Fanfic: Grávida Aos 17 - Vondy | Tema: Rebelde

Dulce chega à mansão e é recepcionada pelos empregados. Um deles pega suas malas e leva até o andar de cima e um outro lhe traz uma taça com suco de laranja. A garota toma a metade do líquido, entrega o resto ao homem e dirige-se até o escritório do seu pai.

Dulce: Vi a luz acesa, mas eu não acreditei que você estivesse aqui. – encosta a porta.

Fernando: Vou passar as próximas semanas em casa. – Dulce franze o cenho, antes de sentar numa cadeira de frente para o seu pai. – Precisamos conversar, Dulce.

Dulce: O que eu fiz dessa vez? – cruza os braços.

Fernando: Você engravidou. – responde com rapidez. – Eu quero que você arrume suas coisas para viajar amanhã, você vai fazer uma visita à vovó Manuela. – informa.

Dulce: O quê? – indaga com perplexidade. – Por que isso agora?

Fernando: Querida, há meses que estou preparando estratégias para fechar um negócio com uma empresa importante nessa cidade. – explica. – O presidente da corporação é bastante conservador e eu acredito que sua gravidez precoce pode atrapalhar meus planos.

Dulce: Acho que eu não ouvi direito. – balança a cabeça negativamente. – Você quer me mandar para longe só para assinar um contrato? – se coloca em pé num pulo.

Fernando: Dulce, pense bem. – levanta e se aproxima da ruiva. – Uma filha de 17 anos grávida não é algo bom para conciliar com a minha imagem e os meus negócios. As pessoas já estão começando a comentar.

Dulce: Dane-se. – esbraveja. – Você pensa na sua fama, na sua empresa, mas nunca em mim. Quando você falou que passaria as próximas semanas na cidade, achei que finalmente teria meu pai cuidando de mim. Mas eu sou mais inocente do que eu imaginava.

Fernando: Não vamos falar sobre isso. – passa as mãos pelo rosto.

Dulce: Você não tem argumentos, sabe que sempre foi um desconhecido para mim e para o Alfonso. – suspira e anda até a porta. – Pode cancelar com a vovó Manuela, porque eu não vou à lugar nenhum.

Fernando: Você é menor de idade e vai fazer o que eu mando, Dulce Maria. – berra e a garota bufa. – Portanto amanhã esteja pronta às 8h.

Dulce: Eu te odeio, Fernando. – semicerra os olhos e sai do escritório. – Ele está muito enganado se acha que eu vou aceitar a ditadura dele. – dito isso, Dulce corre até o andar de cima da mansão.

A estudante entra no quarto e vai até seu closet, pega as malas que o empregado havia deixado lá há alguns minutos e sai do cômodo. Ela desce as escadas em silêncio e sai da mansão com bastante cautela para não ser flagrada, mas foi em vão.

Miranda: Dulce? – a surpreende na entrada da mansão. A enteada de Miranda arregala os olhos e engole seco. – Onde você está indo? – estranha.

Dulce: Resolvi antecipar minha viagem para a casa da vovó. – inventa. – E estou com pressa. – despede-se da mulher e dá passos largos para longe da mansão.

Se Dulce pedisse para o motorista da sua família levar ela em algum lugar, certamente ele a delataria para seu pai, então optou por pegar um táxi comum. Apressa o passo até o ponto de táxi mais próximo e consegue encontrar um carro livre rapidinho.

Está distraída com a paisagem na janela quando o carro para devido ao sinal vermelho e um homem parecido com Christopher chama sua atenção. Ele carrega uns caixotes que estão dentro de um caminhão até uma loja de conveniência. O rapaz pausa por um instante, estica seus braços para cima, depois pega uma garrafa e molha seu cabelo.

Dulce estreita os olhos observando a cena, então reconhece aquele trejeito. Lembra que, no fim de cada treino e jogo de basquete, Christopher sempre faz aquilo, aqueles três passos. Quando o loiro vira o rosto em sua direção, ela tem a confirmação. O trabalhador é mesmo o pai do seu filho.

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