Fanfic: Grávida Aos 17 - Vondy | Tema: Rebelde

Dulce passou o resto do dia pensando no que Christopher lhe falou. Por um breve momento, chegou a pensar que talvez tivesse tido um delírio. Será que está ficando louca? Precisa acabar com essa dúvida, mas como faria isso? Não perguntaria ao loiro se aquela conversa realmente aconteceu. Seria muito humilhante.

Logo chega a noite e Dulce trata de dormir cedo. No dia seguinte, Christopher a leva até o centro da cidade. Os dois chegaram à conclusão de que, mesmo sem ainda saber o sexo do filho deles, já está na hora do bebê ganhar algumas roupinhas. Então visitariam todas as lojas que poderiam naquela tarde.

Christopher: Dulce, olha como esse berço é maneiro. – aponta para um berço simples e comum.

Dulce: Já conversamos sobre comprar coisas desse tipo quando voltarmos. O meu filho vai ter o quarto montado com as marcas mais conhecidas e respeitadas do país. – sem intenção, desdenha.

Christopher: Na minha casa, o quarto do meu filho não terá luxo nenhum. – rebate.

Dulce: Então você vai ter que engravidar a sua namoradinha, porque o meu neném não vai ser baixo nível feito você. – larga uma miniatura de camisa que está segurando e sai da loja.

Christopher: Você acha que eu vou precisar gastar todo o salário do mês com um presente no aniversário do meu filho ou nas datas comemorativas? Você acha que assim ele vai gostar mais de mim? – questiona.

Dulce: Não sejamos hipócritas, sabemos que os melhores presentes são os mais caros.

Christopher: O presente mais significativo que ganhei recebi do meu pai. Meu avô deu para ele e foi com todo o coração. É um objeto simples, mas vale bastante para mim. – respira fundo e se afasta dela.

Dulce: Espera. – o segura pelo braço. – Na minha festa de 15 anos, meu pai me deu uma pulseira que era da minha mãe. É uma joia valiosa, mas o significado dela é mais importante. – seus olhos marejam. – Eu senti a presença dela no meu aniversário e sinto todas as vezes que eu uso aquele bracelete.

Christopher: Então você entende o que eu quero dizer. – ela assente.

Dulce: Entretanto isso não significa que eu deixei de querer o melhor para o meu neném. – Christopher revira os olhos e a grávida funga o nariz, entrando na loja mais sofisticada da cidade.

Vendedora: Boa tarde. Posso ajudá-los? – uma mulher morena, alta e magra demonstra simpatia, mais para o Christopher do que para Dulce.

Dulce: Boa tarde, querida. – lança um falso sorriso e agarra a cintura do garoto. – Só estamos olhando algumas roupinhas para o nosso filho. – enfatiza, acariciando sua barriga saliente.

Vendedora: Certo. – fala em um tom frustrado. – Estarei atrás do balcão caso precisem de alguma ajuda. – solta um sorriso forçado e se retira.

Christopher: Ela estava muito afim de mim. – balança a cabeça com um sorriso debochado no rosto. – Mas você e os seus ciúmes não deixaram ela pedir o número do meu telefone. – faz bico.

Dulce: Nessa cidade não tem uma garota inteligente. – semicerra os olhos. – Só vou continuar nessa loja porque foi o único lugar decente que encontramos. – dá as costas para ele.

Christopher: Dulce. – acha graça da sua birra.

Dulce: Não é nada legal comprar roupas de cores neutras para o meu filho. – reclama, ignorando-o. – As roupinhas de neném são miniaturas lindas, mas a cor amarela não cai bem em ninguém. – continua.

Christopher: Você não tem que se preocupar com isso. Os bebês não precisam se vestir tão bem, eles não são convidados para cinemas ou baladas o tempo todo. – brinca.

Dulce: Você não leva nada a sério. – bufa. – Quer saber de uma coisa? Eu vou comprar as coisas do meu filho com a Anahí, ela com certeza vai entender o que eu falo. – rosna e sai da loja, pisando fundo.

Christopher: Claro que ela vai entender, serão duas peruas juntas. – resmunga baixinho e corre atrás da ruiva.

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