Fanfic:  Mini Web: Amσr αℓém ∂α νι∂α DyC *Terminada*

Oda Mae andava na rua com Christopher, tagarelando desesperadamente sobre o dinheiro.
 - Quatro
milhões de dólares!  Ah, meu Deus, o que vou fazer com este dinheiro?
Já sei, vou comprar um edifício! Não, melhor, vou comprar uma rua! Eu
vou mandar a minha irmã para um spa, ela está muito gorda!
 - Ei, o que está dizendo?
 - Aí depois eu vou comprar o edifício!
 - Espera! Oda Mae, eu tive uma idéia.
 - Que idéia?
 - Tire o cheque da bolsa.
 - Ah, você está certo, você está certo. Eu tenho que colocar aqui onde ninguém possa pegar... – falou enfiando dentro da blusa.
 - Não, não... – Christopher falou sério – Endosse.
 - Não, se eu endossar e perder, alguém pode sacar! Não, não!
 -
Esse dinheiro não é seu, Oda Mae. Eu não disse que podia ficar com este
dinheiro. – ela ficou séria, e ao mesmo tempo, desesperada – este
dinheiro é maldito. Eu fui morto por causa deste dinheiro. Endosse o
cheque.
 - N-não, mas... você por acaso sabe o que vai fazer com ele?!
 - Olhe para o seu lado. À sua esquerda.
 Ela virou a cabeça devagar. Viu duas freiras na calçada, que entregavam alguns papéis e pediam ajuda para a caridade.
 - Não, Você não está realmente pensando que eu vou dar estes quatro milhões de dólares à um bando de freiras?!
 Oda Mae, se você ficar com este dinheiro eles vão rastreá-la. Sua única proteção é se livrar dele.
 - Ah não, Christopher... está me matando... afinal são quatro milhões de dólares!
 - Pense numa coisa, você vai para o céu!
 - Eu não quero ir para o céu! – A mulher gritou indignada – Eu quero descontar este maldito cheque!
 Ela foi sem nenhuma vontade e uma grande dor até as freiras.
 - Boa tarde – Elas falaram sorridentes.
 - Hunf! Boa tarde! – Oda respondeu com uma cara de quem preferia que as duas freiras fossem amassadas por um trator.
 - Um dia você vai me agradecer – Christopher falou
 - Tá, tá.
 - Endosse Rita Miller. – continuou
 - Eu sei, eu sei!
 - Com licença, com quem a senhora está falando? – Uma freira perguntou
 - Com um morto muito chato! – Ela resmungou depois de terminar de assinar o cheque.
 - E põe nominal ao Abrigo St. Joseph.
 - Não acredito que esteja fazendo isso... Não acredito que estou fazendo isso...
 As freiras ficaram em silêncio, sem se atrever a perguntar alguma coisa.
 - Agora dá. – Christopher falou.
 - Eu vou dar, só quero sentir mais um pouquinho entre os meus dedos, só isso!
 - Só dê o cheque para a senhora.
 - Eu darei!
 Ela estendeu a mão devagar, como em câmara lenta.
 - Dê logo, mulher, não é difícil!
 - Eu... vou... dar... – ela falou rangendo os dentes. Deu o sorriso mais falso do mundo e entregou o cheque à mulher.
 - Deus lhe pague – a freira respondeu sorrindo. Segurou o cheque mas Oda não o soltava, então começou a puxar.
 - Solte o cheque! – Christopher falou já sem paciência
 - Eu vou soltar... eu já soltei... – ela deu o cheque finalmente para a senhora e adnou emburrada pela rua.
 - Estou orgulhoso de você, Oda Mae.
 -
Não interessa se está orgulhoso de mim! Fique longe de mim de mim! O
que elas vão fazer com esse dinheiro? Não podem comprar nada! Me deixe
em paz! Nunca mais fale comigo! – Ela berrou e saiu andando
 - Você é uma pessoa maravilhosa, Oda Mae! – Christopher exclamou sorrindo
 A mulher atravessou a rua. Se virou para trás onde achou que ele estava e cuspiu. Christopher riu.

 Derrick procurava achar
um meio de resolver tudo, no escritório. Digitava compulsivamente na
frente do computador. Rasgava relatórios, papéis e notas fiscais.
Tremia de nervoso, de medo. Christopher estava rindo, sentado numa
cadeira atrás dele.
 - Pode procurar o quanto quiser, não vai achar
nunca! – falou. – Eles vão te matar, Derrick. Você e o Willy. Vocês vão
virar adubo.
 Derrick cobriu o rosto com as mãos, desesperado.
 -
Vão enterrar vocês perto de Jimmy Hoffa. – ele gargalhou. Virou a
cadeira, que tinha rodas, apoiou os pés na parede e deslizou com a
cadeira até a outra parede.
 Derrick se virou assustado. Só viu a
cadeira, delizando sozinha e batendo em outro canto. Se levantou, com
medo, e desligou o computador. Andou para outro canto. Derrepente ouviu
um barulho. Se virou para trás, o computador estava ligado. Chegou bem
perto da tela. Foi quando viu as teclas serem apertadas – mas não havia
ninguém. As nove letras tecladas formaram uma palavra na tela:
 “ ASSASSINO”
 Derrick deu um salto para trás. Estava completamente sozinho. Olhou para todos os lados.
 - Quem está fazendo isso? – gritou – Quem está fazendo isto?!
 Foi
quando as teclas foram digitadas novamente. Embaixo da palavra
“assassino”, estava escrito: Christopher. E ia digitando cada vez mais,
seu nome ia aparecendo até encher a tela.
 - Chris... Christopher?
 Ele atirou o monitor no chão, que quebrou no meio.

Dulce resolveu tirar
aquela mulher da cabeça. Lyle disse que ela não queria nada que tivesse
relação com ela ou Christopher. Então não precisava se preocupar. A
menos que ela voltasse... mas torcia que não. Na verdade, já estava
pouco à vontade com Derrick. Não se sentiu bem com o que aconteceu...
Derrick tentara beijá-la, e ela cedeu... mas se sentiu culpada por
isso. Ainda tinha Christopher no coração. Ele podia estar morto,
enterrado, podia não existir. Mas era a ele que ela sempre amou, e não
pretendia se esforçar para esquecê-lo. E ninguém a obrigaria a fazer
isso. Queria ter apenas as boas lembranças dele, para mantê-lo vivo em
sua memória, mas não com um tiro no peito. Queria mantê-lo vivo em sua
memória sorrindo, como quando ela aceitou sair com ele pela primeira
vez, quando ela escreveu seu nome na cueca verde dele, ou quando
dividiram um sorvete enorme.
 Alguém bateu à porta. Ela atendeu. Era Derrick. Estava estranho...
 - Oi...
 - Oi.
 - Aonda você estava? – Dulce perguntou – Eu fiquei te esperando. Achei que a gente fosse jantar.
 - Eu sei, me perdoa... é que aconteceram umas coisas.
 - Sim, ele teve um pequeno problema no banco – Christopher brincou
 - Você esqueceu?
 - É.
 - Podia ter me ligado!
 - Dulce, preciso te perguntar uma coisa...
 - É, ele precisa de quatro milhões emprestados – Christopher brincou
 - O que quer perguntar? – Dulce estranhou.
 -
Quando disse que Christopher estava aqui... que ele falava... com a
mulher. – Ele parecia extremamente nervoso – O que sentiu? O que ele
disse à você?
 - Por que quer saber disso?
 - Olha, me escuta. –
Ele segurou os pulsos de Dulce, os apertando – o que aquela vidente
disse exatamente à você? Me diga, exatamente o que ela disse.
 -
Derrick, para! Me largue, pare com isso. – ele a soltou – isso não
interessa... não era verdade. O que está acontecendo com você hein?
 Derrick andava de um lado para o outro. Dukce começou a ficar assustada.
 - Tem alguma coisa a ver com o fato de ela ter ido ao banco hoje?
 Derrick parou no ato. Olhou para ela, firmemente. Christopher suspirou, ela não podia ter dito aquilo.