Fanfic: Grávida Aos 17 - Vondy | Tema: Rebelde

Dulce puxa o ar pelo nariz e solta tudo pela boca. Precisou de muita audácia para voltar à mansão, entretanto ela tem consciência de que é por um bem maior. Fernando pode ter os piores defeitos do mundo, mas ele é a pessoa mais qualificada para ajudar Christopher e, no momento, o bem-estar da família Uckermann é o que mais interessa à ela.

Fernando: Não pensei que você fosse voltar tão rápido. – solta ao ver a filha entrando na sala de jantar.

Dulce: Não há ninguém mais triste com o meu retorno do que eu, mas tive que voltar. – Miranda vira para encará-la e puxa uma cadeira ao seu lado. Dulce suspira e senta. – Preciso da sua ajuda.

Fernando: Por que eu lhe ajudaria? Você não me ajudou quando lhe pedi. – relembra.

Dulce: Mas nem tudo se trata de contratos, negócios ou dinheiro. – grita. – Estou falando da vida de uma senhora que está sofrendo com câncer. – seu coração dói ao falar.

Miranda: Do que está falando, Dulce? – indaga com curiosidade e preocupação.

Dulce: A avó do Christopher está doente e ele está se desdobrando em mil para sustentar a casa e pagar o tratamento dela. – seus olhos marejam. – O senhor pode ajudar essa família, pai.

Fernando: Como posso fazer isso? – questiona interessado.

Dulce: Christopher ganha menos do que gasta com o tratamento e as contas da casa. – relata. – Se a nossa empresa contratá-lo, ele ganhará um salário melhor e ainda terá o benefício do plano de saúde. – pensa. – Isso facilitaria as coisas para aquela família.

Miranda: Você se importa de verdade com esse garoto, Dulce. – a madrasta da ruiva afirma.

Fernando: Eu quero demais ajudar a família dele, mas não posso contratar um garoto sem experiência no nosso ramo, Dulce. – levanta.

Dulce: Pai, ele vai ficar feliz até como chefe de limpeza. Sabemos que todos são bem pagos naquela empresa. – pausa. – Ajude o Christopher e eu prometo que viajarei para a casa da vovó. – negocia.

Fernando: Seria uma excelente ideia. – abre um largo sorriso e tira seu celular do bolso. – Irei contactá-lo ainda hoje. – se retira da sala de jantar, procurando o contato do loiro.

Christopher: O que o senhor quer? – atende rude ao telefone quando vê de quem se trata.

Fernando: Como vai, Christopher? – revira os olhos e entra no escritório, trancando a porta. – Dulce me contou sobre o estado da sua avó e as dificuldades que sua família está enfrentando.

Christopher: Não tinha por quê Dulce falar isso ao senhor. – semicerra os olhos.

Fernando: Ela está preocupada e me pediu ajuda. – revela. – Sei que o salário que você ganha atualmente não dá para quitar todas as dívidas, então eu quero que você trabalhe para mim.

Christopher: Eu não vou mais fazer nada que o senhor me peça. – o interrompe. – O senhor lembra da confusão que deu quando me contratou na última vez.

Fernando: O seu trabalho de agora não terá nada a ver com o que aconteceu no ano passado ou no início desse ano. Estou pensando mais em chefe de limpeza. – Christopher fica calado. – Eu quero ajudar vocês.

Christopher: Por que quer fazer isso? O senhor tem vários motivos para me odiar.

Fernando: Mas eu não odeio. – rebate. – Quando olho para você, vejo seu pai e seu tio. Um homem forte, responsável e com um caráter incrível. O que aconteceu no passado foi um terrível acidente, você não fez de propósito. – o tranquiliza. – Sou amigo da sua família há anos, Christopher.

Christopher: O que isso quer dizer? – ergue a sobrancelha.

Fernando: Enquanto eu estiver vivo, não deixarei meus amigos passarem por dificuldades. – fala com sinceridade. – Meu neto nos torna uma só família e eu estou disposto a ajudá-los, você aceitando ou não.

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