Fanfic: Um plano infalivel...ou quase | Tema: Vondy

Na manhã seguinte, acordamos e fomos fazer o que mais gostávamos: Comer. Christopher como sempre se empolgava quando ficávamos em algum hotel, só ficava feliz se comesse dois pratos cheios de tudo o que via pela frente.

- Acabou de comer? Ou pretende acabar com toda a comida daqui? - perguntei impaciente, já que eu tinha acabado de comer havia muito tempo.

- Já to quase acabando, mas pode falar, minha boca está ocupada, mas meus ouvidos não - ele respondeu dando uma piscada em seguida.

Ignorei a grosseria e continuei.

- Então...ontem me lembrei que uma amiga minha saiu uma vez com um amigo do Eduardo, um tal de Roberto. E que esse Roberto trabalha com o Edu e eles fazem as viagens de negócios juntos. Ou seja, ele deve estar aqui também! Eu só preciso pedir para a minha amiga o número dele e então ver se consigo o endereço dos dois. O que acha?

- Acho que é o melhor que podemos conseguir, fala logo com ela – me respondeu com a boca ainda cheia.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem para a minha amiga pedindo o número do Roberto. E ela não demorou muito para responder. Anotei o número e mandei uma mensagem para ele. Morrendo de medo dele não responder.

"Roberto? Aqui é a Dulce, namorada do Eduardo, seu colega de trabalho. Vim falar com você porque preciso de sua ajuda. Assim que possível me responda, por favor."

Me virei para Christopher.

- Pronto, agora é só esperar - mordi meus lábios, ansiosa.

- Ele vai responder, é só esperar.

20 minutos depois foi o que aconteceu.

"Dulce! Quanto tempo! Pode falar. O que quer que eu te ajude?"

Assim que vi a mensagem, corri para responder.

"Eu estou em São Paulo e fiquei sabendo que você e o Edu também estão. Será que poderia me informar qual o endereço de vocês aqui?"

Eu não sabia o que faria se ele não me desse esse endereço. 

"Claro que posso!" Meu coração se acelerou. Ainda bem que deu certo.

Ele me passou o número e eu agradeci.

"Desculpe Roberto, mas, por favor, só mais uma dúvida. Que horas vocês estarão nesse endereço hoje?" perguntei para ele.

"Estamos muito ocupados, então não temos horário para voltar. Porém amanhã vamos tirar um dia de descanso, provavelmente ficaremos aqui o dia inteiro".

"Ok! Obrigada! E, por favor, não conte pro Edu, quero fazer Surpresa”.

"Pode deixar Dulce. Tchau!"

Ergui a cabeça e Christopher ainda estava distraído com sua comida mas decidi lhe informar sobre as boas noticias.

- Consegui o número - eu disse sorrindo.

- Ainda bem. E ai? Vamos hoje?

- Vamos ter que ir amanhã, eles estão ocupados - respondi desanimada.

- Então vamos ter tempo para curtir um pouco! Sair por ai, conhecer uns lugares, o que acha? - Ele ficou animado.

- Acho que não deve ter problema...onde pretende ir?

- Primeiro a gente podia comer fora e de noite podíamos ir a uma balada que tem aqui na rua.

- Tudo bem, preciso me distrair mesmo.

Voltamos para o quarto e mais tarde saímos para almoçar. De noite nos arrumamos e fomos para a balada. Não tínhamos ideia de que tipo de música tocaria lá mas seria bom sair e parar de pensar no Eduardo um pouco.

Chegamos lá por volta da meia noite, o lugar estava começando a encher.

- Aqui parece ser legal - gritei no ouvido de Christopher por conta da música alta.

- Acho que sim e a música também, eu curto eletrônica - ele disse sorrindo.

Fomos para o bar, bebemos e então começamos a dançar. Sempre gostei de ir a baladas com o Christopher porque ele dançava horrivelmente, era divertido de assistir. Ele dançava e me puxava para a pista com ele, riamos e era como se não houvesse mais ninguém ali além de nós. Porém durante todo o tempo eu não parava de pensar no dia seguinte, em como seria a conversa com o Eduardo. Era uma sensação horrível que acabou fazendo com que eu exagerasse na bebida. Na quinta dose de tequila eu já estava mais tonta do que o normal, e o Eduardo já estava bem longe da minha mente. Foi ai que a noite começou a tomar um rumo que eu não queria.

Fui para o meio da pista sozinha e me soltei mais do que seria o normal, eu dançava até o chão lentamente e rebolava, Christopher apenas parou sem reação, sem conseguir tirar os olhos de mim. Eu não deveria deixar aquilo acontecer, mas a bebida me fez esquecer o certo ou errado, então continuei dançando, olhando fixamente para ele. Apenas paramos de nos olhar quando um homem veio falar comigo e tentou me beijar, porém eu não queria afinal eu estava comprometida. Christopher acompanhava de longe tudo isso e parecia muito incomodado.  Até que outro homem chegou em mim logo beijando meu pescoço, então, antes mesmo de eu o afastar, Christopher chegou me puxando para longe dali, me levando para um canto mais afastado.

- Pra que aquilo? Eu já ia me afastar - disse enrolada, estava muito tonta por causa da bebida.

- Você deveria me agradecer! Aquele cara era um idiota, não acredito que chegou te beijando daquele jeito - disse muito nervoso.

- Eu sei me virar - disse me virando para voltar para dançar, mas Christopher me segurou pela cintura e me puxou.

- Você não vai voltar para lá, vamos voltar para o hotel. 

- Não! Quero dançar mais, por favor - pedi fazendo bico. Então tentei me soltar dele.

- Dul, para, é sério - ele me puxou para mais perto dele.

-Se eu te beijar...você me deixa voltar para lá? - eu disse mordendo os lábios e logo em seguida rindo.

- Você bebeu demais e está falando besteira - disse tentando mudar de assunto.

- Só um beijo, pra relembrar os velhos tempos, hein? Que tal? - eu chegava mais perto dele, sem muita noção do que estava fazendo.

- Dulce, pelo amor de Deus - Foi a única coisa que conseguiu falar, ele olhava para minha boca com desejo.

Me aproximei ainda mais dele e passei meu dedo em seus lábios. Seu perfume, seus braços, seus lábios...aquilo parecia tão certo. Agarrei a gola da sua camisa, fiquei na ponta dos pés e lentamente fui aproximando nossas bocas, ele me olhou nos olhos, apertou as mãos na minha cintura colando nossos corpos e num movimento rápido colou também nossos lábios. Eu abri minha boca e a língua de Christopher logo começou a explorá-la. Nos beijávamos com urgência. Era como da última vez, o mesmo desejo incontrolável. Agarrei seu cabelo, o que o fez soltar um gemido. Ele então voltou sua atenção para o meu pescoço, foi descendo sua boca lentamente até lá, depositando beijos por todo o comprimento, aquilo me deixou louca. Inclinei minha cabeça para trás e mordi meus lábios para não soltar nenhum gemido. Suas mãos apertavam a minha bunda. 

Ele de repente se afastou e nos olhamos, ofegantes.

- Vamos para o hotel? - ele me perguntou e eu apenas assenti com a cabeça.