Fanfic:  Mini Web: Amσr αℓém ∂α νι∂α DyC *Terminada*

Era noite, Christopher e Dulce saiam abraçados do teatro.
 - Foi maravilhoso. Fiquei espantado o tempo inteiro.
 Ele brincou, por que na verdade não achou a menor graça.
 - Eu notei. E o resto da platéia também, pelo som de você roncando.
 Os dois riram e continuaram caminhando para casa.
 - Já te contei o que a Maite disse? – Dulce perguntou, animada.
 - Já. Umas seis vezes.
 - Seis vezes? Não foram seis vezes. Pare de ser debochado, Chris!
 Ele riu. Dulce o olhou, emburrada, e se separou do abraço.
 - Não gosto quando você ri assim.
 - Ah Dul, era brincadeira... vem cá... – a puxou pelo braço, e a abraçou, lhe dando um beijo na bochecha.
 Dulce sorriu.
 -
Isso é muito importante para mim... vou expor minhas peças na galeira
dela. O New York Times faz críticas da galeria o tempo todo.
 - Dul,
o crítico do New York Times não passa de um cara frustrado que foi
expulso da escola de arte. Quem se importa com o que ele pensa?
 - Cerca de oito milhões de leitores.
 -
Que nada, eles só lêem os quadrinhos e a página de esportes. – lhe
acariciou o rosto – os seus trabalhos são lindos. São mesmo. E você não
deveria se importar com o que os outros pensam, só com o que eu penso.
 Dulce
riu. Um sopro frio cortou o ar, e ela apertou o abraço. Estava tudo
muito escuro e com pouca iluminação, e não havia mais ninguém por
perto, estavam longe do teatro e tudo estava completamente silencioso.
 Ela parou no meio do caminho e o soltou.
 - Eu quero casar com você.
 Chrsitopher sentiu o coração saltar com aquelas palavras. Levou um susto.
 - O... o que?
 -
É... é isso mesmo. Eu pensei muito nisso – ela falou nervosa, mas
sorrindo – Eu tenho pensado muito. E acho que a gente deve casar.
 - É... é sério?
 -
É... que você acha da idéia? Eu... estava pensando, como é estranho eu
começar com este assunto, mas... não conseguia esperar mais.
 Christopher
estava muito feliz. Apesar de ser repentino e confuso, aquele pedido
era o melhor que podia esperar daquela noite. Amava muito à Dulce, mas
sempre mantiveram um relacionamento simples de namoro.
 - Você... nunca quis falar sobre isso – ele disse
 Dulce suspirou, séria, e continuou a andar. Ele a seguiu, ao seu lado.
 - Você me ama, Chris?
 - O que é que você acha?
 - Por que nunca diz? – ela falou, um pouco triste.
 - Como nunca digo? Eu vivo dizendo, todo dia, o dia inteiro...
 - Não, não diz, você só diz “ídem” quando digo que te amo... não é a mesma coisa... – ela falou com a voz um pouco baixa.
 - Todo o mundo diz “Eu te amo” sem querer dizer nada.
 Ela
abaixou a cabeça. Estava triste com aquelas palavras. O que Christopher
estava tentando dizer? Que se dissesse que a amava, não significaria
nada? Tentou afastar estes pensamentos ruins da cabeça.
 - Puxa... – ela falou com a voz embargada – às vezes eu preciso ouvir... eu preciso.
 Eles
pararam um de frente para o outro. Começaram a se olhar, quando Dulce
viu logo atrás deles um homem sair de um beco. Era alto e usava um
casaco marrom, moreno com os cabelos um pouco bagunçados. Saiu de plena
escuridão olhando para eles.
 - Vamos! – Ela sussurrou para
Christopher, sentindo-se fria de medo. Ele entendeu e se viraram
rapidamente para seguir seu caminho.
 Não se viraram para olhar atrás, mas sentiam seus passos. Estavam sendo seguidos. Dulce apertou o braço de Christopher.
 - O que a gente faz?
 - Deixa comigo.

dedicado a jessica..vlw