Fanfic:  ★Um sonho pra sempre ★●๋● vondy●๋●

— Noivos?

  christian tomou o cuidado de não olhar para ela.

  — Sim, noivos. Agora ouça. Fingimos que estamos noivos e que vamos visitá-lo para comunicar o acontecimento.

  — Precisamos de uma desculpa tão aprimorada para ir visitá-lo?

  — Sim — ele garantiu. — Realmente precisamos. Ele nunca acreditaria que eu o visitaria só para ser gentil.

  — Mas por que um noivado? Não poderíamos levar outra grande notícia ao seu tio, como... não sei... que estamos abrindo um negócio, ou...

  — Isto não explicaria a sua presença.

  — E seu eu for uma prima distante?

  — O que há de tão ruim em ser minha noiva? — ele perguntou tentando não rir. — Sabe, eu não sou uma pessoa tão ruim. Tenho certeza de que existem mulheres que ficariam maravilhadas só com a idéia de me ter como noivo.

  — Diga o nome de uma — ela o desafiou.

  — Bem, eu... — christian fechou os olhos como se estivesse examinando seu próprio passado. Ele tentou lembrar se alguma jovem já havia demonstrado interesse por ele. —

É uma lista muito extensa — brincou ele. — Voltando ao nosso plano...

  maite riu, sabendo que ele nunca havia  cortejado uma dama. E ficou encantada.

  — Estamos noivos —  continuou christian. — Claro, se você estiver de acordo. E a não ser que eu tenha de ficar de joelhos para oficializar o pedido.

  maite balançou a cabeça contendo a risada.

  — Pronto, estamos noivos e precisamos contar ao meu tio porque... porque...

  — Porque queremos que ele vá ao casamento?

  — Não, ele não acreditaria nessa desculpa. Precisamos de algo mais convincente.

  — Vejo que vocês dois possuem um ótimo relacionamento — maite ironizou.

  — Você ainda não conheceu o resto da minha família — advertiu ele. — Aí, sim, veria o que são relacionamentos estranhos. Bem, vejamos... Pronto, já sei! Queremos um presente de casamento muito caro.

  — Excelente idéia.

  — Não é? Precisamos pensar em algo bem diferente, algo que meus pais jamais nos dariam.

  — Nem os meus.

  christian a olhou de soslaio.

  — Diremos também que você vem de uma família pobre.

  — Por quê?

  — É o único jeito de conseguirmos convencer o meu tio. Ele precisa acreditar que os meus pais não concordam com o nosso casamento.

  — Por que eles desaprovariam a nossa união? — perguntou maite, furiosa.

  — Não é evidente? Qual pai quer que um filho se case com uma moça pobre, sem nenhum bem?

  — Mas eu não quero ser pobre! E se a minha família for contra o casamento? Já pensou nessa hipótese? Talvez nós sejamos os ricos, e vocês os que nem podem pagar a criadagem.

  — Terrível!

  — Faz sentido do mesmo jeito, não?

  — Está decidido. Você será a pobre dessa história.

  — Posso saber por quê?

  — Porque você é uma condenada.

  — Só que o seu tio não sabe.

  — Sim, mas eu sei, e isso é suficiente.

  — Que tal dizermos que todo mundo odeia todo mundo? — sugeriu maite. — A sua família me odeia, a minha odeia você, minha família odeia a sua e a sua a minha e nós nos

odiamos também.

  — Parece razoável.

  maite estava se preparando para proferir alguns insultos, mas quando ouviu a resposta de christian, desviou o olhar e viu que ele estava se divertindo.  Então  sorriu. E também notou algo que não percebera antes: christian saviñon tinha as feições muito bonitas.

  — Estamos prontos para partir? — perguntou ela, contente por terem chegado a uma decisão.

  — Claro. Só preciso fazer as malas.

  — E os seus pais, o que dirão?

  — Não sei, nem pensei em tocar no assunto com os dois.

  — E você acha que eles não notarão sua ausência?

  — Você não conhece a minha  família — observou ele. — Se você achar melhor, eu posso lhes deixar um bilhete.

  — Eu? Esqueceu que a sua família não gosta de mim? — brincou maite.

  christian riu e começou a subir as escadas, de dois em dois degraus.

  — Vou pegar algumas roupas  de dulce. Pode ser que fiquem pequenas, porém terá algo mais adequado para vestir.

  — Está me chamando de gorda?

  — Gorducha — respondeu christian sempre brincalhão. — E dona de curvas estonteantes.

  dulce nunca sentira tanto medo em sua vida. E, por outro lado, a sensação de medo nunca fora tão deliciosa! christopher havia comprado um vestido de veludo preto para ela. Ela não ficava bem de preto, mas com a peruca de cachos loiros, presa no alto da cabeça, com alguns fios soltos, a vestimenta ficava maravilhosa. A saia era reta, as mangas

bufantes. O cós alto ficava debaixo das franjas de uma pequena jaqueta de veludo.

  A roupa fazia-a parecer mais magra e mais alta do que realmente era. Quando tirou a jaqueta e  deu uma volta em frente ao espelho, dulce ficou admirada com sua imagem. Ela andou pelo quarto com seus sapatos de cetim preto, balançando a cabeça de um lado para o outro, sentindo os cachos da peruca resvalando nos ombros.

continua

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