Fanfic: αpenαs você e eu;

Christopher acordou no susto. Aquelas lembranças no saíriam de perto dele tão cedo, e nem fazia questão de afastá-las, queria a cada dia ter cada vez mais sonhos como esses, sonhos dos momentos felizes de sua vida, que nunca poderão voltar ou continuar... afinal, não existia mais o principal motivo para tanta felicidade.
Passou as mãos pelo rosto, e se sentou na cama. Respirou fundo e tentou se espriguiçar um pouco. Foi até seu closet e separou alguma roupa, iria direto para o Hospital, queria ver a filha.
Tomou um banho rápido e se arrumou mais rápido ainda. Desceu as escadas e a Elaine (empregada) terminava de arrumar tudo lá embaixo.
[Elaine]: Bom dia, senhor.
[Christopher]: Bom dia, Elai.
[Elaine]: Vai querer algo? O café ta quase pronto.
[Christopher]: Não, obrigado, não to com fome. E não volto pro almoço.
Pegou as chaves sobre a mesinha e saiu batendo a porta lentamente. Entrou no carro de cor prata. {EcoSport: http://img444.imageshack.us/my.php?image=ecoesport00ea2.jpg} E logo deu a partida saindo do condomínio de casas em que vivia.
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Na casa dos Perroni Beorlegui, não era nada diferente. Rostos apáticos e sem um pingo de sono, fome ou qualquer coisa saudável do tipo, passeavam pela casa como sonambulos, ou espíritos.
Dulce acabou dormindo ali, apesar da distância, era vista como mais uma filha daquela família. Desceu as escadas, já vestida com a cor que a acompanharia por mais algum tempo: preto.
Encontrou os demais da família na cozinha, em algo definido como 'dejejum', mas ninguém parecia querer deixar o jejum de lado, ninguém comia nada.
Cumprimentou a senhora Perroni, com um beijo no rosto, e os demais à mesa também. Tampouco queria tocar naquela comida. A senhora Perroni avisou que Christopher a havia chamado para visitar a menina no Hospital e a convidou para ir junto. Aceitou 'na hora', queria conhecer também a afilhada. Dona Maite, disse que talvez não a poderiam ver de perto, pelo excesso de cuidados sobre ela, que era indispensável, mas não hesitaram na visita.

O senhor Carlos Perroni, que estava a mesa, conversou um pouco com elas e pediram para enviarem um beijo a neta. Apesar do fato triste, ele ainda tinha compromissos a cumprir em sua empresa.
As duas logo levantaram, afinal, comer não era algo que ali estavam fazendo. Terminaram de se arrumar e logo a campainha foi ouvida, era Christopher.
Cumprimentou o ex... bom, ainda não havia tempo para mudar a forma de se cumprimentar, então... cumprimentou o sogro, que já estava de saída. E logo Dulce e dona Maite, desciam as escadas.
Cumprimentou-as cordialmente.
[D. Maite]: A Dulce vai com a gente, incomoda?
[Christopher]: Claro que não! - sorriu - Vamos?
Christopher as ajudou a entrar no carro. D. Maite na frente e Dulce no banco de trás. O silêncio era algo indesejado, mas também não era contido.
Logo chegaram ao enorme prédio, com suas extensões, que tinha o nome de 'Hospital San't Marrie'. {Hospital: http://img70.imageshack.us/img70/1835/topimage002vd0.jpg} Passaram pela recepção, e logo foram atendidos pelo mesmo médicos de dois dias atrás, Dr. Santander {http://img175.imageshack.us/my.php?image=julian13fv4.jpg}.
[Dr. Santander]: Como estão?
[D. Maite]: Se acostumando, Dr.
[Christopher]: Essas são: Dona Maite, minha sogra e Dulce, amiga da minha esposa e será madrinha da menina.
Dulce sorriu e D. Maite o olhou sorrindo, saberia que Maite gostaria dessa decisão. As duas o cumprimentaram e logo foram andando em direção a ala infantil.
Chegaram em frente ao berçario, e as crianças dormiam calmamente. O Dr. apontou mais ao fundo, e mesmo pela distância, podiam ver o corpinho frágil, cheio de aparelhos, lutando pela própria vida.
{Giulia: http://img267.imageshack.us/img267/380/giuliahg8.jpg}

[Christopher]: Vou poder chegar mais perto?
[Dr. Santander]: Sim, posso te levar até lá, só vai precisar de alguns acessórios.
[Christopher]: Sim, eu entendo.
As duas apoiaram Christopher, com toques sutis em seu ombro. Ele foi com Dr. Santander até uma área para que pudesse trocar de roupa, para poder ver a menina.
Logo estava com o macacão verde, completamente coberto. O Dr. também vestia o mesmo e o levou até perto da menina. A encubadora, tinha duas luvas que era o máximo de contato que poderia ter com ela. De longe era uma visão, mas de perto era completamente diferente.
Ele pode ver, o quão frágil ela era. Era inevitável não se emocinar; seus olhos logo estavam cheios de lágrimas, prontas a cair lentamente por seu rosto ainda pálido.
Colocou as mãos naquelas luvas e pode tocá-la um pouco. Tinha medo, medo de até 'quebrá-la', afinal, era muito pequenina e magrinha, coisa que o assustava. Apenas ficou acariciando-a ternamente, mostrando que não estava sozinha, que era:
[Christopher]: Apenas você e eu.
Pode ficar com ela por, somente, cinco minutos. Ela precisava de cuidados, e apesar de o carinho dos familiares ajudar, também atrapalhava a constante visita de 'estranhos' da ala médica.
Christopher trocou de roupa rapidamente e conversava com o Dr. sobre suas visitas, nem que fossem somente pelo vidro do lado de fora. Ele afirmou que Christopher teria livre acesso ao Hospital, mas que esses contatos seriam feitos algumas vezes, pois ajuda no desenvolvimento do bebê.
[Dulce]: E quando ela vai poder sair?
[Dr. Santander]: Não tenho um prazo certo, dependo da evolução dela. Mas não creio que seja rápido, dou um mínimo de um mês e meio à dois meses.
[D. Maite]: Tudo isso?
[Dr. Santander]: Sim, ela nasceu muito prematura, e precisa de todos os cuidados possíveis. Digamos que esses meses serão como se ela ainda estivesse na barriga da mãe, ela precisa ainda se desenvolver.
[D. Maite]: Entendo - triste.

[Christopher]: Com a Mai aqui seria diferente - com uma espécie de pano negro sobre o olhar, parecia em outra dimensão.
[Dulce]: Chris? - ele não reagiu - Chris? Ela ta aqui, em todo o lugar, é ela que ta fazendo a Giulia ficar bem, ela não quer te deixar sozinho.
Christopher a encarou. D. Maite já chorava em seu canto. De fato era assim. Maite protegeu a filha todos os momentos, se ela fosse... a filha ficaria para não desamparar Christopher.

Ficaram mais alguns momentos ali, o Dr. Santander explicava todos os detalhes do tratamento. Saíram de lá e já eram quase meio-dia. Christopher as deixariam na casa da sogra e logo em seguida almoçaria na casa de Alfonso. Parou em frente a grande casa, não chegava a ser uma mansão, mas era espaçosa.
{Casa dos Perroni's: http://img360.imageshack.us/my.php?image=casadg2.jpg}
A Perroni's Company era uma empresa muito conseituada no ramo da Industria Civil. Alfonso, Christopher e Christian, os três engenheiros, trabalham para empresa. Foi lá que Christopher e Maite se conheceram; cerca de 5 anos atrás. Christopher era um jovem engenheiro e Maite a filha do chefe que adorava mostrar-se útil, ajudando no que podia. Se apaixonaram.
Christopher as ajudou a sair, mas antes que Dulce descesse, a fez um pedido:
[Christopher]: Quer ir comigo? Vou na casa do Poncho, um almoço lá, quer?
[D. Maite]: Vai Dulce, melhor se distrair.
[Dulce]: Okay, aceito.
Mudou de lugar, sentando-se na frente, ao lado dele. Christopher deu a volta, entrando no carro e logo dando partida.
A casa de Alfonso não era tão longe, e não menos 'pomposa', por serem engenheiros, 'praticar' na própria casa é algo inevitável. Ficava localizada em um condomínio de casas, próximo a onde Christopher também tinha a sua casa. {Casa dos Herrera's: http://img256.imageshack.us/my.php?image=buganvilia1eg3.jpg} E o ar de requinte era devido a Anahí, que adora essas coisas.
Christopher tocou a campainha e logo foram atendidos e encaminhados a área da piscina. Diferente dos últimos dias, até que esse estava com um clima agradável, os casacos eram dispensados. Chegaram na área e mais duas pessoas além dos esperados estavam sentados à mesa preparada para o almoço.
[Christian]: Fala cara! - estendendo a mão.
[Christopher]: Quando chegou? - cumprimentando-o.
[Christian]: De manhã! Poncho deu o recado!
[Zoraida]: Chris...
[Christopher]: Zora. - abraçando-a - Acho que vocês lembram da Dulce, né?

[Christian]: Minha companheira de apadrinhado? - Dulce riu - Como vai?
[Dulce]: Bem.
[Zoraida]: Acho que nos conhecemos, né? Mesmo assim, Zoraida... prazer.
[Dulce]: Sim, nos conhecemos, mas prazer.
[Christopher]: Anny, Poncho - apontando-os.
[Anahí]: Lembro de ti.
[Alfonso]: Também - cumprimentando-a.
[Christopher]: Espero que não se incomodem.
[Anahí] Claro que não, seja bem-vinda.
Caminharam até a mesa, sentando-se: Dulce, Christopher, Anahí, Christian, Zoraida e Alfonso. Como a mesa era redonda, Alfonso ficou de frente a esposa.
[Alfonso]: E aí? Conseguiu dormir?
[Christopher]: Dormir foi fácil, difícil é acordar.
[Zoraida]: Você não acha que seria melhor mudar de casa? As lembranças podem te fazer mal.
[Christopher]: As lembranças só me fazem bem. - sorriu - Mas como foi a viajem?
[Christian]: Contrato assinado, 'baby' - riram da forma que ele falou - Perroni's Company ganhando o mundo.
Christian havia viajado para a assinatura de um contrato com diversas companias no mesmo estilo da Perroni's Company, só que em nível inferior. Criaram uma espécie de sociedade; um ajuda o outro o outro ajuda o um.
[Alfonso]: E nós somos os engenheiros queridinhos do chefe, quer coisa melhor?
[Christopher]: Viso que esse almoço me alegrará!
[Anahí]: Esse é o intuito, 'baby'. - imitando Christian - Desculpa, tive que roubar.
Todos riram. E logo o almoço estava sendo servido.
[Anahí]: Eu, sinônimo de fome.
[Christian]: Cuidado para não engordar.
[Anahí]: Fazer o que? A bebê não vai deixar eu manter o peso - tocado a barriga - pois que eu engorde! - rindo.
[Zoraida]: O Poncho disse que a Mai conseguiu dar a luz, como ta a menina?
[Christopher]: Pequena. Parecia que ia quebrar.
[Christian]: Conseguiu chegar perto?
[Christopher]: Sim e... ela é tão linda.
[Dulce]: E vai ficar mais linda ainda sem aqueles aparelhos.
[Anahí]: Quero vê-la! - com voz de choro.
[Zoraida]: Também.
[Christopher]: Podemos ir amanhã, mas só vão poder de longe.
[Todos]: Sem problemas!

Terminaram o almoço, e mesmo falando de Maite, o clima estava agradável, como sempre a presença dela era e transmitia: uma ar e aroma agradável por onde passava. Pelo menos ao modo de pensar de Christopher.
[Alfonso]: Que tal subimos? Vemos algum filme, sei lá. Aproveitar que é sabado.
Todos confirmaram e foram subindo, os homens na frente e as mulheres logo atrás se conhecendo melhor.
[Zoraida]: Você vai ficar aqui muito tempo?
[Dulce]: Eu tive que tirar licença pra vir pra cá, tenho mais 2 semanas livres e a D. Maite me intimou a ficar lá com ela.
[Anahí]: Vai ser bom que você anda com a gente, somos legais.
[Zoraida]: Quando queremos! - rindo.
Dulce riu, eles eram, de fato, ótimas pessoas. Maite sempre lhe dizia isso.
Christopher, Alfonso e Christian se conheceram na faculdade; cursavam o mesmo curso. Anahí é irmã de Christian, por parte de pai, e sempre se deram muito bem, tanto que ela se casou com um dos seus melhores amigos. Zoraida era amiga de Anahí, se conheciam desde o colégio, mas só foi iniciar seu relacionamento com Christian, após ele terminar a faculdade.
Christopher sempre foi o mais sossegado, conheceu Maite no trabalho, não foi amor a primeira vista, mas algo ficou no ar.

-

[Maite]: Qual dos senhores é... - olhando o nome em um papel - Christopher von Uckermann?
[Christopher]: Eu! Qual o interesse?
Estava e um dos inúmeros canteiros de obras; junto com o arquiteto do projeto resolvendo os últimos detalhes de uma pequena demolição.
[Maite]: Tenho um assunto a tratar com o senhor.
Os demais homens ali riram, como disseram: a moça falava bonito. Christopher aproximou-se dela, com o cenho franzido, indicou uma área mas tranqüila, onde o barulho de máquinas não incomodaria o diálogo.
[Christopher]: Pois não.
[Maite]: O senhor Perroni me enviou a cargo de...
[Christopher]: Pode falar normalmente - interrompendo-a - dispenso formalidades.
[Maite]: Obrigada, então também dispenso. - sorriu - Bom, o meu pai...
[Christopher]: Seu pai? - interrompendo-a novamente.
[Maite]: Ah sim, Maite Perroni, prazer - estendendo a mão.
Christopher aceitou o cumprimento a encarando nos olhos, além da surpresa, da pequena revelação, ambos sentiram algo naquele contato e naquela troca de olhares.
[Maite]: Pois bem, ele me mandou aqui pra falar com você, além da obra estar ultrapassando a renda prevista, esta demorando muito nessas etapas iniciais; já era pra ter começado a nova construção.
[Christopher]: E se eu prometer que não ultrapassaremos a renda, nem perderemos tempo... você aceitaria sair comigo? - sorriu, sentindo a face queimar. Nunca fora desses que se atrevia dessa forma, muito menos com a filha do chefe e tendo consciência disso, mas não resistiu aos olhos castanhos profundos, a pele clara e o sorriso encantador.
[Maite]: Sou a filha de seu chefe! - indagou - Mas aceito.