Fanfic: Grávida Aos 17 - Vondy | Tema: Rebelde

03h49min. Depois que desperta, Dulce não consegue dormir novamente. Uma tristeza toma conta do seu corpo e todo seu desânimo é porque o beijo que deu em Christopher não passou de um sonho muito convincente. Por fim, está conseguindo enxergar que é real e verdadeiro o sentimento que guarda pelo garoto.

A vida, não satisfeita por lhe iludir com aquele sonho, decide agitar ainda mais sua madrugada, causando uma daquelas excêntricas vontades de grávida nela. Nesse exato momento, seu bebê está completamente faminto por um sanduíche de peito de peru, queijo gorgonzola e manga.

Dulce: Você não deveria fazer isso com a mamãe, sabia? – fala com a sua barriga.

Encara o teto por mais uns 10 minutos, mas o desejo que sente se torna mais forte e difícil de ignorar. A ruiva levanta da cama, calça os chinelos e vai à cozinha preparar o sanduíche mais bizarro que já comeu em toda a sua vida.

Dulce: Vamos ver o que tem aqui. – abre a geladeira e procura os ingredientes. – Caramba! Não acredito que não tem manga nessa casa. – fecha a porta do eletrodoméstico.

Christopher: Dulce? – entra na cozinha, fazendo a garota engolir seco. – Escutei um barulho e vim ver quem era. – explica antes que ela questione. – Você perdeu o sono?

Dulce: Na realidade, estou com vontade de comer um sanduíche, mas não tem manga aqui. – fala com naturalidade, enquanto coloca os outros ingredientes no balcão da cozinha.

Christopher: Manga? – ergue a sobrancelha e ri quando a grávida assente. – Quem come sanduíce de queijo, peito de peru e manga? – fita os ingredientes com cara de nojo.

Dulce: Seu filho. – acusa, apontando o dedo indicador em direção ao Christopher. – Você precisa comprar manga para essa criança ou então não vou conseguir dormir hoje.

Christopher: Só me diz onde vou encontrar manga às 04h da madrugada? É impossível.

Dulce: Se vira. – dá de ombros. – Se eu não comer esse sanduíche, nosso bebê vai nascer com cara de peru ou manga. E se você não comprar, vou colocar o nome dele de Gorgonzola, seja ele menino ou menina. – ameaça.

Christopher: Você é maluca. – bufa. – Vou pegar o meu casaco e as chaves do carro. – se retira.

O loiro se agasalha, pega as chaves do carro de Manuela e sai de casa. Sua sorte é que agora conhece um pouco os caminhos e a rotina da pequena cidade, porém ainda assim não consegue lembrar de algum lugar que venda manga num horário tão cedo.

Andou por todos os cantos da cidade, entretanto não encontrou um feirante que já estivesse com sua barraca aberta. Quando já está clareando e ele pensando em desistir, encontra um carrinho que vende salada de frutas. Christopher estaciona, desce do carro e corre até o vendedor.

Christopher: O senhor já está atendendo? – o homem de cabelo grisalho sorri com os olhos e nega com a cabeça. – Pelo amor de Deus, eu preciso comprar uma manga agora. Me faz esse favor. – fala em um tom desesperado.

Vendedor: Calma, filho. – tenta não rir da reação do rapaz. – Pra quê tanto desespero?

Christopher: Digamos que uma grávida completamente maluca está atrás de manga. – explica com desânimo. – Não posso voltar para casa sem ter pelo menos uma manga na mão.

Vendedor: Sei bem o que está passando, meu jovem. Tenho 4 filhos. – Christopher esbugalha os olhos. – Eu não posso vender as mangas já partidas, mas você pode levar as inteiras. – coloca três mangas numa sacola plástica e oferece ao loiro.

Christopher: O senhor é um anjo. – sorri com simpatia e tira a carteira do bolso.

Vendedor: Pode guardar isso, os anjos não cobram pelo serviço. – brinca. O garoto sorri. – Espero que você e sua mulher aproveitem tanto quanto minha esposa e eu aproveitamos nas quatro gestações dela.

Christopher: Obrigado. – agradece com sinceridade e volta para o carro.

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