Fanfic: Streamer (AyD) | Tema: Portiñon, AyD, Anahi e Dulce

Ela começou a picar o queijo e o presunto, realmente levava jeito naquilo. Tentei não deixar com que a conversa com Amy me deixasse abatida –ou temerosa. Ficava próxima a Anahí, mas não tanto, percebia os olhares que Amy me lançava, como se dissesse “E você ainda me diz que são somente amigas”.

Rachel colocou a torta no forno então nós sentamos no chão, próximas ao fogão que aquecia um pouco o ambiente. Natalie contou-nos histórias de seus pais, sua mãe havia nascido em Port Austin, quando foi visitar uma tia em Detroit a chamaram para ser modelo em uma agência importante da época, ela se mudou para a capital do Michigan com dezessete anos, e foi lá que conheceu o pai de Natalie, eles se apaixonaram, mas a carreira de sua mãe exigia que fosse para Nova York.

- Foi uma decisão difícil para ela, -Natalie dizia- naquela época com o ensino que minha mãe tinha não conquistaria muito dinheiro se não optasse pelo ramo da moda, do outro lado tinha o meu pai, que também não lhe ofereceria grandes luxos, mas a amava. Ela foi pra Nova York, deixando meu pai para trás. Ela ganhou muito, mas muito dinheiro fazendo propagandas, e uma coisa que sempre lhe ensinaram foi guardar o dinheiro –ou ser pão dura, enfim- meu pai arranjou algum dinheiro após um ano e pouco e foi para Nova York atrás de minha mãe, e foi quando ela engravidou, depois de me ter, teve distúrbios alimentares para que pudesse voltar a ser modelo, seu cachê diminuiu, mas ela conseguiu, meu pai voltou para Detroit e me levou com ele já que a vida em NY era mais difícil. A relação deles não durou muito, meu pai abriu um restaurante em Detroit e minha mãe trabalha com publicidade agora que já teve tempo e dinheiro para fazer uma faculdade. Quando meu pai conheceu uma mulher por quem se apaixonou e teve outro filho não quis mais ser um tormento em sua vida, propus vir morar com meus avôs aqui, esse colégio tem uma boa reputação, meu pai não quis de início, mas por fim concordou e minha mãe apenas manda o dinheiro, não sei se consigo encher duas mãos se contar quantas vezes já a vi em dezesseis anos, mas ela me manda cartas às vezes, a última faz dois meses.

Ela fitava o chão, após um momento de silêncio levantou seu olhar, sua expressão formou um breve sorriso.

- Por que você não volta para Detroit? –Kate interrompeu o silêncio.

- Eu já disse Kate, não quero ser um tormento para o meu pai.

- Nat, se ele não te amasse não te traria de volta com ele pra Detroit quando sua mãe quis continuar como modelo, além de que ele sempre está te ligando, não há porque você sofrer, volte. –Kate disse a última palavra mais como um sussurro.

Natalie permaneceu calada, respirou fundo, e continuou olhando para Kate sem dar alguma resposta. Kate tinha razão, Nat não devia estar ali, quem em sua sã consciência escolheria estar neste colégio quando se tem um pai de verdade lá fora? Nat sabia que não era seu lugar esse colégio, por isso ficou quieta.

- A torta deve estar pronta. –sussurrou Nat.

Rachel apenas levantou-se sem dizer uma palavra, olhou pelo vidro do forno, mas não conseguiu distinguir se a torta realmente estava pronta, ela abriu um pouco a porta do forno e observou por alguns segundos.

- Está mesmo. –Disse ainda olhando para a torta.

Ela pegou um pano que estava sobre a bancada envolvendo-o em sua mão para protegê-la do calor, pegou a torta no forno e colocou-a sobre o fogão, todas as meninas levantaram e olharam para a comida que tinha uma aparência deliciosa. Amy pegou alguns pratos e Nat talheres, a torta era grande o bastante para que todas comêssemos.

Kate pegou uma faca e a encostou na torta para começar a cortá-la.

- Espera! –Nat disse- Tenho uma idéia.

Ela abriu um sorriso que achei que não seria capaz de dar depois de vê-la abatida como estava naquela noite.

Natalie pegou um fósforo e o acendeu, Kate entendendo o que ela pensava abriu várias gavetas até encontrar uma vela, Nat acendeu a vela que passou a ser o principal foco de luz naquela cozinha escura –ai como eu sou idiota, por que não pensei nisso?.

- Parabéns pra você,...

Começou o coro, na verdade eram sussurros, as palmas eram abafadas. Olhei para Anahí, que sorria sem graça, mas feliz. Ao acabarmos a canção ela fechou os olhos e se aproximou da vela, acredito que fazia um desejo, e então assoprou a vela que imediatamente apagou.

- O que você pediu? –Kate perguntou.

- Se ela contar não vai se realizar. –Amy respondeu.

- Tudo bem, -Any respondeu- eu pedi que essa torta se multiplicasse em três.

As meninas riram da brincadeira de Any, Kate cortou a torta e serviu um pedaço para cada uma, menos Nat que não estava com fome.

Voltamos a sentar no chão enquanto comíamos, a torta realmente estava maravilhosa, todas elogiaram, mas apenas eu e Anahí repetimos.

Depois que comemos lavamos a louça com cuidado, Natalie e Kate voltaram para seu quarto, Amy e Rachel continuaram ali ajudando-nos com a bagunça, então voltaram para seu quarto também.

Quando saímos da cozinha Anahí desligou as luzes e trancou a porta lentamente.

- Você quer ir pro quarto agora? –perguntei.

- Na verdade nós podíamos voltar lá para a lareira, não? Tava tão bom.

- Claro, amor. –sussurrei e então selei seus lábios.

Ela sorriu e pegou em minha mão, caminhamos em passos silenciosos até a sala do piano, entramos no ambiente quente e confortável, porém o fogo não ardia mais com tanta intensidade na lareira. Sentei-me no tapete enquanto Anahí pegou uma lenha que havia num suporte ao lado da lareira e colocou-a junto ao fogo, depois sentou-se ao meu lado, de frente para o fogo, eu aproximei seu corpo do meu, ela ficou observando a madeira que recém havia posto no fogo começar a queimar, e eu observava seus olhos. Lembrei-me do farol. Coloquei minha mão sobre a sua que pousava sobre sua coxa, ela então me olhou, levei minha outra mão à sua face e fiquei a acariciando, ela aproximou nossos rostos enquanto intercalava seu olhar entre meus olhos, fitou minha boca e encostou nossos lábios. Acomodei meu corpo de frente para o seu lentamente enquanto o beijo ganhava intensidade, Anahí colocou suas mãos em minha barriga, lentamente senti minha camisa sendo desabotoada, separamos nossos lábios enquanto eu a ajudei a retirar minha blusa, em seguida foi minha vez de retirar sua blusa, já levei minhas mãos até sua calça abaixando-a lentamente. Ela então deitou meu corpo cuidadosamente ficando sobre este, desceu dando selinhos da minha boca até a extremidade de minha calça e cautelosamente retirou-a.

. Minha respiração já era ofegante, meu coração já estava acelerado, Anahí subiu novamente até meu rosto, me olhou nos olhos por algum momento, senti sua respiração quente na minha pele, levou suas mãos às minhas costas fazendo com que eu erguesse levemente meu tronco, lentamente retirou meu sutiã, minha pele se arrepiou com seu toque, voltei a me sentar e ela ainda sobre mim, estava entre suas pernas. Novamente nos beijamos, intensamente. Coloquei minhas mãos em suas costas e retirei seu sutiã, desci meus beijos até seus seios onde os intensifiquei, ouvi seu gemido ecoar pela sala, suas mãos puxavam levemente meus cabelos, quando afastei-me para poder respirar ela voltou a me deitar ainda sobre mim, desceu seus beijos pelo meu pescoço e parou em meus seios também, minha respiração rapidamente se acelerou, ela desceu uma das mãos até minha calcinha, começou a abaixá-la e então desceu os beijos até lá, com as duas mãos desceu minha calcinha, meu corpo estremeceu, as mãos suaves de Anahí percorreram a parte interna das minhas coxas, meu coração gritava em meu peito, senti os lábios de Any encostarem em minha intimidade seguidos de sua língua.

Eu segurava seus cabelos puxando-os lentamente, suas mãos pressionavam minhas coxas enquanto intensificava o ritmo de sua língua em minha intimidade. Aquele medo misturado com amor e desejo que percorria o ambiente por estarmos fazendo amor em um lugar onde qualquer um poderia ver fazia com que fosse mais intenso, quando senti o ápice enrijeci minha coluna jogando minha cabeça para trás. Meu corpo então relaxou completamente, Anahí deitou-se ao meu lado também ofegante. Ao recuperar o fôlego coloquei-me sobre ela, então foi a minha vez de fazê-la minha.

Os gemidos de Anahí misturados com sua respiração intensa percorriam a sala, beijei sua intimidade intensamente e depois a penetrei com a língua, foi quando senti satisfazê-la completamente.

Antes de deitar-me ao lado de Any, peguei a colcha que cobria a poltrona próxima a lareira e a coloquei sobre nossos corpos enquanto deitava ao lado de Any. Não estávamos com frio, mas ainda assim ficava mais confortável. De baixo da colcha Anahí aproximou nossos corpos, entrelaçamos nossas pernas e ficamos com nossos corpos colados. Levei uma das mãos até sua face, e fiquei mexendo em uma mecha de seus cabelos, seus olhos agora começavam a pesar. Fiquei apenas a olhando.

- Eu te amo muito, Dul. –disse sonolenta.

Fiquei olhando-a por mais um tempo.

- Eu também te amo muito, Any.

- Obrigada por ser meu farol...

Depois de dizer isso seus olhos fecharam e ela entrou em um sono profundo, fiquei olhando-a por muito tempo, pensando em nós, pensando em suas palavras. Pensando na forma de como não existia mais pensamentos sem Anahí. Comecei a ficar sonolenta, mas mesmo sabendo que não poderia dormir ali não resisti ao cansaço, fechei os olhos e me entreguei ao sono.