Fanfic: ✰ Never Gonna Be Alone ✰ MyP / DyC / AyA. | Tema: Romance/Drama/Hot. - Herroni, Vondy, Anahí & Aaron.

Cidade do México – 2014 (Dias Atuais)

— Maite, precisamos de você agora na sala cirúrgica. Um policial foi baleado no ombro e perdeu muito sangue. – Anahí amiga e também ajudante e recepcionista do hospital que Maite trabalhava avisou e Maite levantou as pressas pegando seus materiais e indo para a sala em que a chamaram. Viu o homem deitado com vários médicos ao redor e quase não acreditou ao ver quem era. Alfonso. O policial que não cumpria regras. Não pode nem dizer nada quando os olhares se cruzaram e mesmo diante de toda situação embaraçosa e complexa, se reconheceram.

— Digam-me a situação.

— Bala alojada no parte superior do ombro direito. O paciente perdeu muito sangue, mas estamos conseguindo reestabelecer à situação. Conseguiram estancar o sangramento, mas a bala ainda está alojada então precisa ser retirada com urgência.

O procedimento durou uma hora e meia e Alfonso descansava. Maite acabou bem na hora do almoço e como de rotina, foi almoçar com sua melhor amiga e companheira de trabalho, Anahí.

— Então é ele, Mai? – Ela perguntou boquiaberta. Maite assentiu.

— Eu reconheceria aqueles olhos verdes de longe... – Maite comentou sorrindo.

— Ele é lindo. Se até perdendo sangue, pálido e com uma bala alojada no ombro é lindo, imagine são e salvo. – Ela comentou e as duas riram.

— Agora eu tenho uma esperança, Annie. – Maite disse com o olhar triste. — Pelo menos uma esperança...

— A sua... Filha, né? – Ela perguntou incerta. Maite assentiu. — Eu não entendo. Não quero ser indelicada, mas por que não procurou a polícia logo?

— Ah Annie, remoer o passado, lembrar, dói tanto. Tenho tanto medo, o William... Ele é capaz de tudo. Não sei onde ele está, tampouco a minha menininha... Mas só em pensar em o quanto esse homem é cruel, meu Deus! – Os olhos dela se encheram de lágrimas. — Eu não posso simplesmente chegar na polícia e contar tudo o que acontecer a quatro anos atrás e esperar que eles me ajudem, achem o homem e principalmente a minha filha. Eu não quero fazer isso. Quero tudo no privado. O William não era somente perigoso, era também importante. Capaz de fazer tudo e chefe de uma máfia que só Deus sabe o quanto é perigosa.

— Por que o Alfonso então? – Anahí perguntou com a voz suave.

— Porque de uma maneira estranha eu sinto que posso confiar nele. – Ela disse sincera e fungou, passou a mão no rosto secando uma lágrima solitária que deixou escapar e mirou o relógio. — Temos que voltar ao trabalho, sim?!

— Uhum. – Anahí disse se levantando e pegando sua bolsa. — Mas ainda quero conversar com você, Tita. – Maite assentiu já com sua bolsa e recebeu um tanto surpresa o abraço de sua amiga. Sorriu de leve. — Você sabe que eu sempre estarei aqui, não sabe?

— Sei sim. Obrigado Annie.

— Nem precisa agradecer, só você pra me aguentar até quando estou de TPM mesmo. – Ela disse e Maite sorriu. Em seguida as duas foram para as suas salas.

Mais tarde Maite foi checar se o seu paciente estava bem. Entrou no quarto que o mesmo estava e se surpreendeu ao ver que o mesmo já ia se levantar com uma careta de dor.

— Meu Deus! – Disse e correu até ele depois de fechar a porta. — O que está fazendo? Tem que ficar de repouso. – Ela disse o ajudando a deitar e ignorando a reação nada adulta do seu paciente ao revirar os olhos e bufar.

— Eu não quero ficar aqui. Quero ir para casa. Quero trabalhar. – Ele disse.

— Está parecendo um menino reclamão. Vê se fica quieto ai que eu preciso te examinar agora. – Ele então a olhou atenciosamente. Continuara linda. Não podia negar, mas ignorou esse pensamento.

— Isso não é seguro. – Ele viu quando Maite franziu o cenho mexendo no seu curativo no ombro com delicadeza.

— O que não é seguro, senhor Herrera?

— Uma maluca que bebe pra esquecer os problemas e vai dirigir chorando, tirando o fato de desacatar a autoridade, me examinar nesse momento. Acho isso muito errado. – Maite sorriu ainda concentrada no que fazia, mas atenta à suas palavras.

— Olha, acredite, aquela foi uma noite de fragilidade. Eu sou uma mulher direita e boazinha. – Ele soltou um risinho. — Muito boazinha. Te operei, tirei a bala que estava alojada no seu ombro e agora estou cuidando do seu curativo. Eu nunca fico bêbada, na verdade, eu e bebida não são coisas que combinam muito. Eu estava realmente maluca naquela noite, mas nunca mais aconteceu... Eu juro que isso é verdade. – Ela disse e ajeitou as luvas.

— Eu não tenho duvida disso. Eu teria achado você se fizesse.

— Teria me prendido? – Ela perguntou sorrindo sem o olhar.

— Talvez...

— Por que a dúvida? – Ela perguntou voltando a mexer no curativo cuidadosamente.