Fanfic: Grávida Aos 17 - Vondy | Tema: Rebelde

Tendo ainda 1 hora livre antes de ir para clínica, Pablo decide assistir ao treino de basquete que está acontecendo naquele momento. Sente saudades da época em que jogava, mas ultimamente está sem tempo para fazer isso, então acredita que tomou a decisão certa ao largar o time.

O moreno está perto da quadra quando nota Dulce na academia. Esconde-se atrás de uma árvore e a observa de longe. A ruiva corre na esteira e a cena parece tão sexy com ela protagonizando, entretanto Pablo percebe que tem algo de errado acontecendo com a garota.

Dulce desliga a máquina e desce. Anda cambaleando até o bebedor de água e molha um pouco da sua nuca. Respira fundo e tenta sair do ambiente. Pablo franze o cenho ao vê-la desnorteada e esbugalha os olhos quando a ruiva desmaia.

Pablo: Dulce. – grita e corre até a academia.

O rapaz chega até o corpo desfalecido de Dulce e a pega em seu braço. Pensa em levá-la ao posto médico do colégio e o caminho mais rápido e curto para chegar à área de primeiros socorros é pela quadra, então adianta-se antes que algo pior aconteça com a garota em seus braços.

Alfonso: O que significa isso? – interrompe o treino quando capta Pablo correndo pela lateral do ginásio com Dulce desacordada em seus braços. – O que você fez com ela? – aproxima-se desesperado.

Pablo: Não fiz nada. – defende-se. Alfonso semicerra os olhos e tira a irmã dos braços de Pablo. – Ela estava na academia e desmaiou, eu observei tudo de longe. – relata nervoso.

Alfonso: Não tenho tempo para discutir com você. – acelera seus passos em direção à enfermaria.

Christopher: Você é um idiota e irresponsável. – dá um empurrão no peitoral de Pablo que estranha sua reação. – Por que não impediu que Dulce fosse malhar nas condições em que ela está? – segura a gola da camisa do moreno.

Pablo: Qual o seu problema, bolsista? – rosna.

Christopher: Ultimamente, meu problema tem sido você. – dito isso, ele esmurra o rosto de Pablo, causando surpresa nas pessoas que observam a cena. – Reze para que nada aconteça ao bebê.

Pablo: Que bebê? – sem compreender do que o loiro está falando, o estudante de medicina questiona.

Christopher nega com a cabeça, desacreditado. Além de irresponsável, Pablo é bastante cínico. Está fingindo que não sabe sobre a gravidez de Dulce apenas para não ser acusado de imprudente. Prefere não se estressar mais com isso, precisa saber como está seu filho, então corre em direção à enfermaria.

Alfonso: A enfermeira ainda não trouxe notícias. – informa quando Christopher adentra o local. O loiro passa a mão no rosto e senta ao lado do amigo.

Christopher: Por que Dulce age assim, Alfonso? – o moreno não responde e sente pena ao ver os olhos do outro marejados. – Não peço que Dulce o ame, ela só precisa tê-lo e eu vou criar. Prometo.

Dulce, que já tinha sido medicada e está bem mais disposta do que antes, escuta a conversa por trás da porta; uma vantagem do consultório ser pequeno. Ouvir a voz entrecortada e cabisbaixa de Christopher faz a garota sentir uma pontada forte no coração. Só fez burrada atrás de burrada com um garoto que não merece isso. A ficha começa a cair agora.

Alfonso: Ela não poderia ter encontrado um pai melhor para o meu sobrinho do que você, cara. – aperta o ombro dele.

Christopher: Meu filho vai precisar é de uma mãe melhor. – levanta e enxuga os olhos. – Dulce não consegue pensar na saúde do bebê, ela é egoísta. Caso ela queira conviver com a criança, qual exemplo vai dar?

Alfonso: Realmente não sei. – dá de ombros.

Christopher: Ela sente prazer em humilhar e passar por cima das pessoas. – Dulce respira com dificuldade, não imaginava que as palavras do loiro pudessem lhe ferir tanto. – Ela não é um ser humano, é um bicho sem coração.

Alfonso: Pega leve, Christopher. Eu sei de tudo que Dulce aprontou e as coisas horríveis que te falou, mas ela continua sendo minha irmã e eu a amo demais. – suspira.

Christopher: Desculpa. – respira fundo. – Você é tão gente boa comigo e tão gentil com outros alunos do San Martin que eu esqueço que tem o mesmo DNA daquela garota mesquinha. – deixa escapar.

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