Fanfic: Um plano infalivel...ou quase | Tema: Vondy

Nem tomei café da manhã, decidi que ir o mais rápido possível encontrar o Eduardo seria o melhor. Fui para o carro, sentei no banco, procurei em meu celular o endereço do lugar e logo já estava a caminho.

Durante todo o caminho minha cabeça estava um caos. Eu me lembrava dos beijos de Christopher, de tudo o que tínhamos feito, das vezes que ele me fez rir, o modo como me abraçava enquanto fazia carinho no meu rosto, de tudo o que me disse na festa de ano novo da Maite... balancei a cabeça tentando parar de pensar nisso.

Ao mesmo tempo, eu me lembrava do Eduardo, de todos os nossos momentos nesses 3 anos de namoro, eu o amo tanto, tenho certeza que sim. Eu não podia jogar fora um relacionamento assim por outro tão incerto. Será que Christopher realmente queria algo comigo ainda? Será que a noite anterior não tinha acontecido por causa de um impulso bobo? Eu e Christopher...onde eu estava com a cabeça? Nunca daria certo! Sempre brigamos, pensamos tão diferente. Ele é infantil, não leva nada a sério. Comecei a chorar.

Tentei manter a calma. Seria como na outra vez, não falaríamos mais sobre isso, problema resolvido. Não foi nada demais, eu só não poderia deixar o Eduardo saber.

Continuei dirigindo por aproximadamente mais meia hora, quando meu celular começou a tocar, olhei para a tela e vi que era Christopher, deixei tocando e coloquei o celular de volta onde estava. Eu não podia atender, não agora.

Quando o carro parou no semáforo, olhei no celular e vi que tinha uma mensagem de voz, e eu decidi ouvir:

“Dulce? Onde você está? Por favor, atende essa merda!” – ele estava bem nervoso – “Você não pode sumir assim! Estou muito preocupado, manda alguma noticia, por favor!”.

Eu não conseguiria responder, eu queria tirar ele da minha cabeça. Eu tinha medo de falar com ele e ter algum tipo de recaída. E isso não podia acontecer.

Continuei dirigindo por mais algum tempo até o celular avisar que eu tinha chegado ao endereço do Eduardo. Parei na frente do hotel. Olhei de novo o endereço e confirmei o número do hotel. É, era aqui mesmo.

Me olhei no retrovisor. Minha cara de choro não ia ajudar muito, então retoquei a maquiagem.

Respirei fundo e sai do carro.

Entrei no hotel e fui diretamente ao balcão, para falar com a recepcionista.

- Oi, bom dia – eu disse tentando sorrir.

- Bom dia. Em que possa ajuda-la? – respondeu

- Eu gostaria de falar com Eduardo, ele está no quarto 35, por favor.

- Só um minuto.

Ela foi até o computador ao lado e começou a procurar por alguma coisa. Aguardei. Até ela voltar.

- Desculpe senhora, mas não há nenhum Eduardo no quarto 35. Tem certeza que esse é o número do quarto?

Fiquei confusa, mas olhei no celular novamente para ter certeza.

- Sim, tenho certeza. Pelo menos foi esse número que me passaram. Será que você poderia procurar para mim, por favor? O nome dele é Eduardo Castro Diaz.

- Me desculpe, mas não tem nenhum Eduardo Castro Diaz hospedado nesse hotel, tenho certeza.

- Como assim? Mas foi esse endereço que me passaram...Já sei! O quarto deve estar no nome de Roberto!

- Não há nenhum Roberto ou Eduardo no quarto 35.

- E nos outros quartos?

- Você saberia me informar o sobrenome desse Roberto?

- Não – respondi desanimada.

- Então desculpe, não tem como eu te ajudar.

- Obrigada mesmo assim – respondi e me retirei do hotel , voltando para o carro.

Eu precisava pensar rápido no que fazer. Decidi ligar para o Roberto, eu não tinha tempo para esperar ele responder por mensagem. Então disquei o número.

O telefone chamava e chamava até cair na caixa postou. Tentei duas vezes e já estava entrando em desespero. Até que na quarta tentativa ele atendeu.

- Dulce, oi! – ele disse

- Oi Roberto, me desculpe, mas estou com pressa...acho que você me passou o endereço errado do hotel, cheguei aqui e a recepcionista me disse que não tinha nenhum Eduardo ou Roberto.

- Deixa eu confirmar aqui o endereço para ver se não confundi.

- Ok – e esperei enquanto ele confirmava.

- Droga Dulce! Desculpa, eu te passei o endereço errado, eu me confundi com o endereço do hotel que ficamos da última vez que viemos para cá. Sério, desculpa mesmo!

Respirei aliviada, tinha sido apenas um mal-entendido.

- Tudo bem, mas qual o endereço certo?

- Olha...me desculpa, mas acho que dessa vez eu não vou poder te ajudar – meu coração acelerou.

- Porque não?

- Da última vez que você me ligou eu não sabia que você e o Eduardo tinham terminado. Mas agora que eu sei que você o traiu com o seu amigo e que isso saiu em várias revistas...sabe até a mãe dele ligou ontem para saber porque você apareceu com outro cara em uma revista. O Eduardo está nervoso e acho que não ficaria feliz em te ver...eu prefiro não me intrometer dessa vez.

- Não Roberto! Eu não o trai – e então as lembranças da noite anterior vieram – eu...Roberto, por favor, eu preciso conversar com ele!

- Desculpa Dulce, eu não posso – e então desligou o telefone.

Fiquei um tempo parada, apertando o celular na minha mão. Eu teria que esperar 1 ou 2 meses para tentar falar com o Eduardo, isso se ele aceitasse falar comigo quando voltasse para o México. Viajei para longe, fiz Christopher vir comigo, trai de fato meu namorado dessa vez, talvez tenha estragado minha amizade com meu melhor amigo que agora devia estar puto comigo.

- Eu sou uma idiota! – falei em voz alta e comecei a chorar.

Eu só queria ir embora. Queria nunca ter viajado, eu devia ter esperado pelo Eduardo no México. Queria poder voltar no tempo, não ter saído para o cinema com o Christopher aquele dia, ai os paparazzi não teriam tirado aquela foto nossa e eu ainda estaria com o Edu...

Pera...foi ideia de Christopher irmos ao cinema, foi ideia dele viajarmos até São Paulo, foi ele que falou tudo aquilo na festa da Maite me deixando confusa, foi por culpa dele que o Eduardo descobriu que estávamos comendo pizza juntos e por isso que ele terminou comigo! E ele transou comigo mesmo sabendo que eu tinha bebido...a culpa era dele! Soquei o volante, dessa vez chorando de raiva.

Decidi ligar para o Christopher. E ele atendeu no primeiro toque.

- Dulce! Pelo amor de Deus! Onde você ta? – disse assim que atendeu, estava nervoso.

- Você ta no hotel? – respondi fria.

- Sim, estou. Onde você ta, Dulce? – insistiu.

- Estou voltando. Precisamos conversar – e desliguei.

Liguei o carro e fui direto para o hotel. Christopher ia ter que me ouvir.