Fanfic: Just A Little Sex vondy | Tema: romance, comédia e muito hot
Dulce não precisou consultar o mapa de Christian na primeira parte da viagem. Ela conhecia o caminho para Port Stephens. Quando comprou seu carro um ano antes, começou a passar os fins de semana conhecendo as cidades litorâneas perto de Sidney.
Adorava viajar para a praia, talvez porque, quando criança raramente podia ir para o litoral. Quem vivia nas fazendas produtoras de leite aprendia cedo que não podia nunca ir muito longe de casa. A obrigação de ordenhar as vacas todas as manhãs não permitia.
Infelizmente, Dulce logo descobriu que viajar sozinha não era assim tão divertido. Durante o dia, ainda podia passear e caminhar pela praia, mas quando anoitecia e ela voltava para o quarto do hotel sozinha, ficava chateada. Quando suas excursões solitárias começaram a deprimi-la para valer, ela parou.
O que a fez pensar por que aceitara essa idéia tola de passar o fim de semana sozinha desta vez. Ela teria tempo demais para pensar e remoer o assunto. Dulce se lamentou. Agora era tarde. Estava quase em Port Stephens. Era hora de parar no acostamento da estrada principal e consultar o mapa de Christian, para não passar da entrada para a Praia Escondida.
Cinco minutos depois, já estava na estrada certa. Era estreita e sinuosa, sem nada dos lados, a não ser aqueles arbustos baixos e vegetação rasteira típicos das regiões próximas ao mar. O chão era cheio de areia e nenhum outro tipo de planta conseguia crescer ali. Também não se via uma única casa, provavelmente por ser uma área de preservação.
Dulce teve a sensação de estar dirigindo por horas quando viu o posto de gasolina. O mercadinho que ficava ao lado era antigo, aliás, como o próprio posto, mas bem abastecido, com um rapaz bem humorado atrás do balcão que adorava bater papo. Passava das seis quando Dulce retomou a estrada com uma sacola cheia de pão, leite, ovos, duas barras de chocolate e suas revistas favoritas. Tinha se esquecido de pegar um livro antes de sair e achou que as preferências de Christian poderiam não ser de seu agrado.
Na verdade, tinha de admitir que essa viagem sequer havia passado pela cabeça. Não tinha nem trocado de roupa. Jogou umas roupas numa bolsa e saiu.
Ela não costumava agir tão intempestivamente. A traição de Rodrigo virara seu mundo de cabeça para baixo.
Dulce contornou uma longa curva, e se deparou com o horizonte azul do vasto e profundo oceano Pacífico. A visão lhe fez bem e, de repente, ficou feliz por ter vindo, nem que fosse só por causa desse momento. Mas logo a realidade nua e crua ressurgiu.
Dulce diminuiu a velocidade do carro, por causa do tráfego, e começou a divagar. Era fácil Annie dizer que ela encontraria alguém em um piscar de olhos. Dulce não era esse tipo de garota, mesmo agora, que sua aparência havia melhorado. Os homens normalmente a achavam arredia.
Mas ela era apenas reservada. E cautelosa por natureza. Nem sequer gostou de Rodrigo no primeiro encontro. E claro que ele a impressionara. Mas gostar, gostar mesmo, não. Ela o achara um pouco intrometido. Porém, considerou a persistência dele bastante sedutora. Ele mandava flores duas vezes por semana, ligava todos os dias, a cobria de presentes. Fez até poesia.
Como poderia não ter se apaixonado? Ou não ter ido para cama com ele?
O som de uma buzina estridente a assustou e a fez olhar pelo retrovisor. Uma caminhonete pintada de amarelo-brilhante, com várias pranchas de surfe, estava bem atrás dela. O motorista fazia gestos impacientes com a mão esquerda para que ela andasse.
Dulce não tinha percebido que simplesmente estava parada no meio da estrada. Sem graça, sorriu para se desculpar. Depois de um momento de hesitação, ele retribuiu o sorriso, e um arrepio estranhíssimo percorreu o corpo dela, dos pés à cabeça.
Ela ficou tão surpresa que permaneceu olhando o reflexo dele ainda por alguns momentos antes de mover o carro para a esquerda, levando consigo a imagem daquele homem: bronzeado, loiro, ombros largos, de óculos escuros e camiseta laranja. Tinha o cabelo curto e repicado, o rosto bem másculo e barba por fazer. Os óculos não permitiam ver a cor dos olhos, mas achava que eram claros.
Esse último pensamento surpreendeu Dulce; ela estava tentando adivinhar se os olhos dele eram claros? Repreendeu-se pela bobagem, porém viu que o carro dele continuava emparelhado com o seu. O coração disparou e ela começou a imaginar se ele também tentava adivinhar a cor dos olhos dela, igualmente ocultos pelos óculos escuros. Ela quase os tirou para mostrar-lhe que eram grandes e castanhos. Mas, antes que realizasse tal gesto, a caminhonete passou.
Que idéia maluca! Há um minuto, estava se lamentando por causa da traição de Rodrigo. Em seguida, já estava praticamente paquerando um estranho!
Este comportamento não tinha justificativa, não importava se o motorista da caminhonete fosse sexy ou não.
Como ela podia saber se era sexy só com alguma rápida olhada? Nem tinha visto o corpo dele. Ele podia ter uns olhinhos sem graça, um traseiro gordo e a personalidade de uma porta.
Ah, claro! — desdenhou uma voz lá no íntimo de Dulce. — A quem você está querendo enganar? Ele deve ter lindos olhos, um traseiro durinho e um charme irresistível.
Dulce suspirou. Isso era loucura. Realmente, o dia tinha sido bem atípico. Primeiro, deparara-se com aquela, vadia; depois fora interrogada pela chefe sobre seu desempenho sexual; em casa, a amiga havia recomendado que ela conhecesse pessoas para se vingar.
Era isso que estava acontecendo? O subconsciente tentando punir Rodrigo fazendo com que ela flertasse com outro homem?
Não, isso nunca aconteceria com ela. Nem pensar. Mas ainda assim, no fundo, no fundo Dulce queria cruzar de novo com o rapaz da caminhonete.
Quando ela olhou adiante, viu o veículo amarelo virando à direita e desaparecer. Dulce se mexeu no assento. O estômago deu um nó.
À direita! Ele virou à direita!
Ela pegou o mapa de Christian e estudou o desenho.
O coração acelerou quando confirmou o que os olhos já tinham visto. A praia tinha formato de U, com penínsulas acidentadas nas extremidades que avançavam em direção ao mar. Dunas de areia se levantavam atrás de uma das laterais da praia. No topo, existia um estacionamento de frente para o mar para os visitantes. As pouquíssimas casas existentes na Praia Escondida ficavam na extremidade sul e de frente para o nordeste. Existia uma estradinha sem saída por trás delas, e da estrada principal era necessário virar à direita para percorrê-la.
Os surfistas que só queriam aproveitar as ondas seguiam em frente pela estrada principal e iam direto para o estacionamento, não viravam à direita como a caminhonete fez.
Só havia uma conclusão possível: ou o bonitão da caminhonete tinha casa ali, ou estava passando férias. Se esse fosse o caso, cruzaria com ele novamente durante o fim de semana.
Ela se sentiu frustrada. Tinha vindo para refletir sobre os homens, não confundir-se ainda mais.
Irritada, deu a partida, verificou se nenhum outro carro vinha e dirigiu até o final da estrada, onde parou para examinar a área do estacionamento. A caminhonete amarela não estava lá. Dulce não se surpreendeu.
Resignada com o fato de que o Sr. Camiseta Laranja não era um visitante, dirigiu seu pequeno seda prateado para a pista lateral. A Praia Escondida era realmente muito bonita. Porém, muito tranqüila. Viam-se poucas pessoas na areia. Nas águas calmas, só um casal nadava. Nem sinal do Sr. Camiseta Laranja. Dulce se aborreceu só de olhar.
Decidida a tirá-lo da cabeça de uma vez por todas, voltou a tentar encontrar a casa de Christian. De acordo com o mapa, era a segunda à esquerda de quem vinha um chalé de madeira com telhado cinza.
Na verdade, da estrada, Dulce só conseguia ver os telhados dos chalés lá embaixo. O primeiro era bem diferente: tinha telhado azul-royal. Dulce nunca tinha visto um daquela cor, mas achou-o interessante. O cinzento que procurava apareceu logo depois do azul, e Dulce começou a procurar a estradinha de acesso.
A casa de Christian era muito bonitinha e aconchegante. Os degraus da parte de trás estavam fincados na colina, e a praia ficava a menos de cem metros da porta da frente, mas não havia como deixar o carro mais perto da casa. O caminho era muito acidentado.
Dulce deu uma olhada nos outros chalés, dizendo para si mesma que não estava procurando pelo Sr. Camiseta Laranja, mas no fundo estava.
O chalé da direita parecia estar vazio, sem nenhum carro. O da esquerda, com o telhado azul, tinha entrada para uma garagem, mas não deu para ver se tinha algum carro estacionado.
Contudo, poderia ser que a casa de telhado azul fosse do Sr. Camiseta Laranja. E, para completar, eles seriam vizinhos naquele fim de semana. Balançando a cabeça, Dulce foi até o carro, pegou suas coisas e começou a descer por uma trilha. Quando estava na metade, alguma coisa laranja apareceu no canto do olho.
Erro fatal. Ela devia ter prestado atenção no caminho, ainda mais usando salto alto. Em um momento ela deu um passo em falso e rodopiou com todas as bolsas.
Soltou um grito e, instintivamente, tentou proteger o rosto com as mãos. Como carregava as bolsas, elas amorteceram a queda e evitaram que ela fraturasse um braço ou uma perna. Mesmo assim, ela rolou, e foi ralando os joelhos até o corpo parar. Ainda estava estatelada no chão, completamente tonta, quando um par de braços fortes abraçou sua cintura.
— Você está bem? — indagou uma voz masculina.
Dulce primeiro viu a camiseta laranja e soltou um gemido. Só podia ser ele, não é? O destino estava sendo cruel com ela.
— Sim... Acho que sim — respondeu, evitando olhá-lo e tirando a poeira do vestido. Mas por uma questão de boas maneiras, sentiu-se obrigada a encarar o bom samaritano para agradecer-lhe.
Nossa como ele era alto! Mais alto do que tinha imaginado. E era ainda mais bonito, com um nariz afilado, uma covinha linda no queixo quadrado e uma boca maravilhosamente bem desenhada.
Mas o que chamou mais sua atenção foram os olhos. Eles eram amendoados, da cor do sol. Raios solares para quem quisesse se queimar.
— Você está muito pálida — disse ele, preocupado. — Tem certeza de que está se sentindo bem?
— Sim, acho que sim — conseguiu responder.
— Talvez fosse melhor você sentar um pouco e colocar a cabeça entre os joelhos.
Outra cena erótica tomou conta de sua mente: não era a cabeça dela que estaria entre seus joelhos. Dulce respirou fundo várias vezes.
— Mas perdi meus óculos escuros. Você consegue vê-los? Ah, lá estão eles. — Ela os colocou no rosto tentando esconder o pânico crescente.
— Você estragou a meia-calça — apontou ele. Os olhos de Dulce desceram até as pernas, depois percorreram as pernas dele, bem ali na frente, o short colorido deixando tudo à mostra.
Eram as pernas masculinas mais bonitas que ela já vira. Bronzeadas, bem torneadas, com coxas fortes. Totalmente capazes de sustentá-la quando você encaixar nos quadris dele e...
— É bem feito para mim, quem mandou estar de salto alto? — explodiu ela. — É que vim para cá direto do trabalho, não tive tempo de me trocar. Peguei minhas coisas rápido e corri para evitar o trânsito. Mas duvido que eu vá precisar de uma meia-calça aqui.
— Acho que os ovos que você comprou pensavam em ter um outro destino... — disse ele.
A caixa que estava em cima na sacola de compras tinha aberto e todos os ovos tinham se quebrado.
— Droga! — lamentou Dulce.
— Se você quiser, posso ir comprar outros para você — ofereceu-se ele.
Ela ficou olhando para ele. Quando um cara se oferece para fazer algo fora da rotina dele, geralmente, é porque está interessado. A idéia de que o Sr. Camiseta Laranja podia se sentir atraído do mesmo modo que ela se sentia por ele produziu uma mistura de prazer e culpa.
“Isso mesmo vai comprar uns ovos para mim, gostosão. E aproveita para trazer também meia dúzia de camisinhas.”
Ainda bem que Dulce estava de óculos escuros. Assim, ocultariam seus pensamentos maldosos.
— Obrigada, mas não — disse ela, formal. — Posso me virar sem eles. Mas obrigada por se oferecer.
— Tudo bem. — Ele abaixou e recolheu as compras espalhadas.
Naquela posição, era impossível não notar que ele não tinha um traseiro gordo. Suas nádegas eram durinhas e bem-feitas, como ela imaginava.
Temerosa de que seu olhar guloso propiciasse outra fantasia erótica, Dulce os desviou e se apressou para pegar a bolsa. Mas quando foi até onde ela caíra, seu galante cavalheiro já a tinha alcançado e pegado.
— Acho melhor eu levar isso para você o resto do caminho. Você ainda está usando esses saltos assassinos — observou ele, com um sorrisinho.
— Não precisa se incomodar.
— Não é incomodo nenhum. Você vai se hospedar na casa de Christian, não é?
— É... É isso mesmo. Você conhece Christian?
— Claro, conheço muito bem.
— Muito bem? — Só depois que tinha falado se deu conta do que dissera. A possibilidade de ele ser gay não lhe tinha passado pela cabeça.
Ele riu os seus raios solares brilhando de divertimento.
— Bem, mas não tanto assim. Nós tomamos um drinque às vezes, quando ele está por aqui. Minha casa é ali. — Ele apontou a casa de telhado azul. — Pelo menos por enquanto. O proprietário deixou eu ficar enquanto faço algumas reformas para ele.
— É uma casa bem colorida.
— Ele gosta de cores vivas. E você? É amiga do nosso querido advogado? Ou é cliente dele?
— Não, para ser sincera, eu mal conheço o Sr. Chávez. Mas eu... Conheço um dos sócios — hesitou ela, evitando revelar detalhes particulares para um estranho. — Ela pediu a Christian para que me emprestasse a casa. Eu... Eu estava precisando sair um pouco de Sidney.
— A vida na cidade anda muito agitada, não é?
— É mais ou menos isso.
Ele assentiu e Dulce percebeu que ele era mais velho do que pensou. Talvez uns 30 anos.
— Sei como é — disse ele, compreensivo. — Mas um fim de semana não vai adiantar muito. Você precisa de mais tempo.
— De qualquer maneira, tenho de voltar segunda-feira, portanto só tenho o fim de semana. Olha, você vai me desculpar, mas estou cansada, com muito calor e louca por um banho. Seria ótimo se pudesse deixar essas coisas perto da porta de trás.
— Está certo — concordou ele, mas Dulce achou-o um pouco desapontado. Talvez ele estivesse esperando que ela o convidasse para beber alguma coisa.
Pensou na cena de um filme a que assistira recentemente em que os protagonistas — logo depois de terem se conhecido — se atracam como verdadeiros animais. Roupas se rasgam em segundos e o herói, se é que ele podia ser chamado desse jeito, arrebata a heroína e a encurrala contra a parede.
Quando assistiu à cena, Dulce a considerou inverossímil, como também bastante pegajosa. Ela ainda considerava tal comportamento pegajoso, mas não tão inverossímil assim.
Ela tentou imaginar, enquanto seguia aquele homem sedutor, o que teria acontecido se tivesse feito algum convite. Será que ele tentaria alguma coisa?
— A propósito, meu nome é Christopher. E o seu?
— Dulce.
— Bonito nome. Bem, Dulce, se você precisar de alguma coisa nos próximos dias é só assobiar. Estou sempre por aqui. Isto é, quando não saio por aí, surfando. Acho que você sabe assobiar, não é? Basta você fazer um biquinho com esses lábios bonitos e soprar.
Ele saiu devagarzinho e não olhou mais para trás. O que foi bom, porque o que a mente poluída de Dulce estava imaginando fizera-a ficar mais vermelha que um tomate.
♥☺♥
Gostaram do senhor Camiseta Laranja?
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vondy_trueforever: bem-vinda! Obg por comentar!
day: rsrs postado!
Bjus
Autor(a):
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Um minuto depois, podia-se ver Christopher esticado numa cadeira na frente da casa, cerveja na mão, tentando não pensar na vizinha no banho. Era difícil. Ela não saía da cabeça desde que tinha dado um sorriso pelo retrovisor e acordado todas as suas células providas de testosterona. Era uma pertur ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 93
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anne_mx Postado em 07/03/2021 - 14:21:42
AMEIIIII <3
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stellabarcelos Postado em 25/04/2016 - 23:15:22
Lindos e muito fogosos hahah! Amei
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melissa_takahashioutlook.com Postado em 11/02/2015 - 14:56:30
Ai que lindo!!!Amei demais!!Tbm vou sentir falta!Nem credito que já acabou!!!!Não comentei antes pq o pc deu piti kkkk e de nada!!!
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juhcunha Postado em 10/02/2015 - 21:48:17
acabou de acaba mais estou morrendo de saudade ate chorei queria mais !
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ludy_vondy Postado em 10/02/2015 - 21:20:09
Aaiiwn q pela q já acabou :( Ameiii o sim da Dul
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dani_d_rbdvondy3 Postado em 10/02/2015 - 18:04:00
Eu Amei Mucho :D Vou Sentir Saudades.. Bzitos Amore
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brendadevonne2410 Postado em 10/02/2015 - 16:57:46
olhares dizem mais que palavras AMEI DOREI O SIM DA DUL
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dani_d_rbdvondy3 Postado em 10/02/2015 - 16:35:14
Onnnwww Que fofo*-**-*Perfeita a declaração e finalmente o/...CONTINUAA
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juhcunha Postado em 10/02/2015 - 01:49:11
Aaahhhh que lindos !
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brendadevonne2410 Postado em 09/02/2015 - 20:49:42
CONTINUE MULHEEER af, eu falo pra caramba mas eu tinha preguiça de comentar kkkk