Fanfic: The Bad Girl | Tema: Vondy - Romance / Policial

-Esperem aqui, por favor –Pediu Dulce, George a olhou cético, com um sorriso zombeteiro de lado como se dissesse “e quem disse que você dá as ordens?”.

-Eu preciso conversar com sua mãe. –Murmurou ele, ajeitando algo no quadril, quando saíram do carro e pararam em frente a fachada do prédio velho, ela viu um cano brilhando em uma luz prata: era uma arma.

Mas sua cabeça estava muito cheia de perguntas, para se preocupar com a arma que George saia, como “Ele sabe quem é minha mãe?” “Por que ele quer conversar com ela?” “O que eles iam conversar?”. Perguntas demais sem resposta alguma.

Eles subiram as escadas em um completo silencio que fez os pelos do braço de Dulce se arrepiar. Quando abriram a porta velha do apartamento, um rangido ecoou no corredor, a menina entrou seguida de um George arrogante, olhando o cubículo com desdém.

-Um minuto –Pediu Dulce, a voz fraquejando.

George assentiu, Dulce correu para o único quarto do apartamento, ele era pequeno, o máximo que cabia era um guarda-roupa duas portas, e uma cama velha, com um colchão todo mole de solteiro.

Dulce agitou os olhos pelo quarto minúsculo, encontrando a figura da mãe deitada na cama, o corpo quase nu, o braço e uma perna pendendo na cama. Mas havia alguma coisa a mais. Ela estava quieta demais. E os olhos de Dulce estavam pregando uma peça nela ou a mão da mãe dela estava mais pálida?

A garota se aproximou, receosa, um pé de cada vez, até que chegou perto o suficiente da mãe. Ela gritou. Gritou tão alto que achou que seus próprios ouvidos fossem explodir. Mas sua mãe estava ali, deitada na cama, morta. Os olhos azuis estavam tão sem vida quanto os de Diana mais cedo. Pareciam tão iguais. A boca estava aberta, Dulce por um momento horrível teve a impressão que estava cheia de sangue, mas não estava. Apenas uns fragmentos brancos brincavam no nariz de Emilly Fernandez.

Dulce chorou antes mesmo que percebesse e estava soluçando tão alto, que George foi até o quarto. Olhou para Dulce, encolhida de medo, assustada, chorando, com um coração pesado como chumbo. Os olhos escuros do homem denunciavam tanto escarnio que ela desviou o olhar.

Ele andou até Emilly, pegou uma mecha loira nos dedos, fez uma careta e depois soltou. Virou-se a Dulce, e lhe deu um tapa forte no rosto. Os dedos ficaram marcados na pele pálida, o lugar formigava como nunca.

-Voce agora é minha filha, Dulce. E uma Savinon não chora. Agora você vai para casa. Aprender como se viver.