Fanfics Brasil - Capítulo 52 (Penúltimo) Streamer (AyD)

Fanfic: Streamer (AyD) | Tema: Portiñon, AyD, Anahi e Dulce


Capítulo: Capítulo 52 (Penúltimo)

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Dulce


 


Cinco dias se passaram desde que eu havia chego em Nova York, todos eles visitei Anahí. Todos eles minha mãe ligou pelo menos três vezes. Todas as vezes foram recusadas.


Eu estava a caminho do hospital –desta vez a pé para economizar dinheiro – quando meu celular tocou, olhei no visor um número desconhecido.


- Alô?


- Dul?


- Não acredito! –eu falei eufórica, reconheceria aquela voz nem que passassem mil anos. Tio Josh?!


- Sim! Que saudades!


- Muitas! Como você está?


- Estou ótimo, e você? –sua voz tornou-se mais tensa.


- Estou bem. –delimitei-me a dizer.


Fez-se um inconfortável silêncio, então percebi que ele buscava palavras. Agora entendi.


- Dul, escute... – Sua mãe me ligou, estava desesperada...


- Não acredito. –dessa vez a frase foi de decepção.


- Pois é. Ela me explicou a situação, fiquei preocupado, você está em Nova York, certo?


- Sim.


- Onde você está ficando?


- Tio, desculpe, mas...


- Ela não vai atrás de você, Dul. Seus pais estão muito abalados, ainda não aceitaram...


- Eu estou bem, tio. Não preciso da preocupação ou aceitação deles, a partir de agora vou seguir a minha vida sem eles. –eu o interrompi.


- Você ainda é muito jovem, é difícil se virar sozinha. E a escola?


- Eu sei, eu sei, tenho pensado nisso também. Mas tio,... –eu respirei fundo procurando palavras- Quando a gente ama alguém mais que a nós mesmos, nada mais importa, a não ser poder estar com essa pessoa. Não me importa agora o que eu tenha que sacrificar, eu quero estar com a pessoa que amo.


Ele respirou fundo.


- Seus pais estão dispostos a não se meterem mais na sua vida, pelo menos por um tempo até assimilarem a situação. Eles perguntaram se eu não gostaria de ir para Nova York e ficar com você, pagariam escola e um lugar decente para morarmos...


Eu fiquei estática.


- Como? –foi tudo o que saiu da minha boca.


Eles pensavam que com dinheiro e conforto poderiam sanar sua incompreensão?


- Eu sei Dul. Mas pense bem, pelo menos. Para mim, você sabe que não tem problema, nunca tive emprego fixo e ter meu irmão me bancando não me parece legal, mas to mal de grana agora, além de que, não quero que você fique sozinha aí, Nova York é muito perigosa.


Essa proposta deles serve apenas para livrá-los de uma culpa por não conseguirem me aceitar como sou?


Fiquei calada.


- Eu sei que posso parecer um vagabundo que não quer nada da vida, mas eu entendo perfeitamente o que você está passando, talvez por isso sua mãe tenha me ligado...


- Tio... –eu o interrompi de novo. O horário de visitas já começou, eu ligo depois.


Eu não gostaria de ter sido grossa com ele, realmente não gostaria, não com ele.


- Tudo bem Dul, tenha o seu tempo para pensar. –sua voz soou compreensiva.


- Tchau tio.


- Tchau.


Desliguei o celular voltando a caminhar com as mãos nos bolsos do casaco e olhando para os pés. O que estava passando na cabeça dos meus pais agora? Seria vergonha? Medo? Nojo? Decepção? Não importa. Sei que se eles quisessem já teriam me encontrado e levado para casa. Mas eles não fizeram isso.


E nem fariam.


O que me deixa aliviada.


Cheguei ao hospital e em passos rápidos fui até o balcão da recepção.


- Dulce María, certo? –ela me perguntou.


Eu apenas assenti. A mulher escreveu algo no computador e me deu um crachá de visitante. Eu o coloquei preso no casaco e me dirigi ao corredor dos elevadores, mas antes precisava passar por uma porta com barras de aço cuja tinta bege descascava e um homem com a expressão fechada ficava o tempo todo parado ao lado da grade a abrindo e fechando. Nas primeiras vezes que fui ali eu, mesmo intimidada, dava um sorrisinho ao passar pela porta e agradecia, agora eu apenas olhava para o chão e murmurava um “obrigada”.


Apertei o botão do elevador e esperei até que chegasse. Um homem sentado ao lado dos botões sorriu ao me ver entrar.


- Qual andar? –perguntou.


- Terceiro.


Ele apertou o botão e a porta se fechou, eu comecei a ficar nervosa, como sempre ficava à medida que me aproximava de ver Anahí.


- Tenha um bom dia. –o homem disse assim que o elevador parou no terceiro andar e a porta se abriu.


- Igualmente. –falei saindo.


Diferentemente do que eu havia dito ao meu tio, o horário de visitas ainda não havia começado, eu estava adiantada, havia saído cedo do albergue já que desta vez vinha a pé.


Fiquei sentada em uma das cadeiras que estavam enfileiradas no corredor, logo uma enfermeira entraria ali e me autorizaria a ver Anahí. Com dois lugares vagos de diferença estava sentado um homem, parecia ter bastante idade e era calvo na parte superior da cabeça. Ele não se movera um centímetro desde que eu havia sentado aqui há quase dez minutos, seus olhos eram fixos na parede, provavelmente ele sabia que eu o olhava, e quando me dei conta disto desviei o olhar para baixo.


Tentava me distrair com coisas inúteis para não pensar no que o tio Josh havia dito. Eram coisas inúteis. De nada adiantou.


Escutei passos arrastados vindos de longe, olhei na direção desses e a enfermeira vinha em minha direção. Um alívio e alguma outra sensação cuja descrição mais próxima seria euforia invadiram meu corpo, era sempre assim. A enfermeira passou por uma porta com as barras de aço como a do primeiro andar e olhou para mim.


- Dulce, vamos?


Eu olhei para o senhor que continuava na mesma posição, achei que ele iria ser chamado antes de mim. Voltei a olhar para a enfermeira apenas para assentir, levantei da cadeira, apenas um último olhar –não pude resistir- a face cansada do senhor era marcada por um traço úmido e incolor, ele continuava olhando para a parede.


Caminhei em direção à porta e a enfermeira foi ao meu lado, nós dobramos à esquerda, onde começavam os quartos. Era normal escutar alguns gritos no corredor, coisas como “saia daqui!” ou apenas “vai se foder”.


Paramos em frente do quarto de Anahí, a enfermeira bateu na porta e a abriu.


- Dulce está aqui.


Ela deu passagem e eu entrei, logo me deparando com aqueles lindos olhos azuis de encontro aos meus. Eu sorri involuntariamente, Anahí retribuiu o sorriso. A enfermeira fechou a porta e eu caminhei em direção à Any, que estava sentada em sua cama com um livro nas mãos, sentei ao seu lado na cama e acariciei sua face em seguida lhe dando um selinho.


- Como você está hoje, amor? –perguntei.


- Estou bem, Paul me deixou ler este livro.


Ela mostrou a capa, estava escrito “Moça, interrompida”.


- Eu já tinha começado a ler no hospital em Bad Axe, gostei bastante e mencionei em uma das consultas e ele me emprestou, parece ser bem interessante. –ela contou com um interesse incomum.


- E sobre o que é?


- É uma autobiografia, a autora fala da época em que foi internada em um hospital psiquiátrico... Estou gostando bastante.


Ela sorriu, parecia realmente bem. Eu sorri de volta.


- Você está bem? –perguntou me olhando nos olhos, ela sabia que tinha algo perturbando minha cabeça.


- Estou. –respondi desviando o olhar.


Ela encostou sua mão quente na minha.


- O que houve, amor?


Sua voz foi calma, mas com um peso incomum.


- Any, eu... – Eu menti para você. –finalmente a olhei nos olhos. Meus pais não me deixaram ficar aqui mais tempo, eu fui expulsa de casa. –na última frase minha voz saiu embargada.


- Como assim? –sua mão segurou com mais força na minha.


Droga, eu não devia ter começado este assunto, sabia que isso a deixaria aflita.


- Esquece amor, eu não quero te preocupar.


- Dulce –ela segurou o meu rosto e me fez olhar diretamente nos seus olhos- o que aconteceu?


Eu respirei fundo.


- Quando você me ligou pela primeira vez, fiquei desesperada para lhe ver, eu precisava. Então fugi de casa com ajuda de um amigo, mas no meio do caminho a polícia nos pegou. Quando voltei para casa, meus pais já sabiam que eu estava vindo para cá, queriam o motivo... Eu falei sem pensar, e disse que estava indo ver minha namorada e...


Não conseguir terminar a frase, senti uma lágrima escorrer por minha face, desviei o olhar do de Anahí, não queria que ela sentisse pena.


Senti sua mão percorrer minhas costas e parar na minha cintura, ela trouxe seu corpo para mais perto e acolheu-me em seus braços e eu encostei minha face próxima ao seu pescoço. Então deixei o choro sair.


Era uma dor tão grande. A rejeição vinda daqueles que por muito tempo foram nossos heróis é maçante.


Anahí me segurava com mais força em seus braços, podia sentir que também doía nela, não queria que isso acontecesse.


- Desculpe. –sussurrei em meio ao choro.


Senti sua mão na minha face, então a olhei, percebendo seu rosto inundado em lágrimas.


- Você não tem culpa de nada, ok? –falou com certa dificuldade.


Permaneci quieta enquanto as lágrimas não queriam cessar.


- Eu tenho. –continuou. Prometo não lhe fazer mais sofrer por mim, está bem?


Eu neguei com a cabeça, para mim não fazia sentido as palavras que saiam da sua boca. Levei o indicador aos seus lábios para que se calasse.


- Eu te amo, não importa o que eu passei e vou passar, vale a pena por estar aqui com você. –sussurrei.


Ela acariciou minha face com ternura.


- Meu tio acabou de me ligar, meus pais estão querendo que ele venha para cá morar comigo. –falei confusa. Não sei o que dizer, não quero me conformar, entende?


Ela assentiu.


- O que vai ser o melhor para você? –perguntou calma.


- Ficar aqui. –falei sem hesitar. Só não quero que os meus pais pensem que está tudo bem quando voltarem a pagar minhas contas. Mas... Eu vou ligar hoje para o meu tio, dizendo para ele vir.


Ela sorriu, e então a minha angústia cedeu, fazendo-me sorrir também. Aproximei meu rosto do seu, encostando nossas testas.


- Eu te amo. –sussurrou em seguida encostando seus lábios nos meus.


Rapidamente envolvemo-nos em um beijo carinhoso, que não demorou muito a se tornar intenso. Anahí colocou suas pernas sobre a cama e eu fiquei entre elas, suas mãos passaram pelos meus peitos e depois a barriga, lentamente minha blusa foi sendo puxada, e senti suas mãos quentes na minha pele. Escutamos a porta abrindo e imediatamente olhamos.


- Checagem. –A enfermeira entrou com metade do corpo e analisou a cena, mas rapidamente saiu do quarto.


Olhei para Anahí com um sorriso sem graça, ela riu da situação e me puxou contra o seu corpo para voltarmos ao beijo, suas mãos continuavam a percorrer minha barriga, levei as minhas ao seu quadril a puxando para mais perto de mim. Desci meus beijos ao seu pescoço –seu ponto fraco, enquanto senti suas unhas nas minhas costas.


Lentamente levei as mãos ao cós de sua calça, meu sutiã foi desabotoado e então senti suas mãos nos meus peitos, pressionando-os de leve. Coloquei uma das minhas mãos dentro da sua calça, chegando a sua intimidade e a massageando intensamente, novamente suas mãos foram parar em minhas costas e suas unhas marcavam minha pele fazendo com que eu intensificasse o movimento. Ofegantes, apenas roçávamos nossos lábios, penetrei dois dedos, ela jogou sua cabeça para trás e eu voltei a beijar seu pescoço. Não demorou muito para que eu sentisse seu corpo rígido e logo depois enfraquecer em meus braços.


Ela me olhou com um sorriso malicioso nos lábios e se deitou na cama, eu deitei ao seu lado ainda ofegante, me acomodei e ela me olhou ainda com a respiração intensa.


- Ainda não acabou. –sussurrou.


Então se sentou sobre a minha cintura e voltamos a nos beijar intensamente, levantou minha blusa sem tirá-la, e desceu meu corpo com beijos até o cós da minha calça, não hesitou em abaixá-la juntamente com a minha calcinha. Senti seus lábios na minha intimidade e sua língua percorrendo-a intensamente, meu coração batia com força, arqueei meu tronco sentindo prazer, segurava com força os lençóis de sua cama.


Estava morrendo de medo que alguma enfermeira entrasse ali, não fazia noção do tempo que já havia passado desde a última checagem, mas de alguma forma essa situação só fazia com que ficasse melhor.


Senti seus dedos penetrando e não demorou muito para que eu chegasse ao ápice. Ela subiu meu corpo com beijos novamente, subiu minha calça e então se deitou ao meu lado, ficamos frente a frente, de baixo da coberta, trocando beijos e carícias.


 



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Autor(a): foxxy96

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 41



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  • pekenna Postado em 04/08/2015 - 00:14:45

    Linda historia!!!pena q acabou.

  • flavianaperroni Postado em 02/08/2015 - 02:06:19

    Aaaah. não queria que acaba-se :( Mais sua web foi perfeita demais,amei de paixão s2

  • foxxy96 Postado em 01/08/2015 - 16:15:33

    kkk, sério mesmo, querida. Já tá acabando. Mais tarde posto ;)

  • flavianaperroni Postado em 31/07/2015 - 18:57:54

    Penúltimo? serio?? :(

  • flavianaperroni Postado em 28/06/2015 - 15:40:04

    Posta mais....Finalmente elas vão se ver

  • flavianaperroni Postado em 26/06/2015 - 17:19:59

    caraca que loucura....Ela realmente ama mesmo a Annie,espero que a Dul consigo se estabilizar,sabe sobreviver,porque sair assim de casa não deve ser fácil.........Posta mais

  • foxxy96 Postado em 26/06/2015 - 11:34:23

    Muito legal isso, essa web é muito boa e tal, se quiser pode me mandar teu email que eu te envio. ;)

  • gabs_ Postado em 02/05/2015 - 11:30:18

    gente! eu escrevi essa web em 2009, publicava na comunidade ayd meu trauma com o perfil da low! eu não tinha salvo ela no meu computador e procurei no google com a esperança de encontrar, que ótimo que isso aconteceu! obrigada, foxxy96 por ter salvo e estar postando!! tu era leitora na época? valeuuu, e boa leitura, meninxs!!

  • flavianaperroni Postado em 30/04/2015 - 01:01:33

    nossa me deu uma dor agr ;( sera que a Dul vai mesmo?

  • flavianaperroni Postado em 28/04/2015 - 19:24:54

    cara que mancada da Anahi


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