Fanfic: Um plano infalivel...ou quase | Tema: Vondy

Christopher como sempre dormiu rapidamente aquela noite, mas eu não consegui dormir nada. Minha família, meus amigos, meus fãs, todos agora já deviam ter visto as noticias... o que eles achavam sobre isso? Será que acreditavam que eu era capaz de trair alguém assim por anos?

A ansiedade para o dia seguinte me fez levantar da cama. Fui até a janela e discretamente abri a cortina para olhar a movimentação do lado de fora. Centenas de jornalistas. Eu sempre amei a minha profissão, mas a invasão de privacidade sempre foi complicada para mim, ter sempre que tomar cuidado com tudo o que faço por medo de que pudesse virar noticia...era horrível.

Desci para o andar de baixo e liguei a televisão. Minha curiosidade era grande e eu coloquei no canal de fofocas. E como eu imaginei o assunto ainda era sobre eu e Christopher.

Eles exageravam e criavam histórias para ganhar mais audiência, e isso só piorava a nossa situação.

“Christopher e Dulce tem um caso a pelo menos 3 anos, Eduardo e Tânia não desconfiaram de nada, afinal falavam que eram somente amigos” – o repórter dizia e a minha vontade era de tacar uma almofada na televisão, mas me contive em apenas desligar a TV e deitar no sofá tentando dormir.

Fiquei olhando para o teto até finalmente cair no sono. E acordei na manhã seguinte com o barulho da campainha.

Me sentei rapidamente no sofá, encarando a porta, sem saber ao certo o que fazer. Será que era um dos jornalistas? Logo ouvi Christopher descendo as escadas.

- Vir incomodar a gente em casa já é passar dos limites – disse com cara de sono e irritado. Ele foi em direção a porta e olhou pelo olho mágico.

- Filho duma puta – ele disse abrindo a porta, antes que eu conseguisse perguntar quem era.

Tudo o que aconteceu depois foi rápido demais, assim que ele abriu a porta pude ver que era Eduardo que estava lá, ao mesmo tempo que os fotógrafos se amontoavam na entrada da minha casa, pisquei forte por causa da grande quantidade de flashs que vieram em nossa direção. Christopher apressou Eduardo para que ele entrasse o mais rápido possível e fechou a porta novamente. E então puxou o Eduardo pela gola da camisa e o encostou na parede.

- Christopher! – o chamei alto, mas ele me ignorou.

- Quem você pensa que é pra vir aqui depois da merda que você fez? – Christopher dizia puto da vida, o pressionando ainda mais na parede com o braço. Eduardo apenas sorria, com um olhar vitorioso.

Me levantei e fui em direção a eles, colocando a mão no ombro de Christopher.

- Chris, para! Se você machucar ele vai ser pior para a gente – ele pareceu voltar a si e o soltou, virando de costas, provavelmente para evitar que fosse para cima do Eduardo novamente.

- Eu vim em paz...só quero explicar porque eu fiz tudo isso – Eduardo disse calmo, se sentando em meu sofá.

Eu e Christopher ficamos em pé, o encarando.

- Então desembucha – o apressei.

- Acho que em uma situação dessa você deveria me tratar melhor, não acha Dul? –Aquilo me deu nojo. Meu sangue corria rápido em minhas veias, eu estava com muita raiva, fechei minhas mãos com força, tentando não perder o controle. Olhei para Christopher que o olhava sem piscar, seu rosto estava vermelho. Fiquei com medo que ele não conseguisse se controlar.

- Vocês parecessem estar ansiosos, então vou falar logo o que vim fazer aqui – disse Eduardo cruzando as pernas e apoiando o braço no encosto do sofá, sorrindo maldosamente.

3 anos com ele e eu nunca imaginei que ele pudesse ser tão babaca.

- Bem...depois de um tempo pensando sobre o que vocês fizeram, decidi que não ia deixar barato. Vocês não podiam me humilhar daquele jeito e achar que iam se safar assim. Certo? – ele sorriu. Nem eu e nem Christopher respondemos, apenas o encarávamos. Queríamos saber logo onde ele queria chegar com aquele teatro.

- Só quero deixar claro que eu não vou parar por aqui...- continuou.

Fiquei espantada, havia mais?

- O que você quer dizer com isso? – perguntei.

- Eu quero dizer que tenho mais coisas para dizer sobre vocês

- Você não tem nada! – Christopher disse irritado – Eu tenho certeza que não.

Eduardo riu e percebi que ele tinha sim algo pra usar contra nós.

- Eu tenho. Consegui um vídeo muito interessante do dia que a Dulce me traiu com você no Brasil.

Eu mal podia respirar.

- Impossível – Christopher riu – você acha que vamos acreditar nisso?

- Christopher...o dono daquela balada brasileira foi bem gentil comigo depois que eu ofereci uma certa quantidade de dinheiro para ele. Pode acreditar, a qualquer momento esse vídeo vaza na internet e pela data do vídeo vão saber que foi na época em que ela ainda estava comigo e ai, meu amigo, todos vão acreditar na minha historia.

- VOCÊ E A DULCE TINHAM TERMINADO NESSA EPOCA, SEU IMBECIL! – Christopher gritava e eu segurei seu braço para evitar que ele fizesse algo que pudesse se arrepender.

- Como se ela não tivesse me traído com você antes disso, eu não sou idiota – Eduardo ria ao ver Christopher irritado - E quem vai acreditar em você? Eu tenho fotos que provam que namorei a Dulce nos últimos três anos, e várias pessoas também podem provar isso. E vocês tem o que além das varias noticias que já saíram antes porque todo mundo já desconfiava que vocês estivessem juntos?

- Eduardo, você não precisa fazer isso, para, por favor!  – pedi. Tentar fazer com que ele percebesse que aquilo era um grande absurdo era a única coisa que eu conseguia pensar em fazer aquela hora.

- É fácil dizer Dulce, quando não foi você que foi feito de idiota – Eduardo respondeu, visivelmente irritado.

- Eu não te trai Eduardo, a única vez que tive alguma coisa com o Christopher, foi em São Paulo quando nós tínhamos terminado!

- Unica vez, claro - ele disse irônico- Fazia quanto tempo que tinhamos terminado? E que eu saiba você tinha ido até lá por minha causa! Eu me senti traido SIM! E mais uma coisa...vai dizer que não tiveram nada enquanto ele estava com a Tânia? – abaixei a cabeça ao ouvi-lo dizer isso, pois era verdade.

- Erramos e vamos pedir desculpas publicamente, mas isso não tem nada a ver com você! – Christopher respondeu em meu lugar.

- Bem, agora tem, porque eu fui falar com a Tânia e ela decidiu me ajudar . Alias, ela ajudou muito, foi ideia dela inventar que vocês se beijaram na frente dela – Eduardo se levantou do sofá, e foi em direção a porta – acho que vou embora, só queria passar pra dar um oi.

Ele riu e colocou a mão na maçaneta da porta. Antes de abri-la ele se virou para eu e Christopher.

- Vocês vão se arrepender do que fizeram – ele disse sério – Tenho muito ainda para contar e muita coisa para inventar sobre vocês dois. Eu vou acabar com a carreira de vocês.

Christopher avançou para cima dele, porém eu o segurei a tempo do Eduardo abrir a porta e sair.

Assim que ele saiu eu não consegui mais segurar e as lagrimas vieram. Eu chorava de raiva. Como ele podia fazer isso?

Ao perceber que eu chorava Christopher me abraçou e eu chorei em seu ombro.

- Que ódio! Que ódio – eu disse entre soluços.

- Ele não vai acabar com as nossas carreiras Dulce, não só com essa história idiota! – ele passava a mão em meu cabelo.

- Será? Você ouviu o que ele disse? Ele vai inventar coisas sobre nós.

Christopher me guiou até o sofá e colocou a mão no meu queixo para que eu olhasse nos olhos dele.

- Dulce, nós vamos resolver isso! Só precisamos pensar em um jeito de impedir ele!

- Esse é o problema...– respondi desanimada. Não havia nada que pudesse resolver essa situação – e hoje ainda tempos que ir falar com esses jornalistas pra tentar explicar tudo...

- Nós só precisamos fazer com que ele confesse que inventou tudo isso... – ele disse sorrindo.

- E como a gente faria isso? – perguntei desconfiada.

- Eu tenho um plano!

- Ah não Christopher... seus planos nunca dão certo, só vão piorar a situação.

- Eu to falando sério Dulce – ele me deu um selinho – confia em mim, vai dar certo.

Revirei os olhos e sorri contrariada...que outra opção nós tínhamos?