Fanfics Brasil - Capítulo 33 Streamer (AyD)

Fanfic: Streamer (AyD) | Tema: Portiñon, AyD, Anahi e Dulce


Capítulo: Capítulo 33

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Eram 5h49min, eu ainda não tinha conseguido dormir. Aquele quarto tão vazio sem Anahí. Senti uma imensa melancolia tomar conta do meu corpo, sentada ali, na cama onde eu e Anahí dormimos nos últimos dias, eu abracei meus joelhos enquanto continuava com o olhar fixo na parede à minha frente. De alguma forma, ou de todas as formas, eu poderia dizer que Anahí também era meu farol, e que longe dela, eu estava perdida. Mas agora, longe dela, eu também podia ver que, como Amy pensava, quando se ama não nos reconhecemos mais, no meu caso de uma forma boa, pelo menos enquanto eu estiver ao lado de Anahí.


A vice-diretora havia me dito que McAdrey tinha ido para o hospital acompanhar sua filha. Ele não devia estar lá, eu devia. E ele sabe que ela precisa mais de mim do que dele, ela nunca precisou dele. Droga, droga.


Está bem, eu não tenho razão. Eu sei que ela precisa dele, que ela sente falta de um pai. Acontece que, não consigo parar de lembrar seu rosto tão frágil deitada sobre aquela maca, enquanto eu ficava para trás, sem poder fazer nada.


Eu me levantei da cama, precisava desviar meus pensamentos, ou acabaria chegando a uma conclusão errada, que simplesmente me faria mal. Entrando no banheiro imediatamente liguei o chuveiro, enquanto a água esquentava fui me despindo, respirei fundo, tentando manter o controle, e então entrei na água cujo vapor já tomava conta do banheiro, regulei a água que estava muito quente, tornando-a numa temperatura morna e confortável. Mergulhei minha cabeça de baixo d’água, fechei meus olhos e tentei deixar com que meu corpo relaxasse, por mais difícil que pudesse ser.


Tentei pensar em outras coisas,... Como estariam meus pais agora? Estariam os mesmos desde a minha partida? Sentiam minha falta? Fazia muito tempo que não conversava com eles. Sentia falta deles. Como eles reagiriam quando soubessem de Anahí?


Ops, droga.


Era pra eu tentar pensar em outra coisa, certo?


Mas a quem quero enganar, apenas estou preocupada com ela.


 


Depois de vários minutos de baixo da água quente, desliguei o chuveiro, ao sair do banheiro minha pele exalava vapor, meus dedos haviam ficado enrugados de tanto tempo que passei debaixo d’água. Olhei para o relógio: 06h53min, eu ainda não estava com sono, apenas muito cansada. Vesti meu pijama, e então peguei o secador de cabelos no banheiro, e lentamente passei pelos meus fios. Mecha por mecha, aquilo me fez lembrar quando Anahí estava machucada e eu sequei seu cabelo, ah, que saudade dela, como deveria estar agora?


Respirei fundo, fechando os olhos por um momento. Inspirei o ar novamente, então o guardei em meu pulmão por alguns segundos. Desliguei o secador o colocando sobre a bancada. Ainda de olhos fechados repeti para mim mesma: “ela está bem, eu sei que está, ela está bem, ela está bem.” Então senti um nó em minha garganta, pressionei minhas mandíbulas, minhas sobrancelhas se uniram enquanto eu ainda de olhos fechados tentava não derramar qualquer lágrima. Soltei o ar que ainda estava em meu pulmão lentamente, então respirei novamente. Abri os olhos, já mais calma.


Subitamente sai do banheiro, caminhei em passos rápidos até a porta do quarto, abri-a e sem ao menos trancá-la e em passos rápidos me direcionei para a enfermaria.


A expressão preocupada ainda dominava meu rosto, eu ficava mexendo em minhas unhas enquanto caminhava pelo corredor.


Ao chegar à enfermaria parei na porta que estava aberta, ofegando.


- Dulce? –a enfermeira me olhou preocupada.


A sala já estava limpa, como se nada tivesse acontecido. Rebecca, a enfermeira, estava sentada atrás de um balcão, e com a minha demora para dar uma resposta levantou-se.


- Eu não consigo dormir. –respondi ainda ofegante.


Ela veio ao meu lado colocando uma das mãos nas minhas costas e me conduzindo para o interior da sala onde sentei na cadeira a sua frente.


- Você quer que eu lhe dê um remédio? –perguntou atenciosamente.


- Na verdade eu queria perguntar se... teria como ligar para o hospital, ou para Allison, queria notícias de Anahí.


- Claro, querida. –Respondeu já pegando o telefone.


Eu sorri sutilmente como resposta, Rebecca digitou os números e então aguardou um instante.


- Allison? Estava dormindo? – Não, está tudo bem. – Como está Anahí?


Eu estendi a mão para Rebecca esperando que ela me passasse o telefone, ela me olhou.


- Dulce está aqui comigo, vou passar para ela. – Ok.


Rebecca me passou o telefone e então se levantou de sua cadeira e foi para outro lugar que eu não estava interessada em saber onde.


- Allison,... –falei indicando que já estava na linha.


- Dulce, você está bem?


- Sim,... Como está Anahí?


- Ela já está melhor, descansando, está em observação agora, fizeram alguns exames. Ao que parece havia uma substância no remédio que eu havia receitado que era muito forte para o seu tratamento.


Eu respirei fundo.


- E eu posso ir vê-la? –saiu mais como um sussurro.


- A partir de amanhã liberarão visitas, creio que alguém da direção virá aqui, você terá que falar com seus pais pedindo autorização...


- Sim, eu sei do procedimento...


- Qualquer coisa me ligue, Dulce.


- Está bem, obrigada.


- Tchau.


Assim que coloquei o telefone no gancho Rebecca colocou um copo descartável sobre a mesa com chá quente nele. Colocou ao lado do copo um guardanapo onde tinha um comprimido pequeno e branco.


- É para você, vai lhe ajudar a dormir. -falou.


- Não sei se quero dormir agora, Rebecca, preciso ver quem vai para o hospital para eu ir junto.


- Você tem certeza?


- Tenho sim. –sorri enquanto segurava o chá o assoprando para que pudesse tomar.


- Se mudar da idéia basta vir me pedir.


- Obrigada.


Tomei um gole do chá quente de camomila, desceu esquentando meu corpo e trazendo uma leve sensação de alívio enquanto eu lembrava das palavras de Allison, “ela está melhor”.


 


Já deveriam ser 8h, Rebecca havia me levado ao refeitório para comer algo assim que a diretora disse que estaria indo para o hospital cerca de 8h30min e que poderia me levar, fui para o hall onde a secretária ligou para minha casa, a diretora estava do meu lado para falar com um dos meus responsáveis.


- Alô?


- Gilda?


- Dulce, querida! Como você está? –a empregada perguntou eufórica do outro lado da linha.


- Tudo bem, e com a senhora? –respondi tentando demonstrar a mesma euforia.


- Tudo bem, você quer falar com sua mãe? Ela está aqui do meu lado.


- Claro, me passe ela, por favor.


-


- Dulce? Tudo bem? –minha mãe perguntou preocupada.


- Oi mãe... Tudo, como estão as coisas por ai?


- Tudo bem, aconteceu alguma coisa?


- Ahm... Mãe, eu tenho uma amiga aqui da escola que,... ela passou mal ontem...


- Que amiga? Ela está bem? –minha mãe me interrompeu.


- Está melhor, ela foi pro hospital. Acho que nunca falei dela, se chama Anahí. Aconteceu esta madrugada, a diretora está indo visitá-la da que a pouco, eu queria ir junto com ela. –falei em um tom baixo.


- Ai Dulce... Mas por quê? Logo essa sua amiga volta.


Eu sabia que ela não entenderia.


- Mãe, por favor. Eu quero estar do lado dela, não há porque não me deixar ir. A diretora está aqui do meu lado, vou passar para ela falar com você.


- Dulc...


Eu entreguei o telefone para a Sra. Hudsen.


- Bom dia,... Sim. – Eu irei da que a pouco, não há problemas em levá-la. – Não, não, hoje não haverá aula, é sábado, senhora. – Está certo, eu que lhe agradeço, quando voltarmos Dulce lhe ligará. Tchau.


A diretora me olhou e então sorriu.


- Tudo certo, Dulce. Só quando voltarmos você terá de ligar para ela.


- Obrigada. –respondi sorrindo.


- De nada, vamos? Eu acho que você deveria se abrigar melhor, está muito frio lá fora.


Eu olhei para o casaco que usava, realmente não me protegeria o bastante para o frio que estava.


- Eu estou bem, não precisa... Vamos.


Ela me olhou reprovando meu desleixo e então se direcionou à porta de saída. Eu a segui, ao sair senti o frio percorrer meu corpo, o manto de neve não era tão espesso quanto os outros dias.


Hudson pegou a chave do seu carro e então o abriu. Eu abri a porta do outro lado entrando, não era um modelo muito moderno, porém parecia ser bem confortável. A diretora sentou ao meu lado e fechou sua porta, ela tentou ligar três vezes até que o motor pegasse. Deu ré no seu carro fazendo com que a neve nas laterais fosse atirada para os lados.


Não seria uma viagem, acho que aproximadamente vinte minutos já que a estrada não estava com muita neve.


Hudson ligou o rádio, eu olhava para a janela enquanto ouvia Nobody Does it Better da Carly Simon. Era o tipo de música que escutava Gilda ouvindo enquanto fazia comida, mas eu até gostava, não era sempre. Depois tocou Downtown da Petula Clark e a diretora até cantou o refrão.


- Minha mãe ouvia esta música. –falou com um sorriso nos lábios quando a música terminou- Você gosta?


- Ah... Sim. –menti.


- Não há quem não goste de Petula Clark, não existe mais músicas como as dela.


- É verdade. –menti de novo.


- Bom dia,... Sim. – Eu irei da que a pouco, não há problemas em levá-la. – Não, não, hoje não haverá aula, é sábado, senhora. – Está certo, eu que lhe agradeço, quando voltarmos Dulce lhe ligará. Tchau.


A diretora me olhou e então sorriu.


- Tudo certo, Dulce. Só quando voltarmos você terá de ligar para ela.


- Obrigada. –respondi sorrindo.


- De nada, vamos? Eu acho que você deveria se abrigar melhor, está muito frio lá fora.


Eu olhei para o casaco que usava, realmente não me protegeria o bastante para o frio que estava.


- Eu estou bem, não precisa... Vamos.


Ela me olhou reprovando meu desleixo e então se direcionou à porta de saída. Eu a segui, ao sair senti o frio percorrer meu corpo, o manto de neve não era tão espesso quanto os outros dias.


Hudson pegou a chave do seu carro e então o abriu. Eu abri a porta do outro lado entrando, não era um modelo muito moderno, porém parecia ser bem confortável. A diretora sentou ao meu lado e fechou sua porta, ela tentou ligar três vezes até que o motor pegasse. Deu ré no seu carro fazendo com que a neve nas laterais fosse atirada para os lados.


Não seria uma viagem, acho que aproximadamente vinte minutos já que a estrada não estava com muita neve.


Hudson ligou o rádio, eu olhava para a janela enquanto ouvia Nobody Does it Better da Carly Simon. Era o tipo de música que escutava Gilda ouvindo enquanto fazia comida, mas eu até gostava, não era sempre. Depois tocou Downtown da Petula Clark e a diretora até cantou o refrão.


- Minha mãe ouvia esta música. –falou com um sorriso nos lábios quando a música terminou- Você gosta?


- Ah... Sim. –menti.


- Não há quem não goste de Petula Clark, não existe mais músicas como as dela.


- É verdade. –menti de novo.


Então começou a tocar outra música, era antiga também, mas esta eu não conhecia, a melodia era triste, voltei a olhar para o lado de fora observando os pinheiros que continham neve em suas copas, apoiando o queixo em uma das mãos observava a paisagem que pouco a pouco ia se tornando mais urbana: aproximávamos-nos de Bad Axe, onde ficava o hospital que Anahí estaria.


Após 20 minutos de estrada nós chegamos ao hospital, um imenso prédio branco, com cerca de oito andares.


Subimos a escada e entramos pelas portas de vidro esfumaçado, na recepção não tinham muitas pessoas. Algumas estavam sentadas nas cadeiras das laterais esperando por um atendimento, creio eu. Observei a sala canto a canto até localizar Allison, sentada em uma dessas cadeiras, sua cabeça levemente inclinada pro lado, seus olhos estavam fechados, dormia profundamente.


- Ela está ali. –indiquei com a cabeça e a diretora olhou na direção em que eu olhava.


Nós caminhamos até Allison, ela não se moveu, deveria estar cansada.


- Allison. –Hudson chamou seu nome.


A médica franziu os olhos, levantando a cabeça levemente. Ela olhou para mim e a diretora.


- Desculpem.


- Não há do que se desculpar, entendo que esteja cansada. –Hudson disse- Você pode nos levar até Anahí?


- Claro, posso sim, ela já foi para o quarto.


Ela se colocou de pé e direcionou-se até os elevadores e nós a seguimos. Esperamos até que chegasse ao térreo e então entramos no elevador que estava vazio. Allison apertou o botão para o terceiro andar.


- Onde está McAdrey? –a diretora perguntou.


Ao escutar seu nome engoli em seco.


- Ele estava na recepção comigo, deve estar no quarto com Anahí agora.


- Ela está acordada? –perguntei.


- Quando a vi estava, mas isso já faz um tempinho. Ela perguntou por você.


Ao dizer a última frase Allison me olhou, lendo minha expressão talvez. O elevador parou e suas portas se abriram, nós viramos para a direita e Allison ainda andava na frente nos mostrando o caminho, ela então parou em frente ao 312, bateu levemente na porta e em seguida entrou, Hudson entrou atrás dela e eu em seguida, pude escutar a televisão ligada, algum desenho animado.


- Olá Anahí. –Allison disse.


Eu ainda não conseguia vê-la pois a entrada começava por um pequeno corredor, que na verdade era o banheiro, e obstruía minha visão.


- Dulce não veio? –escutei sua voz frágil.


Hudson então percebeu que bloqueava meu caminho e moveu-se para trás, eu dei dois passos à frente, e com um sorriso no rosto olhei para Anahí, subitamente surgiu um sorriso em seu rosto também.


- Estou aqui. –respondi parada nos pés de sua cama.


- Vem aqui. –falou ainda sorrindo, seus olhos brilhavam e ela fez um gesto com a mão para que eu sentasse na sua cama próxima a ela.


Eu me aproximei e cuidadosamente sentei no colchão. Fiquei olhando em seus olhos, feliz por estar ali. Ela ainda tinha uma cor pálida e seus lábios estavam arroxeados, mas seus olhos não perderam o brilho. Ela segurou uma das minhas mãos com força, sorria enquanto me olhava, eu acariciei seu rosto com ternura.


- Como você está se sentindo? –perguntei preocupada.


- Melhor, apenas minha cabeça e meu estômago doem um pouco, eles diminuíram meus medicamentos.


Eu acariciei sua mão, foi então que escutamos alguém entrando pela porta, virei meu corpo olhando em direção aos passos e um homem alto vestindo um jaleco e segurando uma prancheta parou no canto da sala.


- Bom dia, -ele olhou para todos e então se aproximou dos pés da cama de Anahí- Como está se sentindo hoje, Anahí?


- Bem, só algumas dores.


Ele então se colocou ao lado de Anahí e eu me levantei para que pudesse examiná-la. Allison, Hudson e até McAdrey –que até então não havia cumprimentado- saíram do quarto, eu os acompanhei então. Agora no corredor, Allison encostou a porta e todos se olharam com expressões cansadas.


- O médico falou algo com vocês? –Hudson perguntou para McAdrey e Allison.


- Ele disse que iria examiná-la hoje e então falaria sobre seu estado. –McAdrey respondeu.


- O que você acha Allison? –Hudson insistiu.


- Bom... Acho que precisaríamos de uma avaliação junto com Richard, Anahí está com o metabolismo frágil, porém poderá controlá-lo se seu estado psicológico estiver bom.


As palavras de Allison me assustaram, e eu continuei observando sua conversa quieta, eles sequer olhavam para mim. McAdrey respirou fundo e escorou-se na parede, então o médico saiu da sala. Todos o olharam ansiosos.


- E então? –McAdrey perguntou.


O médico respirou fundo, fazendo com que meus batimentos acelerassem.


- Anahí está fraca, seu peso está abaixo do necessário, apesar da Dra. Allison ter receitado uma dieta e ela ter ganhado peso, ainda não foi o suficiente. Os remédios que prescrevi não são tão fortes quanto os que usava, pois foi exatamente isso que lhe causou o mal-estar. Exatamente por estar mais fraca, vai exigir um maior autocontrole. Falarei com a psicóloga do hospital para fazer uma análise mais tarde, como McAdrey me disse, ela freqüentava a um psicólogo, será necessária a avaliação dele também. Dependendo como for sua resposta física e emocionalmente, eu não tenho certeza de que o nosso hospital tenha estrutura para lidar com o problema de Anahí, tampouco seu colégio.


- O que o doutor está querendo dizer? –perguntei temerosa.


O médico então olhou para mim, pela primeira vez, então voltou os olhos para Hudson e McAdrey.


- Isso é apenas minha opinião médica, se a conclusão através dos exames psicológicos for de que Anahí está vulnerável, talvez a melhor opção seja interná-la.


Senti como se um balde de água fria caísse sobre minha cabeça, o ar ficou mais espesso, o clima tenso. Como assim, ser internada? Anahí está há dias sem cheirar nada e mal sente falta.


- Qualquer coisa que vocês precisarem, eu estarei à disposição no hospital a tarde toda. –O médico finalizou.


- Obrigada Dr. Michael. –Allison disse.


O médico assentiu e então foi embora. Todos os demais se entreolharam, praticamente por um minuto, silêncio completo. Podíamos ouvir a televisão de Any ligada do outro lado da porta, podíamos ouvir os passos das enfermeiras que andavam pelos corredores. Mas a única coisa que realmente ouvíamos era o eco das palavras do médico. Internada.


- Bom... –Hudson pigarreou- Nós podemos entrar em contato com Richard para que venha aqui, enquanto isso Dulce fica fazendo companhia à Anahí no quarto.


Allison e McAdrey concordaram, ninguém queria minha presença. Eu apenas assenti e voltei à porta, pude escutar seus passos atrás de mim se distanciando. Lentamente empurrei a porta que estava encostada, dei alguns passos à frente tentando fazer nenhum barulho no caso de Anahí estivesse dormindo. Assim que a vi seu olhar encontrou o meu, era preocupado, suas sobrancelhas franzidas, percebi que a olhava do mesmo modo, então aliviei minha expressão, mas não foi o suficiente para que ela também aliviasse a dela.


- O que houve? –perguntou à medida que eu me aproximava.


Eu sentei na cama, pegando sua mão e fazendo carinho nela.


- O médico disse que mais tarde uma psicóloga virá falar com você, a avaliação dela é muito importante...


Eu não sabia o que falar, sem querer deixei a minha última frase vaga, sua expressão ficou confusa.


- Importante para quê?


- Para... –eu desviei nossos olhares- para decidirem como será seu tratamento.


Minha expressão voltou a ser tensa.


- Mas não há com que se preocupar, não é? –ela disse acomodando-se na cama de modo que ficasse sentada, eu a olhei novamente, ela me olhava com ternura, como se estivesse mais preocupada comigo que com ela mesma.


- Não há não. –eu acariciei seu rosto e sorri por fim.


Ficamos por um momento quietas, apenas olhando-nos nos olhos, escutando nossas respirações. Ela então se acomodou novamente na cama, deitando-se nela.


- Deite aqui do meu lado. –falou.


- Não, tudo bem, eu vou para o sofá aqui. Não vou te atrapalhar. –disse já me levantando.


- Dulce. –ela me chamou como se pedisse que eu prestasse atenção e a olhasse nos olhos, eu o fiz- Você faz idéia do quanto senti sua falta esta noite?


Senti um sutil sorriso se formar no meu rosto, eu me aproximei e novamente sentei na cama, desta vez ao seu lado escorando-me na parede. Deixei meus pés fora da cama, Anahí apoiou sua cabeça em meu colo e eu fiquei acariciando seus cabelos enquanto olhávamos Tom&Jerry.


- Também senti sua falta. –sussurrei.


Meu olhar foi parar na janela acima da televisão, uma fina camada de neve caia sobre a cidade, senti meus olhos ficando pesados, eu estava realmente muito cansada, acariciei os cabelos de Anahí até adormecer.


 


 



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Autor(a): foxxy96

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 41



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  • pekenna Postado em 04/08/2015 - 00:14:45

    Linda historia!!!pena q acabou.

  • flavianaperroni Postado em 02/08/2015 - 02:06:19

    Aaaah. não queria que acaba-se :( Mais sua web foi perfeita demais,amei de paixão s2

  • foxxy96 Postado em 01/08/2015 - 16:15:33

    kkk, sério mesmo, querida. Já tá acabando. Mais tarde posto ;)

  • flavianaperroni Postado em 31/07/2015 - 18:57:54

    Penúltimo? serio?? :(

  • flavianaperroni Postado em 28/06/2015 - 15:40:04

    Posta mais....Finalmente elas vão se ver

  • flavianaperroni Postado em 26/06/2015 - 17:19:59

    caraca que loucura....Ela realmente ama mesmo a Annie,espero que a Dul consigo se estabilizar,sabe sobreviver,porque sair assim de casa não deve ser fácil.........Posta mais

  • foxxy96 Postado em 26/06/2015 - 11:34:23

    Muito legal isso, essa web é muito boa e tal, se quiser pode me mandar teu email que eu te envio. ;)

  • gabs_ Postado em 02/05/2015 - 11:30:18

    gente! eu escrevi essa web em 2009, publicava na comunidade ayd meu trauma com o perfil da low! eu não tinha salvo ela no meu computador e procurei no google com a esperança de encontrar, que ótimo que isso aconteceu! obrigada, foxxy96 por ter salvo e estar postando!! tu era leitora na época? valeuuu, e boa leitura, meninxs!!

  • flavianaperroni Postado em 30/04/2015 - 01:01:33

    nossa me deu uma dor agr ;( sera que a Dul vai mesmo?

  • flavianaperroni Postado em 28/04/2015 - 19:24:54

    cara que mancada da Anahi


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