Fanfic: Grávida Aos 17 - Vondy | Tema: Rebelde

O sol já está nascendo quando Christopher estaciona o carro em frente à varanda de dona Manuela. Ele segura a sacola com as mangas e entra em casa, indo direto para a cozinha. Dulce não está mais lá, então o loiro prepara dois sanduíches do jeito que ela deseja e leva até o quarto da garota.

Christopher: Dulce. – dá duas batidas na porta e entra. A ruiva está adormecida na cama e logo ele se aproxima. – Dulce? – chama num tom calmo para não assustá-la

Dulce: Oi? – murmura e pisca os olhos freneticamente.

Christopher: Fui até a cidade e felizmente encontrei um bom senhor que me deu algumas mangas. – comemora. – Já até preparei seus sanduíches, do jeito que você queria.

Dulce: Christopher, está tão cedo. Por que está me acordando essa hora? – encolhe-se e vira a cabeça para o outro lado do quarto.

Christopher: Não acredito nisso. – balança a cabeça. Dulce respira fundo, então o cheiro de manga invade suas narinas e mais uma vez o desejo pelo sanduíche bizarro vem à tona. Ela senta na cama rapidamente e ataca um dos sanduíches do prato na mão do loiro.

Dulce: O desejo do bebê consegue ser mais forte que o meu cansaço. – fala com a boca cheia. Christopher sorri e senta ao lado dela, na cama. – Como conseguiu encontrar manga?

Christopher: Um senhor que vende salada de frutas me deu as mangas. – Dulce ergue a sobrancelha. – Ele tem 4 filhos, deve ter passado por algumas situações como essa e só quis me ajudar.

Dulce: Quatro filhos? – arregala os olhos. O garoto assente, rindo da sua expressão horrorizada. – Sabe, eu nunca pensei na quantidade de filhos que eu queria ter. Na verdade, nunca quis ter filhos.

Christopher: Eu sempre imaginei uma casa cheia de crianças porque elas trazem muita alegria para a nossa vida. – alisa a barriga da ruiva. – Mas, por agora, estou bem feliz com esse filho.

Dulce: Ou filha. – enfatiza. – Estou tão ansiosa para voltarmos e sabermos o sexo do neném.

Christopher: Eu sinto que é um campeão. – Dulce semicerra os olhos. – Mas se for uma princesinha, vai ser bem-vinda também. O importante é que nasça com saúde e com a beleza da mãe. – pisca o olho direito.

Dulce: Se for uma menina, minha filha vai ser a mais estilosa e popular da escola. Ela vai ser chefe das líderes de torcida e namorar o capitão do time de basquete. – planeja, sonhadora.

Christopher: Isso é um remake da sua vida. – protesta. – E quem disse que ela vai namorar no ensino médio? Só depois da faculdade, isso se eu estiver de bom humor.

Dulce: Isso não está certo. – faz um bico. – E se for um menino? – questiona.

Christopher: O meu filho vai ser o aluno mais dedicado e exemplar do colégio. – Dulce revira os olhos. – Além disso, ele vai ser a estrela do time de basquete e vai paquerar todas as menininhas da torcida.

Dulce: Que injusto! – esbraveja. – Por que o seu filho pode ser o maior mulherengo, mas a minha filha não pode namorar um rapaz antes da faculdade? – rebate, engolindo o último pedaço do segundo pão.

Christopher: Porque a maioria das garotas são frágeis e sensíveis e eu jamais suportaria ver minha filha sofrendo por um amor não correspondido ou por causa de uma traição baixa. – justifica.

Dulce: Se puxar a mãe, ela vai magoar as pessoas mais do que ser magoada. – abaixa a cabeça. – Seja qual for o sexo, quero que o nosso neném tenha o seu caráter. Quero que ele seja inteligente, gentil e honesto como o pai dele é.

Christopher: Dulce, eu não sou tão honesto assim. – fala cabisbaixo. Sente culpa por esconder dela o seu segredo com Fernando, mas, quando abre a boca para contar à ruiva, é interrompido.

Dulce: Droga, não estou bem. – fala com palidez em seu rosto. Em seguida, põe a mão sobre a boca e corre para o banheiro mais próximo.

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