Fanfic: papel & tinta | Tema: vondy/magia/romance

“Percebe-se... O que acha da sala do trono? Bonita não é?” – ele riu – “Pena que o dono teve de deixá-la a um bom tempo...”

“Ele não o deixou... Você o matou!” – como eu sabia e tinha certeza do que dizia? Fechei os olhos com a forte dor nas têmporas...

Lembranças e mais lembranças... Tudo parecia voltar a se encaixar como se a última peça do quebra cabeça estivesse sido encontrada e colocada em seu devido lugar. Imagens rápidas, mas cheias de histórias e vivências. Idiomas, palavras, frases. Amores e amizades.

Estava atordoada, muita informação por ser digerida... Засекогаш вашата... Eu te amo!

“Relembrou seus bons momentos bruxinha?” – os olhos negros de maldade me miraram – “Que tal relembrar o pic nic?”

Árvores... Grama... Toalhas bordadas a ouro... Frutas e Doces...

“Annie, veja o que eu sei fazer!” – uma menina de 4 anos aparentes fazia uma flor desabrochar... – “Sei dominar a natureza!”

“Não dominas a natureza Dulce, apenas juntas se completam!” – falou calmamente o homem que as cuidava – “Venha as duas, vamos comer... está perto do por do sol e prometemos a mamãe que estaríamos no castelo antes!”

Sua face singela e humilde. Seus traços sofridos, mas finos ao mesmo tempo. Seus olhos... Negros. Escuros, porém com um brilho encantador e carinhoso. Irradiavam vivacidade e juventude!

“Quero bolo papai!” – a pequena loirinha falou sentando ao lado da pequena moreninha – “Dulce, depois você desabrocha um montão de flores para nós levarmos pra tia Blanca e pra mamãe?”

“Sim.. posso também..”

Um grito abafado saiu da boca do homem a sua frente. O copo de suco voou de sua mão. As duas meninas se assustaram, Annie chorava. O rei levantou e uma batalha de luzes coloridas e múrmuros começou a ser travada. Feitiço para cá e para lá!

“Enrique, ainda não superastes?” – perguntou o jovem rei ao encapuzado a sua frente...

“Superar o que você me fez? Nunca, jamais esquecerei e nem sua amada Marichelo!” – um forte estampido e um grito agudo de dor – “Nada como a morte para tornar alguém uma lembrança imortal!”

Um corpo desfalecido, uma alma sem espaço. Annie saiu correndo e abraçou ao corpo gélido do pai. Seus gritos e soluços me deixavam cada vez mais atordoada. A imagem de meu rei caindo e o encapuzado andando em direção a princesinha, me fez reagir e correr até ele.

O sentia tentar me colocar para longe dele, mas minhas mãos, as quais queimavam como fogo, o repeliam de mim... Enrique iria me pagar! A cada toque meu, o ouvia gritar e soltar palavras infames. Ele parecia derreter ao meu contato. A última imagem que tive de seu rosto resguardado por uma longa capa negra, fora segundos antes de marcá-lo para o resto da vida.

“Percebeste o que o fogo do amor pode fazer?” – Enrique abaixou a capa que cobria seu rosto – “Veja e encare Dulce María, olhe o que suas pequenas mãos foram capaz de fazer!” – ele veio se aproximando, senti um ardor de fogo surgir em meus dedos, um calor dominar meus braços... – “Garota *******, se você não tivesse entrado em meu caminho, teria eliminado de vez os resquícios de um amor repugnante!”

“Um verdadeiro amor nunca se destrói!” – falei o encarando

“Certeza?” – ele riu, se referia a Christopher... – “O que me diz de você e ‘Uckermann’? Não foi um amor destruído?”

Não tinha o que responder. Sim ele havia destruído o meu amor, não suas lembranças de momentos ao lado dele. Mas havia destruído o meu futuro. E no momento estava ali para vingá-lo!

“Como uma guardiã pode ser uma incógnita para mim?” – ele falou mais para si que para mim

“Ofendido por não desvendar meu mistério?” – sorri feliz por saber que ele não poderia penetrar minha mente...

Senti seus dedos finos e enrugados tocar meu rosto, ele era rápido! Seus olhos forçaram penetrar os meus, mas havia uma barreira... Notei seu desconforto com sua incapacidade diante mim.

“Olhe para você, podia ser uma bela mulher, uma maravilhosa mãe e quem sabe uma futura rainha!” – ele me soltou e voltou a caminhar para o trono – “Não te dá ganas de ser mais poderosa? Quiçá...” – ele gargalhou e se sentou – “Melhor não, sei que você é medíocre a tal ponto de dar sua vida para salvar seus amigos e... aquele cara!” – ele revirou os olhos – “Vamos onde me interessa!” – ele levantou possessivamente – “me entregue a pedra!”

“Pedra?” – eu franzi o cenho, em nenhum momento eu soube de pedra alguma!

“Não se faça garota, sabe muito bem do que digo!” – seu andar flutuante o trazia até mim – “ME DÊ A PEDRA!” – ele gritou e me chacoalhou

Por instinto e por vontade de afastá-lo de mim lhe toquei os braços, fazendo com que o mesmo se assustaste e mantivesse uma pequena distância. Seus olhos negros malévolos, me encararam tentando novamente me desvendar.

“Não sei do que fala!” – caminhei de costas, me afastando mais dele

“O cordão...”

Toquei o peito instintivamente, o colar irradiava energia, boas vibras. Seus olhos sobre caíram ele e um sorriso se desenhou no rosto marcado.

“Não lhe falei que sabia do que eu dizia?” – ele gargalhou – “mas agora chega de enrolação e me dê ele!”

“O que te faz acreditar nisso?”

Um tombo, o baque de meu corpo ao chão foi o que pude sentir ao vê-lo me tirar com um simples puxão o cordão que tanto zelei. Meu pescoço ardeu. O olhei, seus olhos tinham um brilho superior, irradiavam seus sentimentos. Sentimentos os quais não eram bons, apenas desejos de vingança...

“Me devolva o cordão!” – pestanejei ainda sentada no solo

“Venha buscar!”

“me devolva!” – falei com os dentes cerrados – “me dê agora!”

“lhe digo o mesmo, o que te faz acreditar nisso?” – ele zombou – “levante-se sua inútil, nunca pensei que fosse tão fácil assim!” – ele sorriu e virou-se de costas a mim – “não sou tão piedoso como vou ser agora... mas, me diz como deseja se juntar ao seu amado Ucker? Degolada?” – em seu rosto se desenhou um sorriso de lado – “talvez assim você sinta a dor que senti quando me marcaste... Já sei, com um feitiço mortal!” – ele riu – “você morreria da maneira mais ligada ao mundo mágico...”

“O único que vai morrer aqui é você!” – franzi meu cenho, levantei e me preparei psicologicamente para o que poderia vir a seguir...

“Vai mesmo enfrentar o novo dono da pedra de ônix? Não te contaram que aquele que a possuir, todos os poderes teria?” – ele me olhava com um tom sínico

“Lendas...”

Por menos tempo que estivesse inserida em meu mundo, em meu novo lar, eu conhecia uma boa parte das histórias e lendas que por aqui rondavam... Certa noite, entre os braços de Christopher olhando as estrelas, ele me contou um pouco mais dos mistérios que rodavam Ônix. Me contou sobre a tal pedra. Sim Enrique estava certo, a pedra que tinha em mãos era sim a pedra de Ônix, mas apenas um pequeno detalhe ele esqueceu...

“Apenas um coração puro e iluminado pelo amor poderia tomar-lhe os poderes... apenas quem a quisesse usá-la para o bem, poderia cuidar e usufruir de seus encantamentos...” – ele me falou sussurrando no ouvido, toquei levemente o cordão que jazia em meu pescoço 

paulayabuki:MAEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE(de brincadeira ) bença mae

anabellarbd:muito ,eu muito menos ,postandooo mi vida,desculpada masssssssssssssss COMENTEE

COMENTEM AMORINHAS!  kisses nessa