Fanfic: Um plano infalivel...ou quase | Tema: Vondy

Toquei a campainha da casa de Eduardo e esperei ansiosamente até ele abrir a porta.

- Vai dar tudo certo, Dulce. Eu tenho certeza – Christopher me disse com um sorriso encorajador.

Apenas sorri de volta, estava nervosa demais para responder.

De repente ouvi que alguém destrancava a porta. Respirei fundo e torci para que Eduardo não fechasse a porta na minha cara.

Então uma mulher abriu a porta, era Juliana, a empregada dele.

- Oi Dulce, bom dia – me disse educadamente.

- Oi Ju, bom dia. O Eduardo está?

- Não, senhora, ele viajou.

- Viajou? Mas ele não me disse nada - Fiquei espantada. Será que ele pediu para que Juliana me dissesse aquilo apenas como uma desculpa?

- Ele me disse que foi uma viagem de última hora, ligaram da empresa dele lá do Brasil, houve algum problema urgente que ele precisava resolver – Parecia que ela não estava mentindo.

Tive que segurar as lagrimas, não acreditei que não conseguiria resolver esse problema naquele dia.

- E quando ele volta Ju? – eu tentava não demonstrar meu desespero.

- Acho que em 1 ou 2 meses.

- O QUE? – naquela hora eu não consegui conter as lagrimas.

- Calma Dulce – Christopher tentou me acalmar – Você vai conseguir falar com ele, relaxa. Obrigada Juliana, vamos indo agora.

Christopher pegou minha mão. Mas antes de chegarmos até o carro, ele se virou e perguntou para Juliana:

- Desculpe, mas onde exatamente fica essa empresa do Eduardo no Brasil?

Não entendi a pergunta, então apenas soltei a mão dele e fui em direção ao carro, mas consegui ouvir o restante da conversa.

- Fica em São Paulo, pelo o que eu o ouvi falando no telefone.

- Entendi...e qual o nome da empresa, você saberia me dizer?

- Não, desculpa, eu não faço a menor ideia.

Christopher agradeceu e voltou para o carro.

Como eu faria para falar com ele agora? Porque tinha que estar tão longe? Eu tinha certeza que ele não me atenderia se eu tentasse ligar. Merda!

Me virei para o Christopher.

- Então acho que acabou mesmo, ele não vai mais querer falar comigo...

- Caramba, você desiste muito fácil – o olhei espantada.

- Como assim fácil? Ele não está nem no México, não tem mais nada que eu possa fazer!

- Será mesmo? - me disse sorrindo como quem planeja alguma coisa, e então eu percebi.

- Você tem um plano, não é? – Christopher sempre tinha ideias meio idiotas, como na vez que, na época do RBD, ele criou um plano para que a banda toda pudesse sair do hotel que estávamos hospedados para ir ao cinema, a entrada estava lotada de fotógrafos e segundo ele poderíamos sair sem ser notados. Seu plano incluía perucas e “pegar emprestadas” as roupas da família que estava no quarto ao lado. Bem, no fim fomos expulsos do hotel.

- Eu sempre tenho, não é? – E naquela hora eu aceitaria qualquer plano, mesmo que fosse de Christopher, eu estava desesperada.

- Anda, desembucha – o apressei.

- Que tal um passeio pelo Brasil? Ou, mais especificamente, por São Paulo?

-Você tá louco? – comecei a rir

- Porque estaria?Já estivemos lá algumas vezes, conhecemos o lugar...mais ou menos. Vamos, falamos com ele e, enquanto vocês fazem as pazes, eu vou atrás da Luiza, aquela brasileira linda que estou morrendo de saudade – ele disse com um olhar sonhador.

- Claro que você daria um jeito de sair ganhando nessa – eu disse rindo – Mas nós não conhecemos a cidade, na época das turnês ficávamos sempre no hotel ou saiamos para alguns poucos lugares. Mesmo quando fui sozinha para lá eu não cheguei a sair muito.

- E daí?

- E daí? Nós não sabemos nem onde é a empresa do Eduardo. São Paulo é muito grande e ele pode estar em qualquer lugar!

- Dulce, minha querida, estamos de férias, seus shows voltam apenas daqui 1 mês e meio, eu só tenho compromissos daqui mais de 1 mês também. Teremos muito tempo para procurar. Então me diga...tem algum plano melhor? – Ele me olhou com um ar de vitorioso que em um dia normal teria me deixado puta da vida mas por algum motivo, talvez pelo desespero, aquela ideia começou a não parecer tão absurda.

- Ok então – Eu disse – Vamos para o Brasil!

- Eu sabia que ia te convencer – ele sorriu e ligou o carro – Próxima parada, casa de Dulce Maria para comprarmos as passagens.

Comecei a rir. Tentei não pensar em como essa ideia era absurda e tinha poucas chances de dar certo. “Vai dar certo, tem que dar”.

Chegamos na minha casa e fomos direto para o notebook para comprarmos as passagens. Sairíamos na manhã seguinte, bem cedo.Não compramos as passagens de volta porque ainda não sabíamos quando voltaríamos. Eu estava nervosa, mas aliviada porque o Christopher iria comigo.

- Vou levar umas sungas, essa regata aqui que comprei da ultima vez que fui lá, protetor solar, óculos de sol... – nós estávamos na casa dele para que ele arrumasse as malas. Eu estava sentada na cama dele, o vendo fazer uma imensa bagunça.

- Sério? Você planeja ir para a praia?

- E porque não? Podemos tirar uma folguinha.

- Você sabe que em São Paulo as praias não são tão perto, né? Teríamos que pegar a estrada para ir a alguma.

Ele pareceu surpreso.

- Ah...claro que sabia – ele disse tirando todas aquelas coisas da mala, decepcionado.

Fiquei um tempo em silêncio, o vendo arrumar a mala, pensativa. Até que não aguentei mais.

- Christopher?

- Vou levar sim essa camisa laranja, sei que odeia ela, mas faz muito sucesso com as mulheres!

- Não, não é sobre isso que eu ia falar...

- O que é então Dul?

- Você acha que o Edu vai me ouvir e vamos voltar?

Christopher veio até mim e sentou ao meu lado, me olhando sério.

- Eu sempre digo que ele é um babaca, imbecil, metido, ignorante...

- Christopher! – O interrompi e ele riu.

- Ok, ok. Enfim, mas eu duvido que ele seria idiota ao ponto de perder você.

Eu sorri e o abracei. Eu tinha muita sorte em ter Christopher em minha vida.

- Obrigada, Chris. O que eu faria sem você?

- De nada Dul. Agora me deixa terminar de arrumar a minha mala, porque amanhã o dia começa cedo – ele me deu um beijo na bochecha e se levantou.

- Ah, só mais uma coisa! – eu disse

- O que Dul? – ele me olhou sério.

- Eu não vou deixar você usar essa merda de camiseta laranja – Eu ri e ele riu de volta.

- Você que pensa! E enquanto eu estiver usando vou andar agarradinho com você, pra te fazer passar bastante vergonha.

- Meu Deus! Você não teria coragem!

- Dúvida?

- De você não duvido de nada!

Nós rimos e ele voltou a arrumar a mala. Já eram 23:30.

- Acho que vou pra casa, preciso arrumar minha mala ainda – eu disse me levantando – amanhã a gente se encontra na frente da minha casa às 7 horas, ok?

Corri para casa.

Demorei a conseguir dormir, estava ansiosa e com medo. Será que tudo isso traria o Eduardo de volta para mim?