Fanfic: The Bad Girl | Tema: Vondy - Romance / Policial

Christopher nunca fora muito religioso. Rezava um Pai-Nosso e a Ave-Maria na escola com muito sacrifico, mas lá estava ele segurando o bilhete pregado na geladeira, rezando para qualquer deus que o ouvisse.

Não se esqueça. Eu voltei. Não se livrara de mim.

Era claro, direto e assustador. Todo o corpo tremia. A cabeça doía. A visão estava turva. Duas semanas de bilhetes e brigas com Eli. A mulher simplesmente enlouquecerá, mal soltava Stacia que já fazia cara de nojo a cada aproximação da mãe.

Ele suspirou, Dulce fizera de sua vida um inferno. Na verdade, parecia pior que qualquer inferno. Certa vez, ele fora conversar com Stacia e a mesma disse que sua a “amiguinha ruiva do papai” a vinha visitar de noite, que ela era boazinha e que estava sendo muito melhor que a mãe.

Seu peito afundou. Ele mesmo transformara sua vida naquilo. Poderia muito bem deixar Dulce Savinon quieta, ter fugido e superado o coração partido em silencio. Mas não. Seu senso de justiça estúpido apitava loucamente.

O pior é que ele ainda amava ela.

Amava cada pedacinho dela. Sem exceções.

Coçou a cabeça e olhou para dentro do quarto, averiguando e desconfiado. Estava tão vazio quanto sua alma podre. Ele entrou e se jogou na cama, a barriga roncou, mas a exaustão estava vencendo.

Eli e Stacia dormiam na casa da sogra de Christopher, estavam tentando acalmar os nervos. Nas duas ultimas semanas, o casamento frágil e sem amor dos dois desmoronara quase completamente. Um fio e “bum”.

-Então era isso, não? –Falou uma voz, Christopher fechou os olhos e se enrolou na coberta –Voce sempre quis uma merda de vida que eu não podia dar. Um estúpido casamento perfeito e com sexo frio, uma filhinha adorável. Então era isso, não era? Eu era apenas uma aventura, estúpida e burra que caiu no seu joguinho, Christopher.

-JOGUINHO? –Gritou ele, jogando as cobertas para o chão e se levantando em um impulso. O rosto estava vermelho e se olhasse bem poderia ver que a boca espumava e os ouvidos exalavam fumaça –Essa era sempre sim, a vida que eu quis! Uma esposa, uma filha, uma casa boa. Era a vida perfeita –Dulce o olhou assustada, enquanto ele andava de lá para cá –Mas ai você chegou –Ele a encarou e apontou para a ruiva. Aproximou-se e seus narizes se roçaram. A fúria dos dois jorrando eletricidade nas paredes –E estragou tudo –Sussurrou, e lábios furiosos se encontraram.