Fanfic: Streamer (AyD) | Tema: Portiñon, AyD, Anahi e Dulce

A madrugada era fria, vento uivava nas janelas do Colégio Interno Saint Monique. Eram indícios do inverno que chegava, um dos mais intensos nos últimos anos.

Port Austin é uma pequena cidade no interior do Michigan, nos Estados Unidos, com aproximadamente 700 habitantes. Os invernos sempre foram muito frios, os verões apenas frios.

Josh, o tio de Dulce a levaria ao Colégio Interno Saint Monique. Era uma menina muito quieta, sozinha. Seus pais nunca lhe deram atenção devida, porém ela chegou a um momento onde tentava não se importar tanto com isso. Quando criança, muitas vezes era simplesmente esquecida na escola, nada mudou muito, então com recém feitos 16 anos.

No escuro de seu quarto, nem o barulho da chuva batendo no telhado era confortante, ela sabia o que estava por vir.

No dia seguinte, acordou após breves três horas de sono, seu olhar cansado não poderia esconder a noite que se passara. Desceu a longa escada de sua casa já pronta, com uma mala carregando nas mãos.

Seus pais fizeram questão de tomar café da manhã junto com a filha, o peso na consciência os intimidaram.

- Bom dia, meu amor. –Blanca disse com um sorriso inseguro nos lábios.

Dulce sorriu sem mostrar ânimo.

- Pedi para Gilda preparar panquecas, suas favoritas. –Seu pai disse tirando os olhos do jornal pela primeira vez.

Não sabia se deveria agradecer.

- Obrigada. –Preferiu dizer.

Gilda, a empregada, trouxe as panquecas para Dulce, que comia sem a mínima vontade.

- Sabe querida, -sua mãe falava com um pedaço de panqueca na boca- ouvi dizer que tem um piano lá. –ela engoliu- Não acha ótimo?

Dulce sorriu, pela primeira vez aquele lugar não seria tão terrível.

Sua mãe retribuiu o sorriso, e voltaram a comer. Depois de alguns minutos uma buzina tocou na frente de casa. Era o tio de Dulce, chegara para levá-la até Port Austin. Seria uma longa viagem.

- Nós a veremos assim que pudermos. –seu pai disse, colocando a mala de Dulce no banco traseiro.

- Não esqueça que fazemos isso para o seu bem. –Blanca continuou.

- Não esquecerei – ela entrou no carro, então seu tio acelerou.

Pelo retrovisor podia ver seus pais acenando.