Fanfic: αpenαs você e eu;

2 meses se passaram; a dor que antes consumia, abriu espaço para a saudade. Uma saudade boa de se sentir, as lembranças bonitas eram lembradas em noites de sono profundo. O quarto, e toda a casa, ainda se viam do mesmo jeito. Nada fora tirado do lugar.
Giulia já era uma menininha de 2 meses, ainda pequena, mas as quantidades de tubos e aparelhos ao seu redor havia diminuido; ela havia passado pela fase de risco, e agora, era mais uma questão de nutrição.
Dulce, que ficaria por 2 semanas, apenas acabou estendendo suas férias de modo permanetente. Depois de descoberto que trabalhava com 'Design Gráfico', um emprego na Perroni's Company era algo pelo qual não poderia lutar contra. Ajudava na área computadorizada com gráficos e plantas em 3D, algo muito organizado e convidativo, para empresas e serviços a serem efetivados junto a Compahia.
Christopher seguia como engenheiro chefe, encarregado de tudo relacionado a área. Vivia pelo trabalho, visitas à filha, algumas saídas com os amigos e as emocionantes visitas ao túmulo da mulher.
Estava ficando suportável a falta de Maite, porém não conseguia ainda fugir de algumas coisas, como: ficar por horas olhando uma única foto, relembrando onde, como e porque ela foi tirada.
[Christian]: Yes, let's go make a party!
[Alfonso]: Vamos, Chris? Só a gente, tequila e muita comida!

[Christopher]: Não sei, tenho umas plantas pra analisar.
[Alfonso]: Mas é sábado! Trabalho só de segunda à sexta!
[Christopher]: Pensarei no caso de vocês!
[Christian]: Minha casa, às nove! Te esperamos!
Christopher desligou a conferência, e voltou sua atenção para a planta arquitetônica a sua frente.
Algum tempo depois, virou a cabeça em busca de um relógio, para verificar as horas, e o encontrou: 7h30min.
Olhou ao redor e de novo a planta, era sabado e por mais que sua motivação não fosse mais a mesma, não perderia a oportunidade de estar com os amigos.
Guardou a planta em um canto, e levantou-se indo se arrumar.
[Christian]: Apareceu a margarida! - sorrindo.
[Alfonso]: Pensei que não viria - cumprimentando-o.
[Christopher]: Mudei de idéia! O que tem de bom?
[Christian]: Churrasquinho lá fora, cerveja, tequila e... o principal.
[Alfonso]: Muita mulher gostosa! - rindo, apontando Zoraida, Anahí e Dulce que tomavam suas bebidas e comiam um pouco do churrasco - E a mais linda é minha - se aproximando e beijando o pescoço de Anahí que se encolheu.
[Anahí]: Tu já bebeste? - rindo.
[Alfonso]: Me embriguiarei de Anahí.
[Christian]: Foi o nome que ele deu a batida! - todos riram.
[Zoraida]: Oi Chris, o Christian falou que não viria.
[Christopher]: Tava fazendo charme - cumprimentando-a.
[Christian]: Sabia!
[Dulce]: Oi Chris.
[Christopher]: Oi. - sorrindo.

Se acomodaram nas cadeiras; Christian aumentou o som que tocava alguma música eletrônica qualquer. Rebolava da forma dele lá, ouvindo as gargalhadas de todos que riam do jeito que ele dançava, totalmente sem rítmo. Alfonso levantou e foi fazer o mesmo, só que bem pior que Christian, parecia que os dois duelavam em que dançava pior.
[Anahí]: Vai lá, Chris! Mostra o que é rebolar!
[Christopher]: Nem pensar! - rindo, dando mais um gole de sua cerveja.
[Zoraida]: Vai, Chris! - rindo.
[Dulce]: Ta fugindo porque dança pior que eles - tentando intimida-lo, mas não surtiu efeito.
[Christopher]: Exatamente! - rindo.
[Anahí]: Eu danço com você! - ficando de pé e estendendo a mão a ele.
[Christopher]: Nem vem! - sorrindo.
[Anahí]: Christopher von Uckermann, como ousa fazer uma mulher grávida esperar? Trate de levantar essa bunda daí e vem dançar comigo! - com as mãos na cintura.
Dulce arregalou os olhos, assustada. Zoraida contia o riso e Christopher terminou o copo antes de levantar.
[Christopher]: Okay, só uma música e porque você ta grávida!
[Anahí]: Isso aí, tem que obedecer!
Estendeu a mão a ele que segurou, rindo descrente com o que faria. Anahí ria vitoriosa com feito; fazer Christopher dançar era como um milagre, só sabiam de uma pessoa que fez isso.
Na hora que se ajeitaram para dançar, começou uma música mais lenta.
[Christopher]: Senhora - estendendo a mão a ela, de forma cordial.
[Anahí]: Senhor - fazendo uma espécie de reverência.
[Christian]: Essa eu quero ver! - encostando-se a mesa vendo os amigos dançando.
Alfonso fez o mesmo, observando a mulher junto ao amigo.
[Alfonso]: Se abusar da minha mulher, morre! - rindo.
[Christopher]: Sou um rapaz respeitador.
[Anahí]: Ah, que droga! Então vou procurar outro par - saindo de perto de Christopher.
[Alfonso]: Anahí! - todos riram.
[Anahí]: Perdão, amor - mandando um beijo pra ele.
[Christopher]: Não me levantou à toa não, vem dançar!

Se acomodaram um nos braços do outro, de uma forma engraçada, pelo volume da barriga dela. Dançavam calmamente, com passos de um lado ao outro.
[Anahí]: Te mato se pisar no meu pé.
[Christopher]: Eu que vou morrer se você pisar no meu, vai afundar com seu peso - falando no ouvido dela.
[Anahí]: Ta me chamando de gooorda? - dando um beliscão nele.
[Christopher]: Claro que não - sussurrou - só de obesa!
[Anahí]: Eu ouvi ta? - espantanda.
Ele riu, a girando em seu próprio eixo, trouxe-a de volta, voltando a dançar.
[Alfonso]: Chega! A mulher é minha e a ta monopolizando demais. - os separando.
[Christopher]: Que cara ciumento! Se tiver problemas com ele, você tem meu telefone.
[Anahí]: Pode deixar! - piscando para ele e dançando com o marido.
[Christian]: Me concede esta dança? - chamando Zoraida.
[Zoraida]: Encantada.
Levantaram-se indo até perto de Anahí e Alfonso. Acabou a música, começando outra, também lenta.
[Christopher]: Vai ficar parada, ou vai dançar comigo também?
Dulce o olhou, desconcertada; porém, levantou-se da cadeira, estendendo a mão a ele, aceitando o pedido.
Christopher a puxou para perto dele, colando os corpos para poder guia-la na dança. Moviam-se lentamente de um lado a outro, com as respirações beirando a altura da orelha, o que chegava a arrepiar. Dulce fechou os olhos, sendo levada por ele, percebendo que aquele contato a estava fazendo bem.
Abriu os olhos com susto do que sentia. Não, não poderia se atrair assim por Christopher. Ele é viúvo de Maite, sua melhor amiga, e isso mal completava 2 meses. Seria egoísmo da parte dela sentir tal sentimento por ele? Além do mais, sabia que, talvez, nunca ele se envolveria com alguém de novo, ou pelo menos não tão cedo. O amor que nutria e que não faz a mínima questão de diminuir, era grande demais para ser abatido por qualquer sentimento que ela poderia estar criando dentro de si agora. Fora o que ela mesma sentia por Maite, que impedia, de imediato, que deixasse 'rolar' esta atração.

Ficara confusa e logo se afastou de Christopher, dando-lhe um sorriso e voltando para a cadeira, reclamando de cansaço.
Christopher a acompanhou, enchendo o copo vazio com mais um pouco de bebida. Sentara a seu lado e iniciaram uma conversa amigável, sem nenhum resíduo da atração que Dulce acabara de sentir. Só que talvez, nem fosse assim. Talvez a segunda profissão de Dulce fosse atriz, afinal, até para ela mesma estava ocultando o que poderia estar começando a sentir. Fingiu, deliberadamente, durante a festa o quanto aquela calça diz escura com a aquela camisa preta de botões médios, que Christopher usava, a deixava vulnerável.
Bebia com as amigas, exceto por Anahí, que pela gravidez apenas 1 taça de vinho havia provado, enchendo os demais copos com refrigerantes e/ou sucos que o marido lhe trazia a cada minuto. Já estava no terceiro copo de cerveja, mas já havia misturado com algumas bebidas que ali também tinha. Só pelo fato de também não deixar de comer, é que a mantia em pé por tanto tempo, caso contrário, já teria caído em meio aos passos que tentava dar ao se locomover pelo jardim da casa de Christian.
[Christopher]: Ela ta bebendo demais.
[Christian]: To vendo, melhor levar ela lá pra cima, voltar pra casa dos Perroni assim, não vai ser bom.
[Alfonso]: Concordo.
[Christopher]: Eu levo ela, pega a Zora que também exagerou.
Mas não como Dulce, afinal, Zoraida bebia por diversão e para acompanhar a amiga, e Dulce bebia para fugir de algo que nem existia por completo, mas que a assustava. Ao ver Christopher se aproximar dela, gelou terminando outro dos tantos copos daquela noite.
[Christopher]: Vamos subir? Tem uma cama muito boa lá em cima.
[Dulce]: Ta tentando me seduzir? - sorriu, mas Christopher levou como: excessos de uma pessoa embriagada.
A pegou no colo, sem nem deixá-la contestar algo contra. Dulce tinha a cabeça no ombro dele e aquele odor masculino, com um toque de um perfume altamente cheiroso, a embriagava mais que qualquer bebida que havia bebido por toda a noite.

Christian, que subia com Zoraida nos braços, indicou o quarto de hóspedes para que Christopher deixa-se-a lá. Ele assentiu, abrindo a porta com um pequeno chute e com o corpo impediu que a porta se fechasse novamente.
O quarto era amplo e arejado, tinha tons marrons e bege, e a cama estava arrumada com lençóis claros, quase brancos. Olhou para ela, que parecia dormida, sorriu. Mexeu-a um pouco, para poder deixá-la na cama, calmamente. Endireitou-a um pouco mais, a cobrindo com com um lençol fino, estava uma noite agradável. Quando saía, sentiu algo o segurar.
[Christopher]: Ta tudo bem?
[Dulce]: Não! - enjoada.
Ele logo percebeu o que era, pegou-a no colo novamente, levando-a direto para o banheiro. Apoiava a mão nas costas dela e segurava os longos cabelos vermelhos enquanto ela expulsava de seu corpo tudo que havia ingerido.
[Christopher]: Bem feito, fica ai dando uma de pinguça - em um tom divertido, que até ela riu.
[Dulce]: E você de bom samaritano, depois de seduzir uma mulher grávida. - ele riu.
"Até passando mal, consegue brincar", pensou Christopher enquanto ria e a ajudava a se recompor.
[Christopher]: Melhor tomar um banho, vou pegar um chá pra você e roupa da Zora pra vestir.
[Dulce]: Obrigada.
Esperou ele sair do banheiro para começar a despir-se. Ainda estava um pouco mareada, pelo excesso de bebida, mas os enjôos que acabara de ter.
Christopher saiu do quarto, batendo na porta do quarto de Christian que logo o atendeu; Zoraida também passara mal e Anahí o ajudava a arrumá-la.
Ele separou uma roupa para Dulce e entregou a Christopher, quando passava pelo corredor, viu Alfonso que estava lá embaixo ajeitando umas coisas, sorriram percebendo que a festa havia terminado. Alfonso entrou no quarto de Christian para buscar a esposa para irem para casa e Christopher voltou ao quarto de hóspedes.
Entrou calmamente e não ouviu nenhum barulho sequer, se preocupou achando que ela poderia ter passado mais mal. Abriu um pouco da porta do banheiro e a encontrou terminando de subir o roupão.

Apenas pode ver uma pequena parte das costas e o ombro, mas não pode evitar a atração por aquilo. Saiu rapidamente, sem ser notado e chamou por ela já sentado na cama do quarto e fugindo de qualquer pensamento além daquela visão.
[Christopher]: A roupa - estendendo a ela.
[Dulce]: Obrigada.
[Christopher]: Vou pegar um chá, vai te fazer bem.
Dulce assentiu, voltando ao banheiro, enquanto Christopher saia novamente da casa indo até a cozinha. Procurou o que precisaria e logo encontrou. Esquentou a água fazendo o chá em seguida. Preparou 2 xícaras, e pôs em uma bandeija. Ao passar pelo quarto de Christian, deixou 1 das xícaras ali, para que Zoraida também bebesse; Christian agradeceu. Alfonso e Anahí já tinham ido embora, e como Christian lhe dissera, enviaram-lhe um beijo. Christopher agradeceu e voltou ao quarto de hóspedes, encontrando Dulce já com a roupa posta e sentada sobre a cama.
Não pode evitar de imaginá-la sem um pouco daquela roupa que vestia, mas sacudiu a cabeça afugentando esses pensamentos.
[Christopher]: O chá! - colocando a bandeija sobre a cama.
[Dulce]: Obrigada - bebendo alguns goles.
[Christopher]: Ta melhor?
[Dulce]: To, mas acho que amanhã a dor de cabeça vai ser forte. - sorriu.
[Christopher]: Você bebeu muito... porque?
[Dulce]: Me deu vontade, - engoliu em seco - queria me divertir.
[Christopher]: E com certeza amanhã a dor de cabeça a divertirá.
Christopher a fez companhia enquanto terminava o chá, retirou a bandeija de cima da cama, para ela dormir. Dulce mais uma vez o agradeceu e ele sorriu em resposta.
[Christopher]: Agora eu já vou, durma bem.
[Dulce]: Você vai pra sua casa?
[Christopher]: Não, vou ficar no quarto ao lado, qualquer coisa só bater na porta. - se retirando.
[Dulce]: Baterei - sorrindo.

-

[Maite]: Ta querendo me embebedar? - sorrindo.
Era a terceira taça de vinho tinto que ele a entregara. Maite era fraca para bebida e na metade da segunda taça já se sentia estranha.
[Christopher]: Como adivinhou? - servido a dele também.

Era uma sexta-feira, do segundo ano de casamento dos dois. Como já estava virando costume, todas as sextas eles preparamvam um jantar e ficavam de namoricos entre os dois. Era um dia só deles.
[Maite]: Posso saber o porque disso? - sorrindo.
[Christopher]: Adoro sua forma de aliviar a ressaca do dia seguinte - sorrindo travesso a ela, que balançou a cabeça em negativa.
[Maite]: Seu tarado! - surpresa, mas rindo.
[Christopher]: Que nada! Só gosto de aproveitar as oportunidades.
[Maite]: Seduzindo uma bêbada! Que coisa feia, senhor von Uckermann.
[Christopher]: Correção: seduzindo uma sóbria com ressaca.