – dei espaço para ele entrar, e fomos caminhando até a sala

“Sente-se, você é de casa já sabe” – logo me acomodei em uma poltrona, frente a sua

“Onde está dona Blanca Dulce?” – ele procurava ao redor e mantinha o olhar para a escada

“Não está teve que sair, tanto ela como papai, estamos sozinhos” – olhei sua cara de surpresa

“Seus pais saíram e te deixaram sozinha, isso é coisa de outro mundo, merece comemoração!” – nós rimos... como era lindo seus dentes brancos contrastando a cor escura de seus cabelos

cade os comentarios chicas,vou diminuir os postes,mesmo com poucos leitores,PEÇO que cada um deixe 

posta mais ou continua,por favor

besos da nessa