Fanfic: Streamer (AyD) | Tema: Portiñon, AyD, Anahi e Dulce
Acordei com fortes e constantes batidas na porta. Levantei da cama em um salto.
- Calma, já vou! –falei alto.
Eu abri a porta e ali estava McAdrey com uma mala em uma das mãos. Eu imediatamente tentei fechar a porta sentindo o sangue correr com velocidade nas minhas veias, mas McAdrey empurrou a porta e entrou no quarto.
- Sai daqui, vai embora! –Eu falei tentando impedi-lo.
Ele parou em frente à Any que também havia acordado, ela o olhava temerosa.
- Anahí, nós estamos indo embora. Aqui estão suas coisas, vista-se. Vou esperar na recepção. Não demore.
- O que? Você não vai levá-la a lugar nenhum. –minha voz saiu mais alta.
Ele me olhou com desprezo.
- Ah é? E quem é você pra dizer o que eu devo fazer com a minha filha?
- Ir embora? Por quê? –Anahí perguntou.
Ele respirou fundo e olhou para Any que mantinha uma expressão incrédula.
- Parece que aquela sua colega de quarto não pode ficar quieta, ela contou para a diretora tudo o que aconteceu ontem, eu fui demitido e você expulsa.
- Eu a levo comigo para Indianápolis. –falei desesperada.
- Ah, por favor. –ele disse em tom de deboche.
- Para onde você quer me levar? –Anahí falou.
- Eu liguei para sua tia em Nova York, vamos ficar por algum tempo em sua casa.
- Eu vou com Dulce. –afirmou.
- Você vai para onde eu quero que vá. Arrume-se que nós não temos muito tempo. –ele respondeu rígido e saiu do quarto.
Assim que a porta se fechou olhei para Anahí, ela tinha muito medo no olhar, estava confusa, transtornada. Eu rapidamente me aproximei dela fazendo-a olhar nos meus olhos.
- Eu vou ligar para os meus pais agora, vou convencê-los a levar você comigo.
- Não vai adiantar, amor. Ele é meu pai e tem direito sobre mim.
- Eu não vou deixar você ir com ele, Any. Eu não vou deixar. –minha voz ficou mais fraca e senti meus olhos ficando úmidos.
Sua expressão refletiu a minha, ela levou sua mão ao meu rosto e o acariciou sutilmente.
- Eu não vou estar sozinha, minha tia não vai deixar meu pai fazer nada comigo.
Não, ela não pode desistir assim.
- Any... –minha voz saiu mais como um suspiro.
Ela me abraçou com força e eu cedi às lágrimas.
- E se a gente o denunciasse? Pelo menos você não teria mais que conviver com ele! –Eu me separei o suficiente para olhar em seus olhos, minha voz saiu desesperada.
Any secou meu rosto com seu polegar e me olhou com ternura, manteve-se quieta e seus olhos ficavam úmidos.
- Eu vou estar longe de você de qualquer forma, não vai doer menos estar sem o meu pai. –uma lágrima se desprendeu dos seus cílios.
- Anahí! Vamos que eu não tenho tempo. –seu pai gritou do lado de fora do quarto.
Ela aproximou seu rosto do meu até encostarmos nossas testas.
- Você vai me esperar? –sussurrou.
Eu respirei fundo tentando me conter.
- O tempo que for preciso.
- Eu te amo muito, pra sempre.
- Pra sempre.
Encostei meus lábios nos seus e nos beijamos com urgência, sentindo cada segundo até sermos interrompidas por seu pai batendo na porta. Ela se levantou da cama e eu continuei paralisada ali, Any se vestiu apressadamente, fechou sua mala e então escutei sua longa e profunda respiração, olhei pra ela que tinha os olhos em mim. Eu levantei ficando a sua frente, novamente ela secou meu rosto enquanto o seu também estava úmido. Eu a abracei fortemente e então escutei seu choro no meu ombro.
- Eu preciso de você. –falei com dificuldade.
- Assim que eu puder prometo que vou te ver, prometo que a gente vai ficar juntas e finalmente ninguém e nada vai nos atrapalhar. –ela disse no meu ouvido.
- Você promete ser forte? –sussurrei no seu.
Ela me olhou nos olhos. Ela sabia que eu me referia à cocaína.
- Prometo.
- Anahí! –seu pai gritou do lado de fora.
Rapidamente voltamos a nos abraçar com força, ela encostou seus lábios nos meus ligeiramente e andou em direção à saída com a mala em uma das mãos, enquanto a outra segurava a minha. Any abriu a porta e trocamos um último olhar, um último segundo que dizia tantas coisas, um último segundo que pareceu durar horas.
Ela saiu do quarto e a porta se fechou.
Foi tudo o que restou.
Fechei meus olhos e fiquei olhando seu último olhar em minha mente, encostei minha testa na porta e deixei as lágrimas caírem.
_
- Rachel, é a Dul.
- Dulce! Que saudade! Como você está? –ela gritou eufórica do outro lado da linha.
Hoje fazia uma semana desde que eu tinha ido embora de Port Austin, no meio da minha nova, enorme e bagunçada casa em Indianápolis finalmente havia sido instalado um telefone no meu quarto, não tive muito trabalho para conseguir o número do colégio em Port Austin.
Recomeçar nunca foi tão doloroso, a incerteza machuca.
Eu procurei por Anahí na internet, em jornais, esperei que ela me desse algum sinal, mas até então eu não sabia de nada, não sabia como tinha chegado em Nova York, como estava. E então eu comecei a pensar se sua voz continuava a mesma, se havia conhecido outro alguém, se ela estava sendo forte, se ela pensava em mim.
- Estou bem, e você, as meninas? –respondi não tão eufórica.
- Tudo bem, todas sentimos sua falta. As meninas estão aqui do meu lado te mandando um beijo. –ela falou mais calma.
- Eu também sinto falta de vocês, manda outro beijo para elas. – Rachel, deixe-me perguntar uma coisa...
- Fale...
Eu respirei fundo, fechei os olhos.
- Anahí não ligou?
- Meninas, Anahí ligou pra cá? –Rachel falou com as meninas.
Escutei a respiração de Rachel do outro lado da linha, droga.
- Não, Dul. Nenhuma de nós falou com ela. Perdão.
Eu respirei fundo novamente com certa dificuldade.
- Tudo bem. Eu volto a ligar, está bem?
- Claro. Eu vou deixar avisado aqui na secretaria que se ela ligar é para chamar eu ou as meninas.
- Obrigada Rachel.
- Não precisa agradecer, Dul.
- Dulce? –minha mãe entrou no quarto.
- Ainda assim prefiro agradecer, preciso desligar agora, tchau Rach.
- Ok, tchau Dul.
Eu coloquei o telefone no gancho e olhei para minha mãe.
- Querida, o jantar está servido, vamos descer.
- Não estou com muita fome, mãe.
- Mas você comeu tão pouco no almoço, a empregada disse que você não comeu nada à tarde, aconteceu alguma coisa?
- Eu estou bem, mãe. Só estou sem fome.
- Você que sabe, vou pedir para a empregada deixar um prato na geladeira se você mudar de idéia basta esquentar.
- Está bem, obrigada.
Minha mãe saiu do meu quarto e fechou a porta.
Por que Anahí não ligou para o colégio? Seria a forma mais fácil de me encontrar sabendo que eu tenho amigas lá. Será que aconteceu alguma coisa com ela? Será que ela está bem? Meu Deus, por favor...
Autor(a): foxxy96
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 41
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pekenna Postado em 04/08/2015 - 00:14:45
Linda historia!!!pena q acabou.
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flavianaperroni Postado em 02/08/2015 - 02:06:19
Aaaah. não queria que acaba-se :( Mais sua web foi perfeita demais,amei de paixão s2
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foxxy96 Postado em 01/08/2015 - 16:15:33
kkk, sério mesmo, querida. Já tá acabando. Mais tarde posto ;)
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flavianaperroni Postado em 31/07/2015 - 18:57:54
Penúltimo? serio?? :(
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flavianaperroni Postado em 28/06/2015 - 15:40:04
Posta mais....Finalmente elas vão se ver
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flavianaperroni Postado em 26/06/2015 - 17:19:59
caraca que loucura....Ela realmente ama mesmo a Annie,espero que a Dul consigo se estabilizar,sabe sobreviver,porque sair assim de casa não deve ser fácil.........Posta mais
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foxxy96 Postado em 26/06/2015 - 11:34:23
Muito legal isso, essa web é muito boa e tal, se quiser pode me mandar teu email que eu te envio. ;)
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gabs_ Postado em 02/05/2015 - 11:30:18
gente! eu escrevi essa web em 2009, publicava na comunidade ayd meu trauma com o perfil da low! eu não tinha salvo ela no meu computador e procurei no google com a esperança de encontrar, que ótimo que isso aconteceu! obrigada, foxxy96 por ter salvo e estar postando!! tu era leitora na época? valeuuu, e boa leitura, meninxs!!
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flavianaperroni Postado em 30/04/2015 - 01:01:33
nossa me deu uma dor agr ;( sera que a Dul vai mesmo?
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flavianaperroni Postado em 28/04/2015 - 19:24:54
cara que mancada da Anahi