Fanfic: The Bad Girl | Tema: Vondy - Romance / Policial

Quando Diana acabou de desenhar, havia capitado tudo muito bem: os cabelos loiros parecendo ouro, chegando até a cintura, os olhos azuis grandes e sorridentes, marcados por linhas pelo sorriso branco, o rosto fino, o nariz arrebitado que nem o de Dulce. Estava perfeita.

-Parece ela? –Perguntou Diana, olhando o desenho, a ponta da caneta sendo maltratada pelos dentes da menina, o olhar julgando o próprio desenho, decidindo se está bom ou não.

-Acho que estou vendo ela no papel –Dulce sorriu, Diana assentiu, arrancando a folha e a dobrando, colocando no bolso do casaco. –Que tal esconde-esconde? –Perguntou a morena, sorrindo animada.

-Perfeito.

Maldito Esconde-Esconde.

Na vez de Dulce se esconder, ela resolveu dar um susto na meiga Diana, que se encontrava em pé, olhando para baixo, tapando a visão da morena, quando chegou perto da menina, sorrateira como um gato, ela a empurrou. Diana gritou e foi para frente, o chão desabou junto com a menina, tudo que Dulce viu foi os cabelos voando, o som de pedras caindo, e gritou, tão alto que sua voz ficou no ar durante segundos, e quando foi sumindo, ela já estava correndo pelas as escadas, ela fora tão rápido que tropeçou nos próprios pés e caiu algumas vezes, quando chegou lá embaixo tinha os dois joelhos sangrando, um corte na canela e um na bochecha, e os cotovelos ralados.

Seus olhos castanhos lacrimejados passearam pela parte de baixo do prédio, procurando algum indicio da pobre Diana. Encontrou um monte de pedras  da altura de sua canela, mas não eram pedras e aquilo era... Um braço? O local estava iluminado com um tipo de holofote que o buraco no teto criara, mas Dulce mal percebeu isso, quando correu até o montinho, se ajoelhando, os joelhos já machucados protestando quando pedrinhas e mato entraram no machucado.

-Meu Deus –Sussurrou, Dulce, sua voz estava tão fraca, que a própria não ouvia, suas mãos trabalharam em tirar as pedras grande em cima do  corpo da amiga, adquirindo alguns cortes em partes pontiagudas das pedras. Seu choro ia ficando alto, a medida que tirava as pedras pesadas, as lágrimas grossas caindo, e rolando pelas bochechas.

Foi quando viu: o corpo da amiga, tão sem vida e ensanguentado, tinha mais sangue que Dulce pensara que um ser humano podia ter, as duas pernas e o braço estavam em um ângulo esquisito, a blusa estava ensanguentada, e quando Dulce a levantara, viu algo pontiagudo e branco saindo da carne: um osso, possivelmente uma das costelas. Horrorizada, ela baixou a blusa, chorando ainda mais alto, assustada, com uma dor terrível batendo no peito.